Dicas de cultivo: guia completo para cultivar maconha de forma ecológica

Dicas de cultivo: guia completo para cultivar maconha de forma ecológica

Cultivar maconha com métodos orgânicos e ecológicos é melhor para você, para a terra, para o seu jardim e para o planeta. Utilize as seguintes dicas para cultivar uma planta extraordinária e melhorar a saúde do seu cultivo.

Cultivar maconha de maneira ecológica significa cultivar essa planta com métodos totalmente naturais. As variedades nativas de cannabis (ou variedades autóctones) crescem no meio da natureza em todo o mundo. Isso mostra que a única coisa que as plantas de cannabis realmente precisam para prosperar é a biodiversidade e o solo de alta qualidade.

O setor da maconha desenvolveu muitas fórmulas e técnicas sintéticas para o cultivo, obtendo ótimos resultados. Mas acreditamos que, ao se reconectar com a terra e a natureza, são alcançadas flores de melhor qualidade e plantas mais saudáveis.

Como se fosse uma alquimia, o cultivo orgânico envolve a transformação de resíduos, ou produtos de baixo valor, em recursos valiosos. O cultivo orgânico de maconha não apenas produz colheitas incríveis, mas também beneficia nossas hortas e jardins e o meio ambiente.

A TERRA ECOLÓGICA PERFEITA PARA O PLANTIO DA MACONHA

A maconha orgânica de alta qualidade depende de um fator importante: a saúde do solo. Nas últimas décadas, os cultivadores aplicaram fertilizantes para solucionar um problema; uma visão bastante simplista. Porém, mais recentemente, os avanços na ciência do solo nos mostraram que as plantas dependem das complexas interações produzidas na terra (a cadeia alimentar do solo) para permanecerem saudáveis ​​e se desenvolverem.

A CADEIA ALIMENTAR DO SOLO E A INTELIGÊNCIA DAS PLANTAS

A cadeia alimentar do solo é composta por muitos insetos e microrganismos, e até pássaros e mamíferos. Essas criaturas – muitas das quais atuam como presas e predadores – desempenham um papel importante na decomposição da matéria orgânica, criando nutrientes acessíveis às plantas.

Iniciar sua colheita com um solo saudável e cheio de vida ajudará a evitar possíveis deficiências nutricionais, bem como problemas com pragas e patógenos. Ao contrário da crença popular, as plantas não apenas absorvem os nutrientes diretamente do solo. Além disso, as plantas também participam de um sistema de produção de alimentos.

Para isso, liberam açúcares (exsudatos) na rizosfera – a área que se estende por cerca de 2 mm em torno das raízes – atraindo bactérias e fungos benéficos. Alguns desses microrganismos se ligam às raízes, permitindo que as plantas absorvam melhor os nutrientes, enquanto outros servem como alimento para criaturas maiores.

Os nemátodos e protozoários, o próximo nível na cadeia alimentar do solo, comem alguns desses microrganismos. E acontece que fungos e bactérias são muito eficientes em decompor a matéria orgânica e armazenar nutrientes.

Então, depois de comer fungos e bactérias, nemátodos e protozoários defecam algumas dessas moléculas. E, finalmente, as plantas se alimentam desses nutrientes biodisponíveis, beneficiando-se desse sistema de produção de alimentos. Incrível, não é mesmo?

ELEMENTOS ESSENCIAIS

Essa interação não fornece apenas alimento para as plantas. Os organismos atraídos pelas plantas também ajudam a formar o solo e mantê-lo em condições ideais para um crescimento saudável. Abaixo, mostramos alguns dos organismos mais importantes da cadeia alimentar do solo:

  • Bactérias: Essas pequenas criaturas produzem substâncias viscosas que mantêm as partículas do solo unidas, dando estrutura a terra. Também servem como alimento para organismos maiores que excretam o alimento para as plantas.
  • Fungos: Os fungos produzem estruturas em forma de rede (micélio) que moldam o solo e impedem que ele se desintegre ou seja arrastado pelas chuvas. Os fungos “micorrízicos” são organismos benéficos que se ligam às raízes das plantas para melhorar a absorção de nutrientes.
  • Nematoides: os nematoides devoram organismos menores e liberam nutrientes nas formas disponíveis para as plantas. Alguns nemátodos “bons” também mantêm os nemátodos “ruins” (que comem as raízes das plantas) afastados.
  • Protozoários: essas criaturas se alimentam de bactérias do solo. Os protozoários não apenas excretam nutrientes, mas também, ao comerem as bactérias, incentivam a população bacteriana a crescer mais rapidamente, em resposta ao ataque.
  • Minhocas: essas criaturas são muito importantes para o solo. Elas transformam a matéria orgânica em nutrientes e seus túneis também ajudam a aerar o substrato e a trazer água para as raízes.

COMO PRESERVAR A VIDA DO SOLO

Entende por que o cultivo orgânico de maconha vai muito além da simples adição de composto de vez em quando? Ao cultivar preservando os organismos que habitam o solo, o solo se torna mais rico e mais fértil a cada ciclo de cultivo.

Mas como pode conseguir isso?

Comece comprando terras orgânicas de boa qualidade. E quando estiver com ela, trate-a como um animal de estimação (ou bilhões de pequenos animais de estimação). Com o tempo, os gênios da jardinagem desenvolveram métodos de cultivo que envolvem uma destruição mínima da vida do solo.

Esses métodos evitam as seguintes ações:

  • Aerar: leva muito tempo para que o solo saudável se forme. Aerar e cavar a terra pode destruir rapidamente a vida benéfica do solo. O arado leva esses organismos à superfície, expondo-os aos raios UV e outros fatores prejudiciais, matando-os rapidamente. Ele também quebra valiosas redes fúngicas.
  • Uso de pesticidas/herbicidas /fungicidas químicos: como o próprio nome sugere, esses produtos sintéticos matam certos seres vivos, incluindo organismos benéficos. Mas, realmente, se o solo tem uma cadeia alimentar saudável, essa rede ajuda as plantas a se defenderem de muitas pragas e doenças, sem usar produtos químicos venenosos.
  • Usar fertilizantes químicos: esses produtos carregados com nutrientes sintéticos prejudicam a vida essencial do solo, incluindo nossas amigas minhocas.

O método ecológico de plantio direto (ou método sem arado) visa evitar as práticas mencionadas acima. Essa técnica envolve a criação de terraços rasos de alta qualidade, permitindo que as raízes das plantas penetrem no solo sem perturbar a vida microbiana. As vantagens de não arar incluem:

  • Proteger o solo superficial e os organismos benéficos
  • Economizar tempo e dinheiro
  • Evaporação lenta
  • Manter o carbono preso no solo

CANTEIROS OU VASOS?

Agora que você sabe como manter o solo vivo e saudável, terá que decidir como vai cultivar suas plantas de maconha. Você tem duas opções principais: canteiros ou vasos.

  • Terraços ou canteiros

Um canteiro é um pedaço de terra fértil que permite que as raízes penetrem profundamente no solo. Certas variedades, como cepas gigantes das sativas, podem aproveitar esse espaço extra e atingir alturas enormes. Mas os terraços ao ar livre estão expostos aos elementos. Pode ser relativamente difícil protegê-los contra fortes chuvas, ondas de calor repentinas e geadas.

  • Vasos

O cultivo em vasos permite mover as plantas, se necessário. Se as condições climáticas piorarem, pode movê-las para ambientes internos ou para uma estufa. Também pode movê-los ao sol/sombra, conforme necessário.

Nem todos os vasos são iguais. Os vasos de plástico e cerâmica servem para conter o substrato, mas podem fazer com que as raízes se comportem de maneira indesejável. Os vasos de tecido oferecem a melhor solução para esse estilo de cultivo; aproveitam a tecnologia geotêxtil para reter água e, ao mesmo tempo, promover a aeração. Isso ajuda a impedir o desenvolvimento de fungos patogênicos, bem como a desidratação das plantas.

MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES

As plantas de maconha requerem uma dieta variada e completa para produzirem os melhores resultados. Como os humanos, elas precisam de dois tipos principais de nutrientes: os macronutrientes e micronutrientes. As plantas de maconha podem extrair todos os nutrientes necessários do solo, com três exceções: inalam dióxido de carbono através de pequenos poros das folhas (chamados estômatos) e geram oxigênio e hidrogênio ao separar as moléculas de água durante a fotossíntese.

MACRONUTRIENTES

Primeiro, vamos revisar os três nutrientes que as plantas precisam em grandes quantidades, conhecidas como macronutrientes. Veremos o papel que cada um desempenha, bem como algumas fontes ecológicas desses nutrientes.

NITROGÊNIO (N)

  • Necessário para o crescimento vegetativo
  • Forma parte da molécula de clorofila

ONDE ENCONTRAR?

POTÁSSIO (K)

  • Necessário para a fotossíntese
  • Abre e fecha os estômatos
  • Regula a absorção de CO₂
  • Ativa as enzimas necessárias para a produção de trifosfato de adenosina (ATP)

ONDE ENCONTRAR?

  • Farinha de algas
  • Arenito verde
  • Cinza de madeira

FÓSFORO (P)

  • Desempenha um papel importante na transferência de energia
  • Transforma açúcares e amidos
  • Ajuda a transferir os nutrientes
  • Transfere características genéticas para a próxima geração

ONDE ENCONTRAR?

  • Farinha de osso
  • Esterco
  • Fosfato de rocha

MICRONUTRIENTES

Como o nome sugere, os micronutrientes são necessários para as plantas em quantidades muito menores. Mas isso não significa que sejam menos importantes. A falta de qualquer um desses minerais e elementos pode causar deficiências nutricionais, que impedem o bom desenvolvimento das plantas e reduzem a colheita. A seguir, apresentamos os micronutrientes:

BORO (B)

  • Ajuda a construir as paredes celulares
  • Essencial para a divisão celular
  • Importante para a polinização e desenvolvimento de sementes

ONDE ENCONTRAR?

  • Composto e matéria orgânica

CÁLCIO (Ca)

  • Ajuda no desenvolvimento e fertilização das plantas
  • Contribui para a deposição da parede celular
  • Reduz a salinidade do solo
  • Melhora a penetração da água

ONDE ENCONTRAR?

  • Casca de ovo

COBRE (Cu)

  • Ativa as enzimas essenciais
  • Necessário para a fotossíntese
  • Ajuda a metabolizar carboidratos e proteínas

ONDE ENCONTRAR?

  • Composto orgânico
  • Esterco de gado

FERRO (Fe)

  • Essencial para processos metabólicos importantes
  • Síntese do DNA
  • Síntese da clorofila
  • Mantém a estrutura e a função dos cloroplastos

ONDE ENCONTRAR?

  • Esterco
  • Restos orgânicos de cozinha
  • Arenito verde
  • Algas marinhas

MAGNÉSIO (Mg)

  • Átomo central da molécula de clorofila
  • Essencial para a fotossíntese

ONDE ENCONTRAR?

  • Composto orgânico

MANGANÊS (Mn)

  • Ajuda na fotossíntese, na respiração e assimilação de nitrogênio
  • Envolvido na germinação
  • Contribui para o alongamento das células radiculares, bem como a resistência a doenças radiculares

ONDE ENCONTRAR?

  • Algas marinhas

MOLIBDÊNIO (Mo)

  • Converte o nitrato em nitrito, depois em amônia
  • Necessário para bactérias simbióticas que fixam o nitrogênio (nas plantas fixadoras de nitrogênio)

ONDE ENCONTRAR?

  • Farinha de algas
  • Arenito verde
  • Melaço
  • Farinha de neem
  • Cinza de madeira

ENXOFRE (S)

  • Ajuda a formar enzimas importantes
  • Contribui para a síntese de proteínas

ONDE ENCONTRAR?

  • Esterco
  • Feno
  • Palha

ZINCO (Zn)

  • Elemento essencial de enzimas e proteínas
    • Ajuda a produzir hormônios de crescimento
    • Contribui para o desenvolvimento de internódios mais longos

ONDE ENCONTRAR?

  • Algas marinhas (spray foliar)

FERTILIZAÇÃO DAS PLANTAS

Para que suas plantas tenham acesso a essa variedade de nutrientes, é essencial ter um solo de alta qualidade e cheio de vida. O uso de um solo bom, rico em composto e matéria orgânica, quase sempre garante um bom suprimento desses minerais e elementos.

No entanto, para ter acesso aos nutrientes, as plantas dependem do ciclo de vida/morte da cadeia alimentar do solo. As raízes não podem extrair minerais diretamente da matéria orgânica. Mas podem reger a orquestra da rizosfera, usando os exsudatos das raízes.

Ao cultivar organicamente, só precisa garantir que sua terra tenha um bom suprimento de matéria orgânica na forma de composto/chá de composto, húmus de minhoca e outras fontes nutricionais. Sempre e quando proporciona alimento para suas plantas, elas recrutarão a cadeia alimentar do solo para preparar sua comida.

Os fungos micorrízicos são um dos principais aliados das plantas na rizosfera. Essas espécies formam um elo físico com as raízes das plantas: se ligam ao sistema radicular, formando as micorrizas. Os fungos micorrízicos se alimentam de exsudatos de plantas e, em troca, digerem matéria orgânica e transportam nutrientes específicos para as plantas.

Outros micróbios do solo também participam dessa dança sinérgica. Mantenha-os bem alimentados com matéria orgânica e gerará um ciclo perpétuo de nutrientes no subsolo.

FERTILIZANTES ORGÂNICOS VS QUÍMICOS

Os fertilizantes são adicionados ao solo para enriquecer o meio de cultivo com nutrientes. Os fertilizantes orgânicos vêm de matéria orgânica, que se decompõe lentamente ao longo do tempo, até que a cadeia alimentar do solo converta a matéria orgânica natural em nutrientes absorvíveis pelas plantas.

Em contrapartida, fertilizantes químicos sintéticos são produzidos em escala industrial; muitos são subprodutos da indústria do petróleo e geralmente são de natureza ácida.

Todos os cultivadores precisam de alguma forma de composto. As plantas extraem nutrientes do solo aos poucos; com o tempo os nutrientes esgotados, a menos que o produtor adicione mais fertilizante ao solo. Os fertilizantes orgânicos e químicos oferecem vantagens e desvantagens no cultivo de maconha. É claro que aqueles que cultivam ecologicamente optam pelo primeiro, mas vamos olhar para os prós e contras de cada um deles.

FERTILIZANTES ORGÂNICOS

Os fertilizantes orgânicos são materiais naturais com altas concentrações de nutrientes. Muitos desses materiais contêm elementos e minerais. Alguns exemplos de fertilizantes naturais são: composto, algas marinhas, húmus de minhoca e farinha de ossos. Esses fertilizantes servem como alimento para fungos e bactérias, que os decompõem ao longo do tempo, permitindo que as plantas absorvam nutrientes.

Dito isto, os cultivadores podem fazer preparações altamente concentradas, com o objetivo de minimizar o tempo necessário para a absorção dos nutrientes. Estes incluem: chá de composto, chorume de minhoca e preparações de plantas fermentadas.

Prós:

  • Imitam a decomposição natural da matéria orgânica
  • Alimentam os organismos do solo
  • Totalmente seguro e livre de produtos químicos nocivos
  • Preparações concentradas permitem uma absorção mais rápida

Contras:

  • Uma pilha de compostos pode levar até um ano ou mais para ativar o processo de compostagem.
  • As preparações são uma mistura de muitos nutrientes diferentes, o que dificulta o aumento da dose de certos minerais ou elementos.

FERTILIZANTES QUÍMICOS

Os fertilizantes químicos são substâncias sintéticas que contêm muitos dos macronutrientes e micronutrientes necessários para as plantas. No entanto, também contêm muitos aditivos.

Prós:

  • Absorvidos rapidamente
  • Doses específicas

Contras:

  • Afetam organismos na cadeia alimentar do solo
  • Podem queimar as plantas
  • Contaminam ar e água
  • Acidificam o solo
  • Esgotam os minerais no solo

COMO FUNCIONA O PH NO CULTIVO ORGÂNICO

Geralmente, quem cultiva com métodos ecológicos não precisa prestar muita atenção ao pH do solo. No entanto, alguns problemas podem surgir. Cada solo tem determinado valor de pH. Lembre-se da escala de 0 a 14 da aula de ciências? Valores de 0 a 6 significam acidez, 7 representa um valor neutro e 8 a 14 significa alcalinidade.

Mas por que você precisa se preocupar com isso ao cultivar? As plantas de cannabis prosperam melhor em solos levemente ácidos, com um pH de 6-7. Se o solo se tornar muito ácido ou alcalino, as raízes terão dificuldade em absorver os nutrientes, mesmo que estejam presentes no solo; Esse fenômeno é conhecido como bloqueio de nutrientes. Com o tempo, ocorrerão deficiências nutricionais, o que prejudicará a saúde e a produtividade das plantas. Para conhecer o pH da terra, você pode usar um medidor de pH.

O modus operandi para resolver problemas de pH costumava ser a aplicação de produtos sintéticos para aumentar ou diminuir o pH. Mas também existem métodos ecológicos para reequilibrar o pH:

Solo ácido:

  • Bicarbonato de Sódio

Solo alcalino:

  • Limão
  • Vinagre

COMPOSTO

O composto é a base de qualquer cultivo orgânico. Permite que você crie seu próprio fertilizante, bem como um melhorador de solo, simplesmente reciclando resíduos orgânicos da cozinha e do jardim. Pilhas de compostagem carregadas de micróbios quebram a matéria orgânica (de galhos e folhas mortas à casca de batata) transformando-a em “ouro preto”.

Quando o composto estiver bem decomposto, pode usar o material resultante (carregado de nutrientes) para fertilizar os canteiros ou para preparar misturas de solo para vasos. A compostagem dá ao cultivador mais independência e cria um sistema de circuito fechado. Existem duas formas principais de compostagem: lenta e com minhocas.

COMPOSTAGEM LENTA

Alguns dos benefícios mais impressionantes da compostagem lenta incluem:

  • Reduz a emissão de carbono
  • Economiza dinheiro
  • Fertilizante natural potente
  • Melhora a saúde do solo

As pilhas de compostagem lenta são compostas por dois tipos diferentes de materiais: “verde” e “marrom”. Os materiais “verdes” fornecem nitrogênio, enquanto os materiais “marrons” fornecem carbono. Ao fazer a pilha de composto, tente adicionar 25-50% de materiais verdes e 50-75% de materiais marrons, para garantir que a pilha de composto receba ar suficiente para suportar micróbios aeróbicos.

Os materiais verdes incluem: restos de cozinha, grama recém cortada, algas marinhas e esterco. Os materiais marrons incluem: folhas secas, papelão, palha e lascas de madeira. Pode levar meses para que uma nova pilha de composto comece a produzir um composto viável. Mas se você continuar adicionando materiais, em breve terá uma fonte infinita de fertilizante.

COMPOSTAGEM COM MINHOCAS

A compostagem de minhocas fornece uma fonte de nutrientes orgânicos mais rapidamente. Você pode preparar um espaço simples usando um balde ou uma sacola plástica resistente. Neste recipiente, adicione algumas minhocas adequadas para compostagem e alguns punhados de composto. Depois, adicione restos de cozinha com frequência; suas minhocas as devorarão e criarão húmus.

O húmus de minhoca contém fungos, bactérias e minerais benéficos, como potássio, cálcio, zinco, cobre e fósforo. As minhocas levam apenas algumas semanas para começar a produzir um suprimento constante de húmus. Adicione-o aos canteiros ou vasos para nutrir o solo e as plantas.

A compostagem com minhocas também produz “lixiviado de minhoca”, também conhecido como húmus líquido, ou chorume. Instale uma torneira de plástico na lateral da base do balde. Drene todos os dias e adicione o líquido nutritivo ao solo, para fornecer uma boa dose de minerais e micróbios.

ESTERCO

O estrume é altamente nutritivo e é produzido a partir de excrementos sólidos e líquidos de certos animais. Contendo altos níveis de macronutrientes, é um recurso essencial em qualquer cultivo orgânico. Geralmente é obtido de galinhas, vacas, cavalos, coelhos e ovelhas. Mas lembre-se de que adicionar adubo fresco à safra pode contaminar as plantas e queimá-las com excesso de nitrogênio. Por esse motivo, deve permitir que ele se decomponha durante seis meses ou um ano, para torná-lo adequado para as plantas.

Semelhante ao composto, o esterco contém nutrientes ligados à matéria orgânica. Isso significa que ele também fornece alimento para microrganismos benéficos; Quando estes seres digerem o esterco, as plantas serão capazes de absorver os nutrientes. Você pode usar adubo para enriquecer a pilha de composto ou adicionar uma camada ao solo.

Além disso, o estrume é fácil de encontrar. Confira os centros de jardinagem ou fazendas da sua região para encontrar esterco barato ou mesmo gratuito. Se possível, tente obter o esterco mais antigo que eles têm, para poupar alguns meses de espera.

Como fertilizar a maconha de maneira ecológica

Agora você conhece as melhores fontes naturais de nutrientes para as plantas. Abaixo, mostraremos as melhores maneiras de fertilizar suas plantas de maconha ecologicamente. Essas técnicas são super fáceis e estimulam o crescimento das plantas, mantendo intacta a valiosa vida microbiana.

COBERTURA MORTA

A cobertura morta consiste em jogar uma camada de matéria orgânica ou materiais naturais no solo. Lembra quando dissemos que os micróbios do solo não gostam de exposição ao sol? O preenchimento resolve esse problema e muito mais.

Ao caminhar por uma floresta, o que você vê no chão? Você raramente verá pedaços de terra exposta, sem cobertura. Normalmente, a terra é coberta por camadas de folhas secas, galhos e matéria orgânica, que criam uma “pele” para proteger a vida do solo. Com o tempo, esses elementos se decompõem lentamente, alimentando o solo.

A técnica de cobertura morta imita esse sistema inteligente da natureza. As vantagens deste método incluem:

  • Fertilizar as plantas lentamente ao longo da temporada
  • Bom alimento para fungos
  • Suprime o crescimento de ervas daninhas
  • Retém a umidade
  • Mantém as pragas afastadas
  • Oferece uma aparência mais limpa e organizada em seu jardim

Existem muitos tipos diferentes de coberturas ecológicas. Os exemplos mostrados abaixo nutrem seu cultivo e promovem a saúde da terra:

  • Composto de cogumelos
  • Lascas de madeira
  • Casca de madeira
  • Esterco decomposto
  • Palha
  • Algas marinhas

Também pode usar cultivos de cobertura para criar uma “cobertura viva”. Ao semear uma mistura de cultivos de cobertura entre suas plantas de cannabis, criará um “tapete vivo” que melhorará a saúde da cadeia alimentar no solo. Leguminosas (feijão, etc.) fixam nitrogênio atmosférico no solo, tornando-os uma excelente cobertura vegetal. À medida que o cultivo de cobertura cresce, corte-o e deixe-o no chão para devolver a matéria orgânica ao solo.

SUCO DE PLANTAS FERMENTADAS

O suco de plantas fermentadas (JPF) vem da prática da Agricultura Natural Coreana. Consiste na colheita de plantas locais carregadas de nutrientes, como dentes de leão e urtigas. Essas espécies também incluem organismos benéficos em suas folhas, bem como hormônios de crescimento. É assim que este suco fermentado é preparado:

  1. Triture as plantas recém-colhidas e coloque-as em um balde.
  2. Adicione açúcar mascavo, de forma que ele represente um terço da mistura (o açúcar irá alimentar os micróbios).
  3. Mexa bem, cubra o balde com jornal e deixe descansar por uma hora.
  4. Remova o jornal e coloque um tijolo grosso sobre a mistura para remover o excesso de ar.
  5. Cubra o balde com um pouco de tela e barbante e deixe a mistura descansar em um quarto escuro por dois dias.
  6. Remova o tijolo e ventile a mistura por uma hora antes de cobri-la novamente.
  7. Deixe o balde em um quarto escuro por 2-3 semanas.
  8. Após esse período, seu JPF será fermentado e pronto para uso.
  9. Aplique com um pulverizador ou use de molho nas raízes, em uma concentração de 0,1-0,2%.

CHÁ DE COMPOSTO

O chá de composto é outra ferramenta essencial no arsenal do cultivador orgânico, que fornece muitos nutrientes essenciais e microrganismos benéficos (de nematoides a bactérias). É uma preparação baseada em composto e água de alta qualidade.

Aqui estão alguns motivos para usá-lo:

  • Melhora o crescimento das plantas
  • Introduz organismos benéficos
  • Reduz o risco de doenças
  • Elimina a necessidade de produtos químicos tóxicos

ABONO DE COBERTURA

O abono de cobertura, ou fertilização superficial, é uma maneira fácil de adicionar mais nutrientes ao solo durante a estação de crescimento. Basicamente, trata-se de espalhar composto no chão. Adicione a primeira camada no início da primavera e depois outra a cada três semanas, para que o solo fique cheio de nutrientes e as plantas fiquem felizes.

As algas marinhas são uma fonte abundante de nutrientes e um excelente fertilizante de cobertura. Apenas tem que colocar uma camada sobre os canteiros ou vasos e regar. Pronto!

SPRAYS FOLIARES

Os sprays foliares servem como fertilizante e também são um método ecológico de controle de pragas. Portanto, é uma maneira rápida de tratar deficiências nutricionais e eliminar pragas.

Quando aplicados na superfície da folha, os nutrientes são absorvidos pelos estômatos, ignorando completamente as raízes. Sprays foliares são especialmente úteis quando você precisa lidar com solos encharcados, desequilíbrios de pH ou outros problemas que diminuem a absorção de nutrientes pelas raízes. Chá de adubo, chorume e JPF podem ser aplicados usando esse método.

Também pode fazer sprays foliares com aloe vera (que ajuda a aumentar a absorção de nutrientes e reduzir pragas e doenças) e com outras substâncias naturais, como o óleo de neem, para combater fungos patogênicos, como o oídio.

CONCLUSÃO

Agora você está pronto para cultivar maconha com sucesso usando métodos puramente orgânicos! Você não apenas obterá algumas colheitas extraordinárias, mas também melhorará a saúde do solo e seu próprio suprimento de composto ao longo do tempo. Mas, antes de começarmos os trabalhos, vamos revisar os principais pontos que abordamos:

  • Utiliza o método de plantio direto para manter a vida e a estrutura da cadeia alimentar do solo.
  • Nutrientes são importantes! Com adubo e cobertura de alta qualidade, você pode fornecer todos os nutrientes sem a necessidade de produtos químicos.
  • Verifique o pH do solo de vez em quando e use métodos naturais para ajustá-lo.
  • Aproveite os restos orgânicos da cozinha e do jardim. Faça seu próprio fertilizante através de compostagem lenta ou com minhocas.
  • O esterco é fácil de encontrar e fará maravilhas para suas plantas.
  • Imite a natureza através do uso de coberturas.
  • Chá de composto, sprays foliares e JPF fornecem doses imediatas de micróbios e nutrientes.

Use essas técnicas para trabalhar em harmonia com a natureza, não contra ela! Agora, comece a cultivar e esperamos que você tenha colheitas muito abundantes!

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Referência de texto: Royal Queen

Como usar maconha para aumentar sua energia criativa

Como usar maconha para aumentar sua energia criativa

A maconha afeta cada um de maneira diferente, mas muitas pessoas criativas têm algo em comum. Enquanto apreciam o THC, tendem a ter pensamentos divergentes; em outras palavras, suas inibições desaparecem e podem se concentrar em seus projetos com uma nova perspectiva. Mas moderação é fundamental, e nada é garantido.

A criatividade, como a conhecemos, é uma característica amplamente única do ser humano. A capacidade do nosso cérebro nos permite converter pensamentos e ideias em realidade física. De acordo com a famosa hierarquia de necessidades de Maslow, essa capacidade de criação está no topo da “pirâmide de valores” e dá sentido às nossas vidas.

Muitos artistas, pintores e poetas nascem com uma grande imaginação e uma enorme capacidade criativa que colocam em prática ao longo de suas vidas. Outros encontram sua criatividade através de experiências pessoais e ferramentas que produzem uma mudança em sua maneira de pensar.

MACONHA E CRIATIVIDADE: UMA RELAÇÃO DURADOURA

Para ajudar esse processo, a natureza fornece catalisadores de criatividade na forma de fungos e plantas. Uma dessas plantas, a maconha, é uma fonte de criatividade humana há milhares de anos. Já em 2.700 a.C., os médicos chineses a usavam para “curar” a distração. Hoje, muitos artistas visionários admitem consumi-lo por razões semelhantes.

PENSAMENTO DIVERGENTE VS CONVERGENTE

O pensamento é uma coisa estranha. Os ruídos, imagens e ideias que vêm e vão da nossa consciência são difíceis de definir. Sejam o resultado da ativação neuronal ou um produto da metafísica, são eles que nos tornam humanos.

Você pode nem sempre refletir sobre o pensamento, mas nem todos os pensamentos acontecem da mesma maneira. De fato, os cientistas identificaram dois padrões primários em nossas correntes de pensamento: convergentes e divergentes.

O pensamento convergente refere-se a um padrão de pensamento linear que é governado pela lógica. Esse tipo de pensamento é usado para lidar com dados, números e informações claras. Contamos com esse tipo de pensamento para resolver problemas lógicos, fazer cálculos e participar de outras atividades que exigem uma única resposta ou resultado.

Em contraste, o pensamento divergente gira em torno da imaginação. Criatividade, inspiração, novas ideias e tempestades de ideias (brainstorming) ocorrem neste domínio. O pensamento convergente consiste em pensar criticamente e no que é conhecido como pensamento “vertical”, enquanto o pensamento divergente é baseado no pensamento “horizontal”.

A maconha nos ajuda a mudar as mudanças dessa mentalidade lógica e vertical para uma mais aberta, horizontal e abstrata. Essa mudança é muito útil para se expressar e criar novas ideias, além de apoiar os avanços artísticos.

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APOIADO PELA CIÊNCIA

Mas isso não é anedótico, pois existem pesquisas que apoiam.

Um estudo publicado em 2011 na Consciousness and Cognition examina os efeitos da maconha na criatividade. A equipe de pesquisa foi inspirada no fato de que a maconha parece produzir sintomas psicomiméticos. Esses sintomas, segundo eles, levam a uma maior capacidade de conectar conceitos não relacionados, o que é uma característica do pensamento divergente.

Os participantes deste estudo foram separados em dois grupos: alta criatividade e baixa criatividade. Ambos os grupos foram submetidos a testes de criatividade enquanto sóbrios e depois sob a influência da cannabis. Os pesquisadores mediram a criatividade usando testes de eloquência verbal, fluência de categoria e associação de palavras.

Verificou-se que participantes com baixa criatividade alcançam o mesmo nível de eloquência verbal sob a influência da maconha que participantes com alta criatividade sóbria. Após analisar os resultados, concluiu-se que o uso habitual de cannabis poderia melhorar o pensamento divergente.

O VÍNCULO DA DOPAMINA

A maconha parece estimular a criatividade, literalmente, mudando a maneira como pensamos. Especificamente, o THC altera quimicamente nossos processos de pensamento, modificando o nível de dopamina.

Todos nós já ouvimos falar em dopamina. Conhecida como o “hormônio da felicidade”, esse neurotransmissor ajuda a controlar as respostas mentais e emocionais, bem como as reações motoras. Quando o nível de dopamina diminui, nosso humor e criatividade são afetados.

Você não ficará surpreso ao saber que o sistema dopaminérgico desempenha um papel importante na criatividade. Como muitos já sabem, a ingestão de THC causa um aumento de dopamina no cérebro. Essa mudança neuroquímica melhora o humor, o que explica por que amamos tanto a alta da erva.

Depois de atingir a corrente sanguínea através dos pulmões ou do trato digestivo, o THC atravessa a barreira hematoencefálica. Uma vez permitido, ele se liga aos inúmeros receptores CB1 no cérebro. Isso leva a um aumento da dopamina, bem como um aumento da atividade neuronal e à sensação de euforia.

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MUITA QUANTIDADE É ALGO BOM?

O uso regular de maconha envia uma onda de dopamina ao cérebro. Algumas pessoas se preparam para realizar uma tarefa inovadora e de qualidade fumando um baseado antes de iniciar o projeto.

Mas o uso frequente de maconha por um longo período de tempo pode afetar negativamente o sistema dopaminérgico. Um nível excessivo e prolongado de THC no cérebro fará com que os neurônios dopaminérgicos trabalhem mais, causando um bloqueio no sistema.

Cannabis e criatividade andam de mãos dadas quando músicos, artistas e escritores consomem maconha com moderação. Um equilíbrio igual entre elevações inspiradoras e períodos de sobriedade lúcida produz os melhores resultados.

QUANDO USAR MACONHA PARA SER MAIS CRIATIVO?

Pode ser mais eficaz guardar sua variedade favorita para quando você faz algum trabalho criativo. Timothy Leary, um famoso psicólogo e defensor dos psicodélicos, recomenda ter um ambiente e uma situação favoráveis ​​antes de consumir drogas. Embora a erva não seja alucinógena, um ambiente adequado pode ajudar você a se concentrar e aproveitar ao máximo a alta e a sessão criativa.

No entanto, em outras pessoas criativas, não ajuda estarem chapadas enquanto escrevem ou compõem música. Para esses indivíduos, é mais benéfico separar as duas experiências. Estar “chapado” serve para criar novas ideias e encontrar inspiração; a expressão dessa criatividade virá depois, com uma mente lúcida e sóbria.

Diferentes tipos de atividades criativas precisam de abordagens diferentes; portanto, você decide fumar antes ou durante o processo criativo. Conclusão? Faça o que for melhor para você baseado em suas experiências.

MACONHA PARA A CRIATIVIDADE: A INFLUÊNCIA DAS DOSES

Antes de fumar metade de suas reservas e começar a pintar, você pode moderar um pouco a dose. Mas não nos escute, mas sim a revista científica Psychopharmacology.

Depois de fornecer doses baixas (5,5 mg) e altas (22 mg) de THC a um grupo de indivíduos, observou-se que, em geral, os testes de pensamento divergente em altas doses tiveram um desempenho muito pior. Os pesquisadores também mencionam que a maconha de baixa potência não produz mudanças no pensamento divergente observado. Parece que o que funciona melhor são pequenas doses de erva de boa qualidade.

DIFERENÇAS ENTRE OS CONSUMIDORES

Sendo uma experiência altamente subjetiva, a maconha afeta as pessoas de maneiras muito diferentes. Consumidores experientes geralmente desenvolvem uma forte tolerância e são capazes de fumar bongs e baseados por horas. Os iniciantes, por outro lado, correm o risco de ficar sobrecarregados após uma única tragada. Mas, mesmo para experientes, altas doses podem ser prejudiciais à criatividade, especialmente em comparação com pequenas quantidades controladas.

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Referência de texto: Royal Queen
Na foto: Alex Grey

Consumidores de maconha se exercitam mais, diz estudo

Consumidores de maconha se exercitam mais, diz estudo

A maconha te deixa mais preguiçoso e acaba com uma rotina de exercícios? Se você é daquelas pessoas que acredita nisso, vai se surpreender. Um novo estudo realizado com idosos norte-americanos descobriu que os consumidores de maconha costumam fazer mais exercícios formais e se envolver em mais atividades físicas do que os não consumidores.

Embora os autores alertem que as descobertas são preliminares, elas contribuem para um crescente corpo de evidências que desafia o estereótipo do maconheiro preguiçoso.

“Comparado aos não usuários idosos”, diz o estudo, da Universidade do Colorado em Boulder, “os idosos usuários de cannabis tinham um índice de massa corporal mais baixo no início de um estudo de intervenção de exercícios, envolvidos em mais dias de exercícios semanais durante o período de intervenção, e estavam se engajando em mais atividades relacionadas ao exercício na conclusão da intervenção”.

Em outras palavras, não apenas os adultos acima de 60 anos que usavam maconha estavam geralmente em melhor forma do que seus colegas que não usam cannabis, também foram mais receptivos a um “teste de intervenção por exercício” de quatro meses, basicamente um regime de atividade física prescrito por um clínico.

“Essas descobertas sugerem que pode ser mais fácil para os idosos que apoiam o uso de maconha aumentar e manter seu comportamento físico, potencialmente porque os usuários de cannabis têm menor peso corporal do que aqueles que não usam”, escreveram os autores do estudo, uma equipe do Departamento de Neurociência e Psicologia. “No mínimo, as evidências sugerem que o uso de cannabis não prejudica a capacidade dos idosos de se envolver em atividades físicas, de participar de um programa de exercícios supervisionados ou de aumentar sua aptidão física como resultado da atividade física”.

“Neste estudo, o uso corrente de cannabis foi associado a um IMC mais baixo e a mais comportamentos de exercícios em idosos saudáveis ​​que desejam aumentar sua atividade física”.

Os pesquisadores disseram que a análise, publicada este mês, é especialmente importante porque cada vez mais norte-americanos estão consumindo maconha. “Os adultos com mais de 50 anos de idade”, observa o estudo, “são a população de mais rápido crescimento de consumidores de cannabis nos EUA, com taxas de prevalência nacionais estimadas em 9,1% em 2013”. Desse grupo, pessoas com 65 anos ou mais mostraram aumentos ainda maiores no uso.

“Não vimos um grande aumento no consumo” na maioria das faixas etárias, disse o então governador do Colorado John Hickenlooper, em 2018.

No entanto, com tantos idosos norte-americanos não alcançando os níveis de atividade diária recomendados, os pesquisadores do novo estudo buscam entender melhor como a maconha pode afetar as rotinas de exercícios.

“Dada a infinidade de consequências negativas à saúde associadas à inatividade e aos fatores de proteção associados ao exercício”, escreveram, “devem ser feitos esforços para entender fatores, como o uso de maconha pode afetar o envolvimento dos idosos no exercício”.

O estudo analisou adultos americanos com 60 anos ou mais que os pesquisadores classificaram como sedentários, definidos como concluindo menos de 80 minutos de atividade física moderada por semana. Alguns foram designados para um programa de treinamento de atividade física moderada, enquanto outros foram colocados em um programa com exercícios de baixa intensidade. Um total de 164 participantes completou o estudo através do ponto de verificação de oito semanas, com 153 passando pelo ponto de tempo de 16 semanas.

Os pesquisadores mediram o índice de massa corporal (IMC) dos participantes e outros parâmetros de saúde no início, no meio e no final do período do estudo. Os participantes também relataram seu comportamento em exercícios em periódicos. Todos os programas de exercícios dos participantes incluíam treinamento supervisionado no centro de pesquisa três dias por semana, observa o artigo. “Assim, esperamos que ambos os grupos estejam exercitando um mínimo de 3 dias por semana”.

“Esses dados preliminares sugerem que o status atual de uso de maconha não está associado a um impacto negativo no condicionamento físico e nos esforços para aumentar o exercício em idosos sedentários”.

Os pesquisadores admitem que não sabem ao certo por que o uso da cannabis está associado a pontos mais baixos de IMC ou por que as pessoas que consumiram maconha foram melhores em seguir seus horários de treino. “Trabalhos futuros devem empregar métodos que permitam uma exploração direcionada dos mecanismos pelos quais a maconha pode estar associada ao exercício, seja através do menor peso corporal, aumento do prazer, diminuição da dor ou recuperação mais rápida”, afirma o artigo. Todos esses fatores em potencial foram sugeridos por pesquisas existentes, observou a equipe.

Um estudo separado da Universidade do Colorado publicado no ano passado descobriu que a maioria dos consumidores relatou que o uso de maconha antes ou depois do exercício melhora a experiência e ajuda na recuperação.

O novo estudo destaca uma associação entre uso de maconha e exercícios, mas deixa muitas perguntas sem resposta. Os pesquisadores não perguntaram aos participantes, por exemplo, se eles usavam maconha antes, durante ou após o exercício. Os autores escreveram que a medida do uso de cannabis no estudo “era grosseira e carecia de detalhes”, como a frequência e a quantidade de maconha que cada participante consumia.

“Não consultamos qual forma de administração (isto é, fumada, vaporizada, comestível, tópica) ou conteúdo de canabinoides (ou seja, potência de THC e/ou CBD) foi usada”, diz o estudo.

Os pesquisadores também não perguntaram aos participantes sobre quaisquer efeitos colaterais negativos do uso de maconha.

Limitações à parte, os pesquisadores argumentam que suas descobertas devem incentivar mais pesquisas sobre como a maconha e o exercício podem coexistir. “Pode ser que diferentes tipos de exercícios, como aqueles que exigem mínima coordenação motora fina ou apresentem baixo risco de lesões, possam estar mais positivamente associados ao uso de maconha”, escrevem.

Talvez de maneira mais otimista, os autores sugerem que a maconha possa até ser usada para incentivar os idosos a permanecer ativos. “Embora os resultados sejam preliminares, são necessárias pesquisas adicionais mais abrangentes e rigorosas para a descoberta do papel da cannabis como potencial facilitador da atividade física entre os idosos”.

O artigo começa na página 420 da edição de julho do American Journal on Health Behavior.

Fonte: Marijuana Moment

Colorado inicia processo de perdão para pequenos delitos relacionados à maconha

Colorado inicia processo de perdão para pequenos delitos relacionados à maconha

Jared Polis, governador do Colorado, nos EUA, assinou uma lei que permitirá perdoar de maneira maciça todas as pessoas que foram presas pelo que consideraríamos “crimes” relacionados à maconha.

A Lei 1424, de 15 de junho de 2020, aprovada na última segunda, permitirá a Jared Polis começar o massivo “perdão” de pessoas que foram presas e encarceradas por cometerem crimes relacionados à maconha.

Esse tipo de lei está situada dentro da estrutura da justiça social que está sendo reivindicada nos EUA, assim como em todo o mundo, já que a maioria das pessoas afetadas por esse tipo de injustiça são pobres e pretos. Quem vai para a cadeia por carregar um baseado no bolso? O homem branco de gravata? Não, amigos, as leis de Jim Crow desapareceram por lá, mas a violência policial se tornou militarista.

“Durante décadas, a comunidade negra foi desproporcionalmente criminalizada pela maconha, enquanto outras se beneficiaram”, disse o deputado James Coleman, democrata de Denver e patrocinador da lei. “Precisamos agir contra essa injustiça há décadas”.

O que aconteceu durante a votação, até certo ponto inesperado, foi que o governador teve o poder de conceder um perdão maciço às pessoas que haviam sido presas por carregar duas onças (56g) ou menos de maconha.

Referência de texto: Cáñamo

Dicas de cultivo: aprenda a clonar facilmente suas plantas favoritas

Dicas de cultivo: aprenda a clonar facilmente suas plantas favoritas

Um clone, estaca ou estaquia, é um método de reprodução assexuada de plantas e uma cópia idêntica de sua planta mãe. Ele terá todas as suas virtudes, mas também seus defeitos. Terá o mesmo período de floração, sabor e potência de sua planta mãe. Para o bem ou para o mal.

PRIMEIRAMENTE HIDRATE AS PLANTAS

Em muitos guias, costuma-se ler que, após cortar os galhos da planta, eles devem ser colocados em um recipiente com água. A razão é para eles se hidratarem. Mas um bom conselho é que, em vez disso, regue a planta abundantemente por algumas horas após o corte dos galhos. Ou aproveite qualquer momento em que a planta esteja bem hidratada. Em um copo de água, os galhos absorvem apenas a água e alguns nutrientes que ela pode conter. As raízes, em vez da água, transportam nutrientes para todos e cada um dos ramos.

FERRAMENTA

Para evitar o risco de qualquer patógeno afetar a planta e o clone, toda a ferramenta deve ser desinfetada. Não custa nada limpá-la anteriormente com um pouco de álcool. Além disso, deve ser muito bem afiado. Os clones devem estar limpos. Uma tesoura de poda e uma lâmina são os utensílios mais usados ​​e nunca devem faltar na gaveta de qualquer jardineiro.

O SUBSTRATO

Você pode usar um vaso com substrato, turfa ou fibra de coco, lã de rocha… Com qualquer um deles é sucesso. No caso do substrato, é aconselhável que ele contenha uma grande quantidade de nutrientes. No caso dos jiffys, precisamos simplesmente hidratá-los previamente em água com o pH corrigido. Nos blocos de lã de rocha, é sempre uma boa ideia lavá-los para remover qualquer sujeira que possam trazer.

O LUGAR PARA O DESCANSO

O ideal é ter um clonador. Mas se você não tiver um, não vale a pena investir só para algumas mudas que você irá tirar. Um clone em processo de enraizamento requer uma umidade ambiente muito alta. E um clonador ainda é um recipiente com tampa para manter a umidade sempre alta. Podemos improvisar um com uma tampa ou garrafa de água. Também requer iluminação, mas não muito intensa. Portanto, qualquer lugar sombreado ao ar livre ou iluminado, mas longe da luz solar direta, será aceitável.

OS PASSOS SEGUINTES

Começamos, portanto, a regar bem a planta, como já dissemos. A melhor hora é a primeira hora da manhã ou a última do dia. De qualquer forma, as horas de calor máximo sempre devem ser evitadas. Enquanto damos tempo à planta para absorver a água da rega, estamos preparando o substrato que escolhemos e limpando a ferramenta.

Depois de algumas horas, escolheremos quais ramos cortar. Podem ser galhos baixos, geralmente de pouca produção, uma vez que são as sobras de toda a planta. Corte e prepare rama por rama, em vez de cortar várias juntas, sempre com cortes limpos para minimizar lesões. Cada rama, deve ter pelo menos 4 nós bem definidos.

Sem perder muito tempo, com a lâmina faça um corte limpo e em um ângulo de 45º sobre o último nó. Quanto mais superfície de contato a parte interna da haste tiver com o substrato, mais cedo o clone criará raízes. Raspe também o clone com a faca, formando uma única linha de cima para baixo até chegar à área branca do caule.

Se for usar hormônios de enraizamento, é hora de aplicá-los. Eles reduzem o tempo de enraizamento e a perda de estacas devido a infecções por patógenos. Faça um furo no substrato e insira o clone. Aperte levemente o substrato para que o clone fique seguro e não se mova. Corte as folhas maiores ao meio. Isso evita a transpiração excessiva.

Por fim, insira as estacas no cortador improvisado. Em áreas de umidade muito alta, é até descartável. Nos primeiros dias, mantenha-o fechado para manter a umidade alta por dentro. Após 3-4 dias, já pode abri-lo um pouco. E após cerca de 7 a 10 dias, é provável que as mudas já tenham uma raiz visível. Este será o momento de transferi-los para um vaso com um bom substrato.

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Referência de texto: La Marihuana

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