Dicas de cultivo: guia completo para cultivar maconha de forma ecológica

Dicas de cultivo: guia completo para cultivar maconha de forma ecológica

Cultivar maconha com métodos orgânicos e ecológicos é melhor para você, para a terra, para o seu jardim e para o planeta. Utilize as seguintes dicas para cultivar uma planta extraordinária e melhorar a saúde do seu cultivo.

Cultivar maconha de maneira ecológica significa cultivar essa planta com métodos totalmente naturais. As variedades nativas de cannabis (ou variedades autóctones) crescem no meio da natureza em todo o mundo. Isso mostra que a única coisa que as plantas de cannabis realmente precisam para prosperar é a biodiversidade e o solo de alta qualidade.

O setor da maconha desenvolveu muitas fórmulas e técnicas sintéticas para o cultivo, obtendo ótimos resultados. Mas acreditamos que, ao se reconectar com a terra e a natureza, são alcançadas flores de melhor qualidade e plantas mais saudáveis.

Como se fosse uma alquimia, o cultivo orgânico envolve a transformação de resíduos, ou produtos de baixo valor, em recursos valiosos. O cultivo orgânico de maconha não apenas produz colheitas incríveis, mas também beneficia nossas hortas e jardins e o meio ambiente.

A TERRA ECOLÓGICA PERFEITA PARA O PLANTIO DA MACONHA

A maconha orgânica de alta qualidade depende de um fator importante: a saúde do solo. Nas últimas décadas, os cultivadores aplicaram fertilizantes para solucionar um problema; uma visão bastante simplista. Porém, mais recentemente, os avanços na ciência do solo nos mostraram que as plantas dependem das complexas interações produzidas na terra (a cadeia alimentar do solo) para permanecerem saudáveis ​​e se desenvolverem.

A CADEIA ALIMENTAR DO SOLO E A INTELIGÊNCIA DAS PLANTAS

A cadeia alimentar do solo é composta por muitos insetos e microrganismos, e até pássaros e mamíferos. Essas criaturas – muitas das quais atuam como presas e predadores – desempenham um papel importante na decomposição da matéria orgânica, criando nutrientes acessíveis às plantas.

Iniciar sua colheita com um solo saudável e cheio de vida ajudará a evitar possíveis deficiências nutricionais, bem como problemas com pragas e patógenos. Ao contrário da crença popular, as plantas não apenas absorvem os nutrientes diretamente do solo. Além disso, as plantas também participam de um sistema de produção de alimentos.

Para isso, liberam açúcares (exsudatos) na rizosfera – a área que se estende por cerca de 2 mm em torno das raízes – atraindo bactérias e fungos benéficos. Alguns desses microrganismos se ligam às raízes, permitindo que as plantas absorvam melhor os nutrientes, enquanto outros servem como alimento para criaturas maiores.

Os nemátodos e protozoários, o próximo nível na cadeia alimentar do solo, comem alguns desses microrganismos. E acontece que fungos e bactérias são muito eficientes em decompor a matéria orgânica e armazenar nutrientes.

Então, depois de comer fungos e bactérias, nemátodos e protozoários defecam algumas dessas moléculas. E, finalmente, as plantas se alimentam desses nutrientes biodisponíveis, beneficiando-se desse sistema de produção de alimentos. Incrível, não é mesmo?

ELEMENTOS ESSENCIAIS

Essa interação não fornece apenas alimento para as plantas. Os organismos atraídos pelas plantas também ajudam a formar o solo e mantê-lo em condições ideais para um crescimento saudável. Abaixo, mostramos alguns dos organismos mais importantes da cadeia alimentar do solo:

  • Bactérias: Essas pequenas criaturas produzem substâncias viscosas que mantêm as partículas do solo unidas, dando estrutura a terra. Também servem como alimento para organismos maiores que excretam o alimento para as plantas.
  • Fungos: Os fungos produzem estruturas em forma de rede (micélio) que moldam o solo e impedem que ele se desintegre ou seja arrastado pelas chuvas. Os fungos “micorrízicos” são organismos benéficos que se ligam às raízes das plantas para melhorar a absorção de nutrientes.
  • Nematoides: os nematoides devoram organismos menores e liberam nutrientes nas formas disponíveis para as plantas. Alguns nemátodos “bons” também mantêm os nemátodos “ruins” (que comem as raízes das plantas) afastados.
  • Protozoários: essas criaturas se alimentam de bactérias do solo. Os protozoários não apenas excretam nutrientes, mas também, ao comerem as bactérias, incentivam a população bacteriana a crescer mais rapidamente, em resposta ao ataque.
  • Minhocas: essas criaturas são muito importantes para o solo. Elas transformam a matéria orgânica em nutrientes e seus túneis também ajudam a aerar o substrato e a trazer água para as raízes.

COMO PRESERVAR A VIDA DO SOLO

Entende por que o cultivo orgânico de maconha vai muito além da simples adição de composto de vez em quando? Ao cultivar preservando os organismos que habitam o solo, o solo se torna mais rico e mais fértil a cada ciclo de cultivo.

Mas como pode conseguir isso?

Comece comprando terras orgânicas de boa qualidade. E quando estiver com ela, trate-a como um animal de estimação (ou bilhões de pequenos animais de estimação). Com o tempo, os gênios da jardinagem desenvolveram métodos de cultivo que envolvem uma destruição mínima da vida do solo.

Esses métodos evitam as seguintes ações:

  • Aerar: leva muito tempo para que o solo saudável se forme. Aerar e cavar a terra pode destruir rapidamente a vida benéfica do solo. O arado leva esses organismos à superfície, expondo-os aos raios UV e outros fatores prejudiciais, matando-os rapidamente. Ele também quebra valiosas redes fúngicas.
  • Uso de pesticidas/herbicidas /fungicidas químicos: como o próprio nome sugere, esses produtos sintéticos matam certos seres vivos, incluindo organismos benéficos. Mas, realmente, se o solo tem uma cadeia alimentar saudável, essa rede ajuda as plantas a se defenderem de muitas pragas e doenças, sem usar produtos químicos venenosos.
  • Usar fertilizantes químicos: esses produtos carregados com nutrientes sintéticos prejudicam a vida essencial do solo, incluindo nossas amigas minhocas.

O método ecológico de plantio direto (ou método sem arado) visa evitar as práticas mencionadas acima. Essa técnica envolve a criação de terraços rasos de alta qualidade, permitindo que as raízes das plantas penetrem no solo sem perturbar a vida microbiana. As vantagens de não arar incluem:

  • Proteger o solo superficial e os organismos benéficos
  • Economizar tempo e dinheiro
  • Evaporação lenta
  • Manter o carbono preso no solo

CANTEIROS OU VASOS?

Agora que você sabe como manter o solo vivo e saudável, terá que decidir como vai cultivar suas plantas de maconha. Você tem duas opções principais: canteiros ou vasos.

  • Terraços ou canteiros

Um canteiro é um pedaço de terra fértil que permite que as raízes penetrem profundamente no solo. Certas variedades, como cepas gigantes das sativas, podem aproveitar esse espaço extra e atingir alturas enormes. Mas os terraços ao ar livre estão expostos aos elementos. Pode ser relativamente difícil protegê-los contra fortes chuvas, ondas de calor repentinas e geadas.

  • Vasos

O cultivo em vasos permite mover as plantas, se necessário. Se as condições climáticas piorarem, pode movê-las para ambientes internos ou para uma estufa. Também pode movê-los ao sol/sombra, conforme necessário.

Nem todos os vasos são iguais. Os vasos de plástico e cerâmica servem para conter o substrato, mas podem fazer com que as raízes se comportem de maneira indesejável. Os vasos de tecido oferecem a melhor solução para esse estilo de cultivo; aproveitam a tecnologia geotêxtil para reter água e, ao mesmo tempo, promover a aeração. Isso ajuda a impedir o desenvolvimento de fungos patogênicos, bem como a desidratação das plantas.

MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES

As plantas de maconha requerem uma dieta variada e completa para produzirem os melhores resultados. Como os humanos, elas precisam de dois tipos principais de nutrientes: os macronutrientes e micronutrientes. As plantas de maconha podem extrair todos os nutrientes necessários do solo, com três exceções: inalam dióxido de carbono através de pequenos poros das folhas (chamados estômatos) e geram oxigênio e hidrogênio ao separar as moléculas de água durante a fotossíntese.

MACRONUTRIENTES

Primeiro, vamos revisar os três nutrientes que as plantas precisam em grandes quantidades, conhecidas como macronutrientes. Veremos o papel que cada um desempenha, bem como algumas fontes ecológicas desses nutrientes.

NITROGÊNIO (N)

  • Necessário para o crescimento vegetativo
  • Forma parte da molécula de clorofila

ONDE ENCONTRAR?

POTÁSSIO (K)

  • Necessário para a fotossíntese
  • Abre e fecha os estômatos
  • Regula a absorção de CO₂
  • Ativa as enzimas necessárias para a produção de trifosfato de adenosina (ATP)

ONDE ENCONTRAR?

  • Farinha de algas
  • Arenito verde
  • Cinza de madeira

FÓSFORO (P)

  • Desempenha um papel importante na transferência de energia
  • Transforma açúcares e amidos
  • Ajuda a transferir os nutrientes
  • Transfere características genéticas para a próxima geração

ONDE ENCONTRAR?

  • Farinha de osso
  • Esterco
  • Fosfato de rocha

MICRONUTRIENTES

Como o nome sugere, os micronutrientes são necessários para as plantas em quantidades muito menores. Mas isso não significa que sejam menos importantes. A falta de qualquer um desses minerais e elementos pode causar deficiências nutricionais, que impedem o bom desenvolvimento das plantas e reduzem a colheita. A seguir, apresentamos os micronutrientes:

BORO (B)

  • Ajuda a construir as paredes celulares
  • Essencial para a divisão celular
  • Importante para a polinização e desenvolvimento de sementes

ONDE ENCONTRAR?

  • Composto e matéria orgânica

CÁLCIO (Ca)

  • Ajuda no desenvolvimento e fertilização das plantas
  • Contribui para a deposição da parede celular
  • Reduz a salinidade do solo
  • Melhora a penetração da água

ONDE ENCONTRAR?

  • Casca de ovo

COBRE (Cu)

  • Ativa as enzimas essenciais
  • Necessário para a fotossíntese
  • Ajuda a metabolizar carboidratos e proteínas

ONDE ENCONTRAR?

  • Composto orgânico
  • Esterco de gado

FERRO (Fe)

  • Essencial para processos metabólicos importantes
  • Síntese do DNA
  • Síntese da clorofila
  • Mantém a estrutura e a função dos cloroplastos

ONDE ENCONTRAR?

  • Esterco
  • Restos orgânicos de cozinha
  • Arenito verde
  • Algas marinhas

MAGNÉSIO (Mg)

  • Átomo central da molécula de clorofila
  • Essencial para a fotossíntese

ONDE ENCONTRAR?

  • Composto orgânico

MANGANÊS (Mn)

  • Ajuda na fotossíntese, na respiração e assimilação de nitrogênio
  • Envolvido na germinação
  • Contribui para o alongamento das células radiculares, bem como a resistência a doenças radiculares

ONDE ENCONTRAR?

  • Algas marinhas

MOLIBDÊNIO (Mo)

  • Converte o nitrato em nitrito, depois em amônia
  • Necessário para bactérias simbióticas que fixam o nitrogênio (nas plantas fixadoras de nitrogênio)

ONDE ENCONTRAR?

  • Farinha de algas
  • Arenito verde
  • Melaço
  • Farinha de neem
  • Cinza de madeira

ENXOFRE (S)

  • Ajuda a formar enzimas importantes
  • Contribui para a síntese de proteínas

ONDE ENCONTRAR?

  • Esterco
  • Feno
  • Palha

ZINCO (Zn)

  • Elemento essencial de enzimas e proteínas
    • Ajuda a produzir hormônios de crescimento
    • Contribui para o desenvolvimento de internódios mais longos

ONDE ENCONTRAR?

  • Algas marinhas (spray foliar)

FERTILIZAÇÃO DAS PLANTAS

Para que suas plantas tenham acesso a essa variedade de nutrientes, é essencial ter um solo de alta qualidade e cheio de vida. O uso de um solo bom, rico em composto e matéria orgânica, quase sempre garante um bom suprimento desses minerais e elementos.

No entanto, para ter acesso aos nutrientes, as plantas dependem do ciclo de vida/morte da cadeia alimentar do solo. As raízes não podem extrair minerais diretamente da matéria orgânica. Mas podem reger a orquestra da rizosfera, usando os exsudatos das raízes.

Ao cultivar organicamente, só precisa garantir que sua terra tenha um bom suprimento de matéria orgânica na forma de composto/chá de composto, húmus de minhoca e outras fontes nutricionais. Sempre e quando proporciona alimento para suas plantas, elas recrutarão a cadeia alimentar do solo para preparar sua comida.

Os fungos micorrízicos são um dos principais aliados das plantas na rizosfera. Essas espécies formam um elo físico com as raízes das plantas: se ligam ao sistema radicular, formando as micorrizas. Os fungos micorrízicos se alimentam de exsudatos de plantas e, em troca, digerem matéria orgânica e transportam nutrientes específicos para as plantas.

Outros micróbios do solo também participam dessa dança sinérgica. Mantenha-os bem alimentados com matéria orgânica e gerará um ciclo perpétuo de nutrientes no subsolo.

FERTILIZANTES ORGÂNICOS VS QUÍMICOS

Os fertilizantes são adicionados ao solo para enriquecer o meio de cultivo com nutrientes. Os fertilizantes orgânicos vêm de matéria orgânica, que se decompõe lentamente ao longo do tempo, até que a cadeia alimentar do solo converta a matéria orgânica natural em nutrientes absorvíveis pelas plantas.

Em contrapartida, fertilizantes químicos sintéticos são produzidos em escala industrial; muitos são subprodutos da indústria do petróleo e geralmente são de natureza ácida.

Todos os cultivadores precisam de alguma forma de composto. As plantas extraem nutrientes do solo aos poucos; com o tempo os nutrientes esgotados, a menos que o produtor adicione mais fertilizante ao solo. Os fertilizantes orgânicos e químicos oferecem vantagens e desvantagens no cultivo de maconha. É claro que aqueles que cultivam ecologicamente optam pelo primeiro, mas vamos olhar para os prós e contras de cada um deles.

FERTILIZANTES ORGÂNICOS

Os fertilizantes orgânicos são materiais naturais com altas concentrações de nutrientes. Muitos desses materiais contêm elementos e minerais. Alguns exemplos de fertilizantes naturais são: composto, algas marinhas, húmus de minhoca e farinha de ossos. Esses fertilizantes servem como alimento para fungos e bactérias, que os decompõem ao longo do tempo, permitindo que as plantas absorvam nutrientes.

Dito isto, os cultivadores podem fazer preparações altamente concentradas, com o objetivo de minimizar o tempo necessário para a absorção dos nutrientes. Estes incluem: chá de composto, chorume de minhoca e preparações de plantas fermentadas.

Prós:

  • Imitam a decomposição natural da matéria orgânica
  • Alimentam os organismos do solo
  • Totalmente seguro e livre de produtos químicos nocivos
  • Preparações concentradas permitem uma absorção mais rápida

Contras:

  • Uma pilha de compostos pode levar até um ano ou mais para ativar o processo de compostagem.
  • As preparações são uma mistura de muitos nutrientes diferentes, o que dificulta o aumento da dose de certos minerais ou elementos.

FERTILIZANTES QUÍMICOS

Os fertilizantes químicos são substâncias sintéticas que contêm muitos dos macronutrientes e micronutrientes necessários para as plantas. No entanto, também contêm muitos aditivos.

Prós:

  • Absorvidos rapidamente
  • Doses específicas

Contras:

  • Afetam organismos na cadeia alimentar do solo
  • Podem queimar as plantas
  • Contaminam ar e água
  • Acidificam o solo
  • Esgotam os minerais no solo

COMO FUNCIONA O PH NO CULTIVO ORGÂNICO

Geralmente, quem cultiva com métodos ecológicos não precisa prestar muita atenção ao pH do solo. No entanto, alguns problemas podem surgir. Cada solo tem determinado valor de pH. Lembre-se da escala de 0 a 14 da aula de ciências? Valores de 0 a 6 significam acidez, 7 representa um valor neutro e 8 a 14 significa alcalinidade.

Mas por que você precisa se preocupar com isso ao cultivar? As plantas de cannabis prosperam melhor em solos levemente ácidos, com um pH de 6-7. Se o solo se tornar muito ácido ou alcalino, as raízes terão dificuldade em absorver os nutrientes, mesmo que estejam presentes no solo; Esse fenômeno é conhecido como bloqueio de nutrientes. Com o tempo, ocorrerão deficiências nutricionais, o que prejudicará a saúde e a produtividade das plantas. Para conhecer o pH da terra, você pode usar um medidor de pH.

O modus operandi para resolver problemas de pH costumava ser a aplicação de produtos sintéticos para aumentar ou diminuir o pH. Mas também existem métodos ecológicos para reequilibrar o pH:

Solo ácido:

  • Bicarbonato de Sódio

Solo alcalino:

  • Limão
  • Vinagre

COMPOSTO

O composto é a base de qualquer cultivo orgânico. Permite que você crie seu próprio fertilizante, bem como um melhorador de solo, simplesmente reciclando resíduos orgânicos da cozinha e do jardim. Pilhas de compostagem carregadas de micróbios quebram a matéria orgânica (de galhos e folhas mortas à casca de batata) transformando-a em “ouro preto”.

Quando o composto estiver bem decomposto, pode usar o material resultante (carregado de nutrientes) para fertilizar os canteiros ou para preparar misturas de solo para vasos. A compostagem dá ao cultivador mais independência e cria um sistema de circuito fechado. Existem duas formas principais de compostagem: lenta e com minhocas.

COMPOSTAGEM LENTA

Alguns dos benefícios mais impressionantes da compostagem lenta incluem:

  • Reduz a emissão de carbono
  • Economiza dinheiro
  • Fertilizante natural potente
  • Melhora a saúde do solo

As pilhas de compostagem lenta são compostas por dois tipos diferentes de materiais: “verde” e “marrom”. Os materiais “verdes” fornecem nitrogênio, enquanto os materiais “marrons” fornecem carbono. Ao fazer a pilha de composto, tente adicionar 25-50% de materiais verdes e 50-75% de materiais marrons, para garantir que a pilha de composto receba ar suficiente para suportar micróbios aeróbicos.

Os materiais verdes incluem: restos de cozinha, grama recém cortada, algas marinhas e esterco. Os materiais marrons incluem: folhas secas, papelão, palha e lascas de madeira. Pode levar meses para que uma nova pilha de composto comece a produzir um composto viável. Mas se você continuar adicionando materiais, em breve terá uma fonte infinita de fertilizante.

COMPOSTAGEM COM MINHOCAS

A compostagem de minhocas fornece uma fonte de nutrientes orgânicos mais rapidamente. Você pode preparar um espaço simples usando um balde ou uma sacola plástica resistente. Neste recipiente, adicione algumas minhocas adequadas para compostagem e alguns punhados de composto. Depois, adicione restos de cozinha com frequência; suas minhocas as devorarão e criarão húmus.

O húmus de minhoca contém fungos, bactérias e minerais benéficos, como potássio, cálcio, zinco, cobre e fósforo. As minhocas levam apenas algumas semanas para começar a produzir um suprimento constante de húmus. Adicione-o aos canteiros ou vasos para nutrir o solo e as plantas.

A compostagem com minhocas também produz “lixiviado de minhoca”, também conhecido como húmus líquido, ou chorume. Instale uma torneira de plástico na lateral da base do balde. Drene todos os dias e adicione o líquido nutritivo ao solo, para fornecer uma boa dose de minerais e micróbios.

ESTERCO

O estrume é altamente nutritivo e é produzido a partir de excrementos sólidos e líquidos de certos animais. Contendo altos níveis de macronutrientes, é um recurso essencial em qualquer cultivo orgânico. Geralmente é obtido de galinhas, vacas, cavalos, coelhos e ovelhas. Mas lembre-se de que adicionar adubo fresco à safra pode contaminar as plantas e queimá-las com excesso de nitrogênio. Por esse motivo, deve permitir que ele se decomponha durante seis meses ou um ano, para torná-lo adequado para as plantas.

Semelhante ao composto, o esterco contém nutrientes ligados à matéria orgânica. Isso significa que ele também fornece alimento para microrganismos benéficos; Quando estes seres digerem o esterco, as plantas serão capazes de absorver os nutrientes. Você pode usar adubo para enriquecer a pilha de composto ou adicionar uma camada ao solo.

Além disso, o estrume é fácil de encontrar. Confira os centros de jardinagem ou fazendas da sua região para encontrar esterco barato ou mesmo gratuito. Se possível, tente obter o esterco mais antigo que eles têm, para poupar alguns meses de espera.

Como fertilizar a maconha de maneira ecológica

Agora você conhece as melhores fontes naturais de nutrientes para as plantas. Abaixo, mostraremos as melhores maneiras de fertilizar suas plantas de maconha ecologicamente. Essas técnicas são super fáceis e estimulam o crescimento das plantas, mantendo intacta a valiosa vida microbiana.

COBERTURA MORTA

A cobertura morta consiste em jogar uma camada de matéria orgânica ou materiais naturais no solo. Lembra quando dissemos que os micróbios do solo não gostam de exposição ao sol? O preenchimento resolve esse problema e muito mais.

Ao caminhar por uma floresta, o que você vê no chão? Você raramente verá pedaços de terra exposta, sem cobertura. Normalmente, a terra é coberta por camadas de folhas secas, galhos e matéria orgânica, que criam uma “pele” para proteger a vida do solo. Com o tempo, esses elementos se decompõem lentamente, alimentando o solo.

A técnica de cobertura morta imita esse sistema inteligente da natureza. As vantagens deste método incluem:

  • Fertilizar as plantas lentamente ao longo da temporada
  • Bom alimento para fungos
  • Suprime o crescimento de ervas daninhas
  • Retém a umidade
  • Mantém as pragas afastadas
  • Oferece uma aparência mais limpa e organizada em seu jardim

Existem muitos tipos diferentes de coberturas ecológicas. Os exemplos mostrados abaixo nutrem seu cultivo e promovem a saúde da terra:

  • Composto de cogumelos
  • Lascas de madeira
  • Casca de madeira
  • Esterco decomposto
  • Palha
  • Algas marinhas

Também pode usar cultivos de cobertura para criar uma “cobertura viva”. Ao semear uma mistura de cultivos de cobertura entre suas plantas de cannabis, criará um “tapete vivo” que melhorará a saúde da cadeia alimentar no solo. Leguminosas (feijão, etc.) fixam nitrogênio atmosférico no solo, tornando-os uma excelente cobertura vegetal. À medida que o cultivo de cobertura cresce, corte-o e deixe-o no chão para devolver a matéria orgânica ao solo.

SUCO DE PLANTAS FERMENTADAS

O suco de plantas fermentadas (JPF) vem da prática da Agricultura Natural Coreana. Consiste na colheita de plantas locais carregadas de nutrientes, como dentes de leão e urtigas. Essas espécies também incluem organismos benéficos em suas folhas, bem como hormônios de crescimento. É assim que este suco fermentado é preparado:

  1. Triture as plantas recém-colhidas e coloque-as em um balde.
  2. Adicione açúcar mascavo, de forma que ele represente um terço da mistura (o açúcar irá alimentar os micróbios).
  3. Mexa bem, cubra o balde com jornal e deixe descansar por uma hora.
  4. Remova o jornal e coloque um tijolo grosso sobre a mistura para remover o excesso de ar.
  5. Cubra o balde com um pouco de tela e barbante e deixe a mistura descansar em um quarto escuro por dois dias.
  6. Remova o tijolo e ventile a mistura por uma hora antes de cobri-la novamente.
  7. Deixe o balde em um quarto escuro por 2-3 semanas.
  8. Após esse período, seu JPF será fermentado e pronto para uso.
  9. Aplique com um pulverizador ou use de molho nas raízes, em uma concentração de 0,1-0,2%.

CHÁ DE COMPOSTO

O chá de composto é outra ferramenta essencial no arsenal do cultivador orgânico, que fornece muitos nutrientes essenciais e microrganismos benéficos (de nematoides a bactérias). É uma preparação baseada em composto e água de alta qualidade.

Aqui estão alguns motivos para usá-lo:

  • Melhora o crescimento das plantas
  • Introduz organismos benéficos
  • Reduz o risco de doenças
  • Elimina a necessidade de produtos químicos tóxicos

ABONO DE COBERTURA

O abono de cobertura, ou fertilização superficial, é uma maneira fácil de adicionar mais nutrientes ao solo durante a estação de crescimento. Basicamente, trata-se de espalhar composto no chão. Adicione a primeira camada no início da primavera e depois outra a cada três semanas, para que o solo fique cheio de nutrientes e as plantas fiquem felizes.

As algas marinhas são uma fonte abundante de nutrientes e um excelente fertilizante de cobertura. Apenas tem que colocar uma camada sobre os canteiros ou vasos e regar. Pronto!

SPRAYS FOLIARES

Os sprays foliares servem como fertilizante e também são um método ecológico de controle de pragas. Portanto, é uma maneira rápida de tratar deficiências nutricionais e eliminar pragas.

Quando aplicados na superfície da folha, os nutrientes são absorvidos pelos estômatos, ignorando completamente as raízes. Sprays foliares são especialmente úteis quando você precisa lidar com solos encharcados, desequilíbrios de pH ou outros problemas que diminuem a absorção de nutrientes pelas raízes. Chá de adubo, chorume e JPF podem ser aplicados usando esse método.

Também pode fazer sprays foliares com aloe vera (que ajuda a aumentar a absorção de nutrientes e reduzir pragas e doenças) e com outras substâncias naturais, como o óleo de neem, para combater fungos patogênicos, como o oídio.

CONCLUSÃO

Agora você está pronto para cultivar maconha com sucesso usando métodos puramente orgânicos! Você não apenas obterá algumas colheitas extraordinárias, mas também melhorará a saúde do solo e seu próprio suprimento de composto ao longo do tempo. Mas, antes de começarmos os trabalhos, vamos revisar os principais pontos que abordamos:

  • Utiliza o método de plantio direto para manter a vida e a estrutura da cadeia alimentar do solo.
  • Nutrientes são importantes! Com adubo e cobertura de alta qualidade, você pode fornecer todos os nutrientes sem a necessidade de produtos químicos.
  • Verifique o pH do solo de vez em quando e use métodos naturais para ajustá-lo.
  • Aproveite os restos orgânicos da cozinha e do jardim. Faça seu próprio fertilizante através de compostagem lenta ou com minhocas.
  • O esterco é fácil de encontrar e fará maravilhas para suas plantas.
  • Imite a natureza através do uso de coberturas.
  • Chá de composto, sprays foliares e JPF fornecem doses imediatas de micróbios e nutrientes.

Use essas técnicas para trabalhar em harmonia com a natureza, não contra ela! Agora, comece a cultivar e esperamos que você tenha colheitas muito abundantes!

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Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: melaço – um complemento ideal para plantas de maconha

Dicas de cultivo: melaço – um complemento ideal para plantas de maconha

Se você quer cultivar maconha de forma natural, não há nada melhor do que o melaço. Descubra por que o melaço é ótimo para o cultivo de cannabis. Aprenda sobre as muitas vantagens do melaço para obter plantas fortes e saudáveis.

O melaço é frequentemente esquecido entre os inúmeros fertilizantes e aditivos disponíveis para os cultivadores de maconha, e ainda assim é um dos melhores suplementos. O melaço não é apenas rico em nutrientes, mas também tem a capacidade de melhorar o solo, a base fundamental de qualquer cultivo. Além disso, oferece muitas outras vantagens para o crescimento saudável das plantas. Ajuda a evitar problemas comuns do cultivo de cannabis, por exemplo, minimizando o risco de acúmulo de sais. E também atua como repelente de insetos. Vamos analisar com detalhes o melaço e seus benefícios para o cultivo de maconha.

O QUE É MELAÇO?

O melaço, ou melado, é uma substância escura e muito viscosa obtida durante a refinação do açúcar. É produzido fervendo suco de cana de açúcar ou de beterraba-sacarina até obter um xarope grosso. Depois de extrair os cristais de açúcar, o xarope restante é melaço. Existem vários tipos de melaço, dependendo da doçura e de como é extraído. O melaço de cana de açúcar é frequentemente usado para fazer adoçantes e aromatizantes de alimentos. O melaço de beterraba, por outro lado, tem um cheiro desagradável e um sabor amargo, razão pela qual é frequentemente usado em alimentos para animais. Nem todo melaço é adequado para o cultivo. Alguns melaços de baixa qualidade contêm aditivos indesejados, como conservantes ou produtos químicos, que você não deseja adicionar ao seu cultivo de maconha.

MELAÇO SULFURADO E NÃO SULFURADO

Embora todo o melaço geralmente contenha algum enxofre, alguns produzidos com cana-de-açúcar podem ter adicionado dióxido de enxofre, razão pela qual são conhecidos como sulfurados. O dióxido de enxofre atua como conservante e antimicrobiano para manter a cana crua fresca até o processamento. Mas esta substância tem um efeito colateral que torna o melaço inadequado para o nosso propósito e também destrói os microrganismos benéficos no solo. Então, se você vai usar melaço para cultivar maconha, verifique se é orgânico e não sulfurado.

Existem também diferentes tipos, ou “graus”, de melaço, desde os de cor clara, que são xaropes de cana de açúcar puro, até os mais escuros, que são mais densos e espessos que os demais. O melaço blackstrap foi submetido a múltiplos processos de extração e cozimento, tornando-o aquele com a maior concentração de vitaminas, micro e macro elementos. É muito rico em cálcio, ferro, magnésio, potássio e outros elementos benéficos.

POR QUE O MELAÇO É BOM PARA O CULTIVO DE PLANTAS SAUDÁVEIS?

O solo usado para cultivar maconha é sem dúvida um dos fatores mais importantes para o crescimento saudável e forte das plantas. Um bom solo contém nutrientes como nitrogênio e fósforo, além de minerais como potássio, ferro e cálcio, além de muitos outros compostos. Cada um desses elementos é essencial para o crescimento saudável das plantas de maconha.

Mas os compostos nutritivos no solo, os produtos químicos, os minerais e outras substâncias inorgânicas não são as únicas coisas que você precisa para criar um bom ambiente para suas plantas. O solo também contém microrganismos benéficos que desempenham um papel fundamental no crescimento saudável das plantas.

O melaço é o alimento perfeito para esses microrganismos, pois fornece o ambiente ideal para o desenvolvimento. Quando você adiciona melaço ao solo, em vez de alimentar suas plantas, você está alimentando o solo e os microrganismos que nele vivem. Além de fornecer os carboidratos e açúcares que esses microrganismos precisam, o melaço tem outros benefícios.

BENEFÍCIOS DO MELAÇO PARA O CULTIVO DE MACONHA

  • Alimenta microrganismos benéficos do solo
  • Melhora a estrutura e a retenção de água do solo
  • Enriquece o solo com vários minerais e vitaminas essenciais
  • Ajuda a prevenir o acúmulo de patógenos que podem prejudicar as plantas
  • Ajuda a minimizar o risco de acúmulo de sais no solo, o que pode causar problemas nutricionais
  • Atua como inseticida natural contra pragas comuns da maconha


COMO USAR O MELAÇO NO CULTIVO DE MACONHA

O que torna o melaço tão valioso para o cultivo de maconha não é apenas seu efeito benéfico nas plantas, mas também sua versatilidade de uso. Pode ser usado como nutriente para adicionar à rotina de fertilização, fazer chás de compostagem e adubo, preparar um solo especialmente rico ou aplicá-lo por spray foliar.

A quantidade de melaço que você usa dependerá da variedade que cultivará e de suas necessidades nutricionais. A dosagem adequada também pode depender da idade da planta e pode diferir com base em fatores ambientais, como temperatura ou intensidade da luz.

Quando você começa a adicionar o melaço em seu cultivo, deve fazê-lo em doses baixas. Um bom ponto de partida é 4-5 ml de melaço por litro de água. Mais tarde, quando as plantas começarem a florescer, poderá aumentar a dose, pois sua maconha precisará de mais potássio. Embora o melaço possa ser usado em todas as etapas do cultivo, inclusive no vegetativo, você provavelmente notará mais melhorias durante a floração.

O risco de alimentar demais suas plantas com melaço é muito menor do que no caso de nutrientes minerais, mas é aconselhável observar as plantas quanto a sintomas de estresse ou queimaduras de nutrientes, especialmente se você adicionar melaço a uma rotina de fertilização existente. Se tudo correr bem, pode aumentar gradualmente a dose. Você pode adicioná-lo a fertilizantes orgânicos líquidos, como chá de composto. Se você quiser adicionar melaço à sua rotina de fertilização, deve monitorar o pH do solo, pois qualquer substância adicional pode alterá-lo. Certifique-se de verificar o pH da água do escoamento com frequência.

Se for cultivar no outdoor, saiba que o melaço pode atrair vidas selvagens.

USO DO MELAÇO SECO PARA PREPARAR E MELHORAR O SOLO

Você pode usar melaço líquido, como descrito anteriormente, ou melaço seco para enriquecer o solo antes de começar a cultivar. Apesar do nome, o melaço seco não é realmente seco, é composto de partículas orgânicas (geralmente grãos) embebidas em melaço. O melaço seco é um excelente complemento para misturar com a terra. Para enriquecer 4,5-6m² de solo, são necessários cerca de 500g de melaço seco.

O MELAÇO COMO INSETICIDA NATURAL

Embora não existam estudos científicos sobre o uso do melaço como inseticida, demonstrou-se muito eficaz contra insetos sugadores, como pulgões, moscas brancas e mosca-de-renda, que são algumas das pragas mais comuns da maconha.

Prepare um inseticida foliar em spray misturando aproximadamente 1,3 ml de melaço (1/4 de colher de chá) com um litro de água morna. Mexa bem para dissolver o melaço. Com a ajuda de um pulverizador de jardim, pulverize suas plantas abundantemente.

MELAÇO PARA EVITAR A ACUMULAÇÃO DE SAIS E AS DEFICIÊNCIAS DE NUTRIENTES

Um problema muito comum no cultivo de cannabis é que os sais de fertilizantes não orgânicos se acumulam no solo ao longo do tempo. Esses sais podem desequilibrar o nível de pH do solo, impedindo que as plantas absorvam mais nutrientes: o temido bloqueio de nutrientes. O melaço funciona indiretamente em comparação com os fertilizantes minerais, que são simplesmente adicionados toda vez que você alimenta suas plantas. Portanto, o melaço não apresenta o risco de acúmulo de sais.

MELAÇO VS SUPLEMENTOS COMERCIAIS

Se você comprar suplementos e fertilizantes comerciais, especialmente aqueles que são rotulados como orgânicos, encontrará que a maioria contém melaço. Alguns suplementos “especiais” podem ser apenas melaços embalados em um frasco bonito.

Isso não significa que esses suplementos não funcionem bem. A vantagem é que o melaço custa muito menos do que alguns suplementos de marca, mas oferece os mesmos benefícios. Além disso, comprar melaço é muito fácil: você pode comprar melaço orgânico na maioria das lojas e supermercados. Alguns centros de jardinagem também o vendem.

POR QUE O MELAÇO É EXCELENTE PARA O CRESCIMENTO SAUDÁVEL DAS PLANTAS? RESUMO!

Se você deseja cultivar uma boa maconha organicamente, não precisará de uma tonelada de fertilizantes e suplementos caros. Tudo que você precisa é um solo de qualidade e melaço. Transforme seu solo em um ambiente enriquecido com a ajuda do melaço, para que suas plantas se desenvolvam perfeitamente e lhe recompensarão com flores aromáticas no momento da colheita.

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Fonte: Royal Queen

Dicas de cultivo: bokashi – um bom fertilizante para a maconha?

Dicas de cultivo: bokashi – um bom fertilizante para a maconha?

O método bokashi transforma resíduos da cozinha em composto para suas plantas de maconha, sem odores ou complicações. Este método japonês utiliza micro-organismos benéficos para fermentar restos de plantas/alimentos, criando um fertilizante ecológico. Os cultivadores de maconha estão constantemente procurando novas técnicas de cultivo. O composto de bokashi poderia te ajudar a obter uma melhor colheita? Continue lendo para entender mais sobre o que é o bokashi e como usá-lo no seu cultivo.

O QUE É BOKASHI?

“Bokashi” (também chamado bocashi) é uma palavra japonesa que significa “matéria orgânica fermentada”. É uma técnica de compostagem que deriva de métodos antigos de fertilização, baseados em processos de fermentação anaeróbicos catalisados ​​por certos micróbios.

O método bokashi tira proveito do princípio da fermentação inoculada, da mesma maneira que a cerveja. Para iniciar o processo de transformação de resíduos orgânicos, normalmente são utilizadas bactérias fermentadas, chamadas de microrganismos eficazes (ME).

Hoje, o bokashi é valorizado pelos agricultores ecológicos, sendo um condicionador de solo que oferece ótimos resultados, como melhorar a saúde das plantas e a colheita sem usar pesticidas ou fertilizantes sintéticos. Muitos cultivadores de maconha começaram a produzir seu próprio bokashi, usando por si só ou misturando com um composto, para aproveitar todo o potencial de fertilizantes dos restos orgânicos de hortas e cozinhas.

A TÉCNICA BOKASHI É MELHOR QUE A COMPOSTAGEM TRADICIONAL?

O composto Bokashi pode ser considerado melhor que o composto comum, uma vez que contém mais nitrogênio, um dos nutrientes mais importantes para o crescimento vegetativo das plantas de cannabis e, possivelmente, o nutriente mais escasso no solo.

Mas a vantagem mais óbvia e imediata do método bokashi é sua velocidade. A compostagem tradicional de resíduos orgânicos de cozinhas/jardins pode levar pelo menos três meses e parte do potencial de fertilizantes da matéria-prima é dispersa no ambiente.

Com a técnica bokashi, leva apenas algumas semanas para criar um fertilizante concentrado para suas plantas, e nesse processo não se dissipam matéria orgânica, metano ou dióxido de carbono na atmosfera devido à oxidação. Além disso, o material fermentado resultante é excelente para adicionar às composteiras de minhoca.

O método bokashi requer menos espaço que a compostagem comum, simplesmente porque não precisa de ar na lixeira. Além disso, o bokashi é fabricado em um recipiente hermético, permitindo compostagem em ambientes fechados, sem odores ou insetos indesejados.

Para fazer bokashi, você precisa de um balde hermético específico, com furos na base para drenar o líquido gerado durante a fermentação. Esse subproduto também é um bom fertilizante, que pode ser usado para regar diretamente as plantas ou pode ser diluído para usar como spray foliar.

TEM ALGUMA DESVANTAGEM?

A resposta é: sim. O composto normal passa por um maior processo de decomposição, portanto contém mais nutrientes imediatamente disponíveis para as raízes. Por outro lado, o composto de bokashi ainda não iniciou o processo de decomposição; portanto, a maioria dos nutrientes permanece unidos a moléculas grandes e não pode ser absorvida rapidamente pelas raízes.

E é por isso que o bokashi não deve ser aplicado à superfície da terra; em vez disso, deve ser enterrado no solo ou misturado com composto tradicional. Embora o processo de fermentação seja rápido, a decomposição final no solo não é tão rápida, portanto não é muito claro quando os nutrientes do bokashi estarão disponíveis para as raízes.

Todos os fertilizantes caseiros, incluindo compostagem e bokashi, podem conter patógenos. Ambas as técnicas podem transferir patógenos para o seu cultivo, embora seja improvável que seja a causa de uma infestação em suas plantas de maconha.

Lembre-se também de que o método bokashi não funciona bem com o material rico em carbono (folhas secas, palha, galhos triturados etc.) do seu jardim. A compostagem tradicional é melhor para processar o tipo de lixo orgânico gerado pela maioria das hortas/jardins, de modo que o bokashi não substitui o composto usual na maioria dos cultivos orgânicos.

Finalmente, devemos lembrar que, além de drenar um pouco de líquido, o bokashi tem o mesmo peso antes e após o processo de fermentação, enquanto o composto reduz seu peso consideravelmente. Como resultado, você precisará de uma quantidade maior de bokashi para fornecer o mesmo nível de nutrientes que o composto.

COMO FAZER BOKASHI EM CASA

Com o método bokashi, o cultivador pode fertilizar suas plantas usando apenas restos da cozinha/jardim, incluindo carne e laticínios, que não são adequados para outros tipos de compostagem.

Você pode comprar um kit para começar o bokashi ou fazer você mesmo seguindo uma das receitas de farelo de bokashi disponíveis na internet. Você também encontrará informações sobre o procedimento e os ingredientes, além de alguns conselhos profissionais.

Alguns agricultores cultivam seus próprios microrganismos efetivos (ME); mas com inoculações bacterianas caseiras, é difícil calcular exatamente o conteúdo microbiano. Ao adquirir os micróbios de um fornecedor qualificado, você garante os três tipos fundamentais de bactérias do ácido láctico, leveduras e bactérias fotossintéticas necessárias para concluir o processo de fermentação do bokashi.

Para iniciar o processo, coloque as sobras da cozinha em seu recipiente de bokashi e cubra-as com um pouco de fibra (como farelo de trigo ou serragem) inoculada com ME. Conforme adiciona mais sobras da cozinha, adicione mais farelo. Mas tenha cuidado ao selecionar o material que você coloca no recipiente hermético do bokashi; evite colocar comida podre, ossos grandes, conchas e mariscos, leite e outros líquidos.

Ao adicionar restos de cozinha, também deve drená-los para que não contenham muito líquido. Como mencionamos, o recipiente drenará o líquido através da base e precisará coletá-lo; pode usá-lo na próxima vez que fertilizar plantas ou pode armazená-lo adequadamente.

Quando o cubo de bokashi estiver cheio, mantenha-o fechado e deixe fermentar em temperatura ambiente por 2-3 semanas. Após a fermentação, o bokashi estará pronto para concluir sua biodegradação controlada no solo.

BOKASHI E MACONHA

O bokashi ativa a sinergia microbiana no solo, resultando em maior disponibilidade de carboidratos, enzimas, aminoácidos e ácidos orgânicos para as raízes das plantas. É exatamente isso que muitos fertilizantes ou estimulantes de raiz fazem. Mas, como em qualquer fertilizante ou suplemento de cannabis, não espere mágica.

Praticamente não foram realizados estudos sobre bokashi. Há quem acredite que esse composto fermentado possa revolucionar o cultivo de maconha (e talvez a agricultura em geral), mas não há muitas evidências científicas sobre seus efeitos benéficos para o cultivo, exceto em algumas situações especiais. Ainda assim, reciclar restos de cozinha e produzir fertilizantes de maneira sustentável para plantas não causará danos a nós ou ao planeta.

COMO USAR O FERTILIZANTE BOKASHI

Depois de condicionar o solo com bokashi, basta transplantar suas mudas de maconha e regar. Este composto fermentado é uma ótima fonte de nutrientes de liberação lenta e também atrairá minhocas, bactérias, fungos e outros organismos benéficos. Se desejar um fertilizante mais poderoso, pode adicionar outros condicionadores ecológicos, para aumentar o nível de nutrientes naturais do seu bokashi de acordo com as necessidades de NPK de suas plantas.

Como mencionamos, quando você introduz o composto bokashi em seu jardim, uma rede de micróbios se desenvolve no solo. E esta é a causa da formação de uma camada branca na superfície do solo. Esta camada é o desenvolvimento de filamentos bacterianos chamados Actinomycetales, que são bons para o solo e para as plantas! Esses microrganismos adicionam o cheiro da terra ao solo e são comuns em compostagem saudável. Quando a terra contém muito desse tipo de vida microbiana, você precisa de menos produtos químicos para satisfazer suas plantas!

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Fonte: Royal Queen

Dicas de cultivo: ruderalis, uma cannabis resistente com um talento oculto

Dicas de cultivo: ruderalis, uma cannabis resistente com um talento oculto

Durante muito tempo, a Cannabis ruderalis tem sido a menos popular das três subespécies de maconha. Mas, atualmente, seu nome está sendo esculpido e conquistando o respeito da comunidade canábica, ao incorporar a genética autoflorescente no mundo da maconha.

Ao falar sobre variedades de maconha, a maioria das pessoas pensa nos dois subtipos predominantes: indica e sativa.

No entanto, muitos usuários habituais não sabem que existe um tipo menos conhecido de cannabis, que transformou o mundo do cultivo e da criação de variedades: a Cannabis ruderalis.

MAS O QUE É CANNABIS RUDERALIS?

Para responder a essa pergunta, vejamos a origem desse tipo único de cannabis.

ORIGENS DA CANNABIS RUDERALIS

Acredita-se que a Cannabis ruderalis tenha se originado há milhares de anos em regiões do leste e centro da Ásia e Europa, especificamente na Rússia, onde ainda hoje continua a crescer de forma selvagem.

Os botânicos chamam essa planta de “ruderalis” (a palavra “ruderal” significa algo que cresce em terrenos baldios ou onde são despejados resíduos ou escombros) para classificá-la como um tipo de planta de cannabis semelhante a erva, que escapou do cultivo por parte do ser humano e se adaptou às condições ambientais extremas nessas regiões.

Muitas vezes, a Cannabis ruderalis é descrita como o terceiro tipo de maconha, juntamente com Cannabis sativa e Cannabis indica, mas os botânicos não sabem ao certo se ela pode ser classificada como uma espécie por si só. Geneticamente, a Cannabis ruderalis está localizada entre as cepas indica e sativa.

O cânhamo é igual à ruderalis?

O cânhamo é uma espécie diferente de cannabis. Usamos a palavra “cânhamo” para se referir a um tipo de cannabis desenvolvido seletivamente para conter níveis mínimos de THC. Para ser considerado cânhamo, nos EUA a cannabis deve conter menos de 0,3% de THC. Na Europa, o limite está entre 0,2 e 0,3% de THC, dependendo do país.

Embora a Cannabis ruderalis contenha baixos níveis de THC (menos de 3%), ainda possui mais THC do que o cânhamo. No entanto, geralmente o cânhamo e a ruderalis contêm níveis semelhantes de CBD, embora estes também possam variar.

Por outro lado, o cânhamo é uma planta mais versátil que a Cannabis ruderalis. Os seres humanos cultivam cânhamo há milhares de anos para diversos fins, como a produção de tecidos, papel, alimentos, biocombustíveis ou suplementos de saúde.

Por outro lado, a Cannabis ruderalis é um tipo de maconha usada exclusivamente para um único objetivo: a criação de cepas.

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A CANNABIS RUDERALIS É LEGAL?

Para ser classificada como cânhamo, a Cannabis ruderalis deve ter um conteúdo de THC abaixo do limite legal mencionado acima. Caso contrário, seria considerado legal apenas em regiões onde é legal cultivar e comprar maconha para fins recreativos e/ou medicinais.

INDICA, SATIVA E… RUDERALIS!

Quais são as diferenças entre maconha indica, sativa e ruderalis? Vamos fazer uma breve revisão para comparar suas características.

SATIVAS: crescem melhor em climas quentes e ensolarados. As plantas são altas e finas, com folíolos finos e alongados e podem exceder 3m de altura. As sativas produzem um efeito cerebral, energético, criativo, estimulante e eufórico. É melhor consumi-la durante o dia.

INDICA: mais adequada para o cultivo em climas mais frios. Plantas mais robustas e resistentes, com estrutura mais baixa e espessa e folíolos mais largos. Geralmente causam um efeito corporal e fisicamente relaxante. As indicas são ótimas para estimular o apetite ou ajudar a adormecer. É melhor consumi-la no final do dia.

HÍBRIDAS: uma mistura das genéticas indica e sativa. Plantas com crescimento vigoroso e boa resistência. Seus efeitos e qualidades de cultivo podem mostrar qualidades tanto da indica quanto da sativa.

RUDERALIS: maconha selvagem, que se adaptou a ambientes extremos. Plantas pequenas e compactas, com buds gordos e pequenos. As plantas crescem como ervas daninhas, mesmo entre resíduos e detritos, e são extremamente robustas e resistentes. Contêm pouco THC (menos de 3%), mas têm altos níveis de CBD.

RUDERALIS: A CANNABIS AUTOFLORESCENTE ORIGINAL

No passado, as variedades de ruderalis não tinham papel significativo. Careciam de valor agrícola ou recreativo. Então, por que começaram a usá-las? Ainda não mencionamos a qualidade mais procurada da Ruderalis; o recurso que as tornou um item básico do mundo da maconha. Ao contrário de indicas e sativas, as ruderalis não dependem da quantidade de horas de luz para florescer, mas começam a florescer de acordo com a idade.

As plantas de maconha autoflorescentes (também chamadas de automáticas ou auto) florescem sozinhas após aproximadamente 3-4 semanas de crescimento vegetativo. Provavelmente, a Cannabis ruderalis desenvolveu essa propriedade autoflorescente em resposta aos verões consideravelmente curtos (mas com muitas horas de luz solar por dia: 22-24 horas) de seu habitat nativo.

Graças à sua capacidade autoflorescente, as cepas ruderalis podem ser usadas para desenvolver novas variedades. Embora isoladamente não sejam interessantes para o consumo recreativo ou medicinal, se forem cruzadas com cepas indica/sativa/híbrida de qualidade, a ruderalis pode fornecer à cepa resultante características autoflorescentes. Isso reduz consideravelmente o estresse dos cultivadores, permitindo que mantenham as plantas sob um ciclo de 18 a 20 horas de luz durante todas as fases do cultivo.

Além de não depender do ciclo da luz, as autos oferecem a vantagem de um ciclo de crescimento muito mais rápido. Isso reduz a ameaça de perda da colheita devido ao mau tempo do outono e permite que o cultivador obtenha várias colheitas de autoflorescentes por estação e por ano. Por essas razões, as autos (e, portanto, a ruderalis) estão causando sensação entre os cultivadores iniciantes e cultivadores comerciais experientes.

FATOS RÁPIDOS DA RUDERALIS

ASPECTO

  • Plantas baixas e gordas, com menos ramificações
  • Folhas largas, com 3 folíolos
  • Buds pequenos
  • Altura: 50-60cm

PRODUTIVIDADE

  • Colheitas pequenas, buds “esponjosos”

EFEITOS

  • Baixa psicoatividade (menos de 3% de THC)
  • Contêm CBD, que fornece efeitos subperceptuais

AUTOFLORAÇÃO

  • Permanecem 3-4 semanas em crescimento vegetativo, aproximadamente
  • Florescem automaticamente
  • Colheita em 70-110 dias, a partir da semente

DICAS PARA CULTIVAR AUTOMÁTICAS

Conseguimos despertar sua curiosidade para cultivar automáticas? Siga estas dicas para ter uma colheita abundante de buds muito gordos!

Não transplante autos: as autoflorescentes não tem tempo para se recuperar do estresse. Plante as sementes no vaso final.

Use um estimulante de raízes: como as autos têm um ciclo de vida limitado, um estimulante de raiz pode contribuir para o crescimento ideal.

Use solo leve e aerado: não coloque obstáculos ao desenvolvimento das plantas e suas raízes. Promova o crescimento rápido, usando uma terra solta e arejada.

Use um vaso grande o suficiente: as autoflorescentes não atingem muita altura, mas um vaso pequeno demais prejudicará o crescimento das plantas e a colheita.

Não exagere na água e nos fertilizantes: as autoflorescentes precisam de menos água e nutrientes do que as linhagens de maconha feminizadas. Regue e fertilize moderadamente.

Preste atenção às pragas: o rápido crescimento das autoflorescentes significa menor risco de pragas. Mas, se cultivar ao ar livre, também deve inspecionar as plantas quanto a pragas. Sabão inseticida e óleo de neem podem fazer maravilhas para erradicar muitas pragas comuns  na cannabis.

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Fonte: Royal Queen Seeds

Dicas de cultivo: o espectro luminoso e maneiras de aumentar o nível de THC

Dicas de cultivo: o espectro luminoso e maneiras de aumentar o nível de THC

Criar um ambiente ideal para as plantas só é viável se entendermos os princípios da natureza, não podemos ignorar o espectro de luz.

A maioria dos cultivadores tem vários objetivos em mente ao planejar um cultivo em ambiente fechado. Obter rendimentos mais altos, aumentar o nível de THC ou simplesmente melhorar a saúde das plantas. Esse planejamento estratégico implica ter conhecimento em vários campos científicos e vincular a teoria a soluções técnicas que contribuem para alcançar os objetivos propostos. Além da dedicação e paixão, o que diferencia um bom cultivador de um especialista é o desejo de aprender, por isso, vamos informá-lo sobre o que é necessário para cultivar maconha de qualidade excepcional. Vamos discutir os fundamentos da física e entender como o espectro da luz afeta o crescimento de uma planta de cannabis.

O que é o espectro luminoso?

O sol emite energia na forma de radiação solar que inclui raios gama, raios-x, luz ultravioleta, luz visível e até ondas de rádio. A vida na Terra só é possível porque a camada de ozônio bloqueia essa radiação. Essa filtragem permite atingir apenas comprimentos de onda entre 300 e 1100nm em nossas plantas, e apenas uma parte dessa luz é visível. É geralmente chamado de espectro luminoso, espectro de cores ou espectro visível, e varia entre 380nm e 750nm.

  • 180-280nm – UVC: extremamente prejudicial, embora felizmente seja quase completamente absorvido pela camada de ozônio.
  • 280-315nm – UVB: provoca queimaduras na pele e acredita-se que aumenta o nível de THC (!).
  • 315-400nm – UVA: não é absorvido pela atmosfera, comumente conhecido como luz negra.
  • 380-750nm – Espectro de luz visível: as bandas de cada comprimento de onda representam as cores visíveis.
  • 700nm-1mm – Luz infravermelha: invisível acima de 750nm, mas aparece como calor na pele.

Espectro-Luminoso

A TEMPERATURA DA COR (KELVIN) E COMO AFETA SUAS PLANTAS

Ao procurar uma luz de cultivo, é provável que encontre o termo “temperatura da cor”. Basicamente, é uma maneira de descrever a aparência da luz que uma lâmpada fornece e é medida em graus Kelvin (K).

A temperatura da cor não se refere à temperatura física da luz, mas ao grau de calor ou frio de uma fonte de luz, ou seja, a “temperatura visual”. Quando uma luz possui mais graus Kelvin, fica mais azulada. Portanto, chamamos isso de luz “fria”. Por outro lado, uma lâmpada com um grau mais baixo de Kelvin emite uma luz “mais quente” e mais vermelha.

É A MESMA TEMPERATURA DE COR QUE O ESPECTRO DA LUZ?

Em um sentido estritamente científico, não. A temperatura da cor é normalmente usada como uma maneira de descrever como a luz produzida por uma lâmpada é percebida pelo olho humano. Para alguns tipos de luzes, como LED ou lâmpadas fluorescentes, não descreve a distribuição espectral ou o comprimento de onda de uma luz.

Sem se aprofundar na física, a luz de uma lâmpada incandescente irradia luz que abrange todo o espectro da luz visível. A luz branca da lâmpada é o resultado de uma mistura de comprimentos de onda (cores no espectro) “contidos” na luz.

Outras luzes, como LED ou fluorescentes, podem emitir luz de uma série de comprimentos de onda estreitas, com intervalos ou picos dentro do espectro. Em outras palavras, embora a luz pareça a mesma à vista, pode não ter certos comprimentos de onda (cores) que as plantas precisam para um crescimento saudável.

Como os LEDs geralmente emitem luz em um espectro de cores muito pequeno, as luzes de LED são geralmente configuradas como lâmpadas de “espectro completo”. Consistem em uma série de LEDs de cores diferentes que juntos cobrem a maior parte do espectro necessário para as plantas de maconha. Esses LEDs de espectro completo são compostos de diferentes tons de vermelho e azul, geralmente misturados com outros LEDs brancos. Outros LEDs mais recentes, como as lâmpadas COB, emitem um espectro de luz que se aproxima da luz solar mais ou menos natural, onde não há “vazio” no espectro de cores.

EM QUE O KELVIN AFETA AO ESCOLHER UMA LUZ DE CULTIVO?

Para vegetar suas plantas, escolha uma luz fria, que emita uma cor de “luz do dia” com um Kelvin alto de 6.000 a 6.500. Para a floração, seria ideal uma luz quente com um tom avermelhado, em torno de 2.800K. Também pode encontrar luzes para cultivo com uma temperatura de cor em média de cerca de 3.500K, que pode usar para vegetação e floração.

COMO O ESPECTRO DE LUZ AFETA O CRESCIMENTO

Todo organismo vivo precisa de informações sobre o que está acontecendo ao seu redor para reagir às mudanças ambientais e, em teoria, obter uma pequena vantagem sobre outros membros de sua espécie. As plantas de maconha recebem muitas dessas informações à luz a que estão expostas e reagem quase imediatamente às diferentes faixas de um comprimento de onda, um assunto muito complexo que ocuparia vários livros, mas vamos nos concentrar no básico.

Vegetativo-Floração

  1. Fase vegetativa – luz “azul” para folhas saudáveis ​​(faixa: 400-500nm; ideal: 460nm).

Durante a fase vegetativa, recomenda-se concentrar a luz nas folhas o máximo possível e garantir que as plantas sejam compactas, que não se estiquem demais e que desenvolvam caules fortes. Para atingir esses objetivos, os cultivadores indoor costumam usar lâmpadas de iodetos metálicos, tubos fluorescentes ou lâmpadas economizadoras de energia (CFL) e luzes T5/T8 de faixa azul durante as primeiras semanas. Quando a cannabis cresce selvagem, o ângulo do sol na primavera permite que mais ondas “azuis” passem para a atmosfera, um sinal para as plantas desenvolverem folhas grandes, fortes e saudáveis.

  1. Fase de floração – luz “vermelha” para buds enormes (faixa: 620-780nm; ideal: 660nm).

Quando as plantas de maconha começam o período de floração, é possível obter maiores rendimentos, expondo-as a um espectro de luz com muitas ondas “vermelhas”, que estimulam o desenvolvimento dos buds. A taxa de fotossíntese atinge seu pico quando as plantas são submetidas a comprimentos de ondas “vermelhas” de 660nm, embora uma descoberta da NASA indique que ondas “verdes”, que não estão intimamente relacionadas à fotossíntese, também podem afetar o crescimento das plantas. Ver uma planta de cannabis como uma simples fábrica de fotossíntese é, portanto, um pouco apressado. Mas, por enquanto, a melhor maneira de imitar o ângulo do sol no final do verão/início do outono é escolher uma luz com um alto grau de “vermelho” em seu espectro.

AUMENTO DO THC COM LUZES ULTRAVIOLETAS – MITO OU VERDADE

Já se perguntou por que as variedades mais potentes geralmente vêm de plantas nativas em áreas de grande altitude? Muitos especialistas acreditam que a luz ultravioleta, especialmente a alta exposição a comprimentos de onda ultravioleta (280-315nm), é responsável pelo aumento da produção de THC. Essa teoria baseia-se no fato de que quanto maior a elevação, menor a atmosfera entre a cannabis e o sol, o que significa maior exposição aos raios UV. Esses raios ultravioletas danificam nossa pele e o corpo humano reage produzindo melanina, a planta da cannabis deve fazer algo semelhante, produz mais resina e THC como uma espécie de filtro solar. É muito cedo para dizer se estamos diante de uma teoria ou método mais rentável para cultivar uma erva melhor, mas o conceito parece plausível o suficiente para realizar nossos próprios experimentos. As luzes UVB de répteis são baratas; deveríamos tentar.

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Fonte: Royal Queen

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