O valor terapêutico das raízes de maconha

O valor terapêutico das raízes de maconha

Na China antiga, foi dada atenção especial ao uso das raízes de cannabis. De fato, no livro chinês sobre plantas medicinais, Shennong Ben Cao Jin, o uso dessas raízes para aliviar a dor já foi mencionado. Estas eram processadas, secas e depois esmagadas em pó para misturar com o suco de cânhamo.

As raízes de cannabis têm sido usadas ao longo da história em muitas preparações caseiras. Foram usadas ​​para combater erupções cutâneas. Misturada com as folhas de cannabis, eram feitas compressas para tratar a inflação da pele. Tinham uma reputação de propriedades analgésicas para combater erupções cutâneas e hemorroidas.

Os chineses utilizavam como diurético e até para interromper o sangramento durante o parto. Em 2002, uma investigação de Ethan Russo afirmou que “o suco de cannabis teve efeitos benéficos na detenção da placenta e na hemorragia pós-parto”.

Processo da raiz de cannabis

Secar e moer as raízes de cannabis em um almofariz. Em seguida, ferva as raízes em água e óleo para dissolver os canabinoides e terpenos. O líquido resultante é separado da água e resfriado, depois misturado com cera de abelha, para obter uma consistência adequada. Se você adicionar uma pimenta preta, o resultado é um remédio para artrite ou dores musculares.

Também pode seguir os ensinamentos da medicina chinesa antiga e preparar o chá regenerador. Limpe bem as raízes, corte-as, triture-as até virar pó e seque-as completamente. Quando quiser uma xícara de chá, basta ferver uma pequena quantidade do pó em 1 litro de água.

Também pode ferver o pó com canela, anis e outras ervas em uma panela de barro por 12 horas e coar o líquido. Deixe esfriar e beba. Se ferver novamente, obterá uma substância escura perfeita para corantes. As raízes também são usadas como laxante, textos romanos antigos documentam esses dados.

Em uma tribo de pigmeus da bacia africana do Congo, os Aka, a raiz de cannabis é usada como uma forma de evitar parasitas intestinais. Além disso, no final do século XVII, na Indonésia, foi documentado o uso da raiz de cannabis tratamento da gonorreia. Anos mais tarde, colonos estadunidenses assumiram o controle e começaram a usar as raízes para tratar doenças venéreas.

A raiz da cannabis contra o câncer?

Em vez do THC, que praticamente não existe nas raízes, as propriedades curativas das raízes estão relacionadas aos terpenos que são produzidos nelas. Um estudo realizado em 1971 revelou que as raízes contêm um grupo de compostos químicos com propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e analgésicas. Também sugeriu que o etanol extraído das raízes contenha friedelina, um antioxidante que protege o fígado.

O mais interessante, no entanto, foi a descoberta de um composto conhecido como epifriedelanol, que é um potente agente contra o câncer. Testes laboratoriais com uma planta parecida com cannabis, Phyllanthus watsonii, mostraram que seus componentes inibem efetivamente o crescimento de células cancerígenas do cólon. O THC oferece propriedades semelhantes e também leva à apoptose de células cancerosas em condições de laboratório.

Além de friedelina e epifriedelanol, as raízes também contêm triterpenos pentacíclicos, um tipo de molécula solúvel em gordura que tem demonstrado causar apoptose nas células cancerígenas. As raízes da maconha podem ser um elemento importante no tratamento do câncer.

Fonte: Fakty Konopne

A origem do haxixe, a mais conhecida das extrações

A origem do haxixe, a mais conhecida das extrações

O haxixe é a extração de maconha mais famosa e consumida no mundo. É obtido a partir da resina, ou tricomas dos buds, que, uma vez separados da matéria vegetal, são amassados ​​ou prensados ​​até se obter uma substância pastosa e compacta. O calor das mãos é o suficiente para amolecer o haxixe e manipulá-lo facilmente.

Em muitos países, há uma grande tradição de consumir haxixe, em parte devido à influência do Marrocos, o maior produtor mundial. Muitos têm o hábito de misturar cannabis com tabaco, principalmente com haxixe. Tenha em mente que, como muitos outros países, a cultura canábica brasileira é relativamente jovem.

O haxixe que atualmente entra no Brasil é praticamente todo adulterado. Para ter uma ideia, para fazer um grama de haxixe, você precisa de cerca de 10 gramas de buds. Se for um hash double zero, feito apenas com os melhores tricomas externos e considerado da mais alta qualidade, serão necessários cerca de 100 gramas de buds.

A ORIGEM DO HAXIXE

Embora alguns se surpreendam o haxixe não nasceu no Marrocos. De fato, o cultivo de cannabis no país não começou até meados do século passado, por isso é relativamente moderno. A palavra “haxixe” vem da palavra árabe hashish, que tem vários significados, como erva seca e até mesmo cânhamo.

É muito difícil para os pesquisadores identificar o país de origem. Alguns concordam em ser da antiga Pérsia, o que é agora o Irã. Outros apontam para as montanhas do Hindu Kush, um dos primeiros lugares de domesticação da maconha. E outros falam da Índia, onde depois de trabalhar nas plantações, as mãos dos agricultores armazenam a resina que chamam de charas.

Uma das primeiras referências escritas sobre o haxixe é encontrada na compilação medieval árabe das histórias das “Mil e Uma Noites”. Na história “The Hashish Dining Room” conta a história de um homem rico, que depois de gastar toda a sua fortuna em mulheres, vai a um banho turco. Lá ele ingere uma bola de haxixe e mergulha em um sonho onde é rico novamente. Mas quando acorda descobre que as pessoas, reconhecendo-o, apontam-no e riem dele. Ele não esquece sua experiência com drogas e começa a restaurar o orgulho e a autoconfiança.

Outras lendas atribuem a Qutb ad-Din Haydar, um monge de clausura também o fundador do sufismo, um dos ramos do Islã. Depois de cair em depressão, foi sozinho para o campo. Quando ele retorna, seus discípulos percebem que ele parece um novo homem, feliz e apaixonado pela vida. Haydar atribui sua felicidade ao haxixe, então seus discípulos imediatamente começam a consumi-lo. Tal foi o seu prazer por esta planta, que ele mesmo pediu para ser enterrado cercado por cannabis.

Qualquer que seja sua origem exata, por volta de 900 dC, o haxixe se espalhou rapidamente por todo o mundo árabe, embora na Europa não tenha sido introduzido até o século XVIII. Durante as campanhas napoleônicas no Egito, os soldados receberam haxixe para mantê-los encorajados em tempos de exaustão. Em meados do século XIX, alguns médicos ocidentais começaram a explorar os usos medicinais dessa extração. Há evidências de que algumas figuras literárias importantes da época, como Charles Baudelaire e Victor Hugo, consumiram haxixe.

Fonte: La Marihuana
Adaptação: DaBoa Brasil

A maconha conquista as universidades dos EUA

A maconha conquista as universidades dos EUA

“Meus amigos fazem piadas com boas intenções sobre o meu título em erva”, diz Grace DeNoya. Uma das primeiras alunas de um programa universitário de quatro anos em química da planta medicinal da Northern Michigan University. Uma das muitas licenciaturas que surgem no início da normalização da maconha no mundo.

Grace está acostumada a brincar quando as pessoas descobrem que ela estuda a carreira da maconha. Ela responde que é “um título sério, um diploma em química”. E acrescenta: “É muito trabalho, a química orgânica é complexa”.

As universidades não estão loucas. Conforme avança a febre do ouro verde com a legalização da maconha e seus derivados de cânhamo abrangem pela América do Norte, mais e mais universidades adicionam a cannabis em seus planos de estudo para ensinar os alunos a cultivar, investigar, analisar e comercializar a erva.

Em 2017, a Universidade do Norte de Michigan (NMU) propôs uma carreira de quatro anos focada no estudo da planta, seus usos e seus efeitos.

“O estigma associado à cannabis está desaparecendo rapidamente. É hora de aproveitar o aumento nos negócios. Também para preparar técnicos especializados para uma indústria multimilionária”, disse Efe Brandon Canfield. Brandon é professor de química analítica e ambiental e de quem partiu a ideia da carreira.

E ele estava certo. Hoje a época mostra que é o momento ideal para todos os tipos de carreiras em maconha, desde dirigir estufas e dispensários, até desenvolver produtos comestíveis, especialização em marketing, dirigir laboratórios de controle de qualidade e realizar pesquisas farmacêuticas. A empresa de pesquisa Arcview Market Research prevê que o setor terá 467 mil empregos até 2022.

Mesmo em estados onde a maconha recreativa continua ilegal, como Nova York, Nova Jersey e Connecticut, algumas universidades lançaram programas de estudo da cannabis em antecipação à legalização ou para preparar os estudantes para trabalhar em outros estados. Também na Flórida, na Gulfcoast University.

“Oferecemos um caminho rápido para entrar na indústria”, disse Brandon. Quem propôs a nova carreira em química da planta medicinal. E depois de participar de uma conferência onde representantes da indústria falaram de uma necessidade urgente de ter químicos analíticos para a avaliação e garantia da qualidade do produto.

Programa de quatro anos

O programa é de quatro anos, o mais semelhante a uma carreira da maconha em uma universidade americana credenciada. Atraiu quase 300 estudantes de 48 estados, disse Canfield.

Os estudantes não cultivarão a erva, que foi recentemente legalizada para uso recreativo pelos eleitores em Michigan. No entanto, Canfield disse que os alunos aprenderão a medir e extrair compostos medicinais de plantas como San Juan e ginseng e transferir esse conhecimento para a maconha.

“Todos os nossos alunos serão qualificados para serem analistas em um ambiente de laboratório”, disse Canfield. Observou que a experiência pode levar a uma posição como um recém-graduado que paga US $ 70 mil por ano.

Aqueles que querem ter seu próprio negócio podem escolher um caminho de negócios com cursos adicionais em contabilidade, questões jurídicas e marketing.

Fonte: La Marihuana

Facebook diz que pode eliminar restrições à maconha

Facebook diz que pode eliminar restrições à maconha

Até agora, o Facebook removia páginas de empresas e organizações que operam no setor canábico. No entanto, o Telegraph publicou na segunda-feira que o Facebook está considerando mudar as regras sobre “produtos regulamentados” para permitir a promoção da venda de produtos canábicos.

“Nossa política neste momento não permite a venda de maconha na plataforma”, disseram os funcionários da empresa durante uma apresentação interna em que participaram os repórteres do Telegraph. “Queremos considerar se podemos reduzir essa limitação, especialmente em relação às reservas de maconha medicinal, maconha legal e cânhamo”.

Entre as considerações da empresa, estaria a maneira pela qual seria determinada se a publicidade das vendas de maconha na plataforma é legal. Como o conteúdo relacionado à cannabis pode ser bloqueado para usuários com menos de 21 anos de idade. E como diferentes sociedades ao redor do mundo reagirão à publicidade da maconha na plataforma do Facebook.

“Como a maconha tem combatido várias restrições legais e sociais ao redor do mundo, isso pode ser um desafio operacional para nós”, citou a declaração do funcionário publicada pelo The Telegraph. A empresa “pode ​​enfrentar obstáculos regionais em áreas globais onde a lei ou a sociedade percebe negativamente a maconha”, disse o Facebook, que em 17 de outubro aboliu restrições em buscas.

Em 17 de outubro de 2018, as restrições aos resultados de pesquisa do Facebook foram abolidas quando o Canadá legalizou a maconha para fins recreativos. Anteriormente, o Facebook não bloqueava entidades como grupos que lutam pela legalização e portais de informações, mas poderiam receber o chamado “shadow ban“, que impossibilita de encontrar no motor de busca.

Os algoritmos do Facebook dificultaram a promoção de publicações sobre a cannabis. Mesmo se eles estivessem relacionados à política ou notícias, e não se concentravam no comércio de maconha. Ainda existe problema ao promover produtos de cânhamo, embora existam truques que não bloqueiam a promoção de um trabalho.

Inteligência artificial oposta à maconha

De acordo com o Telegraph, o Facebook agora usa inteligência artificial para encontrar contas onde a cannabis é promovida. Como parte das mudanças consideradas, o Facebook continuará a proibir a venda de maconha através da seção Market. E continuará a bloquear a publicidade paga por produtos de cannabis. No entanto, as autoridades do Facebook concordaram que as empresas que vendem produtos canábicos poderiam adicioná-las à seção “produtos”.

Fonte: Fakty Konopne

Pacientes encontram mais alívio no THC que no CBD

Pacientes encontram mais alívio no THC que no CBD

Pesquisadores da Universidade do Novo México (UNM) resolveram um dilema da literatura científica. O tetrahidrocanabinol, ou THC, mostrou maior alívio terapêutico entre os pacientes do que o canabidiol, ou CBD.

Em um novo estudo intitulado “A associação entre as características dos produtos de cannabis e alívio dos sintomas”, foi publicado na revista Scientific Reports e conduzido pelos pesquisadores Sarah See Stith e Jacob Miguel Vigil da UNM. O estudo foi realizado através do uso de tecnologia de software móvel para medir os efeitos em tempo real. Descobriu que o conteúdo do THC e CBD era o fator mais importante. As partes de conteúdo otimizaram o alívio dos sintomas em uma variedade de condições.

As conclusões foram baseadas na maior base de dados de medições de tempo real dos efeitos da cannabis nos Estados Unidos, recompilado no ReleafApp, desenvolvido pelos co-autores Franco Brockelman, Keenan Keeling e Branden Hall.

Desde o seu lançamento em 2016, ReleafApp, tem sido a única aplicação pública, que educava os pacientes sobre como o seu tipo de produto (flor ou concentrado), método de combustão, subespécie de cannabis (indica, sativa e híbrida), e os principais conteúdo de canabinoides (THC e CBD) afeta os níveis de gravidade dos sintomas.

O objetivo do estudo foi conhecer como os produtos de cannabis disponíveis e frequentemente utilizados influenciam a escolha dos consumidores. Como os níveis de intensidade afetam os sintomas de saúde. A flor seca foi o produto mais utilizado e foi geralmente associada a uma melhora nos sintomas em comparação com outros tipos de produtos.

Ganhando popularidade como analgésico

A maconha rapidamente ganha popularidade como um analgésico e substituto promissor de opioides prescritos que carregam efeitos colaterais indesejáveis.

“Conseguimos preencher a ausência mais significativa na literatura médica anterior, compreendendo a eficácia, a dose, as vias de administração ou os efeitos colaterais dos produtos de cannabis comumente usados ​​e comercialmente disponíveis nos Estados Unidos”, disse Vigil.

Um dos padrões mais surpreendentes nos resultados atuais foi que o THC foi geralmente associado a uma experiência mais intensa do usuário. Também medido pelo alívio dos sintomas e pela prevalência de efeitos colaterais positivos e negativos.

“Apesar da sabedoria convencional, tanto na imprensa popular e em grande parte da comunidade científica que apenas o CDB tem benefícios médicos. E enquanto o THC só “chapa”. Nossos resultados sugerem que o THC pode ser mais importante que o CBD para gerar benefícios terapêuticos. Em nosso estudo, o CBD parece ter pouco efeito. No entanto THC gera melhorias no alívio dos sintomas”, disse Vigil.

Os pacientes precisam de mais orientação médica

“Uma compreensão mais ampla da relação entre as características do produto e os resultados do paciente é particularmente importante, dada a falta de orientação médica recebida pelos pacientes com cannabis medicinal”, disse Stith. “A maioria recebe apenas um encaminhamento para tratamento com maconha de seu médico, e todos os outros conselhos de tratamento vêm sendo passada de experiências recreativas, internet, interações sociais e, frequentemente, o pessoal minimamente treinado que trabalha em dispensários”.

“Isso é muito diferente de como os pacientes recebem tratamento com produtos farmacêuticos convencionais. Estes vêm com instruções de dosagem claras e um produto padronizado e uniforme”, acrescenta.

O Dr. Vigil explicou os resultados derivados da observação de dados em tempo real do aplicativo Releaf. Aplicativo qualificado como “o maior banco de dados do gênero no país”.

Ao apresentá-los, o Sr. Virgil solicitou a “eliminação imediata de todos os tipos de cannabis. Além do cânhamo, para que o público em geral possa acessar mais facilmente a cannabis com o THC”.

Fonte: Science Daily

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