Presidente mexicano afirma que o país finalmente legalizará a maconha para uso adulto em 2020

Presidente mexicano afirma que o país finalmente legalizará a maconha para uso adulto em 2020

Após dois anos de atraso, o México finalmente está no caminho certo para aprovar a legalização da venda de maconha, o uso pessoal e o autocultivo limitado.

Dois anos depois que a mais alta corte do país decidiu que a proibição da maconha era inconstitucional, o México está finalmente a caminho de se tornar o terceiro país a legalizar totalmente a planta.

Em uma entrevista coletiva, o presidente Andrés Manuel López Obrador reconheceu que os legisladores trabalharão para aprovar um projeto de legalização do uso de adultos assim que se reunirem novamente no mês que vem. López Obrador disse que os legisladores “vão decidir livremente, ouvindo a opinião de todos os partidos”. E que, “já houve consultas e se eles vão decidir sobre esse assunto, ou seja, vai haver uma reforma jurídica”.

Em 31 de outubro de 2018, a Suprema Corte do México decidiu que a proibição da cannabis violava o direito constitucional dos cidadãos ao “livre desenvolvimento da personalidade”. Como parte da decisão, o tribunal impôs um prazo de um ano para os legisladores aprovarem um projeto de legalização. Os legisladores acabaram perdendo esse prazo, no entanto, eles debateram os detalhes da legalização.

O tribunal estendeu o prazo até 2020 para dar aos legisladores mais tempo para discutir o projeto, mas a pandemia da Covid-19 atrasou ainda mais o processo. Mas, finalmente, o projeto de legalização está na pauta da próxima sessão legislativa do país, que começa em 1º de setembro. Desta vez, o presidente López Obrador acredita que os parlamentares terão condições de cumprir o prazo final de 15 de dezembro e indicou que assinará o projeto assim que chegar a sua mesa.

Do jeito que está agora, o atual projeto permitirá que adultos com 18 anos ou mais portem até 28 gramas de maconha para uso pessoal. O porte pessoal de até 200 gramas também seria descriminalizado. Cada pessoa terá permissão para cultivar até 20 plantas, produzindo até 480 gramas de maconha, e os pacientes poderão se inscrever para cultivar ainda mais plantas em casa. O cânhamo e plantas com alto teor de CBD permanecerão isentos dessas limitações.

O projeto também visa criar uma agência governamental descentralizada para lidar com as regulamentações e licenciamento de negócios de cannabis. Uma vez que essas regulamentações sejam estabelecidas, os varejistas licenciados podem começar a vender legalmente maconha para adultos, sujeitos a um imposto de vendas de 12%. Em contraste com o Canadá e a maioria dos estados dos EUA, os mexicanos terão permissão para fumar maconha em público, exceto em espaços que já foram designados como áreas livres de fumo.

O senador Julio Ramón Menchaca Salazar, autor da legislação, argumentou que as taxas de impostos sobre a maconha proporcionará uma nova fonte de receita para o país, o que é especialmente crítico em tempos de pandemia do coronavírus. Os defensores do projeto também observam como a legalização do uso adulto de maconha nos estados dos EUA já reduziu os lucros dos cartéis de drogas mexicanos, e a própria legalização do México provavelmente prejudicaria ainda mais os cartéis.

Embora otimista com a aprovação do projeto neste ano, o senador Salazar disse que os legisladores ainda têm várias questões a resolver. Os defensores esperam acrescentar reformas de justiça social adicionais ao projeto, incluindo proteções para consumidores de maconha e medidas de equidade social para garantir justiça na indústria legal da planta. Os legisladores também esperam adicionar disposições para garantir que os cultivadores locais tenham a chance de participar do mercado, em vez de permitir que ele seja dominado por ricas empresas estrangeiras da cannabis.

Referência de texto: Merry Jane

Maconha no Brasil: coisas que você precisa saber

Maconha no Brasil: coisas que você precisa saber

Sendo uma das plantas mais versáteis do planeta, a importância da maconha na sociedade vai muito além do que muitos atualmente falam. A ênfase apenas ao uso medicinal e a insistência na política de repressão contra usuários, principalmente cultivadores, só prova que existe um grande interesse por trás das regulamentações que estão surgindo no Brasil.

Como sabemos, durante muito tempo foram feitas campanhas contra a planta baseadas em mentiras, preconceitos, segregações e interesses políticos e econômicos. Não é à toa que a mentalidade e os discursos proibicionistas dos anos 30 ainda se fazem presente nos dias de hoje.

Atualmente, mesmo com tantas informações a disposição em um clique, muitos ignoram a realidade e acreditam em qualquer falácia. Principalmente quando essas falácias são fomentadas por pessoas que se dizem profissionais da erva. Alguns por puro interesse e pensando em pacientes como cifrões, outros por irresponsabilidade ou simplesmente pela falta de conhecimento – que não deixa de ser irresponsabilidade por se autoproclamarem experts da cannabis.

Após apoiarem a regulamentação da Anvisa e serem jogados para escanteio pela farmacêutica, empresas, como a do cânhamo e associações, já buscam outros métodos para tentar achar um espaço no tão cobiçado mercado canábico. Infelizmente, como ficou claro para quem lê as entrelinhas, eles esqueceram novamente de mencionar quem são os verdadeiros heróis que mantiveram as plantas vivas até aqui, antes mesmo de mães e pais buscarem na maconha o tratamento necessário para seus filhos. Se você acha isso um tanto quanto exagerado, é só perguntar para qualquer presidente de associação no Brasil, de onde veio o conhecimento para cultivarem as plantas que, muitos deles clandestinamente, produzem para vender o óleo aos seus pacientes. A resposta é só uma: de cultivadores que plantam para ter um fumo de qualidade e não financiar o crime organizado.

Tendo isso em mente, só vem uma palavra para descrever tudo que se passa na cabeça do jardineiro que, colocando em risco sua própria liberdade, ajudou a trazer o conhecimento para que poucas famílias e associações tenham acesso à planta. Essa palavra é: ingratidão.

Por isso, legalizar a informação verdadeira em tempos de proibição se faz mais que necessário. É preciso estar plantando a conscientização onde houver pessoas dispostas a lutar por uma mudança real que afeta diretamente não só a economia do país, criando milhares de novos empregos e abrindo espaço para vários setores, como também pode trazer melhorias para o meio ambiente, o bem-estar e a saúde, da qual poderíamos ficar horas descrevendo seus benefícios e aplicações.

Sabemos que atualmente os grandes males da sociedade são desencadeados pela maçante rotina a que somos impostos e é cada vez mais comum ver pessoas sofrendo de estresse, ansiedade, depressão e insônia.  A maioria das pessoas sabe que sofrem desses males mesmo sem nunca ter passado por um consultório ou ter recebido um papel com uma assinatura. No Brasil já existem casos de habeas corpus de cultivo para pessoas com depressão e insônia. Fica aqui uma pergunta, se alguns poucos podem plantar por isso, por qual motivo a mesma medida não pode ser aplicada para todos os outros cidadãos sem precisar passar por toda a burocracia de controle do sistema? Estamos falando de uma planta! Sendo uma das medicinas tradicionais mais antigas conhecidas pela humanidade, a maconha é um presente dado gratuitamente pela natureza. Repetindo, G-R-A-T-U-I-T-A-M-E-N-T-E! Desconfie de quem disser o contrário.

Hoje ainda sofremos as mazelas da proibição causada pela ganância de pessoas influentes do passado, assim herdada por seus sucessores, na qual, sempre baseada em atitudes racistas e preconceituosas, continuam prendendo usuários e cultivadores jogando-os em celas ao lado de todos os tipos de criminosos, independente da gravidade do crime cometido. A política de perseguição e repressão causa danos irreparáveis nas pessoas que passam por essa situação, em seus familiares e, consequentemente, em toda a sociedade.

Por essas e muitas outras questões, se você é usuário ou até mesmo paciente, não adianta defender apenas uma regulamentação que visa só os interesses individuais de indústrias que sempre foram contra a maconha, como é o caso da farmacêutica e o atual discurso de muitos “profissionais da maconha medicinal” no Brasil. Uma regulamentação decente precisa reparar os danos causados pela proibição naqueles que tiveram sua liberdade caçada e nas famílias que tiveram vidas ceifadas. A luta não é apenas pelas mães que precisam de medicamento para seus filhos, a luta também inclui as mães que perderam seus filhos para a guerra às drogas ou que visitam seus filhos trancados nos presídios do país.

Algo precisa ser feito urgentemente ou continuaremos enxugando gelo enquanto a classe menos favorecida sofre as consequências dessa inútil e hipócrita guerra falida. Uma guerra contra os pobres, uma guerra contra a própria natureza.

Agora que você já sabe das coisas que precisa saber, fica a pergunta: você está do lado de quem?

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Por Diego Brandon
Ativista, CEO do DaBoa Brasil, compositor e representante do coletivo Ganja Fighters

Novo estudo investiga se a maconha pode combater o coronavírus

Novo estudo investiga se a maconha pode combater o coronavírus

Existem mais de 800 ensaios clínicos em todo o mundo que procuram uma maneira de vencer o coronavírus. Alguns deles confiam que a cannabis será o componente que derrotará esse mal que aflige o mundo inteiro.

Agora, conforme relatado pelo Business Insider, com informações da Reuters, há um novo estudo que defende a maconha como uma possível terapia contra o coronavírus.

Uma pesquisa da Universidade de Augusta (Geórgia, EUA) mostrou que certas propriedades da cannabis, bem como produtos derivados, podem servir como terapia para tratar o coronavírus.

Segundo os autores do estudo, “é plausível que o CBD possa ser usado como candidato terapêutico no tratamento de várias condições inflamatórias, incluindo a covid-19 e outras SDRA induzidas por vírus”.

Os surtos de coronavírus continuam a se espalhar pelo mundo, embora suas possíveis respostas não pareçam acompanhar o ritmo.

A busca por possíveis tratamentos ou alternativas para lidar com a doença fez com que os pesquisadores procurassem soluções de todas as formas. Mas quem diria que seria a maconha?

Entre todas as possibilidades que os laboratórios estão explorando, a cannabis provou ser um tratamento potencial para combater a covid-19 devido ao canabidiol (CBD), um dos principais componentes da planta.

Este composto natural, de acordo com vários especialistas, reduz a expressão da proteína ACE2, usada pelo vírus para entrar no organismo, e combate a inflamação nos pulmões.

No entanto, a teoria não possui muitos estudos e levarão tempo para verificar sua eficácia.

Um deles é da Universidade de Augusta, na Geórgia, que sugere que o CBD pode ter um impacto positivo na síndrome de angústia respiratória (SDRA), um dos sintomas mais perigosos da covid-19.

Os autores do estudo explicam que “atualmente, além das medidas de suporte, não há cura definitiva para a SDRA, ilustrando a necessidade urgente de modalidades terapêuticas criativas e eficazes para tratar essa complexa condição”. Neste grupo incluem a maconha.

Aos seus olhos, o canabinoide presente na planta pode ajudar a tratar esse sintoma e reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias, que são as proteínas que regulam a função celular.

Ao esgotar algumas dessas citocinas específicas, como a interleucina (IL)-6, IL-1b e IL-17, a inflamação é reduzida e, com isso, a dificuldade respiratória e os danos são encerrados.

Resultados do estudo

Os resultados das experiências avaliam esta sequência.

Os testes consistiram em levar ratos com oxigênio saturado e danos estruturais graves nos pulmões e administrar diferentes doses do canabinoide. Segundo os autores, “os sintomas foram total ou parcialmente revertidos e voltaram ao normal”.

“O tratamento com CBD reverteu todos esses índices inflamatórios e reestabeleceu parcialmente a homeostase, […] além de aumentar os linfócitos (glóbulos brancos) no sangue”, relatam os pesquisadores na revista Forbes.

O resumo: o CBD pode desempenhar um papel imunoterapêutico no tratamento de infecções virais respiratórias graves.

“Considerando todos os possíveis efeitos regulatórios do CBD, bem como a vasta distribuição do sistema endocanabinoide no corpo; é plausível que o CBD possa ser usado como candidato terapêutico no tratamento de várias condições inflamatórias, incluindo a covid-19 e outras SDRA induzidas por vírus”, afirmam os autores.

Obviamente, este é um estudo inicial e são necessárias mais pesquisas, particularmente mais experimentos e variáveis ​​que testam essa teoria em indivíduos humanos reais com SDRA relacionada à covid-19, mas isso não significa que seja uma nova via de estudo e, quem sabe, pode ser a pedra fundamental da terapia com coronavírus.

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Referência de texto: La Marihuana

Queimando mitos: 5 verdades e 5 mentiras sobre o CBD

Queimando mitos: 5 verdades e 5 mentiras sobre o CBD

Com certeza você já ouviu o nome desse composto e diferentes afirmações a respeito dele, mas qual é a verdade sobre o canabidiol? Neste artigo, separamos os fatos das ficções que existem sobre o CBD, com cinco mitos comuns e cinco fatos básicos.

Atualmente existem muitos produtos que contêm CBD, desde suplementos para animais até cosméticos. Mas, apesar da crescente popularidade, as pessoas ainda têm muitas perguntas sobre o que é o CBD, como funciona e quais benefícios oferece ou não. Vamos aos fatos e mitos sobre o CBD.

MITOS FREQUENTES SOBRE O CANABIDIOL

MITO #1: SEMPRE VEM DO CÂNHAMO

O cânhamo é um tipo especial de cannabis que foi criada para fins industriais, com o uso de sua fibra, óleo ou semente. Essas plantas também foram selecionadas especificamente para conter apenas quantidades mínimas de THC e parecem muito diferentes das plantas de maconha criadas por bancos de sementes. Para que uma planta de cannabis se qualifique como cânhamo nos EUA, ela deve conter menos de 0,3% de THC, enquanto na maioria da União Europeia o limite é de 0,2%.

Muitas pessoas acreditam que o óleo CBD é obtido exclusivamente a partir de cânhamo industrial. Mas isso não é verdade. Enquanto alguns produtores usam cânhamo industrial para produzir óleo de CBD, outros criam seus produtos usando cepas de cannabis ricas em CBD. Este é especialmente o caso no mercado norte-americano. Essas linhagens tendem a produzir mais flores com maiores concentrações de CBD do que o cânhamo industrial, que, como mencionado, é cultivado principalmente por suas fibras.

MITO #2: O CBD NÃO É PSICOATIVO

A maconha contém naturalmente mais de 100 canabinoides, todos com seus efeitos únicos no organismo. De todos esses compostos, os mais estudados são o THC e o CBD. Infelizmente, ainda existe muita confusão entre o público em geral sobre os efeitos desses compostos.

O THC é frequentemente considerado o principal ingrediente psicoativo da cannabis. No entanto, muitos dos canabinoides presentes na maconha, incluindo o CBD, afetam a mente e, portanto, são psicoativos. No entanto, o THC é o principal agente intoxicante da maconha e é responsável por causar a alta ou euforia típica associada à planta da cannabis.

MITO #3: SE CONECTA AOS RECEPTORES CANABINOIDES

O sistema endocanabinoide é um sistema regulatório essencial que medeia os efeitos dos canabinoides no organismo. Um dos principais componentes desse sistema são os receptores canabinoides CB1 e CB2. Alguns canabinoides podem imitar endocanabinoides (produzidos naturalmente pelo próprio corpo) e se conectar diretamente a esses receptores. Por exemplo, o THC se conecta diretamente aos receptores CB1.

Mas o CBD é diferente e tem pouca afinidade de ligação aos receptores canabinoides. Pesquisas sugerem que o CBD trabalha através de 60 diferentes vias moleculares no corpo. E é através desses sistemas que o CBD afeta indiretamente o sistema endocanabinoide.

MITO #4: CAUSA SONOLÊNCIA

O sistema endocanabinoide participa da regulação de vários processos corporais diferentes. Um desses processos é o sono. Mas existe um equívoco comum de que o CBD cause sonolência ou tenha um efeito sedativo. De fato, alguns estudos mostraram que o CBD pode promover um estado de vigília e atrasar a hora de dormir.

Estudos também sugerem que o CBD pode ter efeitos opostos no sono, que variam com base na dose e em vários fatores. Uma revisão de 2014 publicada na revista Current Pharmacology destaca evidências experimentais sugerindo que o CBD pode atuar como uma droga para promover a vigília. Por outro lado, algumas fontes mostram que o CBD ajuda a induzir o sono, aliviando o estresse e a ansiedade em pessoas afetadas por transtornos de ansiedade.

MITO #5: É O PRINCIPAL COMPOSTO MEDICINAL DA MACONHA

Muitas pessoas acreditam que o CBD é o principal responsável pelo potencial medicinal da maconha, e isso não é verdade. Na realidade, a planta de cannabis contém mais de 400 compostos ativos, incluindo mais de 100 canabinoides, muitos terpenos, flavonoides e outros componentes. E muitos desses compostos contribuem para os potenciais benefícios da maconha para a saúde, não apenas o CBD.

De fato, um número significativo de estudos sugere que a magia da cannabis pode resultar da capacidade desses compostos agirem sinergicamente. Isso é conhecido como “efeito entourage, séquito ou comitiva”, uma teoria apoiada por alguns dos principais pesquisadores da cannabis no mundo.

FATOS ESSENCIAIS SOBRE O CANABIDIOL

FATO #1: NÃO CAUSA “ONDAS”

Mencionamos anteriormente que o CBD atua na mente e, portanto, é psicoativo. No entanto, não é intoxicante. Diferentemente do THC, o CBD não produz nenhum tipo de alta ou euforia, mesmo em doses extremamente altas.

Mas é importante observar que alguns produtos de CBD de espectro total, ou de planta completa, podem conter quantidades residuais de THC. Isso ocorre porque o THC é um componente natural que está presente mesmo em plantas industriais de cânhamo. Os óleos de espectro total contêm o perfil completo de compostos químicos naturalmente presentes no cânhamo e, portanto, podem conter quantidades vestigiais de THC. Mas essas concentrações são tão baixas que não são suficientes para causar uma alta.

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FATO #2: TEM VANTAGENS TERAPÊUTICAS REAIS

Ultimamente, tem havido muitos estudos sobre terapias canabinoides. E é verdade: compostos de maconha como o CBD têm benefícios medicinais reais. A razão para isso é que o sistema endocanabinoide ajuda a regular muitos processos corporais, incluindo desde a dor até à formação da memória.

Até agora, pesquisas sugere que o CBD pode aliviar os sintomas de estresse e ansiedade, dor e inflamação, melhorar o sono, reduzir tremores e convulsões e muito mais. É importante observar que as pesquisas nessa área ainda estão em andamento e não sabemos muito sobre os canabinoides e como eles funcionam.

FATO #3: ATUA POR VÁRIAS VIAS DIFERENTES DO CORPO

Como mencionamos, os estudos identificaram mais de 60 mecanismos diferentes de ação através dos quais o CBD atua no corpo. Muitas dessas vias moleculares pertencem a sistemas de neurotransmissores, como serotonina e GAMA, entre outros. Pesquisas mostram que o CBD pode afetar esses sistemas aumentando ou diminuindo sua transmissão de sinal. Alguns estudos também sugerem que o CBD pode atuar como um inibidor da recaptação de endocanabinoides, como a anandamida. Isso pode levar a um aumento temporário nas concentrações desses produtos químicos no cérebro, afetando, por exemplo, o humor e a sensação de dor.

FATO #4: PODE CAUSAR EFEITOS SECUNDÁRIOS

Sim, o CBD tem efeitos colaterais e é muito importante reconhecê-los. Felizmente, a maioria dos efeitos colaterais desse canabinoide é leve e podem ser evitados com a dosagem adequada. Por exemplo, alguns possíveis efeitos colaterais do óleo de CBD incluem apetite reduzido, diarreia e boca seca.

Encontrar a dosagem certa para você depende de vários fatores, incluindo: a potência do suplemento de CBD que está tomando, seu peso e a química de seu próprio corpo, e o motivo pelo qual está consumindo CBD. Portanto, não existe uma fórmula mágica para a dosagem. Recomenda-se começar com uma dose pequena e aumentá-la gradualmente até atingir os resultados desejados.

FATO #5: É LEGAL EM MUITOS PAÍSES

Há muita confusão em torno da legalidade dos produtos de CBD. E embora a legislação sobre esses produtos varie, obviamente, de país para país, muitos locais permitem a venda legal de produtos de CBD desde que contenham quantidades mínimas de THC.

Por exemplo, o CBD é legal em muitos países europeus, Nova Zelândia, Uruguai e Canadá, entre outros. Nos EUA, o CBD é legal em nível federal se for do cânhamo, o que significa plantas de maconha que contêm menos de 0,3% de THC.

Fontes Externas: NCBI – Instituto Nacional de Saúde dos EUA
Referência de texto: Royal Queen

Maconha e abelhas, um romance natural

Maconha e abelhas, um romance natural

A cannabis, como qualquer planta, vive em harmonia com seu ambiente natural. É assim que, antes de nós e de satisfazer nosso prazer, os insetos vivem em conexão com a santa planta.

E como acontece em todo ecossistema, cada integrante recebe uma função específica. A revista Muy Interesante relatou um estudo da Universidade de Cornell.

O estudo constatou que a planta Cannabis Sativa Linneu pode atrair até 16 espécies de abelhas. E quanto maiores as plantas, maior a diversidade de visitantes problemáticos.

Apesar de não ter néctar, as abelhas são atraídas pelas grandes quantidades de pólen produzido pela planta macho.

Além disso, a altura da planta está fortemente correlacionada à abundância de abelhas, pois, segundo o estudo, as plantas de cannabis com dois ou mais metros de altura podem atrair um número maior de abelhas do que as plantas menores.

No total, foram encontradas 16 variedades diferentes de abelhas que invadiram a colheita. Morfologicamente, o cânhamo pode ser mais alto que a maconha e pode ter até cinco metros de altura.

ALIMENTOS PARA AS ABELHAS

As abelhas são agentes polinizadores por excelência.

Através delas é realizada a crucial troca de pólen entre flores, possivelmente assim a reprodução de sementes e frutos necessários para a sobrevivência do planeta.

Infelizmente, devido ao aquecimento global, abuso de pesticidas e a crescente intensificação da agricultura; a população de abelhas diminuiu drasticamente nos últimos anos.

A boa notícia é que a cannabis pode ajudar a manter colônias inteiras vivas.

Mesmo em períodos de escassez de flores, o cannabis tem a capacidade de produzir pólen suficiente para nutrir diversas comunidades de abelhas.

Dessa forma, a cannabis, ou cânhamo, representa uma importante fonte de alimento para insetos e um apoio à polinização de cultivos.

“Com o aumento de seu cultivo, produtores, proprietários de terras e formuladores de políticas consideraram o valor do cânhamo para a comunidade de abelhas e levaram em conta sua atratividade ao desenvolver estratégias de controle de pragas”, recomendou o estudo Entomologia Ambiental.

Os caules de cânhamo são mais espessos e menos ocos, não têm tantos ramos quanto as plantas de maconha e são pouco floridos.

MEL E CANNABIS?

Os autores deixaram claro que, embora estejam relacionadas ao cânhamo, as abelhas não produzem mel rico em THC (tetrahidrocanabinol), um dos constituintes psicoativos encontrados nas plantas de cannabis.

Da mesma forma, a presença de THC no pólen do cânhamo provavelmente não terá impacto no desenvolvimento das abelhas “devido à perda de receptores canabinoides nos insetos”.

O crescimento da indústria do cânhamo pode ajudar a revitalizar a população de abelhas globalmente.

No entanto, é necessário encontrar métodos não químicos de controle de pragas que exijam as abelhas para obter os nutrientes completos e necessários para o seu desenvolvimento efetivo e natural.

O papel que as abelhas desempenham no meio ambiente é essencial e seu trabalho de polinização é insubstituível.

Sem os polinizadores, um terço da nossa dieta desapareceria, e o que é ainda mais sério, também a tornaria parte da forragem que alimenta o gado que comemos.

Fonte: La Marihuana

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