Fabricante canadense revoluciona e lança um violão feito de cânhamo

Fabricante canadense revoluciona e lança um violão feito de cânhamo

A fabricante canadense JOI Guitars deu um grande passo para promover o uso de madeira sustentável na fabricação convencional do instrumento com o lançamento de seu violão feito de madeira de cânhamo.

Notavelmente este é o primeiro violão acústico do mundo a utilizar a madeira desse tipo, o novo modelo passou por uma extensa fase de pesquisa e desenvolvimento antes de ser feito, com o cânhamo sendo usado no corpo, braço e cabeça do instrumento.

Para manter a integridade do cânhamo, que tende a se quebrar facilmente quando cortado em pedaços finos, a empresa foi forçada a inovar seus métodos de fabricação e desenvolver novas formas de garantir que a madeira pudesse ser usada na construção de um violão.

Uma dessas inovações adotada pelo luthier Reuben Forsland incluiu a integração de fibra de carbono e um material de favo de mel Kevlar nas áreas que precisavam de reforço, bem como o teste de novos processos de flexão e lixamento para criar uma base estruturalmente robusta.

O cânhamo é considerado uma das madeiras mais sustentáveis ​​conhecidas atualmente e é apelidado pela JOI Guitars como uma planta de diversidade agrícola que dá aos cultivadores a oportunidade de ter uma boa vida.

Uma declaração na loja online da JOI Guitars diz: “Este violão incorpora o empenho de pessoas visionárias, agricultores, manufatura e habilidade, todos igualmente importantes na criação, com a intenção de construir um mundo que incorpore valores saudáveis ​​e uma bela mistura de tecnologia e tradição”.

“Este violão combina a tradição milenar da agricultura com a habilidade do violão acústico, criado no primeiro violão tradicionalmente construído em madeira de cânhamo. Sinto que este trabalho vai falar ao coração do mundo por meio de inovadores, sejam eles cultivadores, músicos, fabricantes e artesãos”.

Greg Wilson, que é o cérebro por trás do novo violão, continuou: “Nossa intenção nunca foi apenas criar outro produto de madeira, mas beneficiar a humanidade, fornecendo uma alternativa de madeira viável que ajuda o meio ambiente, removendo os efeitos devastadores de desmatamento”.

 

Foto por: Reuben Forsland
Referência de texto: Guitar World / Joiguitars.com

Um artigo analisa os usos antigos e modernos da cannabis como alimento

Um artigo analisa os usos antigos e modernos da cannabis como alimento

Os autores revisam o uso da planta como alimentos e seu uso como suplemento nutricional.

Um grupo de pesquisadores publicou uma revisão sobre os usos da cannabis como alimento e suplemento nutricional. O artigo foi publicado na revista Cannabis and Cannabinoid Research e explora o aumento na produção de cannabis, em sua versão cânhamo, para usos como a produção de fibras para tecidos, materiais domésticos ou de construção e a produção de alimentos e suplementos.

Os autores analisam alguns dos marcos legais que regulam esse uso da cannabis, mas o objetivo principal do artigo de revisão é, segundo seus autores, “fornecer um olhar abrangente, de uma perspectiva multidisciplinar, sobre as evidências científicas de que apoia os efeitos benéficos das propriedades do cânhamo quando consumido como alimento ou suplemento alimentar”.

Ao longo do artigo, são explorados os diferentes usos históricos e modernos da planta como alimento, desde as propriedades nutricionais até os diferentes produtos derivados, como óleos ou farinhas de sementes. Os autores preveem que o uso do cânhamo na indústria de alimentos e suplementos se expandirá nos próximos anos, conforme a demanda aumenta e novas regulamentações legais são produzidas, “com enormes implicações sociais, econômicas e de saúde”.

Referência de texto: Cáñamo

Paquistão aposta no cultivo de cânhamo como alternativa ao algodão

Paquistão aposta no cultivo de cânhamo como alternativa ao algodão

O Governo está estabelecendo fazendas para a produção de cannabis em quatro regiões do norte do país.

O ministro da Ciência e Tecnologia do Paquistão, Chaudhry Fawad Hussain, disse recentemente que o governo está apostando no cultivo de cânhamo como matéria-prima industrial e está realizando plantações em diferentes partes do país. Na cerimónia de abertura da Câmara de Comércio e Indústria de Lahore, o ministro explicou que o governo está tomando várias medidas para fortalecer a economia nacional, incluindo a produção de cânhamo.

O governo do Paquistão aposta no cânhamo como alternativa ao algodão. Com a mesma área de terra, os cultivos de cânhamo podem produzir safras três vezes maiores do que o algodão e com um tempo de crescimento mais rápido. Os tecidos feitos de fibras de cânhamo são mais fortes do que os de algodão e tendem a ser mais duráveis. Além disso, as fibras do cânhamo e outras partes da planta são usadas para fazer outros materiais como papéis, óleos, plásticos e materiais de construção.

De acordo com informações publicadas pelo Pakistan Today, o ministro disse que estão instalando fazendas para a produção de cannabis em Jhelum, Peshawar, Chakwal e Islamabad, quatro regiões do norte do país. Durante seu discurso, ele enfatizou que a cannabis é uma alternativa eficaz ao algodão e que sua produção beneficiaria enormemente a economia do Paquistão.

Referência de texto: Pakistan Today / Cáñamo

Cultivo de maconha completa 1 ano em frente ao Congresso do México

Cultivo de maconha completa 1 ano em frente ao Congresso do México

Enquanto o México continua a enfrentar uma burocracia para decidir como legalizar a maconha, um grande cultivo cresce em frente ao Congresso.

O Plantón 420, como é chamado pelos ativistas mexicanos, é um verdadeiro campo de maconha que foi cultivado em um parque municipal localizado em frente ao palácio legislativo, em uma área muito movimentada da Cidade do México.

O objetivo desde o primeiro dia foi alcançar a libertação da planta, embora não fosse um caminho livre de espinhos.

Pepe Rivera é o responsável pela comunicação do Movimento Cannabis Mexicano, responsável pelo megacultivo de maconha em frente ao Congresso do México, que já atingiu mais de 1.100 plantas. Sim, uma verdadeira floresta de maconha no coração da capital mexicana.

“O lema do Plantón 420 é que o autocultivo e o cultivo compartilhado, ou clubes, sejam regulamentados sem fins lucrativos”.

“Esses dois são dois dos três mecanismos de acesso e o terceiro é o mercado. É isso que tentaram armar”. “Eles estão tentando regulamentar um privilégio para alguns que querem fumar”, disse Pepe ao portal LaMarihuana.

PLANTÓN 420: MACONHA NA FRENTE DO CONGRESSO

Há uma razão pela qual o cultivo de maconha em frente ao Congresso do México não apenas não foi suspenso, mas se tornou a primeira horta legal de maconha do país.

É que se trata de um espaço de ativismo, para o qual é amparado pela Constituição.

Foi no dia 2 de fevereiro de 2020 que foi decidida a ocupação dos canteiros da praça, também chamada de Luís Pasteur e que também possui uma estátua em sua homenagem. Sim, como naquela história que, precisamente, dá ao nosso movimento o número especial 420.

Foi naquele dia a primeira vez que os mexicanos mudaram a triste rotina cada vez que passavam por ali com uma imagem verde e libertadora.

A Praça Luis Pasteur é cercada pelo próprio prédio do Senado mexicano, a estrada Manuel Villalongín e as famosas avenidas Insurgentes e Reforma, o taxista Arjona e os charutos “que fazem você rir”.

Um grupo de pessoas faz guarda lá todas as noites há um ano. Na praça eles cozinham, dormem, comem e convivem no abrigo das ervas.

“Estamos fora do Senado, em duas das principais avenidas do México, uma é a Reforma, onde tudo é celebrado”. “E a outra é a Insurgentes, que foi por muito tempo a rua mais longa da América Latina. Milhares de pessoas passam todos os dias”, diz Pepe.

O primeiro canteiro na Plaça Luis Pasteur foi ocupada por plantas em 2 de fevereiro de 2020, mas o primeiro cultivo foi em 2019.

Eles chamaram esse primeiro jardim de “María Sabina”, uma curandeira mazateca indígena que viveu 91 anos e usava cogumelos alucinógenos em suas preparações. A figura de Sabina é uma bandeira para todos mexicanos que lutam pela liberação de substâncias psicoativas.

PLANTON 420, PANDEMIA E GANGUES

Plantón 420 estava a todo vapor e no verão anterior contava com mais de 1.100 plantas. No entanto, a pandemia chegou e tudo começou a se complicar.

“Quando a pandemia explodiu, a manifestação estava para desaparecer”, lembra Rivera, “em abril a manifestação também foi para o gabinete do prefeito, que queria retirá-los devido a medidas sanitárias”.

As medidas de combate ao covid-19 também atingiram muitos dos ativistas, que optaram por retornar para suas casas. Em seguida, cortaram-se as projeções, os dias com DJ’s e as palestras. Naquela época, cerca de 10 pessoas corajosas ficavam para cuidar de cerca de 300 plantas. O parque estava aberto, mas vieram os sem-teto e “la maña”, os bandidos do bairro.

O local virou um bar a céu aberto com todos os condimentos: brigas e venda de substâncias. As pessoas não conseguiam distinguir entre eles e o movimento, então o protesto, novamente, corria o risco de desaparecer. Foi lá que o Movimento Cannabis Mexicano decidiu responder com muito mais ativismo.

Em abril ocuparam o segundo canteiro de flores, que chamaram de “Tin Tan”, em homenagem ao ator nascido em 1936 que pela primeira vez levou a maconha ao cinema.

Em meio à pandemia, e com a chegada da estação das chuvas, começaram a brotar muitas sementes. Então, foi gerado um setor de plantas que de fato ocupou outro espaço.

Chamaram aquele terceiro canteiro de “Agustin Lara”, em homenagem ao famoso músico mexicano que tinha a maconha como musa inspiradora.

Os responsáveis ​​pelo cultivo de maconha em frente ao Congresso do México mantêm um registro da genética da maconha que cresce em frente ao Congresso do México. Lá você pode encontrar Critical Orange, Strawberry Banana, Purple Haze, Jalpur – uma sativa do banco Mexicanna -, Royal sativa e Super Silver Haze.

Todas essas variedades são variedades de protesto, não são fumadas nem doadas, são feitos preparados com álcool e são oferecidas às muitas pessoas mais velhas que passam por ali.

Na praça Luís Pasteur também há uma tenda de cultivo indoor, mas os legisladores parecem não ter descoberto ainda. Todas as terças e quintas-feiras os senadores se reúnem no Congresso. Se não quiser nos ver os ativistas, eles vão sentir o cheiro, pensaram os criadores do Plantón 420.

Como resultado, eles fazem sessões de fumaça todas as semanas, embora a indiferença continue sendo a reação geral dos que fazem as leis mexicanas.

“Nenhum legislador desceu para falar conosco, então eles governam por interesses pessoais”, resumiu Pepe. Hoje, o Plantón 420 precisa de ajuda, neste caso, doações de materiais de construção.

A nova meta é que o Plantón 420 se transforme em um centro de atividades que inclua uma barraca de cultivo e uma cozinha. Também um pequeno museu para sensibilizar a população e continuar a luta em melhores condições.

“Queremos que todo o parque seja declarado museu vivo dos direitos humanos”, revela Pepe.

No cultivo de maconha em frente ao Congresso do México também há uma área para fumantes onde qualquer pessoa pode entrar. Para esta atividade existem dois horários: das 11:00 às 15:00 e das 16:00 às 20:00 horas.

Quem participa do cultivo da maconha em frente ao Congresso do México deve respeitar a distância saudável e ficar ali no máximo meia hora para que outras pessoas possam passar.

Como dizem no protesto, essa é a melhor maneira de “sair do armário” e mostrar à sociedade que não há nada de errado em fumar um baseado.

Sobretudo lá, onde a Plaça Luis Pasteur oferece alguns minutos de calma e bom fumo, entre o estrondo dos escapes e uma burocracia pesada que, muitas vezes, faz perder de vista questões fundamentais. Como, por exemplo, a liberdade.

Referência de texto: La Marihuana

Algumas das principais razões para legalizar a maconha

Algumas das principais razões para legalizar a maconha

O principal motivo pelo qual deveríamos legalizar a maconha é porque temos o direito de aproveitar a vida e a liberdade de escolha de fazermos uso responsável do que bem entendermos. No entanto, isso pode ser um argumento insuficiente para alguns. Aqui deixamos algumas razões mais bem fundamentadas.

Por que devemos legalizar a maconha?

1 – Garantir a justiça social

Quando a maconha é perseguida, não é para caçar o homem branco rico que mora no condomínio de luxo ou no bairro de classe alta. A proibição é uma ferramenta de repressão para matar preto, pobre e moradores da periferia. A ilegalidade da maconha beneficia apenas os corruptos e grandes traficantes de drogas que, com o dinheiro obtido pela venda de drogas, também promovem outros crimes mais pesados. A legalização, seguida de uma política tributária justa e razoável, garantiria que o dinheiro gasto com maconha pudesse se direcionado para a construção e melhorias de escolas ou ajudasse os desempregados.

2 – Porque a planta é medicinal por si só

Escutamos muito que ainda precisamos de mais pesquisas para poder afirmar até que ponto a maconha tem propriedades medicinais. No entanto, seu uso milenar para estes fins, e a eficácia provada por vários estudos, mostram que várias doenças ou condições podem ser tratadas com a maconha.

Pode ser menos milagrosa do que pensamos, mas certamente é muito mais segura e eficaz do que outras drogas que se enquadram na categoria de medicamentos e, acima de tudo, menos perigosas do que outras substâncias legais e ilegais.

3- Criação de novos empregos

Ao que tudo indica, estamos chegando em uma das maiores crises do século 21. A maconha também faz parte de uma indústria bilionária que cria milhares de empregos, direta e indiretamente. Por que não apostar nesse tipo de indústria ou invés de insistir em uma guerra falida?

4 – É mais segura

Tudo o que é legal geralmente é regulamentado por órgãos competentes que zelam pela nossa saúde. Se a maconha for legalizada, ela deve passar por esse tipo de regulamentação para ser vendida em pontos licenciados, pois o que consumimos será saudável de acordo com o padrão e, além disso, terá a certeza da procedência e qualidade do produto.

5 – Não é uma “porta de entrada para drogas mais pesadas”

Se alguém ainda está preocupado com o fato de a maconha levar à cocaína, ao crack ou à heroína, não tema: o mito da “porta de entrada” já foi desmentido há anos. Não por nós, mas por pesquisas que mostram que esse argumento não passa de um “mito político”. Além de existirem estudos que mostram que, além de não ser essa tal “porta de entrada”, é uma “porta de saída” de drogas mais pesadas.

Embora se acredite que o uso habitual da maconha entre os jovens não seja recomendado, pode-se dizer que a maconha não afeta a inteligência em termos gerais, apesar do mito do maconheiro preguiçoso. Outro mito que também já se desfez, graças à ciência.

Referências externas: Cáñamo

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