Grécia emite as primeiras licenças para cultivo de maconha

Grécia emite as primeiras licenças para cultivo de maconha

Há poucos dias, a Grécia concedeu as duas primeiras licenças médicas de cannabis para as empresas privadas Biomecann e Bioprocann. As licenças autorizam as duas empresas a cultivar cannabis no país helênico. Espera-se que esses cultivos gerem centenas de novos empregos e atraiam investidores nacionais e internacionais. Até o final do ano, o Ministério da Economia e Desenvolvimento da Grécia emitirá 14 licenças para o cultivo de maconha.

Biomecann, com sede em Larisa, e Bioprocann, com sede em Corinto, são apenas duas empresas privadas que obtiveram licenças para cannabis para fins medicinais. As autoridades dizem que vão emitir outros doze até o final do ano. 14 cultivos licenciados são um investimento de US $ 212 milhões que  pode criar mais de 750 novos empregos.

Os pacientes na Grécia tiveram acesso à maconha medicinal desde 2017, quando a Grécia se tornou o sexto país da UE a legalizar o uso de cannabis para fins terapêuticos. Logo, a Grécia abriu as portas para a importação de maconha e revitalizou sua indústria de cânhamo.

Em março deste ano, o país legalizou o cultivo nacional e a produção de maconha. Embora os produtores privados licenciados vendam o produto para os vendedores nacionais, o objetivo é exportar para outros países. Pacientes gregos não têm acesso à cannabis. Agora, na Grécia, o governo está trabalhando para exportar cannabis para ajudar na recuperação econômica.

Grécia espera investimento internacional nesses cultivos

Depois de estabelecer o quadro legislativo e regulamentário necessário, as autoridades gregas organizaram uma série de importantes reuniões para atrair investidores. Embora vários países da União Europeia tenham superado a Grécia na criação de cultivos industriais, o país espera que sua lei encoraje os investidores internacionais a criar cultivos na Grécia.

A Grécia quer se tornar uma importante potência internacional no cultivo de maconha medicinal. Quer competir com os principais exportadores europeus, como a Dinamarca e o Reino Unido. Embora não esteja previsto, por enquanto, legalizar e regular o uso da maconha para fins recreativos.

Fonte: Fakty Konopne

O CBD alivia a depressão mais rápido que outros medicamentos

O CBD alivia a depressão mais rápido que outros medicamentos

Um novo estudo sobre depressão descobriu que o canabidiol (CBD) possui um efeito semelhante no cérebro aos antidepressivos comuns, apenas difere deles em agir imediatamente.

O novo estudo examinou as mudanças no córtex pré-frontal e no hipocampo, áreas do cérebro associadas à depressão em humanos, após dar doses diferentes (7-30 mg) em camundongos.

O estudo, publicado recentemente na revista Journal of Molecular Neurobiology e conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo e no Hospital da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, descobriram que as mudanças observadas nestas regiões do cérebro foram semelhantes aos que aparecem em pacientes que tomam antidepressivos, só que neste caso estavam assim após 30 minutos de tratamento.

Uma alternativa aos medicamentos existentes

Antidepressivos ajudam muitos pacientes, mas quando se trata de casos difíceis de longo período os medicamentos requerem 1 a 3 meses para que comessem a afetar, podendo haver um obstáculo no caminho para a recuperação, e até mesmo ser potencialmente fatal quando os pacientes possuem tendências suicidas.

Mesmo quando os medicamentos já estão começando a afetar, muitos pacientes experimentam efeitos colaterais, tais como impotência, perda do desejo sexual, fadiga, náuseas, entre outros, o que pode agravar a depressão de maneira irônica.

“O desenvolvimento de novos antidepressivos para superar essas desvantagens é essencial para melhorar a saúde pública”, diz o estudo. “O CBD produz um efeito antidepressivo rápido e contínuo em animais e, portanto, tem o potencial para ser um tratamento rápido e promissor”, concluem os autores.

Outros estudos anteriores

Este estudo se junta a estudos anteriores que examinaram o potencial do CBD para tratar a depressão e a ansiedade, com resultados semelhantes.

O último, publicado no Journal of Neuropharmacology em 2016, encontrou alterações nos receptores de serotonina no cérebro de ratos depois de receber CBD, as mesmas mudanças são comuns em pacientes que tomam antidepressivos comuns.

Também neste estudo, as mudanças foram observadas imediatamente após a administração do CBD, sem esperar meses como com medicamentos comuns.

Fonte: Cannabis Israel

O CBD induz efeitos semelhantes aos antidepressivos de ação rápida

O CBD induz efeitos semelhantes aos antidepressivos de ação rápida

As descobertas de um novo estudo publicado na revista Molecular Neurobiology “apoiam um perfil terapêutico promissor para o CBD como um novo antidepressivo de ação rápida”.

“Os antidepressivos atualmente disponíveis têm um atraso substancial na indução de uma resposta terapêutica e uma eficácia relativamente baixa”, dizem os pesquisadores do estudo, observando que “o desenvolvimento de medicamentos que abordam essas limitações é fundamental para melhorar a saúde pública”.

O canabidiol (CBD),”é um composto promissor já que tem mostrado potencial terapêutico de amplo espectro em modelos pré-clínicos e humanos”. No entanto, “suas propriedades antidepressivas não foram totalmente investigadas”. Portanto, os objetivos do presente estudo “foram investigar em roedores machos (i) se o CBD poderia induzir efeitos antidepressivos rápidos e sustentados após uma única administração e (ii) se tais efeitos possam ser relacionadas com alterações nas proteínas/ funções sinápticas”.

Os resultados mostraram que “uma dose única de CBD dependia da dose induzida pelo efeito antidepressivo” em camundongos, 30 min (aguda) ou 7 dias (sustentada) após o tratamento. Efeitos semelhantes foram observados usando diferentes testes de ratos.

“Estes resultados indicam que o CBD induz um efeito antidepressivo rápido e sustentado em diferentes modelos animais relevantes para a depressão”, dizem os pesquisadores. Concluem afirmando que “os dados confirmam um perfil terapêutico promissor para o CBD como um novo antidepressivo de ação rápida”.

Para acessar o estudo completo, realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, e do Hospital Universitário de Aarhus, na Dinamarca, clique aqui.

Fonte: The Joint Blog

Novo estudo descobriu que não existe nenhuma ligação entre maconha e psicose

Novo estudo descobriu que não existe nenhuma ligação entre maconha e psicose

Pesquisas do Reino Unido, Irlanda e Dinamarca podem ter desacreditado um dos argumentos mais fortes contra a maconha.

O estudo não encontrou aumento do risco de psicose em usuários de cannabis que se abstêm de outros “usos de drogas”.

Um novo estudo publicado na Drugs and Alcohol Today, disse que não há um aumento do risco de psicose para aqueles que só consomem maconha.

O estudo procurou examinar a associação entre o uso de drogas recreativas e transtornos psicóticos, por exemplo, o consumo de maconha e a psicose. No entanto, este estudo examinou de maneira única a relação, examinando esta relação dentro de um contexto de “politoxicomania”, ou seja, a combinação de maconha com outras drogas, tais como tabaco, álcool ou cocaína.

A equipe de investigação, composta por sete pesquisadores do Reino Unido, Dinamarca e Irlanda, analisou as medidas de auto relato do uso de drogas ao longo da vida entre os 4.718 jovens dinamarqueses 24 anos. Os relatórios dos participantes estavam ligados ao sistema de registros psiquiátricos na Dinamarca, que foi utilizada como indicador alvo do estado de saúde mental.

O que os pesquisadores encontraram pode finalmente desacreditar o argumento de que “maconha causa psicose” e, muitas vezes usado para justificar a sua ilegalidade:

“Em comparação com o uso de drogas, o consumo de maconha não aumentou o risco deste distúrbio, enquanto que a razão de probabilidade da cannabis e outras drogas foram estatisticamente significativas”.

Se o consumo apenas de maconha não provoca psicose, o principal argumento utilizado para a proibição parece não ser muito sólido.

Fonte: Medical Marijuana UK

 

Anvisa aprova registro do primeiro medicamento à base de maconha no Brasil

Anvisa aprova registro do primeiro medicamento à base de maconha no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do primeiro remédio à base de maconha no Brasil. Trata-se do Mevatyl, indicado para o tratamento de espasticidade -rigidez excessiva dos músculos- relacionada à esclerose múltipla.

O medicamento contém dois dos princípios ativos da planta usados medicinalmente, o tetraidrocanabinol (THC), em concentração de 27 mg/mL, e canabidiol (CBD), em concentração de 25 mg/mL, e será vendido apenas a maiores de 18 anos, em solução oral (spray). A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (16).

O remédio, registrado em outros países com o nome Saitivex, será fabricado pela empresa britânica GW Pharma Limited –no Brasil, a detentora do registro do medicamento é a empresa Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda. O Mevatyl, por aqui, será comercializado com tarja preta em sua rotulagem e a sua dispensação ficará sujeita a prescrição médica por meio de notificação de receita.

De acordo com a agência, o medicamento, aprovado em outros 28 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel,  é destinado a pacientes não responsivos a outros medicamentos antiespásticos.

A Anvisa ainda ressalta, em comunicado à imprensa, que o Mevatyl não é indicado para o tratamento de epilepsia, pois a presença do THC no composto pode causar agravamento de crises epiléticas.

“A Anvisa é um órgão muito criterioso. Se liberou a presença destas substâncias [canabidiol e tetrahidrocanabidiol] em um remédio é porque estes componentes têm a eficácia comprovada em tratamento de doenças cujos métodos tradicionais não se mostraram tão positivos”, diz o médico psiquiatra Sabino Ferreira de Farias Neto.

O psiquiatra, no entanto, alerta que o registro do medicamento não significa que a planta deva ser tratada como remédio. “Alguns componentes da maconha podem funcionar como medicamento, mas isso não significa que maconha é remédio. Não é.”

Para a advogada Margarete Brito, presidente da Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal, considera o registro um avanço na questão da utilização da maconha medicinal no Brasil.

“Agora que a gente tem um remédio registrado na Anvisa com alto [teor de] THC, acho que não tem mais como dizer que [este princípio ativo da maconha] não é remédio, que é perigoso”, afirma. “Isso vem para dizer que [a Cannabis sativa] é remédio, tem que ter mais pesquisa, tem que ter mais médico estudando isso”.

Novas regras da Anvisa

Em novembro, a Anvisa aprovou uma regra que abriu o caminho para o registro, produção e venda de medicamentos compostos por maconha no Brasil. Com a decisão, remédios a base de THC (tetrahidrocannabionol) e de canabidiol passaram a ser considerados como de venda sob controle especial.

A nova regra também regulamentou a concentração máxima dos dois derivados da maconha no remédio, que não poderia superar 30 miligramas por mililitro. Além disso, as regras para a importação de produtos à base de canabidiol foram flexibilizadas, desburocratizando o processo.

A liberação do uso do canabidiol no Brasil foi determinada pela Anvisa em 2015, depois de uma movimentação feita pela sociedade civil amparada por uma medida judicial.

Fonte: Uol Notícias

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