por DaBoa Brasil | jul 12, 2016 | Política, Saúde
A lei que passou pelo Congresso diz que os colombianos podem obter produtos terapêuticos a base de maconha em condições de igualdade, ou seja, normas de não discriminação, acessibilidade física, acessibilidade econômica e acesso a informação.
Em relação ao princípio de segurança, se fala em garantir as condições de higiene nos processos de fabricação, comercialização e utilização final de qualquer substância de maconha medicinal.
Esta lei estabelece que os medicamentos sejam regularizados, eles devem responder as normas de qualidade aceitas pela comunidade científica e o deve governo regular os preços das substâncias, garantindo um valor que permita aos pacientes com doenças crônicas e terminais a ter um tratamento digno.
A sanção desta lei pelo presidente, Juan Manuel Santos, coincide com as primeiras licenças que fez o Ministério da Saúde em produzir a maconha para o tratamento de doenças.
É uma mudança histórica no paradigma da luta contra a droga no país de no mundo. Não é a legalização do uso recreativo como já acontece em países como Uruguai e Estados Unidos. No entanto, é uma mudança nas políticas governamentais que deram apoio ao projeto de lei apresentado pelo senador Juan Manuel Galán para aproveitar as qualidades medicinais da maconha.
Fonte: diariodelhuila
por DaBoa Brasil | jul 10, 2016 | Curiosidades, Economia, História
Nos Estados Unidos, assim como no Brasil, o cultivo de cânhamo é ilegal. Hipocritamente, isto é apesar do que os estadunidenses compram legalmente centenas de milhões de dólares em produtos de cânhamo; cereais de cânhamo, loções e coleções de roupas, até as prateleiras de estabelecimentos como o Wall-Mart. O ridículo se torna maior se você levar em conta o fato de que há centenas de anos, antes que a ciência e a pesquisa moderna mostrassem os benefícios do cânhamo, nossos antepassados já haviam entendido.
Em 1619, uma das primeiras leis do cânhamo foi estabelecida na Assembleia da Virginia. A lei exigia que muitos colonos cultivassem o cânhamo, multando aqueles que não o fizessem. Eles cultivaram porque sentiram que era tão drasticamente importante para o bem-estar da sua sociedade.
Como observado pelo PBS, o cânhamo realmente foi utilizado como moeda legal durante esse tempo. Nos estados da Pensilvânia, Virginia e Maryland, foi usado durante aproximadamente 200 anos até meados do século XIX, depois que os Estados Unidos se tornou uma nação independente.
O progresso foi rápido até a década de 1940, últimos anos até o início da “Reefer Madness” e a introdução da legislação sobre a maconha, até então ainda não era compreendida pelo Governo a importância do cânhamo para a sociedade. Mas mesmo assim o governo foi tão longe ao ponto de oferecer um diferimento do projeto para agricultores que cultivassem o cânhamo na 2ª Guerra Mundial, inclusive entregando sementes fertilizadas aos agricultores.
Apenas alguns meses após o seu início, em 1943, os agricultores que fizeram parte deste sistema (obtinham um adiantamento ou sementes de cânhamo livre) produziam mais de 375.000 acres de cânhamo.
Depois disso, o cânhamo caiu no caminho de intensa propaganda e interesses especiais, com um governo que já não diferenciava entre o cânhamo industrial e a maconha psicoativa.
Apesar disso, muitos lugares já legalizaram o cânhamo, com forte crescimento de agricultores que cultivam a planta.
por DaBoa Brasil | jul 10, 2016 | Economia
Apinhada na frente de uma discreta loja de Toronto, a multidão se aglomera em torno da porta. Em alguns minutos, todos voltam-se para um senhor de 58 anos, com visual de executivo aposentado, que desponta na entrada.
Sua aparição é acompanhada de flashes e pedidos de autógrafos. Logo em seguida, uma emissora de TV inicia uma transmissão do local. A cena interrompe o cotidiano pacato da área, e se repete toda vez que empresário Marc Emery vai ao local. Isso porque Emery é o maior ativista pró-legalização da maconha do Canadá e a loja é, na verdade, um de seus pontos de venda da planta.
Conhecido no país como “Príncipe da Maconha”, Emery ganhou notoriedade ao longo de três décadas de luta pela legalização da erva. Por conta de seu ativismo, esteve preso várias vezes ─ 34, diz ─ em vários pontos da América do Norte e está proibido de entrar nos Estados Unidos.
Agora, ele quer apagar o passado conturbado e surfar no relaxamento das leis canadenses. A legalização da produção, comércio e consumo é uma promessa do atual premiê, Justin Trudeau, prevista para ocorrer em menos de um ano.
Com duas lojas já abertas em Vancouver, onde vive, e outras duas em Toronto, Emery prepara-se para criar uma rede de comércio espalhada por todo o país. Também iniciou uma série de viagens internacionais, numa cruzada pela regulamentação em países da Europa e da América do Sul.
“Vamos abrir uma loja a cada dois meses a partir de agora, para que todos possam comprar maconha legalmente. O Canadá passa por mudanças intensas, e deve influenciar outros países a fazerem o mesmo”, diz à BBC Brasil.
Os dias de megafone em punho e protestos barulhentos, no entanto, prosseguem. “Só vou descansar quando os Estados Unidos legalizarem a maconha”, avisa. “Eles são o país com maior influência global, cruciais para acabar com a guerra à erva”.
Emery iniciou sua luta pela descriminalização da cannabis nos anos 80. Vendia livros e revistas sobre os supostos benefícios do consumo. Naquele tempo, qualquer publicação relacionada à maconha era censurada no Canadá. Em seguida, criou um periódico sobre o assunto, a revista Cultura Cannabis.
Aos poucos foi ficando famoso. Ele diz ter “dividido baseados com personalidades de todo o tipo, incluindo o atual premiê canadense, Justin Trudeau”.
O auge da popularidade veio nos anos 90 e 2000, quando passou a comercializar também sementes da planta através dos correios.
A distribuição do insumo não se restringiu ao Canadá, e alcançou todos os Estados americanos. Ele diz ter conseguido lucro de cerca de U$ 5 milhões com a empreitada.
Mas o comércio era ilegal nos EUA, e Marc foi indiciado, em 2005, por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Foi processado e acusado de crimes que poderiam acarretar em até 40 anos de cadeia. Após longa batalha judicial, conseguiu um acordo que reduziu sua pena para quatro anos.
“Perdi todo o dinheiro em advogados e campanhas para mudar a legislação”, conta. “E a acusação de tráfico é absurda. Sempre paguei imposto por tudo que vendi. Jamais soneguei ou atuei de forma criminosa. Só em taxas foram US$ 600 mil recolhidos pelo governo do Canadá”, diz à BBC Brasil.
Quando foi extraditado e preso nos Estados Unidos, em 2009, protestos contra seu encarceramento se espalharam por mais de 100 cidades do planeta, incluindo Londres, Paris e Nova York. “Usei meu período na cadeia para prestar assessoria jurídica a outros detentos. E mantive um blog contando minha rotina”, conta.
Livre da prisão há dois anos, Marc Emery vive dias mais tranquilos. Apesar de ainda não ser legal no Canadá, o consumo de maconha já não sofre a repressão de outrora. O comércio é permitido para fins médicos e os dispensários, como são chamados os estabelecimentos que disponibilizam a erva, proliferam nas vias mais movimentadas das grandes cidades.
Algumas lojas, incluindo as dele, aproveitam o relaxamento nas leis e já vendem o produto a qualquer maior de idade. De vez em quando, a negociação ainda é interrompida por batidas policiais e interdições. Mas os dispensários voltam a funcionar em poucas horas. E, quando uma loja é fechada, Emery faz questão de ir pessoalmente ao local para reabri-la.
“Há um temor de que o comércio, ao ser regularizado, seja feito apenas por grandes corporações. Isso excluiria o pequeno e médio comerciante, que sempre lutou para que a maconha saísse da clandestinidade. Não vamos permitir que isso aconteça”, afirma.
Após a regulamentação da produção, venda e consumo da maconha no Uruguai, implementada pelo ex-presidente José Mujica, Emery acredita a América do Sul também vai sofrer mudanças profundas na forma como trata a questão. Mas faz uma ressalva.
“O debate está muito atrasado na América Latina. E mesmo em países da Europa, como a Itália. No Brasil, a repressão resulta numa maconha muito ruim, trazida de forma clandestina do Paraguai. Também aumenta a corrupção e alimenta a violência do tráfico. Por seu tamanho e influência, é importante que o país leve a questão a sério e mude sua legislação extremamente retrógrada. O país é fundamental para atacar o crime organizado e a violência que assolam todo o continente sul-americano”, diz.
Fonte: BBC
por DaBoa Brasil | jul 8, 2016 | Curiosidades, Saúde
Nos Estados Unidos, muitos velhinhos já trocaram analgésicos tradicionais por maconha medicinal e ajudaram os planos de saúde a economizar uma bolada.
Velhinhos que fumam um baseado tomam menos analgésicos, antidepressivos e remédios para dormir. Essa é a conclusão da primeira pesquisa a estudar como a maconha medicinal, legalizada em parte dos Estados Unidos, está transformando o sistema de saúde americano.
Os pesquisadores da Universidade da Geórgia focaram nos números. Por lá, não há um SUS para toda a população. Existe apenas o Medicare, um sistema nacional de saúde para idosos e pessoas com doenças graves, que também cobre os custos com medicamentos. Foram os gastos desses órgãos que revelaram o impacto da maconha medicinal no país.
Os autores estudaram nove quadros em que a maconha pode ser recomendada como tratamento: ansiedade, depressão, glaucoma, náuseas, dor, convulsões, distúrbios de sono e espasticidade (rigidez muscular). O número de remédios convencionais receitados para oito dessas doenças caiu em todos os estados em que a maconha medicinal foi legalizada até 2013.
A única exceção foi o glaucoma – o que faz sentido, uma vez que os efeitos da maconha sobre os sintomas só dura uma hora. Nem para o mais hardcore dos aposentados dá para imaginar uma vida fumando maconha a cada hora do dia.
Sem ter que pagar pelos analgésicos tradicionais, o Medicare economizou mais de US$ 165 milhões (R$552 milhões). Se o país inteiro adotasse a maconha medicinal, os pesquisadores calculam uma redução total de US$ 470 milhões (R$ 1,5 bilhão) no orçamento do seguro-saúde.
Como no âmbito federal a maconha ainda é proibida, os médicos só podem recomendá-la, e não fazer uma receita oficial. Por isso, os baseados não são cobertos pelo plano de saúde. Mas, pelos cálculos dos autores, mesmo que o seguro cobrisse as doses de cannabis, ainda estaria economizando: maconha é muito mais barata que opioides como morfina e oxicodona.
Não dá para ter certeza que todos os idosos substituíram os remédios por maconha, mas os pesquisadores acreditam que a erva tem relação com a redução da prescrição dos medicamentos. Em 2013, os estados onde a droga era legal receitaram 1.800 doses a menos de analgésicos que os estados onde ela ainda é proibida.
Além disso, para as doenças que não podem ser tratadas com maconha, nada mudou. O número de receitas para anticoagulantes, por exemplo, não foi afetado.
Portanto, se estiver dando uma passada pelas ruas de Washington ou de Denver, não se assuste com os senhorezinhos de olhos vermelhos: o ?tapa na pantera? pode ser só um substituto para a caixinha de remédios.
Fonte: Super Interessante
por DaBoa Brasil | jul 1, 2016 | Curiosidades, Política, Turismo
Quiosques darão licenças para os turistas poderem adquirir até 56 gramas da erva enquanto estiverem visitando o país
Que dê a primeira bongada quem nunca pensou em viajar pra Jamaica e viver um dia de Bob Marley. Qual turista que vai pra Jamaica e não pensa em fumar a maconha local? O país do reggae é também sinônimo de ganja e o governo parece que enfim, reconheceu isso.
Se você não sabia, a maconha era proibida até o começo do ano passado, inclusive para os rastafáris que usam a ganja de forma religiosa. Mas essa realidade mudou, hoje o consumo é descriminalizado e é possível cultivar até cinco pés de cannabis e portar até 56 gramas da erva.
Agora a Jamaica quer criar quiosques de maconha dentro dos aeroportos para os turistas, e assim, controlar o consumo da erva e gerar mais receita para o país. Seguindo o exemplo do estado do Colorado nos Estados Unidos, que legalizou a maconha e hoje gera bilhões em receita com o mercado da cannabis.
Esses quiosques funcionarão como dispensários medicinais, onde o turista pode adquirir até 56 gramas de maconha e tirar uma licença para fumar ganja durante sua visita.
“Será inicialmente para pessoas que possuem prescrição médica, e na realidade, você está fazendo isso para propósitos medicinais com uma permissão do Ministério da Saúde. Se eles não possuirem uma receita, então eles podem se ‘autodeclarar’, e isto permitirá que eles tenham as 56 gramas enquanto estiverem aqui”, disse Hyacinth Lightbourne, presidente da agência reguladora CLA (Cannabis Licensing Authority), para o Jamaica Gleaner.
É uma manobra que a agência acredita que vai gerar uma renda significativa para o governo, tendo em vista os números divulgados por outros lugares do mundo que legalizaram a maconha.
“No Colorado ano passado, embora seja recreativo e medicinal, eles venderam cerca de 1 bilhão de dólares em maconha e arrecadaram 135 milhões de dólares em taxas para o Estado com uma população de cerca de cinco milhões”, disse o membro do CLA, Delano Severight.
Assim, a Jamaica entra no hall dos países que descriminalizaram a maconha e estão surfando nos benefícios que isso pode causar. Enquanto isso, o Brasil vai se mostrando um país cada vez mais retrógrado com relação à sua política de drogas, que se revela cada vez mais ineficaz.
Fonte: Growroom.net
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