por DaBoa Brasil | fev 14, 2017 | Economia, Saúde
Há alguns dias atrás, a empresa com sede na Califórnia e especializada em tecnologia com maconha medicinal, Eaze, publicou um relatório em que foi mostrado como consumidores de álcool californianos foram recorrer ao uso da maconha como uma opção mais natural e segura para ajudar com as tensões e o estresse diário.
Depois de um dia de trabalho duro e de volta para casa, muitas pessoas gostam de beber um copo de vinho ou uma boa cerveja. Mas de acordo com o relatório da Eaze, a procura pela maconha aumentou nesse intervalo de tempo todos os dias.
A empresa analisou mais de 250.000 usuários de maconha de mais de 100 cidades na Califórnia e também fez milhares de enquetes aos consumidores. Os dados são muito esclarecedores, 82 por cento de abaixaram o consumo alcoólico ao usar maconha como uma substância para relaxar e expulsar as tensões diárias.
O álcool é uma substância que a cada ano, só nos Estados Unidos, está relacionada com mais de 80.000 mortes de acordo com o Instituto Nacional de Abuso do Álcool e Alcoolismo. Onze por cento dos entrevistados pela Eaze dizem que pararam de fumar cigarros e beber álcool, graças à maconha.
Outro fato interessante, o estudo mostrou que 95 por cento dos usuários de maconha medicinal que usavam remédios com opióides para dor disseram ter usado menos graças à maconha.
Cada vez mais, as pessoas estão se voltando para o consumo da maconha como forma de lidar com certas doenças e enfermidades em vez de medicamentos com efeitos colaterais mais prejudiciais. Também a mudança do álcool pela maconha para relaxar da tensão diária e do estresse está aumentando.
O relatório da Eaze também descobriu que pessoas que bebem menos álcool e consomem mais maconha são mais propensas a pedir cartuchos para vaporizar. Enquanto isso, aqueles que dependem de analgésicos têm feito o uso de maneira tradicional usando as flores da erva “o que a maioria das pessoas pensa quando se refere à maconha”.
por DaBoa Brasil | set 12, 2016 | Saúde
Em todos os estados que legalizaram a maconha medicinal, houve uma redução de 25% no número de mortes relacionadas com overdose de analgésicos prescritos legalmente.
Ainda há controvérsia nos Estados Unidos sobre se a maconha deveria ser legalizada para uso recreativo, entretanto apenas para fins medicinais os resultados impressionam. Depois de analisar um estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association em 2014, é muito claro que a maconha é muito mais segura que os opióides de prescrição médica.
Para o estudo, os investigadores analisaram todas as mortes por overdoses de opiáceos entre 1999 e 2010 nos EUA. Em seguida, determinou a associação entre as leis de cannabis medicinal e mortes relacionadas com analgésicos opióides, utilizando modelos de regressão linear para as séries cronológicas. Os vários modelos ajudaram os pesquisadores a determinar que, em cada estado que teve a maconha medicinal legalizada, houve uma redução de 25% no número de mortes relacionadas com overdose de analgésicos prescritos legalmente.
“A diferença é bastante surpreendente”, disse Colleen Barry, o co-autor do estudo e pesquisador da política de saúde na Universidade Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, em Baltimore.
Surge a hipótese dos investigadores que nos estados onde a maconha medicinal é legal, os pacientes estão optando por fumar maconha para aliviar sua dor, em vez de consumir opiáceos de prescrição, uma vez que estes tendem a causar efeitos colaterais. Sem contar que a maconha representa zero mortes por ano, enquanto a overdoses de opiáceos são responsáveis por mais de 14.000 mortes por ano (fonte).
Enquanto as estatísticas falam por si, nem todos concordam com as conclusões. O Dr. Andrew Kolodny, diretor médico da agência nacional de tratamento de vícios sem fins lucrativos Phoenix House, diz que a redução imediata nas mortes por overdose é extremamente improvável que seja um resultado de substituição por esta planta, diz ele, porque os médicos dão poucas receitas de maconha para a dor crônica.
“Não é necessário que médicos deem atenção primária nesses estados [prescrição] de maconha em vez de Vicodin”, argumenta.
O médico acredita que os estados que legalizaram a maconha medicinal são mais propensos a tratar ativamente e ajudar a prevenir o vício. Em sua mente, este é um cenário muito mais provável para reduzir as mortes por overdose.
Embora sejam necessários mais estudos, sem dúvida, a grande notícia é encorajadora, pelo menos.
Fonte: Mintpress News
por DaBoa Brasil | jul 8, 2016 | Curiosidades, Saúde
Nos Estados Unidos, muitos velhinhos já trocaram analgésicos tradicionais por maconha medicinal e ajudaram os planos de saúde a economizar uma bolada.
Velhinhos que fumam um baseado tomam menos analgésicos, antidepressivos e remédios para dormir. Essa é a conclusão da primeira pesquisa a estudar como a maconha medicinal, legalizada em parte dos Estados Unidos, está transformando o sistema de saúde americano.
Os pesquisadores da Universidade da Geórgia focaram nos números. Por lá, não há um SUS para toda a população. Existe apenas o Medicare, um sistema nacional de saúde para idosos e pessoas com doenças graves, que também cobre os custos com medicamentos. Foram os gastos desses órgãos que revelaram o impacto da maconha medicinal no país.
Os autores estudaram nove quadros em que a maconha pode ser recomendada como tratamento: ansiedade, depressão, glaucoma, náuseas, dor, convulsões, distúrbios de sono e espasticidade (rigidez muscular). O número de remédios convencionais receitados para oito dessas doenças caiu em todos os estados em que a maconha medicinal foi legalizada até 2013.
A única exceção foi o glaucoma – o que faz sentido, uma vez que os efeitos da maconha sobre os sintomas só dura uma hora. Nem para o mais hardcore dos aposentados dá para imaginar uma vida fumando maconha a cada hora do dia.
Sem ter que pagar pelos analgésicos tradicionais, o Medicare economizou mais de US$ 165 milhões (R$552 milhões). Se o país inteiro adotasse a maconha medicinal, os pesquisadores calculam uma redução total de US$ 470 milhões (R$ 1,5 bilhão) no orçamento do seguro-saúde.
Como no âmbito federal a maconha ainda é proibida, os médicos só podem recomendá-la, e não fazer uma receita oficial. Por isso, os baseados não são cobertos pelo plano de saúde. Mas, pelos cálculos dos autores, mesmo que o seguro cobrisse as doses de cannabis, ainda estaria economizando: maconha é muito mais barata que opioides como morfina e oxicodona.
Não dá para ter certeza que todos os idosos substituíram os remédios por maconha, mas os pesquisadores acreditam que a erva tem relação com a redução da prescrição dos medicamentos. Em 2013, os estados onde a droga era legal receitaram 1.800 doses a menos de analgésicos que os estados onde ela ainda é proibida.
Além disso, para as doenças que não podem ser tratadas com maconha, nada mudou. O número de receitas para anticoagulantes, por exemplo, não foi afetado.
Portanto, se estiver dando uma passada pelas ruas de Washington ou de Denver, não se assuste com os senhorezinhos de olhos vermelhos: o ?tapa na pantera? pode ser só um substituto para a caixinha de remédios.
Fonte: Super Interessante
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