Museu do LSD abriga 33.000 folhas de arte psicodélica na Califórnia

Museu do LSD abriga 33.000 folhas de arte psicodélica na Califórnia

O Instituto de Imagens Ilegais reúne uma coleção de arte mata-borrão dos anos 1960 até os dias atuais.

Mark McCloud é o proprietário e gerente do museu psicodélico localizado em sua própria casa em San Francisco, na Califórnia (EUA). O Instituto de Imagens Ilegais, ou Museu do LSD, é uma coleção particular coletada e preservada por McCloud desde 1960 que abriga 33.000 folhas de arte mata-borrão. As folhas de papel mata-borrão são usadas como suporte para a distribuição e consumo de LSD.

A maioria das impressões está emoldurada e espalhada pelas paredes do museu, enquanto outras estão armazenadas em arquivos de centenas de páginas. Além das folhas de mata-borrão, o museu possui outros objetos da cultura psicodélica e uma velha máquina usada para perfurar as folhas de papel mata-borrão e fazer as separações das doses de LSD.

McCloud teve que responder ao FBI em mais de uma ocasião por ter um museu de amostras de papéis de LSD. Em 1992 e 2001, ele foi preso e julgado, mas absolvido em ambos os julgamentos. Embora tenha uma enorme coleção de papeis com ilustrações artísticas de LSD, nenhuma das folhas foi mergulhada em LSD e se alguma vez tiveram LSD, se tornou inativo com o passar dos anos.

A missão de Mark McCloud é preservar o legado psicodélico que foi produzido em San Francisco da década de 1960 em diante “para que talvez nossos filhos possam nos compreender melhor”, disse McCloud ao portal Open Culture. O museu pode ser visitado gratuitamente e tem uma parte das obras digitalizadas em seu site.

Referência de texto: Cáñamo

Mulheres preferem maconha à terapia hormonal para os sintomas da menopausa, diz estudo

Mulheres preferem maconha à terapia hormonal para os sintomas da menopausa, diz estudo

Um estudo apresentado na Sociedade Norte-americana de Menopausa relatou que mais mulheres usaram maconha para controlar os sintomas da menopausa do que uma terapia hormonal mais tradicional.

O estudo apresentado na North American Menopause Society anual no mês passado descobriu que 27% das mulheres usaram (ou estão usando atualmente) a maconha para controlar os sintomas da menopausa – mais do que o número (19%) que tentou uma terapia hormonal mais tradicional, de acordo com um relatório do Atlanta Journal-Constitution.

Outras 10% das entrevistadas disseram que estariam interessadas ​​em experimentar cannabis para aliviar os sintomas relacionados à menopausa.

O Midlife Women Veterans Health Survey incluiu 232 mulheres com uma idade média de 55,95 anos. Mais da metade (54%) das participantes relataram ondas de calor e suores noturnos, 69% relataram sintomas geniturinários e 27% relataram insônia.

Carolyn Gibson, psicóloga e pesquisadora de serviços de saúde do San Francisco Veterans Affairs Health Care System e autora principal do estudo, disse que “as descobertas sugerem que o uso de cannabis para controlar os sintomas da menopausa pode ser relativamente comum”.

“No entanto, não sabemos se o uso de cannabis é seguro ou eficaz para o controle dos sintomas da menopausa ou se as mulheres estão discutindo essas decisões com seus provedores de saúde – particularmente no VA, onde a cannabis é considerada uma substância ilegal segundo as diretrizes federais. Esta informação é importante para os provedores de saúde e mais pesquisas nesta área são necessárias”, disse Gibson para o Journal-Constitution.

Um estudo publicado no início deste mês no Journal of the American Geriatrics Society descobriu que 78% dos idosos estavam recorrendo à maconha para tratar condições médicas mais comuns, como dor e artrite, distúrbios do sono, ansiedade e depressão. Essa pesquisa descobriu que 61% dos participantes começaram a usar maconha após os 60 anos.

Um estudo publicado em fevereiro na JAMA Internal Medicine descobriu que o uso de cannabis entre adultos com mais de 65 anos aumentou de 2,4% em 2015 para 4,2% em 2018, um aumento de 75%.

Fonte: Ganjapreneur

Novo estudo sobre maconha para tratar problemas da menopausa

Novo estudo sobre maconha para tratar problemas da menopausa

De acordo com um novo estudo realizado na Califórnia, quase um quarto das entrevistadas dizem que usam maconha para controlar os sintomas da menopausa.

Pesquisadores do San Francisco VA Health Care System publicaram as descobertas durante a Reunião Anual Virtual de 2020 da Sociedade Norte-Americana de Menopausa. Os pesquisadores disseram que examinaram uma amostra de 232 mulheres que vivem no norte da Califórnia. O que é um alcance limitado, com certeza, mas nos dá uma ideia do que pode estar acontecendo em outros lugares onde a maconha é legal.

De acordo com o estudo, “27% de todas as participantes relataram uso atual ou anterior de cannabis para o controle dos sintomas da menopausa, enquanto outras 10% expressaram interesse no uso futuro”.

“Em contraste, apenas 19% relataram formas tradicionais de controlar os sintomas da menopausa, incluindo a terapia hormonal da menopausa”, escreveram os pesquisadores. “Nas análises bivariadas, as mulheres que relataram e não relataram o uso de cannabis para o controle dos sintomas da menopausa não diferiram por idade, etnia, status socioeconômico ou condições de saúde mental”.

Com base nesses resultados, portanto, parece que o uso de maconha para tratar doenças da menopausa é bastante comum, pelo menos na Califórnia.

“No entanto, não sabemos se o uso de cannabis é seguro ou eficaz para o tratamento dos sintomas da menopausa ou se as mulheres estão discutindo essas decisões com seus provedores de saúde, especialmente no VA, onde a cannabis é considerada uma substância. ilegal sob as diretrizes federais”, disse Carolyn Gibson, psicóloga e pesquisadora do San Francisco VA Health Care System e principal autora do estudo. “Esta informação é importante para os profissionais de saúde e mais pesquisas são necessárias nesta área”.

O que é preocupante, se é que devemos nos preocupar, é que os efeitos a curto, médio e longo prazo do uso da maconha como “tratamento” são desconhecidos. Existem riscos? Poderíamos dizer “não”, mas na realidade são necessários mais estudos que possam testar essa intuição.

Referência de texto: Cáñamo

Quem Somos

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Conto Canábico: sobre maconha nos tempos da quarentena

Conto Canábico: sobre maconha nos tempos da quarentena

A velha subiu a rua reclamando, enquanto a água suja corria e manchava o piso, deixando lisas as pedras brancas. E a velha me abordou de surpresa, com sua voz de velha portuguesa, enquanto eu matava tempo no meio-fio. Perguntou de onde vinha a água e eu respondi que estavam limpando as escadas de algum prédio. A velha se incomodou, e falou que era um perigo lavarem as escadas, pois alguém poderia escorregar. Perguntei se ela morava no prédio em questão e ela respondeu que não, mas que achava necessário fazer a observação.

“Uma pena tudo isso” me disse a velha quando achei que nada mais ela tinha para falar. “O que é uma pena, minha senhora?” perguntei um tanto incomodado, pois não queria gastar a língua à toa. “A doença tá mal, tá tudo mal, isso é triste, ver a Itália na doença é triste” disse a velha como quem lamentava por um mundo inteiro. “Aqui em Lisboa também está muito mal. Se a polícia me vê livre pela rua ela logo trata de me levar de volta para casa”.

E eu que estava ali só esperando o amigo chegar com o boldo, me vi em uma realidade alternativa. A pandemia de Corona deixou todo mundo na nóia, pois todo mundo agora é alvo do vírus em questão. Não pode sair na rua, pois o vírus está a solto por aí, e se você é idoso, você é isca fácil do malandro. E com o estado de emergência de Portugal, velha que passeia pelo bairro, como se nada estivesse a passar, pode ser levada pela polícia por desobediência civil.

Rapaz, chegamos ao ponto mais fundo, onde, por causa de um vírus, uma idosa é considerada mais subversiva que um maconheiro esperando seu corre. Com essa mudança de pensamento, disse para a velha ir para casa, pois “viagem em carro de polícia não vale a pena, pois os caras tem mal gosto musical”. Mas a velha disse que estava na rua à procura de um homenzinho, e disse que só voltaria para casa quando achasse o homenzinho.

Então o amigo apareceu com o boldo, e a velha o abordou e perguntou se ele tinha visto um homenzinho por aí. Ele disse que não para a velha e depois perguntou de onde estava vindo a água que corria pela calçada. “Estão limpando as escadas de um prédio. Um perigo isso” disse a idosa. Olhei para o amigo e disse para irmos embora dali, pois pode pegar mal dois maconheiros serem vistos com uma idosa. E assim começamos a marchar de volta para Arroios, como duas pessoas comuns que só saíram de casa para comprar um produto de  necessidade básica.

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Por Francisco Mateus
Ativista, escritor e jornalista

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