Dia Internacional da Maconha: a origem do número 420 na cultura canábica

Dia Internacional da Maconha: a origem do número 420 na cultura canábica

Que o 420 é o número da erva você já sabe, mas você sabe o motivo disso? O número 420 se tornou tão popular entre os maconheiros em todo o mundo, tanto é que, inclusive, celebram no dia 20 de abril (20/4 ou 4/20) o Dia Internacional da Maconha.

Existem diversas teorias, mas a verdadeira história do 420 vem da década de 1970, e os principais protagonistas foram alguns alunos da San Rafael High School, no condado de Marian, na Califórnia (EUA). Os jovens se encontravam todos os dias fora das aulas por volta das 4:20 da tarde para fumar maconha.

Como fumar (seja o que for) na escola é estritamente proibido, então os alunos esperavam até o fim da aula para se encontrar e fumar um pouco de erva. Eles se encontravam todos os dias em frente a uma parede (wall, em inglês) da escola e, por isso, foram carinhosamente apelidados de “Waldos”.

Quando os Waldos se cruzavam nos corredores da escola, usavam o código 420 para perguntar a outros maconheiros se eles tinham erva. Então, se encontravam por volta desse horário.

Embora tenha começado como uma brincadeira, o termo 420 pegou um significado para todas as coisas sobre maconha em grupo. O costume se repetiu: todos os dias, por volta das 4h20 da tarde, os Waldos se reuniam e recebiam novos maconheiros no círculo.

Às vezes se reuniam em frente à estátua do cientista francês do século 19 Louis Pasteur, outras vezes sob as arquibancadas, mas sempre se esforçavam para consumir juntos naquela hora: 4h20 da tarde. Agora mundialmente conhecida como a hora da maconha!

Como já foi citado, o número 420 se tornou tão popular entre os maconheiros em todo o mundo, que inclusive celebram no dia 20 de abril (20/4 ou 4/20) o Dia Internacional da Maconha.

Na foto: “Os Waldos” Mark Gravitch (frente direita), Larry Schwartz (meio) e Dave Reddix no Dominican College em San Rafael, fumando maconha e jogando Frisbee, por volta de 1972-73.

Queimando mitos: 16 mitos sobre a maconha que muitos ainda acreditam

Queimando mitos: 16 mitos sobre a maconha que muitos ainda acreditam

Ainda existem muitas lendas que envolvem a maconha. No post de hoje, “queimaremos” 16 dos mitos mais comuns sobre a cannabis.

Embora alguns lugares tenham legalizado a maconha até certo ponto, e outros em breve farão o mesmo, ainda existem muitas lendas em torno desta planta. A maioria contradiz a ciência, mas os proibicionistas continuam a usá-los para sustentar seus argumentos preconceituosos.

Em contrapartida, também existem mitos excessivamente otimistas que apresentam a maconha como uma substância milagrosa com quase nenhum aspecto negativo; o que também é prejudicial para a imagem desta planta.

Queimando 16 mitos sobre a maconha

Vamos nos aprofundar em dezesseis principais mitos que cercam a maconha, levando em consideração os preconceitos que existem em ambos os lados. Assim como muitos grupos proibicionistas se dedicam a distorcer a realidade, apoiadores ferrenhos também criaram suas próprias lendas. Com a ajuda de uma abordagem imparcial, enfrentaremos os mitos mais difundidos sobre a maconha, na esperança de obter uma imagem mais transparente dessa planta.

Mito 1: “Cannabis Medicinal” é diferente de “Maconha”

“Cannabis” é o nome científico da maconha. “Maconha” é o nome popular da cannabis. A verdade é que a planta é mesma, o que muda é a finalidade do uso. O que não quer dizer que se você estiver fumando um baseado – que chamam “uso recreativo” – não estará fazendo uso terapêutico. Toda maconha contém compostos (como canabinoides, terpenos e flavonoides) que, independente da via de administração, trabalham em conjunto e causam efeitos medicinais.

Mito 2: O CBD não é psicoativo

Ao contrário do que muitos dizem (inclusive médicos e “profissionais” da maconha) o CBD é psicoativo, sim. Um produto químico é considerado psicoativo quando atua primariamente no sistema nervoso central e altera a função cerebral, resultando em alterações temporárias na percepção, humor, consciência ou comportamento. É verdade que o CBD não possui o efeito intoxicante do THC e não resulta em alterações cognitivas óbvias ou efeitos de abstinência. No entanto, o CBD atravessa a barreira hematoencefálica e afeta diretamente o sistema nervoso central, resultando em alterações de humor e percepção.

Mito 3: O uso de maconha aumenta os níveis de criminalidade

Por padrão, a proibição da cannabis transformou seu consumo, cultivo e venda em crime. Essa situação, logicamente, coloca a planta no mercado ilegal junto com outras drogas mais pesadas, como cocaína e heroína. Embora a violência do crime organizado domine esse ambiente, o uso de maconha por si só não leva ao crime; o crime é culpa da proibição.

Quando um mercado legal é estabelecido, as lojas licenciadas e tributadas ​​retiram o negócio da maconha dos comerciantes do mercado ilegal, enfraquecendo o poder do crime organizado.

Além disso, fumar maconha não aumenta a probabilidade das pessoas cometerem crimes. É verdade que muitos criminosos usam cannabis (e outras substâncias em geral), mas a correlação não implica causalidade.

Ao contrário da crença popular, a legalização da maconha não parece ter contribuído para um aumento na taxa de crimes violentos. Curiosamente, muitos proibicionistas ignoram o grande número de crimes violentos relacionados ao uso de álcool, apesar de seu status legal.

Mito 4: A maconha é uma porta de entrada para drogas mais pesadas

Todos nós já ouvimos essa frase na escola. Naquele momento em que grupos antidrogas aparecem diante de centenas de crianças para espalhar a mensagem de que “basta uma tragada em um baseado de maconha”. Embora suas intenções possam ser boas, essas organizações costumam agrupar todas as drogas, transmitindo a ideia de que, uma vez que você experimenta uma, você perde a cabeça e acaba experimentando todas as outras drogas que ver pela frente. Isso não é verdade.

Milhões de usuários de maconha em todo o mundo desfrutam da erva regularmente, sem nem mesmo pensar em drogas mais pesadas. Além disso, muitas pessoas começam a usar drogas pesadas sem experimentar primeiro a maconha. Por fim, sabemos que, antes de fumar um baseado, toda pessoa sempre tem livre acesso ao álcool e tabaco.

Mito 5: A maconha é uma droga perigosa

A alegação de que a cannabis é uma “porta de entrada” é frequentemente baseada no argumento de que, como as drogas pesadas, ela aprisiona o usuário em um ciclo de dependência. No entanto, essa planta difere marcadamente dos mecanismos de dependência de substâncias como o álcool ou a cocaína. Ao contrário dessas drogas, a maconha geralmente não causa vícios graves e sintomas de abstinência.

Mito 6: A maconha não vicia

Embora muitos usuários fumem maconha sem desenvolver dependência, é possível se tornar dependente em certas circunstâncias. Definir exatamente esse vício (dependência física ou dependência psicológica) e seu alcance é complexo; mas é uma possibilidade. Embora alguns defensores da maconha tentem negar isso, a ciência afirma que a cannabis não é uma substância perfeita e totalmente inofensiva.

Embora a maconha possa ajudar as pessoas de muitas maneiras, o transtorno por uso de cannabis é uma coisa real. Ao aumentar os níveis de dopamina e enfraquecer o sistema dopaminérgico com o uso de longo prazo, a maconha pode influenciar os centros de recompensa do cérebro e criar um ciclo de dependência.

No entanto, essa característica não é exclusiva da maconha. Segundo o médico e especialista em vícios Gabor Mate, todos os vícios estão ligados a traumas, e podem se manifestar como uso de maconha, materialismo e obsessão por todos os tipos de fatores externos. Portanto, os proibicionistas da maconha podem ter problemas para usar esse argumento como uma razão para manter a proibição.

Mito 7: É possível ter uma overdose de maconha

Todos os anos, muitas vidas são perdidas para o álcool, tabaco, cocaína, heroína e outras drogas. No entanto, ninguém morre apenas por usar maconha. Por quê? Porque os canabinoides (compostos vegetais ativos) não interagem com a zona do cérebro que regula a respiração.

Overdoses de opioides, por exemplo, ocorrem quando os receptores nos centros respiratórios do cérebro ficam sobrecarregados, criando um efeito depressivo que torna a respiração difícil e pode levar à morte. A maconha não tem o mesmo efeito, razão pela qual nenhuma morte foi registrada exclusivamente atribuída ao uso de cannabis, e a maioria das instituições considera a possibilidade muito remota.

Teoricamente, para ocorrer uma overdose de maconha, teria que fumar entre 238 e 1.113 baseados (15–70 gramas de THC puro) em um único dia, algo praticamente impossível.

Mito 8: Usuários de maconha são preguiçosos

Quem usa maconha enfrenta toda uma série de estereótipos. Além dos rótulos de “viciados” e “drogados”, ser julgado como preguiçoso é provavelmente o mais comum. É verdade que fumar maconha às vezes faz com que as pessoas prefiram deitar no sofá a sair para correr.

No entanto, muitas pessoas ativas e atléticas usam cannabis. Joe Rogan construiu um império em seu podcast enquanto estava sob efeito da erva. Michael Phelps esmagou seus concorrentes na piscina enquanto fumava um bong. Milhares de pessoas bem-sucedidas em todo o mundo consomem maconha em seu tempo livre, da mesma forma com que outras chegam em casa depois do trabalho e abrem uma garrafa de vinho para relaxar.

Mito 9: Diferença entre os efeitos de uma Indica e uma Sativa

A cultura canábica gasta muito tempo desmascarando mitos, mas as pessoas envolvidas neste setor (principalmente autointitulados “profissionais”) também podem ser vítimas de desinformação. Nas últimas décadas, qualquer pessoa com um mínimo de interesse pela maconha falava na diferença entre variedades “indicas” como relaxantes e variedades “sativas” como energéticas.

Desde então, a ciência da cannabis questionou essa ideia, que o neurologista e especialista em cannabis Dr. Ethan Russo chama de “absurda”. Essa categorização poderia ajudar os dispensários a comercializar a maconha, mas não serviria em uma analise rigorosa.

Algumas cepas indicas contêm terpenos energizantes, enquanto algumas sativas são relaxantes para a mente e o corpo. Além disso, plantas da mesma linhagem podem produzir efeitos diferentes quando cultivadas em ambientes diferentes.

No lugar de depender desta forma tão imprecisa de dividir a maconha, a investigação propõe deixar o termo “cepa” e substituí-lo por “quimiovar” (variedade química) para poder termos uma ideia mais precisa dos efeitos e diversidade química de uma planta.

Mito 10: Ressaca de maconha não existe

O debate entre usuários de álcool e maconha continua. Aqueles que defendem a erva costumam argumentar que pela manhã acordam descansados ​​e prontos para a ação. Embora isso seja verdade, fumar 10 gramas na noite anterior pode causar ressaca.

A ressaca da maconha não se compara à devastação causada pelo consumo de álcool. pode influenciar como se sentirá no dia seguinte, causando confusão mental, letargia, olhos vermelhos e dores de cabeça. No entanto, se a erva for consumida com moderação, é possível acordar em ótima forma para realizar as tarefas do dia a dia.

Tal como acontece com a ressaca de álcool, um pouco de água e comida ajudam a voltar ao normal. Mas, ao contrário do álcool, leva muito menos tempo.

Mito 11: A maconha não causa sintomas de abstinência

Embora muitos usuários experientes gostem de acreditar que a maconha não causa sintomas de abstinência, isso infelizmente não é verdade. Como as ressacas, a abstinência da maconha é uma coisa real.

No entanto, semelhante a uma ressaca, os sintomas de abstinência da cannabis são bastante leves, especialmente em comparação com os do álcool, tabaco e outras drogas.

Usuários regulares que param de fumar podem apresentar os seguintes sintomas (que podem variar de pessoa para pessoa) por algumas semanas:

  • Irritabilidade
  • Dores de cabeça
  • Distúrbios de sono
  • Sintomas como os da gripe
  • Sentimento de tristeza e ansiedade

Felizmente, não duram muito e geralmente não são graves. Se desejar aliviar esses sintomas, é melhor manter-se hidratado, fazer uma alimentação saudável, praticar exercícios e técnicas de relaxamento, como a meditação.

Mito 12: Segurar a fumaça aumenta o efeito da maconha

À medida que os amantes da maconha envelhecem, perdem essa competitividade comum entre iniciantes. Os jovens maconheiros costumam se orgulhar de dar fortes tragadas, prender a respiração por um minuto e tolerar melhor a “onda” da erva.

Quando a novidade passa, esses usuários começam a relaxar e entender que cada pessoa gosta de maconha à sua maneira. Também percebem rapidamente que não leva muito tempo para segurar a fumaça e intensificar o efeito.

Na verdade, não há estudos que apoiem ​​a ideia de que prender a respiração aumenta a quantidade de THC absorvida. Pelo contrário, é mais provável que não seja esse o caso.

Todo o THC passa imediatamente dos pulmões para o sangue. Se quiser ficar mais chapado, essa não é a melhor maneira.

Mito 13: A fome que a maconha dá não é real

Pois bem, é sim. A maconha tende a abrir o apetite porque o paladar e o olfato aumentam depois de ingerida, levando a comer mais. Assim são as coisas. Se você come muito depois que fuma, não é sua culpa. Culpe a ciência.

Mito 14: A maconha afeta mais os pulmões que o tabaco.

Sim, a maconha pode afetar os pulmões da mesma maneira que o tabaco. De fato, todos os tipos de toxinas que passam pelos pulmões podem causar doenças como o câncer. No entanto, o perigo do tabaco vai além da maconha, além da sua alta toxicidade, a quantidade de tabaco consumida é muito maior. Os fumantes consomem muito mais cigarros do que o usuário moderados de maconha. Portanto, não se trata tanto do que é melhor, e sim o quanto você fuma.

Mito 15: A maconha mata as células do cérebro

Um estudo de 2015 desmentiu a ideia de que a maconha produz mudanças radicais no cérebro de jovens que consomem maconha habitualmente. Também é verdade que são necessários mais estudos a esse respeito. Estudos também mostram que a maconha é neuroprotetora e induz a neurogênese.

Mito 16: Dirigir sob o efeito da maconha é tão ruim quanto dirigir alcoolizado

Não é verdade. Dirigir bêbado é muito pior. Não há relatos que indiquem claramente que dirigir após fumar um baseado causa tantos acidentes ou mais do que sob a influência do álcool.

Leia mais da série Queimando mitos:

Referências de texto: Royal Queen / Cáñamo

Alcaloides da maconha: o que são e para que servem?

Alcaloides da maconha: o que são e para que servem?

O que a maconha, a folha de coca e todo o café têm em comum? Todos eles contêm alcaloides, um poderoso grupo de compostos medicinais encontrados em plantas de todo o mundo. Embora pouco se saiba atualmente sobre os alcaloides da cannabis, suspeita-se que eles possuam benefícios medicinais impressionantes, como outros alcaloides vegetais.

Alcaloides vs. Canabinoides

Os alcaloides são um dos grupos mais comuns de produtos químicos que têm propriedades medicinais encontradas nas plantas. Os alcaloides comumente usados ​​incluem: morfina, cocaína, nicotina, cafeína, quinina, efedrina e muitos mais. Seu nome, alcaloide, deriva da palavra álcali, produtos químicos que reagem como bases, neutralizando os ácidos. Geralmente encontrado nos tecidos externos das plantas, acredita-se que o sabor amargo dos alcaloides seja uma defesa natural das plantas para evitar que sejam comidas por herbívoros, semelhante aos canabinoides e aos terpenos, que auxiliam na prevenção da predação.

Embora canabinoides como THC, CBD, CBG e THCv sejam compostos oleosos, lipopílicos (ligam-se a gorduras) e hidrofóbicos (não se ligam à água), os alcaloides são uma classe muito diferente de produtos químicos. A maior diferença química entre alcaloides e canabinoides é que todos os alcaloides incluem um átomo de azoto que se liga a átomos de hidrogênio adicionais. Os canabinoides, por outro lado, não possuem átomos de nitrogênio e contêm uma cadeia de átomos de carbono, o que lhes confere seu caráter oleoso.

Apesar das suas diferenças, os métodos eficientes para extrair alcaloides e canabinoides das plantas consistem simplesmente em queimar as folhas ou outras partes que contenham os produtos químicos, ou realizar uma extração química. Esses métodos têm sido usados ​​há milhares de anos para ambos os tipos de produtos químicos; a cafeína do café é extraída quimicamente pela fermentação com água, a cannabis é fumada e a cocaína foi originalmente extraída através da mastigação ou preparada como chá.

Descoberta de alcaloides na maconha

A cannabis é uma planta muito complexa e foram relatados mais de 500 compostos na planta, dos quais 125 canabinoides foram isolados e/ou identificados como canabinoides. Os constituintes não canabinoides da planta incluem 42 fenólicos, 34 flavonoides, 120 terpenos e 2 alcaloides. Porém, há controversas sobre o número de alcaloides que foram identificados.

A descoberta de alcaloides na cannabis consegue, na verdade, anteceder a descoberta do primeiro canabinoide, o CBN, em 1896, em mais de uma década. Em 1881, a primeira pesquisa sobre o alcaloide canabinina foi apresentada na Conferência Farmacêutica Britânica, e dois anos depois foi descoberto outro alcaloide fisiologicamente ativo, a tetanocanabina. A pesquisa dos alcaloides da cannabis permaneceu adormecida até a década de 1970.

Em 1971, um grupo de cientistas isolou quatro alcaloides diferentes da cannabis, que chamaram de canabiminas A-D. Em 1975, duas equipes de pesquisadores da Universidade do Mississippi (UMiss) identificaram e isolaram o primeiro alcaloide espermidina, a cannabisativina, das raízes, folhas e caules de cultivares mexicanas e tailandesas. No ano seguinte, os mesmos pesquisadores da UMiss isolaram o segundo alcaloide da espermidina, a anidrocanabisativina, e mostraram que a cannabisativina poderia ser convertida em anidrocanabisativina.

Embora os alcaloides da maconha, canabisativina e anidrocanabisativina, tenham sido descobertos pela primeira vez em cultivares mexicanas e tailandesas, a anidrocanabisativina foi desde então “encontrada em amostras de plantas de Cannabis de 15 localizações geográficas diferentes”.

Qual parte da planta contém mais alcaloides?

Tal como nem todas as partes de uma planta de maconha têm a mesma quantidade de canabinoides, os alcaloides também estão distribuídos de forma desigual pela planta. Pesquisas têm demonstrado repetidamente que as raízes de cannabis não são uma fonte significativa de canabinoides ou dos terpenos acima mencionados, mas são ricas em outros compostos, incluindo alcaloides. Assim, enquanto os terpenos e os canabinoides estão concentrados principalmente nos tricomas das folhas, os alcaloides da cannabis são encontrados principalmente nas raízes (mas também podem ser encontrados nos caules e nas folhas).

Efeitos medicinais dos alcaloides da maconha

Embora os alcaloides da cannabis tenham muito potencial medicinal, as especificidades desse potencial são desconhecidas. No caso da cannabisativina e da anidrocanabisativina, “não há informação farmacológica disponível”, mas acredita-se que “existem vários compostos na raiz da cannabis com potencial atividade anti-inflamatória, incluindo alcaloides”.

Outros pesquisadores observaram que, como classe de compostos, “os alcaloides podem ser usados ​​como analgésicos, antibióticos, medicamentos anticâncer, antiarrítmicos, medicamentos para asma, antimaláricos, anticolinérgicos, broncodilatadores, laxantes, mióticos, ocitócicos, vasodilatadores, psicotrópicos e estimulantes”, e isso provavelmente inclui os alcaloides da cannabis. Um estudo sobre alcaloides da maconha descobriu que eles “têm efeitos diuréticos, analgésicos, anticancerígenos, antipiréticos e antieméticos”.

Em um estudo, uma solução de éter de petróleo de alcaloides e canabinoides da maconha teve “um curso de ação comparável ao da atropina”, um medicamento comumente administrado para reduzir o líquido no trato respiratório durante a cirurgia, que “também pode tratar envenenamento por inseticida ou cogumelo”. Não está claro até que ponto esses efeitos observados foram devidos aos alcaloides ou aos canabinoides.

Apesar de serem um dos grupos de produtos químicos medicinais mais comuns encontrados nas plantas, os alcaloides são alguns dos produtos químicos menos conhecidos na maconha. As primeiras pesquisas mostram que eles podem ter fortes benefícios medicinais como parte da comitiva de compostos medicinais da maconha.

Referência de texto: High Times

Cinco maneiras de impulsionar o sistema endocanabinoide (sem fumar maconha)

Cinco maneiras de impulsionar o sistema endocanabinoide (sem fumar maconha)

O sistema endocanabinoide (SEC) é responsável por regular muitas funções básicas do corpo. Este sistema é ativado com os endocanabinoides que nosso corpo cria e com os fitocanabinoides que a maconha também produz.

O bom funcionamento do nosso SEC é essencial para o nosso sistema imunológico funcionar em perfeitas condições. Além disso, é responsável pelo bom funcionamento da temperatura corporal, memória, apetite, sono ou dor, entre outros. Além disso, é responsável por manter o equilíbrio corporal ou a homeostase.

Existem muitas maneiras de ajudar a ativar os receptores endocanabinoides, inclusive sem fumar maconha. Algumas delas são:

Consumir folhas verdes

Se ainda não houver motivos suficientes, adicione mais folhas verdes à sua dieta. Uma pesquisa mostrou que as folhas verdes ricas em terpeno beta-cariofileno ativam o receptor CB2 em modelos de camundongos. Acredita-se também que o beta-cariofileno é promissor no combate a doenças inflamatórias e doenças autoimunes. Além da maconha, o beta-cariofileno pode ser encontrado no brócolis, manjericão, orégano e alecrim, bem como em muitas outras especiarias comuns. O beta-cariofileno também pode reduzir a paranoia e alguns dos efeitos indesejados da cannabis. Alternativamente, os alimentos ricos em gordura e hidratos de carbono parecem ser contrativos e diminuem a atividade do receptor CB1.

Fazer exercícios

Foi demonstrado que o exercício de média a alta intensidade aumenta os níveis de anandamida – o primeiro endocanabinoide a ser identificado – e ativa o sistema endocanabinoide (SEC). A pesquisa também demonstrou que o exercício regula significativamente (aumenta a sinalização) dos receptores CB1 e aumenta a sensibilidade do receptor CB1. Relatos anedóticos sugerem que um exercício rápido por 20 minutos ou mais fará uma diferença significativa e aumentará os efeitos agradáveis ​​desse fenômeno.

Adicionar ácidos graxos do ômega 3 em sua alimentação

Se você não estiver ficando chapado o suficiente, talvez não esteja incorporando ácidos graxos ômega-3 suficientes em sua dieta. Uma investigação em modelos de ratos mostrou que os ácidos graxos ômega-3 aumentam a síntese de endocanabinoides e regulam positivamente os receptores CB1 e CB2. A desvantagem é que a maioria das pessoas provavelmente não consome ácidos graxos ômega-3 suficientes para fazer uma diferença significativa. No entanto, o óleo de salmão ou de fígado de bacalhau contém maiores quantidades desses ácidos. Alguns cientistas sugeriram que os receptores CB1 podem nem se formar corretamente sem a presença de ácidos graxos ômega-3, portanto, todo maconheiro deve certificar-se de incluí-los em sua dieta.

Tomar banhos frios

Um banho frio não apenas fechará os poros, mas também proporcionará outros benefícios. Evidências iniciais de modelos de ratos sugerem que foi demonstrado que a exposição ao frio aumenta os níveis de endocanabinoides. Os investigadores observaram que a exposição ao frio estava significativamente associada a um aumento da densidade dos receptores CB1. Segundo relatos anedóticos, um banho frio por pelo menos 30 segundos fará a diferença. No entanto, banhos frios são um tanto desagradáveis, por isso é preciso um pouco de prática para se acostumar com 30 segundos ininterruptos sob água fria. Mas por um boost no seu SEC, vale a pena!

Reduzir o estresse

O estresse crônico pode prejudicar sua experiência com a maconha antes mesmo de você fumar, então encontre maneiras de reduzir o estresse. Foi demonstrado que o estresse crônico e emocional em modelos de ratos regula negativamente os receptores CB1. Níveis elevados de cortisol durante períodos prolongados de tempo, normalmente causados ​​por circunstâncias estressantes, também demonstraram reduzir significativamente a capacidade dos canabinoides de se ligarem aos receptores CB1. Além disso, os investigadores dizem que há evidências que sugerem que o SEC precisa de funcionar adequadamente para, em primeiro lugar, lidar adequadamente com o estresse. Talvez medite ou faça outra atividade para relaxar antes de iniciar uma sessão.

Referência de texto: High Times

Acabou o mistério: Snoop Dogg parou de fumar maconha? Não, era apenas marketing!

Acabou o mistério: Snoop Dogg parou de fumar maconha? Não, era apenas marketing!

Depois de um rebuliço na internet, acabou o mistério. Era tudo marketing! É claro que Snoop Dogg não parou de fumar maconha!

Na última quinta-feira (16), o rapper, empresário e ativista da maconha, Snoop Dogg, fez um post em seu Instagram afirmando que pararia de fumar. Porém, não passava de uma ação de publicidade para a empresa de fogueira elétrica Solo Stove que promete funcionar sem fazer fumaça.

Em uma publicação nesta segunda-feira (20), Snoop repetiu a frase do post anterior “I’m giving up smoke”. A palavra “smoke”, em inglês, pode ser traduzida como “fumar” ou “fumaça”. Por isso, o músico usou o duplo sentido da palavra para fazer a ação de publicidade que gerou especulação em todo o mundo. Em português, a frase pode ser traduzida como “estou parando de fumar” ou, simplesmente, “estou parando com a fumaça”.

“Eu tenho um anúncio: eu vou parar de fumar (ou “eu vou parar com a fumaça”). Eu sei o que vocês estão pensando: ‘Snoop, mas isso é a sua coisa’. Mas eu parei. Cansei do cheiro nas minhas roupas. Agora vou ficar sem fumaça. Solo Stove tira o cheiro. Esperto”, diz Snoop Dogg no vídeo de publicidade.

Bom, agora você já sabe a verdade. Não precisa se preocupar, não estamos no “fim do mundo” e a boladora oficial do Snoop não ficará sem emprego.

Referência de texto: CNN / Instagram Oficial Snoop Dogg

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