por DaBoa Brasil | set 21, 2016 | Saúde
Um novo estudo que será publicado na próxima edição da revista Expert Opinion on Investigational Drugs, publicado online pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, descobriu que os canabinóides podem ser uma ferramenta promissora para o tratamento do câncer de mama e de próstata.
De acordo com o resumo do estudo;
“O objetivo desta revisão é avaliar a promissora utilidade quimioterápica dos fitocanabinóides, dos endocanabinóides e dos canabinóides sintéticos para o câncer de próstata e de mama.”
Na sua avaliação, os pesquisadores descobriram que;
“Os canabinóides, em particular, o não psicoativo CBD, pode ser uma ferramenta promissora na terapia de combinação para o câncer da mama e de próstata, devido aos seus efeitos antitumorais diretos, a sua capacidade para melhorar a eficácia de drogas antitumorais convencionais e a sua utilidade como um tratamento paliativo.”
Os investigadores salientam;
“No entanto, estudos mais profundos para estabelecer totalmente os mecanismos responsáveis pelas suas propriedades antitumorais e pró-tumoral e a sua formulação nos sistemas ainda não foram estabelecidos.”
O estudo, realizado na Universidade Complutense de Madrid, na Espanha, pode ser encontrado clicando aqui.
Fonte: The Joint Blog
por DaBoa Brasil | set 9, 2016 | Saúde
Um novo estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease descobriu que a maconha não é apenas uma droga eficaz nos estágios iniciais de demência, como também eficaz em suas fases posteriores.
“Relatórios anteriores demonstraram que a combinação dos extratos botânicos Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD), reduzem o fenótipo da doença de Alzheimer como nos ratos AβPP / PS1 quando administrado durante a fase sintomática precoce”, começa o resumo do estudo.
“Aqui, nós fornecemos evidências de que tais canabinóides naturais são ainda eficazes na redução da perda de memória em ratos AβPP / PS1 nos estágios avançados da doença.”
Este estudo também demonstra que canabinóides naturais “não afetam o comprometimento cognitivo associado ao envelhecimento saudável em ratos do tipo selvagem”.
O estudo conclui, “Os efeitos positivos induzidos do Δ9-THC e CBD em ratos envelhecidos AβPP / PS1 estão associados com a redução de GluR2 / 3 e com o aumento dos níveis de GABA-A Ra1 em animais tratados com canabinóides em comparação com os animais tratados apenas com veículo”.
O estudo completo, intitulado Delineating the Efficacy of a Cannabis-Based Medicine at Advanced Stages of Dementia in a Murine Mode, pode ser encontrado clicando aqui.
Fonte: BlogTheJoint
por DaBoa Brasil | ago 31, 2016 | Saúde
Israel nos próximos meses vai começar o primeiro estudo clínico deste tipo em 120 crianças e adolescentes com autismo. O objetivo é examinar se e como os componentes da maconha (o CBD principalmente) contribuem para reduzir os sintomas desse fenômeno e aliviar o sofrimento dos pacientes. “Isto é um milagre”, diz a mãe de um paciente autista.
Há um mês, veio à primeira notificação de que crianças e adolescentes com autismo poderão obter maconha medicinal em Israel. A notícia provocou muitas reações e esperanças para as famílias das crianças que sofrem os seus efeitos e que até agora tiveram que viajar com seus filhos para o estrangeiro para obter tratamento com a erva ou com óleo de maconha importado ilegalmente, em um esforço para aliviar a dificuldade.
“A pesquisa inovadora”
Agora informa o “Haaretz” que será o primeiro estudo clínico deste tipo em Israel que revisará em profundidade o impacto do CBD, um componente não psicoativo da maconha, em crianças e adolescentes que sofrem desta doença. O estudo começará nos próximos meses, com a aprovação e apoio do Ministério da Saúde e será realizada em 120 pacientes autistas classificados como de baixo a médio desempenho acompanhado de problemas graves de comportamento.
“Aos participantes do estudo será fornecido óleos derivados da planta cannabis ricos em canabidiol (CBD), uma das centenas de princípios ativos da maconha”, disse o relatório. “Eles serão divididos em dois grupos: Um grupo experimental e um grupo controle. O grupo experimental receberá três meses de tratamento com óleo de CBD, enquanto o grupo de controle receberá um placebo. No fim do período, serão documentados os efeitos sobre os pacientes submetidos ao tratamento e depois disso mudarão os grupos. No grupo experimental durante os três meses de tratamento não saberão quem pertence ao grupo nem se recebeu o placebo ou o CBD, nem mesmo seus familiares ou cuidadores”. “Há uma grande quantidade de demanda”
O Dr. Adi Aran, diretor da unidade de neurologia infantil no Shaare Zedek Medical Center, que está liderando a pesquisa, disse:
“Este é um estudo importante em qualquer escala, inclusive em relação aos ensaios clínicos com maconha controlada em pesquisa para o estudo do autismo. Esperamos que, pelo menos, cinco centros médicos participem do estudo para que seja maior e eficaz.”
“De um lado há uma grande quantidade de demanda por parte dos cidadãos para este tratamento, e por outro lado não se sabe o suficiente sobre isso, nós não gostamos de dar medicamentos que não têm nenhuma base científica para confiar na evidência”, acrescentou. “É um milagre”.
No artigo entrevistam a mãe de Yuval, paciente autista de 23 anos de idade que usa o óleo CBD de Tikkun Olam:
“Eu tenho uma criança maravilhosa, tem baixo funcionamento autista, e desde os 12 é tratado com drogas psiquiátricas”, diz a mãe. “Aos 17 anos, ele também tinha desenvolvido epilepsia e também tinha evoluído seus comportamentos de auto-agressão e prejuízos aos outros. Todas as drogas testadas agravaram a situação. Nós temos a permissão de consumo e após o tratamento com o CBD pode-se contar nos dedos de uma mão o número de vezes que cria um tumulto. Até agora, era uma situação que eu não podia ficar sozinha com ele em casa”.
“Muitas vezes se mordia no pulso e criava uma situação de cicatriz sobre cicatriz”, disse. “Hoje o pulso é perfeitamente liso, e eu não estou falando também que reduziu a ansiedade e aumentou a capacidade de entrar em contato e ser mais controlável. Para mim, isso é um milagre”.
Fonte: Cannabis Israel
por DaBoa Brasil | ago 8, 2016 | Política, Saúde
Muito tem se falado sobre o uso medicinal da maconha, mas ainda é preciso esclarecer algumas questões que dificultam a adesão da sociedade, médicos e governo a tratamentos cientificamente comprovados. A primeira confusão está justamente em falar sobre os benefícios da maconha para a saúde, pois a medicina e a ciência têm feito valer das propriedades do cânhamo.
Embora a maconha e o cânhamo sejam da família da cannabis, é importante destacar que se tratam de plantas diferentes. Enquanto a maconha é baixa e espessa, o cânhamo é alto e longo. Além das diferenças físicas, a maconha contém grandes quantidades do canabinóide psicoativo THC (tetrahidrocanabinol) e o cânhamo pode conter quantidades relativamente grandes do canabinóide não psicoativo CBD (canabidiol).
Dentro do contexto científico, é o canabidiol que nos interessa. Este ativo tem efeito significativo para condições neurológicas em que os medicamentos farmacêuticos tradicionais não atuam como o esperado. Isto ocorre, em grande parte, porque os medicamentos farmacêuticos visam a sinapse, onde somente 2% de toda a comunicação neurológica ocorre. Já os canabinóides visam um espectro muito mais amplo de atividade neurológica, capazes de criar intervenções de terapia potencialmente inovadoras em termos de medicina neurológica.
Por isso, o canabidiol tem sido utilizado para o tratamento de doenças neurológicas graves em vários países, entre eles, o Brasil. Em abril de 2014, a importação da substância foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após a solicitação de Katiele Fischer, mãe de uma menina de cinco anos, com CDKL5, síndrome que, entre outras manifestações, ocasionava mais de 80 convulsões por dia na criança. O pedido de Katiele foi embasado no caso de Penny Harper, uma americana, também mãe de uma menina com a síndrome, que iniciou o tratamento com o canabidiol e conseguiu reduzir a incidência de convulsões da filha de 40 por dia para zero em um período de pouco mais de 60 dias, o que permitiu a criança voltar a se desenvolver fisicamente e restabelecer a relação com a família.
Os benefícios do uso do canabidiol em pacientes com doenças neurológicas graves são comprovados. Tanto que, atualmente, o governo federal brasileiro subsidia o tratamento para portadores de diversas síndromes. Essa iniciativa é de suma importância para o adequado tratamento de pessoas com determinadas doenças neurológicas. Sem o suporte do governo, muitas famílias recorriam a métodos ilegais de importação, cultivo e produção do medicamento para alívio dos sintomas dos pacientes. Esses atos de amor e desespero, embora legítimos, poderiam trazer problemas legais aos familiares e metabólicos para os pacientes. Isso porque a produção caseira pode não ter a quantidade adequada de canabidiol e conter alto índice de THC, substância com propriedade psicoativa. O canabidiol industrial é preparado por uma empresa especializada, que realizou diversos estudos científicos e continua monitorando o desenvolvimento dos pacientes que iniciaram o tratamento com a substância.
A primeira batalha que tinha como objetivo a liberação da importação do canabidiol para tratamento médico no Brasil foi vencida, mas a guerra ainda não acabou. Embora os resultados sejam comprovados, o tema ainda é polêmico e pouco discutido no país. Por isso, é importante disseminar as informações. A esperança de muitos familiares, pacientes e minha, como médico, é que os benefícios do tratamento se sobressaiam perante a sociedade para que o tema seja desestigmatizado. Afinal, o que todos querem, é apenas viver da melhor maneira possível. (*Por Stuart W Titus, médico e CEO da Medical Marijuana Inc)
Fonte: Bonde
por DaBoa Brasil | jul 24, 2016 | Saúde
Pesquisadores da Universidade de Canberra na Austrália anunciaram o lançamento de um novo projeto de investigação que visa à criação de uma terapia à base de maconha para o tratamento de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele.
A Universidade assinou um contrato no valor de um milhão de dólares pela fabricante internacional de maconha medicinal Cann farmacêutica, para a prestação da erva para fins de ensaios clínicos em pacientes com melanoma.
O projeto de investigação terá a duração de dois anos será conduzido pelo professor de biologia molecular e celular Sudha Rao.
A equipe do professor Sudha Rao, do Instituto de Pesquisa de Saúde da Universidade, já começou investigar sobre terapias inovadoras e agressivas para combater células cancerígenas e prevenir a reaparição do câncer.
Professor Rao disse que os estudos clínicos irão ajudar a lançar uma nova luz sobre a eficácia da maconha no tratamento de melanoma.
Os estudos existentes sugerem que alguns dos compostos encontrados na maconha têm a capacidade de “desligar” o crescimento descontrolado de células cancerígenas na pele, o que é um fator importante para o desenvolvimento e progressão do câncer da pele.
Uma investigação em setembro de 2013, publicada no British Journal of Pharmacology mostraram que o canabidiol (CBD) pode ser muito promissor para o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer de pele.
“Os australianos têm a maior taxa de melanoma no mundo. Estima-se que só em 2016 serão diagnosticados cerca de 13.000 australianos com melanoma”, disse Rao.
“O melanoma é considerado o terceiro câncer mais comum na Austrália e Nova Zelândia, cerca de 1.800 pessoas morrerão da doença este ano, por isso temos de desenvolver tratamentos eficazes.”
A maconha medicinal é administrada a pacientes com melanoma, em paralelo com a quimioterapia. Os cientistas controlam estritamente a forma de como as células-tronco respondem ao tratamento com a erva. Espera-se iniciar os ensaios clínicos em 2017.
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