por DaBoa Brasil | abr 27, 2024 | Cultivo
Um dos principais problemas que um cultivador urbano vai enfrentar é a distribuição de suas plantas, principalmente se estiver trabalhando em um cultivo ao ar livre (outdoor). Mas, não importa o tipo de cultivo, seja outdoor ou indoor, aplicando algumas técnicas de poda e escolhendo um cultivo vertical você conseguirá aproveitar melhor o seu espaço de cultivo.
Portanto, quer você viva em uma área com bom clima ou em uma área com más condições, você pode obter uma colheita abundante organizando seus vasos corretamente. No post de hoje aprenderá como fazer um cultivo vertical de maconha e todos os benefícios que poderá obter com esta opção.
Como fazer um cultivo vertical de maconha: passo a passo
Cultivo outdoor
Materiais sugeridos:
– Sementes ou mudas
– Vasos para cultivo vertical
– Garrafas plásticas
– Chave de fenda ou ferro de solda
– Fios ou cordas
– Barras ou palitos de tamanhos diferentes
– Martelo e pregos
– Terra, húmus de minhoca e fertilizantes
Procedimento
O primeiro passo no processo de cultivo vertical é encontrar uma ou mais paredes que tenham as condições de luminosidade que suas plantas precisam. Porém, para isso deverá determinar o estágio de crescimento em que a planta se encontra. Por exemplo, se estiver plantando mudas, deve escolher uma parede que receba mais luz por dia, mais de 13 horas.
O próximo passo é distribuir suas plantas por toda esta parede. Você pode utilizar vasos para cultivo vertical ou, como indicamos nos materiais sugeridos, utilizar garrafas plásticas vazias com capacidade de dois litros. Se optar por esta opção, lave muito bem as garrafas e, com um ferro de solda quente ou chave de fenda, faça pequenos furos nas pontas. Por esses buracos você passará uma corda que unirá todas as suas garrafas, para que caiam como uma “escada”.
Em seguida, fixe com segurança a sua “escada” de garrafas na parede escolhida. Antes de semear verifique a resistência puxando-a. Desta forma, suas plantas de maconha não correrão risco se chover ou se o vento as sacudir um pouco.
A seguir, prepare o substrato para suas plantas. Você pode combinar o solo com fertilizantes ou húmus de minhoca para melhorar a saúde de sua planta. Quando este preparo estiver pronto, enterre as mudas ou sementes, sem deixar as sementes muito fundas para garantir que se desenvolvam rapidamente, sem dificuldades.
Para orientar o crescimento das suas plantas de maconha outdoor, você pode usar varas de madeira ou metal e amarrar delicadamente as suas plantas com um fio para que cresçam na direção certa. Essa técnica pode variar um pouco se, por exemplo, você optar por plantar suas mudas em vasos distribuídos na diagonal ou em zigue-zague. Em qualquer caso, prenda bem as suas plantas à parede ou às cordas que irá utilizar.
Durante o desenvolvimento de suas plantas, utilize fertilizantes naturais e técnicas de poda para cuidar de sua altura. Certifique-se também de que as plantas que estão mais acima não sombreiam outras. Lembre-se que o mais importante é que todas as plantas recebam diariamente a luz de que necessitam.
Cultivo indoor
Materiais sugeridos:
– Luzes de cultivo
– Estantes ou prateleiras antigas
– Terra, húmus orgânico ou fertilizantes naturais
– Sementes ou mudas
– Vasos
– Tubos finos de PVC
– Cotovelos de PVC
Procedimento:
Se optar pela opção de cultivo indoor, provavelmente as suas plantas deverão estar em uma tenda ou área com todas as condições para o seu desenvolvimento. Para aproveitar os espaços, é recomendável que você utilize estantes vazadas, móveis ou prateleiras que não utiliza mais.
Antes de instalar os seus móveis, certifique-se de que tem acesso a todos os vasos e de que consegue distribuir a luz para que todas as plantas a recebam. Se o espaço disponível permitir, não fixe a prateleira com as plantas na parede.
Depois de determinar a localização do seu cultivo vertical, distribua as luzes em todas as direções. Você pode até investir um pouco mais e comprar um timer que controle a iluminação. Se possível, você também pode instalar lâmpadas nos dois lados da estante.
O próximo passo é usar tubos finos de PVC para criar um sistema de irrigação. Usando cotovelos e cortando os cubos de acordo com as medidas da prateleira, distribua suas conexões para que cada andar tenha queda d’água. É recomendado que todos estes tubos sejam conectados a uma única entrada para garantir um fluxo ideal de água.
Quando a instalação estiver pronta, é hora de colocar nas prateleiras os vasos individuais com as sementes ou mudas. Prepare muito bem os substratos de cultivo para que as suas plantas obtenham todas as vitaminas de que necessitam. Se necessário, use fertilizantes.
Quais são os benefícios do cultivo vertical de maconha?
Agora que você sabe como fazer um cultivo vertical tanto indoor como outdoor, saiba alguns dos principais benefícios dos cultivos verticais de maconha.
– Economia de espaço: sem dúvida esta é a principal vantagem em relação ao cultivo horizontal. Com o cultivo vertical não haverá desculpas para ter uma colheita abundante de buds.
– Aproveitamento de todos os recursos: se você optar pelo cultivo vertical outdoor, suas plantas aproveitarão ao máximo cada minuto de luz solar e água da chuva. Da mesma forma, se você optar por cultivar plantas indoor, não precisará se preocupar em regar os vasos. Estes sistemas de cultivo foram concebidos para poupar a maior quantidade de recursos para o desenvolvimento das suas plantas.
– Reutilização de diferentes objetos: você pode estar utilizando diversos materiais que podem ser considerados resíduos, como garrafas plásticas e velhas estantes ou prateleiras.
– Controle da colheita: a partir do momento em que você monta um cultivo em um espaço vertical, você tem um grande controle sobre sua planta. A sua distribuição permite-lhe lidar sem problemas com cada uma das plantas, observar as suas condições e fazer melhorias se necessário.
Seguir qualquer um dos procedimentos sobre como fazer um cultivo vertical de maconha que compartilhamos com você anteriormente irá ajudá-lo a aproveitar todos os benefícios deste método de cultivo. Aproveite o seu espaço e não perca a oportunidade de ter um autocultivo próspero!
Para mais exemplos e dicas de cultivo vertical de maconha, clique aqui.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | abr 26, 2024 | Saúde
Um novo estudo desafia o estereótipo de que os usuários crônicos de maconha são preguiçosos e desmotivados. A pesquisa entrevistou 260 usuários frequentes e não encontrou nenhuma queda significativa em seus níveis de motivação ou esforço, estando sob efeito da planta em comparação com quando sóbrios.
O estudo da University of Toronto Scarborough, no Canadá, também observou emoções positivas intensificadas e uma ligeira queda na autorregulação entre os usuários quando estavam sob efeito de drogas. Esta abordagem diferenciada visa fornecer uma visão mais equilibrada dos efeitos do consumo regular de maconha na vida diária.
Três fatos importantes:
Nenhum impacto na motivação: os usuários crônicos de maconha mostraram a mesma vontade de exercer esforço em tarefas enquanto estavam chapados como quando não estavam.
Efeitos emocionais e de autorregulação: embora o uso de maconha tenha estimulado emoções positivas como admiração e gratidão, também levou à diminuição da autorregulação, tornando os usuários mais impulsivos e menos ordeiros.
Sem ressaca: a pesquisa não encontrou nenhuma evidência de declínio na função emocional ou motivacional no dia seguinte ao uso da erva, desmascarando a ideia de uma “ressaca de maconha”.
Os maconheiros não são tão preguiçosos e desmotivados como sugerem os estereótipos, de acordo com uma nova pesquisa da University of Toronto Scarborough.
O estudo, publicado pela revista Social Psychological and Personality Science, entrevistou usuários crônicos de maconha para ver o efeito que ficar chapado tem em suas vidas cotidianas.
“Existe um estereótipo de que os consumidores crônicos de cannabis são de alguma forma preguiçosos ou improdutivos”, diz Michael Inzlicht, professor do Departamento de Psicologia da University of Toronto Scarborough que liderou o estudo.
“Descobrimos que não é esse o caso – os seus comportamentos podem mudar um pouco no momento enquanto estão chapados, mas as nossas evidências mostram que não são preguiçosos nem carecem de motivação”.
Os investigadores entrevistaram 260 usuários crônicos (aqueles que consomem cannabis pelo menos três vezes por semana ou mais), que recebiam mensagens regulares através de um aplicativo perguntando se estavam chapados. Os participantes foram então questionados sobre seu estado emocional, níveis de motivação, disposição para investir esforço e autorregulação.
Inzlicht diz que a descoberta mais interessante diz respeito à motivação.
Os pesquisadores estudaram a disposição dos participantes de se esforçarem para completar uma tarefa enquanto estavam sob efeito de maconha. Eles descobriram que os participantes estavam dispostos e motivados a exercer a mesma quantidade de esforço enquanto estavam chapados, em comparação com quando não estavam.
Pesquisas anteriores mostraram resultados mistos no que diz respeito ao uso crônico de cannabis e à motivação. Inzlicht observa que grande parte se baseou em projetos experimentais limitados que não levaram em conta diferenças entre usuários e não usuários de cannabis, como variações na personalidade, saúde mental ou uso de outras substâncias psicoativas.
Ele diz que este estudo, em vez disso, analisou o uso crônico de maconha enquanto os participantes estavam ativamente chapados, ao mesmo tempo que levou em conta estas diferenças pré-existentes.
Emoções, autorregulação e “ressaca de maconha”
Os pesquisadores descobriram que ficar chapado levava a níveis mais baixos de autorregulação, o que é uma característica importante para ser capaz de realizar tarefas. Descobriram que quando os usuários crônicos estão chapados, isso tem impacto em certos comportamentos ligados à autorregulação, como ser mais impulsivo, menos atencioso e menos ordeiro.
“Essas coisas podem impedir alguém de realizar tarefas, mas não achamos que isso os tornasse trabalhadores menos responsáveis ou capazes de se concentrar”, diz Inzlicht.
Eles também descobriram que os usuários crônicos de maconha experimentam um aumento nas emoções positivas, como admiração e gratidão, e uma redução em algumas emoções negativas, como medo e ansiedade, enquanto estão sob efeito da maconha. No entanto, os pesquisadores descobriram que aqueles que ficam muito chapados, no limite superior do uso crônico, experimentam mais emoções negativas enquanto estão chapados e sóbrios.
Os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de “ressaca de maconha”, ou seja, os usuários crônicos não experimentaram um declínio na função (emoção ou motivação) no dia seguinte ao consumo.
Nova fronteira para a pesquisa sobre maconha
Estudar os efeitos do consumo diário de maconha foi difícil no passado, dado o seu status ilegal, e a maior parte das investigações tendiam a concentrar-se apenas no lado negativo, em um esforço para reduzir o consumo.
Agora que a maconha é legal no Canadá, é muito mais fácil estudar e é esperado que hajam mais pesquisas focadas nos riscos, bem como nos efeitos positivos.
“A literatura sobre cannabis, historicamente, tendeu a se concentrar muito nas consequências médicas negativas do uso crônico”, diz Inzlicht, que dirige o Work and Play Lab, que faz pesquisas sobre autocontrole, motivação e empatia, bem como o uso de mídias sociais, dispositivos digitais e uso social de cannabis.
“Parte da motivação para este estudo é adotar uma abordagem neutra e clara para ver como a cannabis afeta os consumidores crônicos nas suas vidas cotidianas”.
Inzlicht afirma que este estudo não é um endosso ao uso pesado de cannabis, acrescentando que há muitas pesquisas que destacam os riscos associados ao uso pesado, especialmente entre adolescentes.
Em vez disso, ele aponta para dados do Statistics Canada que mostram que quase um em cada 10 canadenses adultos são usuários regulares de maconha e vêm de todas as esferas da vida. A cannabis também é a quarta droga recreativa mais usada, depois da cafeína, do álcool e do tabaco. Mas apesar da sua crescente aceitação legal e social, relativamente pouco se sabe sobre as experiências cotidianas dos usuários regulares.
“Nossos dados sugerem que você pode ser trabalhador, motivado e usuário crônico de cannabis ao mesmo tempo”.
O estudo recebeu financiamento do Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas do Canadá.
Referência de texto: Neuroscience News
por DaBoa Brasil | abr 25, 2024 | Esporte
A maconha está na lista de substâncias proibidas usadas pelo departamento do Texas (EUA) que regulamenta os esportes de combate, então Mike Tyson está seguindo as regras antes da luta de boxe contra Jake Paul no Texas.
Dizer que Mike Tyson está familiarizado com a maconha é dizer que ele sabe uma ou duas coisas sobre boxe.
Depois de lutar contra Roy Jones Jr. em uma luta de exibição em 2020, Tyson disse que usou maconha no dia da luta. Ele fumou maconha abertamente em todos os cerca de 275 episódios de seu podcast, “Hotboxin’ with Mike Tyson”. Ele não apenas consome maconha, mas também a vende – sua própria marca, na verdade, Tyson 2.0.
Então, aos 57 anos, Tyson aparentemente está tentando algo que pode achar mais difícil do que lutar contra um homem 30 anos mais novo que ele.
O ex-campeão dos pesos pesados, que disse usar maconha diariamente, abandonou a erva enquanto treina para a luta de boxe contra Jake Paul, de 27 anos, marcada para 20 de julho no AT&T Stadium em Arlington, Texas, segundo Joann Mignano, assessor de Tyson.
“Ele só parou como forma de seguir todas as regras”, disse Mignano ao USA TODAY Sports, “mas ele ainda é um forte defensor dos benefícios medicinais da cannabis para seu bem-estar pessoal e de outros como ele”.
A maconha está na lista de substâncias proibidas usadas pelo Departamento de Licenciamento e Regulamentação do Texas (TDLR), que regulamenta os esportes de combate no Texas. Um teste de drogas reprovado resulta em suspensão automática de 90 dias, multa e se o vencedor da luta tiver resultado positivo, o resultado é alterado para “sem decisão”.
Mais drogas e mais regras
Tyson também disse que usou cogumelos psilocibinos, uma substância psicodélica, antes das lutas. Isso seria proibido no Texas.
“É proibido o uso de qualquer substância farmacológica que não seja aprovada para uso terapêutico humano”, disse Tela Mange, gerente de comunicações do TDLR.
Mignano indicou que Tyson cumprirá integralmente as regras.
Um teste de drogas fracassado não colocaria em risco a luta proposta entre Tyson e Paul, indicou Mange. Isso porque os exames toxicológicos, que são aleatórios, são realizados apenas no dia da luta e os resultados ficam indisponíveis por pelo menos uma semana, segundo Mange.
Mas os lutadores seriam desqualificados por se recusarem a submeter-se a um teste de drogas antes da luta – algo que Tyson fez pelo menos uma vez durante sua carreira profissional – ou por não seguirem o processo de teste de drogas.
No Texas, os testes de drogas não acontecem antes de uma exibição. Ainda não está claro se a luta entre Tyson e Paul será uma luta de exibição ou profissional.
Mike Tyson já foi penalizado por maconha
Em 2001, Tyson foi suspenso por 90 dias e multado após testar positivo para maconha após sua luta contra Andrew Golota (ele se recusou a fazer um teste de drogas antes da luta). Mais tarde naquele ano, Tyson disse que deveria ter fumado durante toda a sua carreira no boxe profissional, que terminou em 2005.
Desde a aposentadoria, especialmente nos últimos anos, Tyson fumou maconha abertamente enquanto se tornava um empresário da erva. O nome de seu podcast (“Hotboxin’”, lançado em 2019) refere-se a fumar maconha em uma área fechada, e ele regularmente acendia baseados em um estúdio cheio de fumaça. Em um episódio, Tyson disse que usou um “whizzinator”, um pênis falso e urina de sua esposa e de seu filho para passar em testes de drogas.
Em 20 de março, quase duas semanas após o anúncio da luta entre Tyson e Paul, Tyson postou um vídeo nas redes sociais dizendo que havia gravado os episódios finais de seu podcast. A filmagem dele fazendo hotbox terminou na mesma hora em que ele divulgou um vídeo de treinamento para a luta.
“Não acho que vou fumar para essa luta e acho que vou ficar muito, muito irritado e desagradável”, disse Tyson em 2 de abril na Fox News em seus primeiros comentários públicos sobre o assunto. “(…) normalmente eu faço. Mas para esta luta em particular, acho que vou ficar cru e nu”.
O Texas é uma exceção com testes de drogas
A maioria dos estados dos EUA parou de testar a maconha em lutadores desde que sua legalização se espalhou, disse Mike Mazzuli, presidente da Associação de Comissões de Boxe e Esportes Combativos.
Uma das exceções é o Texas, que, de acordo com o Marijuana Policy Project, é um dos únicos 19 estados que ainda prende pessoas por posse de pequenas quantidades de maconha.
No ano passado, o boxeador peso leve Keyshawn Davis foi suspenso por 90 dias no Texas depois de testar positivo para maconha, de acordo com a ESPN, conforme citado pela promoter do boxeador, Top Rank Boxing.
O limite para um teste positivo de maconha para esportes de combate no Texas é de 50 ng/ml. O THC, o principal ingrediente psicoativo da maconha, pode ser detectado por dias ou mais após um uso único, de acordo com Margaret Goodman, neurologista e fundadora da Associação Voluntária Antidopagem (VADA).
“Portanto, a detecção de THC em um teste de laboratório pode indicar uso anterior, mas não uso atual relevante”, disse Goodman.
No boxe, as regras de licenciamento estaduais normalmente se aplicam porque não existe uma comissão que regule uniformemente o esporte, disse Travis Tygart, CEO da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA).
Por exemplo, não se falou em Tyson desistir da maconha durante o treinamento para sua luta de exibição em 2020 em Los Angeles. Ele passou em um teste de drogas no dia da luta, mas não foi testado para maconha, disse Andy Foster, diretor executivo da Comissão Atlética do Estado da Califórnia.
A maconha é legal para uso adulto e medicinal na Califórnia, e Foster disse que a comissão não testa a planta nos lutadores antes de todas as lutas. Mas Foster disse que Tyson foi testado para “drogas pesadas” e cumpriu todas as regras.
Para o programa da USADA para as Olimpíadas e Paraolimpíadas, que inclui boxeadores, a maconha é testada apenas em competição, e a política da USADA é o Código da Agência Mundial Antidopagem. A USADA usa um limite de 150 ng/ml. Um teste positivo pode resultar em suspensão por até dois anos e até um mês se a pessoa participar de um programa de aconselhamento, disse Tygart.
Nos programas esportivos profissionais da USADA, não há violação automática para um teste positivo, a menos que o desempenho seja afetado ou a saúde e a segurança estejam em perigo, de acordo com Tygart.
Haverá testes extras para a luta Tyson-Paul?
A VADA, que oferece testes independentes de drogas para boxe e MMA, foi usada na luta de boxe de Paul contra Nate Diaz (também usuário de maconha), que aconteceu em agosto passado no Texas, segundo Goodman, o fundador da VADA.
Bryce Holden, que é o promotor da luta Tyson-Paul, foi o promotor da luta Diaz-Paul. Ele se recusou a dizer se haveria um contrato com a VADA ou qualquer teste de drogas além do que o TDLR conduz. Mas Holden abordou o uso bem documentado de maconha por Tyson e sua presença na lista de substâncias proibidas no Texas.
“Quer dizer, olha, estamos em comunicação com os campos”, disse ele. “E obviamente, no final das contas, também estamos em comunicação com a comissão (que supervisiona o boxe) semanalmente, diariamente. Então não estou preocupado com isso”.
O TDLR realiza apenas testes no dia do evento e testes para maconha, enquanto a VADA faz testes fora da competição e no dia do evento, mas não testa para maconha. Goodman disse que a VADA parou de testar a maconha logo depois que a empresa foi fundada em 2011.
Ecoando um sentimento generalizado nos esportes, Goodman disse que a maconha “não é uma substância que vai melhorar o desempenho de ninguém”.
Referência de texto: USA Today
por DaBoa Brasil | abr 24, 2024 | Política, Saúde
Os autores de uma nova carta de pesquisa publicada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) na última quarta-feira disseram que não há evidências de que a adoção de leis pelos estados para legalizar e regular a maconha para adultos tenha levado a um aumento no uso de cannabis pelos jovens.
Para chegar aos resultados, investigadores da Montana State University e da San Diego State University recolheram respostas do Youth Risk Behavior Survey (YRBS), que questiona estudantes do ensino secundário sobre várias atividades relacionadas com a saúde, explica o relatório. Ao todo, a equipe de quatro autores analisou os resultados de 207.781 entrevistados.
As descobertas mostraram que a adoção de leis sobre o uso adulto da maconha (RMLs, sigla em inglês) pelos estados dos EUA não teve associação com a prevalência do consumo entre os jovens.
“Neste estudo transversal repetido, não houve evidências de que as leis de uso adulto estivessem associadas ao incentivo ao uso de maconha pelos jovens”, diz o artigo de duas páginas publicado na JAMA Psychiatry. “Após a legalização, não houve nenhuma evidência de um aumento no uso de maconha”.
“A adoção da legalização não estava associada ao uso atual de maconha ou ao uso frequente de maconha”.
A abertura de lojas de varejo de maconha também não pareceu impactar o consumo pelos jovens. “As estimativas baseadas no Sistema de Vigilância de Comportamentos de Risco Juvenil (YRBS) estadual e as estimativas da associação entre a abertura do primeiro dispensário e o uso de maconha foram qualitativamente semelhantes”, escreveu a equipe.
Os autores escreveram que, em seu estudo, “foi capturada mais variação política do que em qualquer estudo anterior sobre leis de uso adulto e uso de maconha entre jovens”. Dados pré e pós-legalização estavam disponíveis para 12 estados dos EUA, e nove contribuíram com dados antes e depois do início das vendas no varejo. Os dados também incluíram 36 estados sem leis de maconha para uso adulto.
Os dados surgem na sequência de outro estudo publicado pela JAMA no início deste mês, que concluiu que nem a legalização nem a abertura de lojas de varejo levaram a aumentos no consumo de maconha entre os jovens.
Esse estudo, publicado na revista JAMA Pediatrics, concluiu que as reformas estavam, na verdade, associadas a um maior número de jovens que relataram não usar maconha, juntamente com o aumento daqueles que afirmaram não usar álcool ou produtos de vaporização.
A aprovação de leis sobre uso adulto da maconha (RCL) “não foi associada à probabilidade ou frequência de uso de cannabis pelos adolescentes”, concluiu a análise, realizada por pesquisadores do Boston College e da Universidade de Maryland em College Park. A abertura de lojas de varejo também não foi associada ao aumento da utilização por parte dos jovens.
Com o tempo, sugeriu esse estudo, as leis sobre a maconha para uso adulto de fato levaram a menores chances de qualquer uso de cannabis. “Cada ano adicional de RCL”, diz, “foi associado a probabilidades 8% maiores de consumo zero de cannabis (menor probabilidade de qualquer consumo), com estimativas totais não significativas”.
“Os resultados”, concluiu o estudo, “sugerem que a legalização e o maior controle sobre os mercados de cannabis não facilitaram a entrada dos adolescentes no consumo de substâncias”.
O tema do uso juvenil tem sido um tema controverso à medida que mais estados consideram a legalização da maconha, com oponentes e apoiadores da reforma muitas vezes discordando sobre como interpretar os resultados de vários estudos, especialmente à luz dos resultados às vezes mistos no último artigo do JAMA e outros.
Dados recentemente divulgados de uma pesquisa do Estado de Washington com jovens e estudantes adolescentes encontraram declínios gerais no uso de maconha na vida e nos últimos 30 dias desde a legalização, com quedas marcantes nos últimos anos que se mantiveram constantes até 2023. Os resultados também indicam que a percepção da facilidade de consumo o acesso à cannabis entre estudantes menores de idade diminuiu geralmente desde que o estado promulgou a legalização para adultos em 2012.
Um estudo separado no final do ano passado também descobriu que estudantes canadenses do ensino médio relataram que era mais difícil ter acesso à maconha desde que o governo legalizou a planta em todo o país em 2019. A prevalência do uso atual de maconha também caiu durante o período do estudo, de 12,7% em 2018/2019 a 7,5% em 2020/2021, mesmo com a expansão das vendas de maconha no varejo em todo o país.
Entretanto, em dezembro, uma responsável de saúde dos EUA disse que o consumo de maconha entre adolescentes não aumentou “mesmo com a proliferação da legalização estadual em todo o país”.
“Não houve nenhum aumento substancial”, disse Marsha Lopez, chefe do departamento de investigação epidemiológica do Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas (NIDA). “Na verdade, eles também não relataram um aumento na disponibilidade percebida, o que é bastante interessante”.
Outra análise anterior do CDC concluiu que as taxas de consumo atual e vitalício de maconha entre estudantes do ensino secundário continuaram caindo no meio do movimento de legalização.
Um estudo realizado com estudantes do ensino secundário em Massachusetts, publicado em novembro passado, concluiu que os jovens daquele estado não tinham maior probabilidade de consumir maconha após a legalização, embora mais estudantes considerassem os seus pais como consumidores de cannabis após a mudança de política.
Um estudo separado financiado pelo NIDA e publicado no American Journal of Preventive Medicine em 2022 também descobriu que a legalização da maconha a nível estadual não estava associada ao aumento do consumo entre os jovens. O estudo demonstrou que “os jovens que passaram a maior parte da sua adolescência sob legalização não tinham maior ou menor probabilidade de ter consumido cannabis aos 15 anos do que os adolescentes que passaram pouco ou nenhum tempo sob legalização”.
Ainda outro estudo de 2022 de pesquisadores da Michigan State University, publicado na revista PLOS One, descobriu que “as vendas de maconha no varejo podem ser seguidas pelo aumento da ocorrência de uso de cannabis para adultos mais velhos” em estados legais, “mas não para menores de idade que não podem comprar produtos de maconha em um ponto de venda”.
As tendências foram observadas apesar do uso adulto de maconha e de certos psicodélicos ter atingido “máximas históricas” em 2022, de acordo com dados separados divulgados no ano passado.
Referência de texto: Marijuana Moment
por DaBoa Brasil | abr 23, 2024 | Política
Os estados dos EUA que legalizam a maconha registam uma “diminuição relativa moderada” nas taxas de deportação de imigrantes em comparação com estados onde a erva permanece ilegal, de acordo com um novo estudo, bem como uma ligeira diminuição nas detenções globais relacionadas com a cannabis.
Os pesquisadores da Universidade de Columbia por trás do estudo, publicado na revista BMC Public Health, disseram que as descobertas mostram que as leis sobre o uso adulto da maconha (RCLs) poderiam “ajudar a mitigar algumas das consequências não intencionais da proibição da cannabis relacionadas à imigração”.
“As tendências de detenção tanto nos estados legalizados como nos não legalizados foram relativamente semelhantes e, em geral, estáveis ao longo do período”, afirmaram os autores. “Para o resultado da deportação, as tendências sugeriram que a prevalência global das deportações diminuiu entre 2009 e 2020”.
“Nossos resultados sugerem que (as leis de uso adulto) foram associados a uma diminuição relativa moderada nos níveis de deportação, que foi observada de forma relativamente consistente em múltiplas especificações de modelos. As descobertas também sugeriram possíveis reduções relativas nos níveis de detenção de imigrantes; entretanto, para quase todas as especificações, os intervalos de confiança associados eram amplos e incluíam o nulo. Em conjunto, estas descobertas apoiam a possibilidade geral de que as leis de uso adulto possam ajudar a mitigar algumas das consequências não intencionais da proibição da cannabis relacionadas com a imigração”.
Os investigadores não chegaram a nenhuma conclusão específica sobre a aparente ligação entre a legalização a nível estadual nos EUA e a diminuição das deportações. Mas acontece que todos os 11 estados-santuário para imigrantes, onde geralmente a política é desencorajar a denúncia de imigrantes às autoridades federais, são também estados que legalizaram a maconha para uso adulto.
Além disso, a legalização leva amplamente à diminuição das detenções por crimes relacionados com a cannabis, pelo que é provável que menos imigrantes sejam apanhados na criminalização da maconha, em primeiro lugar, independentemente do potencial encaminhamento para agências federais.
Os pesquisadores apontaram dois “caminhos compensatórios” que, segundo eles, são “relevantes para antecipar as potenciais implicações de imigração da adoção de leis de uso adulto da maconha”:
“Em primeiro lugar, as leis de uso adulto podem levar a potenciais reduções no número global de detenções ou condenações relacionadas com a cannabis e, portanto, na aplicação da imigração relacionada com a cannabis. Uma segunda possibilidade, no entanto, é que a adoção estadual de leis de uso adulto possa levar mais pessoas que não são cidadãs a assumir de forma razoável, mas falsa, que o estatuto de imigração federal não é afetado pelo consumo de cannabis permitido pela lei estadual – potencialmente levando a aumentos na fiscalização da imigração”.
Por outras palavras, a legalização estadual poderia correr o risco de dar aos imigrantes uma falsa sensação de segurança.
“Como a cannabis continua ilegal em nível federal”, diz o estudo, “as infrações à cannabis, mesmo por delitos menores ou civis, e outras condutas ‘legais’ relacionadas à cannabis, podem ter repercussões graves para pessoas que não são cidadãos dos EUA, incluindo temporárias ou residentes permanentes, sonhadores e aqueles que receberam asilo”.
“De acordo com a política federal, uma condenação, acusação ou admissão de simples posse de cannabis é considerada pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) como motivo suficiente para inelegibilidade de status, prisão, detenção ou deportação, assim como o emprego na indústria de cannabis”, diz.
Tem havido esforços por parte de membros do Congresso para resolver essa questão. Por exemplo, em 2022, um projeto de lei de gastos da Câmara para o Departamento de Segurança Interna (DHS) incluía uma seção que teria impedido a agência de usar qualquer financiamento federal para negar a admissão ou deportação de imigrantes que usaram ou possuíram maconha.
Uma linguagem semelhante também avançou no processo de dotações em 2021, mas não foi incluída no pacote final após negociações bicamerais. Nem a versão 2022.
Os defensores também pressionaram a administração Biden para estender os perdões presidenciais por posse de cannabis à comunidade imigrante. Mas os imigrantes não foram incluídos em nenhuma das duas últimas rodadas de clemência.
O novo estudo diz que são necessárias mais pesquisas para compreender as interações entre a cannabis e a política de imigração.
“Embora os nossos resultados sejam específicos para detenções e deportações de imigração, estas descobertas acrescentam-se a um corpo crescente de literatura que avalia as implicações da justiça social e da equidade na saúde das reformas da lei sobre a maconha, incluindo as leis de uso adulto”, afirma o estudo. “Dada a sobreposição significativa entre a repressão às drogas e a imigração, mas relativamente poucos estudos sobre este tema, são necessárias pesquisas adicionais para examinar outras dimensões importantes destas questões que se cruzam”.
“Pesquisas futuras que empregam exposições mais próximas da aplicação da lei de imigração, como o exame direto das taxas de detenção ou condenação por maconha – e análises de mediação relacionadas – também fortaleceriam as evidências de uma relação causal entre as políticas da maconha e as atividades de aplicação da lei de imigração”, escreveram os autores. “As tendências na aplicação da imigração também devem continuar a ser monitoradas à medida que mais estados adotam leis de uso adulto e à medida que o tempo adicional de acompanhamento pós-legalização é acumulado”.
De acordo com a legislação introduzida em 2021, a admissão de um imigrante ao uso anterior de maconha não poderia mais ser usada para negar-lhe a cidadania norte-americana.
De acordo com os Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS), uma pessoa que atualmente admite consumir cannabis – mesmo em conformidade com a lei estadual – é moralmente inadequada para a cidadania. A agência esclareceu essa posição em um memorando de 2019, acrescentando que o emprego num mercado de maconha legalizado pelo estado é outro fator que pode ter impacto no estatuto de imigração de uma pessoa.
Em junho de 2019, uma coligação de 10 senadores enviou uma carta ao chefe dos Departamentos de Justiça e Segurança Interna apelando a uma mudança nas regras para permitir que as pessoas que trabalham em mercados legais estaduais obtenham a cidadania.
A carta ecoa pontos apresentados em uma mensagem separada enviada por um grupo bipartidário de 43 membros da Câmara no início daquele ano. Nessa carta, o grupo classificou a orientação do USCIS como “fatalmente falha, pois não fornece nenhuma base convincente para a aparente conclusão da agência de que o emprego legal em uma indústria licenciada pelo Estado poderia ser tratado como um fator negativo no estabelecimento de um bom caráter moral e coloca um negativo ônus sobre os indivíduos contra um elemento discricionário inexistente”.
Referência de texto: Marijuana Moment
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