Dicas de cultivo: melaço – um complemento ideal para plantas de maconha

Dicas de cultivo: melaço – um complemento ideal para plantas de maconha

Se você quer cultivar maconha de forma natural, não há nada melhor do que o melaço. Descubra por que o melaço é ótimo para o cultivo de cannabis. Aprenda sobre as muitas vantagens do melaço para obter plantas fortes e saudáveis.

O melaço é frequentemente esquecido entre os inúmeros fertilizantes e aditivos disponíveis para os cultivadores de maconha, e ainda assim é um dos melhores suplementos. O melaço não é apenas rico em nutrientes, mas também tem a capacidade de melhorar o solo, a base fundamental de qualquer cultivo. Além disso, oferece muitas outras vantagens para o crescimento saudável das plantas. Ajuda a evitar problemas comuns do cultivo de cannabis, por exemplo, minimizando o risco de acúmulo de sais. E também atua como repelente de insetos. Vamos analisar com detalhes o melaço e seus benefícios para o cultivo de maconha.

O QUE É MELAÇO?

O melaço, ou melado, é uma substância escura e muito viscosa obtida durante a refinação do açúcar. É produzido fervendo suco de cana de açúcar ou de beterraba-sacarina até obter um xarope grosso. Depois de extrair os cristais de açúcar, o xarope restante é melaço. Existem vários tipos de melaço, dependendo da doçura e de como é extraído. O melaço de cana de açúcar é frequentemente usado para fazer adoçantes e aromatizantes de alimentos. O melaço de beterraba, por outro lado, tem um cheiro desagradável e um sabor amargo, razão pela qual é frequentemente usado em alimentos para animais. Nem todo melaço é adequado para o cultivo. Alguns melaços de baixa qualidade contêm aditivos indesejados, como conservantes ou produtos químicos, que você não deseja adicionar ao seu cultivo de maconha.

MELAÇO SULFURADO E NÃO SULFURADO

Embora todo o melaço geralmente contenha algum enxofre, alguns produzidos com cana-de-açúcar podem ter adicionado dióxido de enxofre, razão pela qual são conhecidos como sulfurados. O dióxido de enxofre atua como conservante e antimicrobiano para manter a cana crua fresca até o processamento. Mas esta substância tem um efeito colateral que torna o melaço inadequado para o nosso propósito e também destrói os microrganismos benéficos no solo. Então, se você vai usar melaço para cultivar maconha, verifique se é orgânico e não sulfurado.

Existem também diferentes tipos, ou “graus”, de melaço, desde os de cor clara, que são xaropes de cana de açúcar puro, até os mais escuros, que são mais densos e espessos que os demais. O melaço blackstrap foi submetido a múltiplos processos de extração e cozimento, tornando-o aquele com a maior concentração de vitaminas, micro e macro elementos. É muito rico em cálcio, ferro, magnésio, potássio e outros elementos benéficos.

POR QUE O MELAÇO É BOM PARA O CULTIVO DE PLANTAS SAUDÁVEIS?

O solo usado para cultivar maconha é sem dúvida um dos fatores mais importantes para o crescimento saudável e forte das plantas. Um bom solo contém nutrientes como nitrogênio e fósforo, além de minerais como potássio, ferro e cálcio, além de muitos outros compostos. Cada um desses elementos é essencial para o crescimento saudável das plantas de maconha.

Mas os compostos nutritivos no solo, os produtos químicos, os minerais e outras substâncias inorgânicas não são as únicas coisas que você precisa para criar um bom ambiente para suas plantas. O solo também contém microrganismos benéficos que desempenham um papel fundamental no crescimento saudável das plantas.

O melaço é o alimento perfeito para esses microrganismos, pois fornece o ambiente ideal para o desenvolvimento. Quando você adiciona melaço ao solo, em vez de alimentar suas plantas, você está alimentando o solo e os microrganismos que nele vivem. Além de fornecer os carboidratos e açúcares que esses microrganismos precisam, o melaço tem outros benefícios.

BENEFÍCIOS DO MELAÇO PARA O CULTIVO DE MACONHA

  • Alimenta microrganismos benéficos do solo
  • Melhora a estrutura e a retenção de água do solo
  • Enriquece o solo com vários minerais e vitaminas essenciais
  • Ajuda a prevenir o acúmulo de patógenos que podem prejudicar as plantas
  • Ajuda a minimizar o risco de acúmulo de sais no solo, o que pode causar problemas nutricionais
  • Atua como inseticida natural contra pragas comuns da maconha


COMO USAR O MELAÇO NO CULTIVO DE MACONHA

O que torna o melaço tão valioso para o cultivo de maconha não é apenas seu efeito benéfico nas plantas, mas também sua versatilidade de uso. Pode ser usado como nutriente para adicionar à rotina de fertilização, fazer chás de compostagem e adubo, preparar um solo especialmente rico ou aplicá-lo por spray foliar.

A quantidade de melaço que você usa dependerá da variedade que cultivará e de suas necessidades nutricionais. A dosagem adequada também pode depender da idade da planta e pode diferir com base em fatores ambientais, como temperatura ou intensidade da luz.

Quando você começa a adicionar o melaço em seu cultivo, deve fazê-lo em doses baixas. Um bom ponto de partida é 4-5 ml de melaço por litro de água. Mais tarde, quando as plantas começarem a florescer, poderá aumentar a dose, pois sua maconha precisará de mais potássio. Embora o melaço possa ser usado em todas as etapas do cultivo, inclusive no vegetativo, você provavelmente notará mais melhorias durante a floração.

O risco de alimentar demais suas plantas com melaço é muito menor do que no caso de nutrientes minerais, mas é aconselhável observar as plantas quanto a sintomas de estresse ou queimaduras de nutrientes, especialmente se você adicionar melaço a uma rotina de fertilização existente. Se tudo correr bem, pode aumentar gradualmente a dose. Você pode adicioná-lo a fertilizantes orgânicos líquidos, como chá de composto. Se você quiser adicionar melaço à sua rotina de fertilização, deve monitorar o pH do solo, pois qualquer substância adicional pode alterá-lo. Certifique-se de verificar o pH da água do escoamento com frequência.

Se for cultivar no outdoor, saiba que o melaço pode atrair vidas selvagens.

USO DO MELAÇO SECO PARA PREPARAR E MELHORAR O SOLO

Você pode usar melaço líquido, como descrito anteriormente, ou melaço seco para enriquecer o solo antes de começar a cultivar. Apesar do nome, o melaço seco não é realmente seco, é composto de partículas orgânicas (geralmente grãos) embebidas em melaço. O melaço seco é um excelente complemento para misturar com a terra. Para enriquecer 4,5-6m² de solo, são necessários cerca de 500g de melaço seco.

O MELAÇO COMO INSETICIDA NATURAL

Embora não existam estudos científicos sobre o uso do melaço como inseticida, demonstrou-se muito eficaz contra insetos sugadores, como pulgões, moscas brancas e mosca-de-renda, que são algumas das pragas mais comuns da maconha.

Prepare um inseticida foliar em spray misturando aproximadamente 1,3 ml de melaço (1/4 de colher de chá) com um litro de água morna. Mexa bem para dissolver o melaço. Com a ajuda de um pulverizador de jardim, pulverize suas plantas abundantemente.

MELAÇO PARA EVITAR A ACUMULAÇÃO DE SAIS E AS DEFICIÊNCIAS DE NUTRIENTES

Um problema muito comum no cultivo de cannabis é que os sais de fertilizantes não orgânicos se acumulam no solo ao longo do tempo. Esses sais podem desequilibrar o nível de pH do solo, impedindo que as plantas absorvam mais nutrientes: o temido bloqueio de nutrientes. O melaço funciona indiretamente em comparação com os fertilizantes minerais, que são simplesmente adicionados toda vez que você alimenta suas plantas. Portanto, o melaço não apresenta o risco de acúmulo de sais.

MELAÇO VS SUPLEMENTOS COMERCIAIS

Se você comprar suplementos e fertilizantes comerciais, especialmente aqueles que são rotulados como orgânicos, encontrará que a maioria contém melaço. Alguns suplementos “especiais” podem ser apenas melaços embalados em um frasco bonito.

Isso não significa que esses suplementos não funcionem bem. A vantagem é que o melaço custa muito menos do que alguns suplementos de marca, mas oferece os mesmos benefícios. Além disso, comprar melaço é muito fácil: você pode comprar melaço orgânico na maioria das lojas e supermercados. Alguns centros de jardinagem também o vendem.

POR QUE O MELAÇO É EXCELENTE PARA O CRESCIMENTO SAUDÁVEL DAS PLANTAS? RESUMO!

Se você deseja cultivar uma boa maconha organicamente, não precisará de uma tonelada de fertilizantes e suplementos caros. Tudo que você precisa é um solo de qualidade e melaço. Transforme seu solo em um ambiente enriquecido com a ajuda do melaço, para que suas plantas se desenvolvam perfeitamente e lhe recompensarão com flores aromáticas no momento da colheita.

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Fonte: Royal Queen

Dicas de cultivo: bokashi – um bom fertilizante para a maconha?

Dicas de cultivo: bokashi – um bom fertilizante para a maconha?

O método bokashi transforma resíduos da cozinha em composto para suas plantas de maconha, sem odores ou complicações. Este método japonês utiliza micro-organismos benéficos para fermentar restos de plantas/alimentos, criando um fertilizante ecológico. Os cultivadores de maconha estão constantemente procurando novas técnicas de cultivo. O composto de bokashi poderia te ajudar a obter uma melhor colheita? Continue lendo para entender mais sobre o que é o bokashi e como usá-lo no seu cultivo.

O QUE É BOKASHI?

“Bokashi” (também chamado bocashi) é uma palavra japonesa que significa “matéria orgânica fermentada”. É uma técnica de compostagem que deriva de métodos antigos de fertilização, baseados em processos de fermentação anaeróbicos catalisados ​​por certos micróbios.

O método bokashi tira proveito do princípio da fermentação inoculada, da mesma maneira que a cerveja. Para iniciar o processo de transformação de resíduos orgânicos, normalmente são utilizadas bactérias fermentadas, chamadas de microrganismos eficazes (ME).

Hoje, o bokashi é valorizado pelos agricultores ecológicos, sendo um condicionador de solo que oferece ótimos resultados, como melhorar a saúde das plantas e a colheita sem usar pesticidas ou fertilizantes sintéticos. Muitos cultivadores de maconha começaram a produzir seu próprio bokashi, usando por si só ou misturando com um composto, para aproveitar todo o potencial de fertilizantes dos restos orgânicos de hortas e cozinhas.

A TÉCNICA BOKASHI É MELHOR QUE A COMPOSTAGEM TRADICIONAL?

O composto Bokashi pode ser considerado melhor que o composto comum, uma vez que contém mais nitrogênio, um dos nutrientes mais importantes para o crescimento vegetativo das plantas de cannabis e, possivelmente, o nutriente mais escasso no solo.

Mas a vantagem mais óbvia e imediata do método bokashi é sua velocidade. A compostagem tradicional de resíduos orgânicos de cozinhas/jardins pode levar pelo menos três meses e parte do potencial de fertilizantes da matéria-prima é dispersa no ambiente.

Com a técnica bokashi, leva apenas algumas semanas para criar um fertilizante concentrado para suas plantas, e nesse processo não se dissipam matéria orgânica, metano ou dióxido de carbono na atmosfera devido à oxidação. Além disso, o material fermentado resultante é excelente para adicionar às composteiras de minhoca.

O método bokashi requer menos espaço que a compostagem comum, simplesmente porque não precisa de ar na lixeira. Além disso, o bokashi é fabricado em um recipiente hermético, permitindo compostagem em ambientes fechados, sem odores ou insetos indesejados.

Para fazer bokashi, você precisa de um balde hermético específico, com furos na base para drenar o líquido gerado durante a fermentação. Esse subproduto também é um bom fertilizante, que pode ser usado para regar diretamente as plantas ou pode ser diluído para usar como spray foliar.

TEM ALGUMA DESVANTAGEM?

A resposta é: sim. O composto normal passa por um maior processo de decomposição, portanto contém mais nutrientes imediatamente disponíveis para as raízes. Por outro lado, o composto de bokashi ainda não iniciou o processo de decomposição; portanto, a maioria dos nutrientes permanece unidos a moléculas grandes e não pode ser absorvida rapidamente pelas raízes.

E é por isso que o bokashi não deve ser aplicado à superfície da terra; em vez disso, deve ser enterrado no solo ou misturado com composto tradicional. Embora o processo de fermentação seja rápido, a decomposição final no solo não é tão rápida, portanto não é muito claro quando os nutrientes do bokashi estarão disponíveis para as raízes.

Todos os fertilizantes caseiros, incluindo compostagem e bokashi, podem conter patógenos. Ambas as técnicas podem transferir patógenos para o seu cultivo, embora seja improvável que seja a causa de uma infestação em suas plantas de maconha.

Lembre-se também de que o método bokashi não funciona bem com o material rico em carbono (folhas secas, palha, galhos triturados etc.) do seu jardim. A compostagem tradicional é melhor para processar o tipo de lixo orgânico gerado pela maioria das hortas/jardins, de modo que o bokashi não substitui o composto usual na maioria dos cultivos orgânicos.

Finalmente, devemos lembrar que, além de drenar um pouco de líquido, o bokashi tem o mesmo peso antes e após o processo de fermentação, enquanto o composto reduz seu peso consideravelmente. Como resultado, você precisará de uma quantidade maior de bokashi para fornecer o mesmo nível de nutrientes que o composto.

COMO FAZER BOKASHI EM CASA

Com o método bokashi, o cultivador pode fertilizar suas plantas usando apenas restos da cozinha/jardim, incluindo carne e laticínios, que não são adequados para outros tipos de compostagem.

Você pode comprar um kit para começar o bokashi ou fazer você mesmo seguindo uma das receitas de farelo de bokashi disponíveis na internet. Você também encontrará informações sobre o procedimento e os ingredientes, além de alguns conselhos profissionais.

Alguns agricultores cultivam seus próprios microrganismos efetivos (ME); mas com inoculações bacterianas caseiras, é difícil calcular exatamente o conteúdo microbiano. Ao adquirir os micróbios de um fornecedor qualificado, você garante os três tipos fundamentais de bactérias do ácido láctico, leveduras e bactérias fotossintéticas necessárias para concluir o processo de fermentação do bokashi.

Para iniciar o processo, coloque as sobras da cozinha em seu recipiente de bokashi e cubra-as com um pouco de fibra (como farelo de trigo ou serragem) inoculada com ME. Conforme adiciona mais sobras da cozinha, adicione mais farelo. Mas tenha cuidado ao selecionar o material que você coloca no recipiente hermético do bokashi; evite colocar comida podre, ossos grandes, conchas e mariscos, leite e outros líquidos.

Ao adicionar restos de cozinha, também deve drená-los para que não contenham muito líquido. Como mencionamos, o recipiente drenará o líquido através da base e precisará coletá-lo; pode usá-lo na próxima vez que fertilizar plantas ou pode armazená-lo adequadamente.

Quando o cubo de bokashi estiver cheio, mantenha-o fechado e deixe fermentar em temperatura ambiente por 2-3 semanas. Após a fermentação, o bokashi estará pronto para concluir sua biodegradação controlada no solo.

BOKASHI E MACONHA

O bokashi ativa a sinergia microbiana no solo, resultando em maior disponibilidade de carboidratos, enzimas, aminoácidos e ácidos orgânicos para as raízes das plantas. É exatamente isso que muitos fertilizantes ou estimulantes de raiz fazem. Mas, como em qualquer fertilizante ou suplemento de cannabis, não espere mágica.

Praticamente não foram realizados estudos sobre bokashi. Há quem acredite que esse composto fermentado possa revolucionar o cultivo de maconha (e talvez a agricultura em geral), mas não há muitas evidências científicas sobre seus efeitos benéficos para o cultivo, exceto em algumas situações especiais. Ainda assim, reciclar restos de cozinha e produzir fertilizantes de maneira sustentável para plantas não causará danos a nós ou ao planeta.

COMO USAR O FERTILIZANTE BOKASHI

Depois de condicionar o solo com bokashi, basta transplantar suas mudas de maconha e regar. Este composto fermentado é uma ótima fonte de nutrientes de liberação lenta e também atrairá minhocas, bactérias, fungos e outros organismos benéficos. Se desejar um fertilizante mais poderoso, pode adicionar outros condicionadores ecológicos, para aumentar o nível de nutrientes naturais do seu bokashi de acordo com as necessidades de NPK de suas plantas.

Como mencionamos, quando você introduz o composto bokashi em seu jardim, uma rede de micróbios se desenvolve no solo. E esta é a causa da formação de uma camada branca na superfície do solo. Esta camada é o desenvolvimento de filamentos bacterianos chamados Actinomycetales, que são bons para o solo e para as plantas! Esses microrganismos adicionam o cheiro da terra ao solo e são comuns em compostagem saudável. Quando a terra contém muito desse tipo de vida microbiana, você precisa de menos produtos químicos para satisfazer suas plantas!

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Fonte: Royal Queen

Dicas de cultivo: quando fertilizar e como evitar o overfert?

Dicas de cultivo: quando fertilizar e como evitar o overfert?

Um dos maiores erros cometidos no cultivo de maconha é fertilizar mais do que as necessidades de uma planta, o que geralmente chamamos de superfertilização, ou overfert. A cannabis é uma espécie que consome grandes quantidades de nutrientes, mas, como acontece conosco, as obstruções têm efeitos indesejados. Nós conseguimos recuperar em pouco tempo, mas as plantas podem ser afetadas pelo restante do ciclo.

Quando um cultivador obtém a experiência adquirida com o cultivo, será realmente fácil ver o estado geral da planta para saber se precisa de nutrientes ou, pelo contrário, mostra sintomas dos nutrientes fornecidos em demasia. O maior problema surge quando decide cultivar pela primeira vez, adquire um bom estoque de fertilizantes e aditivos, mas realmente não sabe quando usá-los ou como usá-los.

Todos os fabricantes de fertilizantes oferecem tabelas de cultivo com a melhor combinação de seus produtos em cada fase e as doses de cada um para alcançar os melhores resultados. Mas essas doses são sempre indicativas, pois pode haver muita diferença nas demandas nutricionais entre diferentes variedades e até na mesma variedade, dependendo do seu desenvolvimento.

COMO EVITAR A SUPERFERTILIZAÇÃO?

A primeira coisa, como sempre, é começar o cultivo com um bom substrato. E um bom substrato não é aquele que possui mais ou menos quantidades de nutrientes, mas, acima de tudo, permite que as raízes se desenvolvam confortavelmente. Um substrato dos chamados “light” tem uma baixa quantidade de nutrientes, aproximadamente por uma ou duas semanas, no máximo. Os chamados completos, ou “all”, têm uma maior concentração de nutrientes, normalmente por um período mínimo de quatro semanas.

De qualquer forma, vamos fertilizar apenas quando esse tempo tiver passado. Podemos usar outros tipos de produtos, como enraizadores, mas não nutrientes básicos, porque já forneceremos mais nutrientes do que o necessário. É normal que uma muda pequena diminua seu crescimento, mas é um erro sério pensar que é devido à falta de nutrientes se o substrato que usamos é um substrato de qualidade.

Perda da cor verde habitual

Quando vemos que as folhas mais antigas das plantas começam a perder o verde habitual em favor de uma cor mais amarelada, é quando devemos começar a usar os fertilizantes ou transplantá-los para um vaso com maior capacidade. E voltando ao que foi discutido anteriormente, não vamos fertilizar até depois de 1 a 4 semanas, dependendo do substrato usado.

Também é importante, desde o primeiro momento, medir o pH da água de rega e regulá-lo se for necessário. Em uma faixa de pH entre 6,0 e 7,0, a planta não terá dificuldade em assimilar os nutrientes disponíveis no substrato. Acima ou abaixo desses valores, a planta mostrará dificuldades em assimilar certos nutrientes ou não assimilá-los diretamente. O que a princípio pode parecer uma carência, nos levará a fertilizar, carregando o substrato com alguns nutrientes que a planta continuará sem assimilar e outros que causarão um excesso.

Sempre que começarmos a usar fertilizantes líquidos, começaremos com metade da dose recomendada. E aumentaremos cada vez que tivermos que fertilizar até que a planta o admita, atingindo as doses máximas recomendadas pelo fabricante. Pode ser o caso, como dissemos no início, que uma planta com uma dose máxima mostre princípios de superfertilização. E, enquanto outra planta com a mesma dose não. Acima de tudo, as pontas e bordas das folhas devem ser monitoradas. Se elas começarem a queimar, reduziremos um pouco a dose de fertilizante sem tomar nenhuma outra ação.

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Pesquisa: La Marihuana

Dicas de cultivo: como tratar a superfertilização nos cultivos de maconha

Dicas de cultivo: como tratar a superfertilização nos cultivos de maconha

Um excesso de nutrientes, ou superfertilização (overfert), ocorre quando alimentamos demais uma planta. O mesmo acontece conosco se comermos em excesso, podendo sofrer náusea, vômito, azia ou dor de estômago… As plantas logicamente não sofrerão os mesmos sintomas e as consequências podem ser piores, sabendo que podemos nos recuperar em pouco tempo e elas não podem.

QUAIS OS SINTOMAS DE UM EXCESSO DE NUTRIENTES?

Os sintomas, em princípio, são fáceis de detectar no caso dos excessos de nutrientes mais comuns que são os dos macronutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio. Geralmente, são sempre deficiências causadas por excesso de fertilizantes de crescimento ou floração, além dos intensificadores típicos com altas quantidades de fósforo e potássio. A cor das folhas fica mais escura e gradualmente se tornam mais flácidas. As pontas das folhas ficam dobradas para baixo e as queimaduras aparecem nas bordas e nas próprias pontas.

Além disso, pode haver casos de excesso de nutrientes específicos que valem a pena comentar individualmente.

  • Excesso de nitrogênio: as folhas ficam de cor verde escura e macia. Os caules também enfraquecem e podem acabar dobrando. Em superfertilizações graves, as folhas ficam marrom acobreadas antes de secar e cair. O crescimento das raízes fica lento e até diminui. Na floração, as flores se tornam menores e, em geral, a planta fica mais suscetível ao ataque de fungos e pragas.
  • Excesso de fósforo: as plantas de cannabis toleram grandes quantidades desse nutriente durante todo o ciclo e os excessos podem levar semanas para aparecer. Os sintomas de carência de zinco, ferro, magnésio, cálcio ou cobre, geralmente indicam excesso de fósforo, pois interferem na absorção de todos eles.
  • Excesso de potássio: é uma deficiência complicada de detectar, pois, por sua vez, geralmente aparece ao lado de sintomas de deficiências de magnésio, manganês, zinco ou ferro. Quando surgirem deficiências de qualquer um desses nutrientes, é aconselhável pensar em um possível excesso de potássio.
  • Excesso de cálcio: o excesso de cálcio geralmente ocorre quando é usada água dura na rega, com um alto teor de cálcio. A planta murcha e aparecem deficiências de outros nutrientes que a planta não pode assimilar, como potássio, magnésio, manganês e ferro.
  • Excesso de magnésio: geralmente não é um nutriente que causa excesso. Se o limite de toxicidade for atingido, os íons de magnésio entram em conflito com os íons de cálcio causando obstrução.
  • Excesso de enxofre: não é um nutriente que causa problemas; portanto, a menos que um produto com altas doses de enxofre seja usado, é muito raro. Quando isso ocorre, as plantas crescem mais lentamente, com folhas menores e uma cor verde mais intensa. Em casos graves, ocorrem queimaduras nas pontas e nas bordas das folhas.
  • Excesso de ferro: é outro nutriente que geralmente causa problemas, além de que um excesso não prejudica a planta, mas pode limitar a assimilação de fósforo. Nos casos de intoxicação, pequenas manchas marrons escuras aparecem nas folhas.
  • Excesso de boro: as pontas das folhas ficam amarelas. À medida que o excesso de boro avança, as bordas secam até a folha finalmente cair. Normalmente, excessos desse nutriente são causados ​​pelo uso de produtos fitossanitários com ácido bórico.
  • Excesso de zinco: é um elemento muito tóxico que, quando em doses excessivas, causa a morte da planta em um tempo muito curto. Um excesso de zinco interfere na mobilidade do ferro.
  • Excesso de manganês: é muito mais comum em ambientes fechados do que no exterior. O crescimento das plantas diminui e perde vigor. Também ocorrem manchas alaranjadas/marrons escuras, primeiro nas mais jovens e depois nas mais velhas.
  • Excesso de cloro: as pontas e as bordas das folhas mais jovens ficam queimadas, avançando rapidamente para as mais velhas. Plantas e mudas jovens são as mais suscetíveis a sofrer excessos desse nutriente. Normalmente, seus excessos estão associados a uma água da torneira sem descanso.
  • Excesso de cobre: é um nutriente mortal em grandes quantidades. Os excessos incluem sinais de deficiência de ferro, o crescimento diminui e as raízes ficam atrofiadas. Geralmente não há casos, mas ainda é comum quando se usa tratamentos fitossanitários à base de cobre.
  • Excesso de molibdênio: é um nutriente que geralmente não causa problemas durante o cultivo, e excessos e deficiências são raros. Causa deficiências de ferro e cobre.
  • Excesso de cobalto: pouco frequente, uma vez que dificilmente é considerado necessário para o crescimento da maconha e suas concentrações em qualquer fertilizante são mínimas. Em caso de toxicidade, ocorrem problemas relacionados à assimilação de nitrogênio.

O QUE FAZER EM CASOS DE EXCESSO DE NUTRIENTES?

Quando vemos algum sintoma de excesso de nutrientes em uma de nossas plantas, a primeira coisa que faremos é não perder a calma. Quando se faz uma pesquisa, a coisa mais comum a se ler é que uma lavagem de raiz deve ser feita. Mas devemos ter em mente que uma irrigação de raízes não deixa de representar um estresse para a planta e pode reagir bem ou não tão bem. Uma lavagem das raízes deve ser feita apenas como último recurso.

Além disso, algumas deficiências como potássio, fósforo e zinco causam queimaduras nas folhas. Ou um excesso de irrigação faz com que as pontas das folhas se dobrem e se tornem fracas. Portanto, antes de agir, avaliaremos se estamos usando as doses corretas de fertilizantes e se elas são específicas ou pelo menos têm um NPK equilibrado para o cultivo de maconha.

Também é importante verificar o pH da água de rega, se possível, o pH da drenagem. Em um pH com um intervalo menor ou maior que o adequado, a planta terá dificuldade em assimilar certos nutrientes, mesmo que disponíveis. Podemos fertilizar mais e a planta não assimilará o que acabará por levar a um excesso de nutrientes no substrato.

Se valorizarmos o excesso de nutrientes como moderado, pararemos de fertilizar. E as seguintes regas, faremos apenas com água e com um pH bem equilibrado. Também é interessante que a irrigação seja abundante e que sais em excesso sejam expelidos do substrato por drenagem. Isso geralmente é suficiente sem ter que tomar outra série de medidas mais drásticas.

Se a superfertilização for grave, recorreríamos a uma boa lavagem das raízes. Vamos pensar que uma planta com excesso de nutrientes terá mais danos do que os visíveis nas folhas, como nas raízes, de modo que o alagamento prolongado não é o ideal, portanto é o último recurso. Para fazer isso, usaremos no mínimo o triplo da capacidade de água do vaso.

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Fonte: La Marihuana

Dicas de cultivo: neem – um ótimo inseticida, fungicida e fertilizante

Dicas de cultivo: neem – um ótimo inseticida, fungicida e fertilizante

O neem (ou nim) é um dos inseticidas ecológicos mais utilizados no cultivo de maconha. Acima de tudo, é eficaz como preventivo ou nos primeiros indícios de uma praga. Com pragas estabelecidas, torna-se um pouco ineficaz. Mas o neem é muito mais que um inseticida, e vamos falar mais neste post.

O neem conhecido especialmente na América Latina, também conhecido como amargosa ou nim (nome científico Azadirachta indica), é uma árvore da família Meliaceae. É nativa da Índia e da Birmânia, introduzida para cultivo em outros países da Ásia, África, América, Austrália e algumas ilhas do Pacífico Sul. Em geral, sobrevive apenas em regiões tropicais e subtropicais.

É uma árvore que cresce rapidamente até atingir 15-20 metros de altura. Seus ramos são extensos, atingindo um diâmetro de outros 15-20. O tronco não é muito longo e seu diâmetro pode ser 120 cm em espécimes mais antigas.

Sua casca rachada e dura é muito característica, com uma cor que varia do marrom avermelhado ao cinza prateado. A seiva é branca acinzentada. Suas raízes são largas, com uma raiz principal robusta e raízes laterais que se estendem para dar um bom suporte à árvore.

As folhas são muito numerosas, pequenas e roxas quando jovens. As flores são brancas e muito perfumadas. São caracterizadas por ter flores femininas e masculinas na mesma árvore, mas em períodos diferentes. E seu fruto é semelhante a uma azeitona, com um tamanho de 14 a 28 mm de comprimento e 10 a 15 mm de largura, e que armazena uma, duas ou três sementes de casca marrom dentro.

PROPRIEDADES INSECTICIDAS

Com suas sementes, produz um óleo muito famoso e possivelmente o inseticida mais utilizado no mundo e em cultivos de todos os tipos. É seguro para animais e seres humanos e respeita insetos benéficos como abelhas e outros polinizadores. Age por ingestão, portanto, apenas combate insetos que tentam se alimentar de uma planta.

O óleo de neem possui muitos ingredientes ativos, que atua inibindo a capacidade de alimentação do inseto até a morte. Também inibe o crescimento e a fertilidade dos insetos, impedindo o desenvolvimento de ovos e larvas.

PROPRIEDADES COMO FUNGÍCIDA

O óleo de neem também possui propriedades fungicidas. Atua fortalecendo as plantas e protegendo-as contra o possível ataque de patógenos como bactérias e fungos. Sua eficácia depende em grande parte das condições ambientais, mas demonstrou ser eficaz no tratamento de oídio, alternaria, botrytis, míldio, negrilla ou ferrugem.

O NEEM COMO FERTILIZANTE

Os fertilizantes são feitos com a árvore de neem. Estes têm um alto teor de nitrogênio, com até 10%. Também contém 1% de fósforo, 1,5% de potássio, 0,75% de magnésio, 1,5% de enxofre e micronutrientes importantes. Como fertilizante, é aprovado para uso em cultivos orgânicos pela Organic Farmers Growers e OMRI.

Além de seu grande potencial no desenvolvimento de raízes e zonas aéreas, evita e trata problemas causados ​​por desequilíbrios nutricionais. Ajuda a planta a melhorar a assimilação de nutrientes e libera seus elementos nutricionais no solo por longos períodos.

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Pesquisa: La Marihuana

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