Terpenos da maconha: os benefícios do pineno

Terpenos da maconha: os benefícios do pineno

Os terpenos se tornaram um novo campo de estudo na planta de cannabis. O pineno mostra capacidade de alterar os efeitos de uma variedade e, portanto, quem consome valoriza seu conteúdo. Além disso, seu potencial medicinal é muito amplo, despertando muito interesse entre os usuários de maconha para fins terapêuticos.

A maconha é basicamente conhecida pelo efeito psicoativo que produz quando consumida, devido à presença do canabinoide THC. A erva também é apreciada por suas poderosas qualidades medicinais, em grande parte graças à ação de outro canabinoide, o chamado CBD. De fato, existem mais de 100 canabinoides diferentes na planta da maconha, muitos dos quais ainda não foram estudados em profundidade. Mas os canabinoides são o único grupo de substâncias nesta erva fascinante e versátil que merece nosso reconhecimento? A resposta é um retumbante não. Os canabinoides estão provando ser compostos muito valiosos, com muitas aplicações diferentes, embora outra família presente na planta, e em muitas outras partes da natureza, conhecida como terpenos, também merecem atenção.

O PINENO

Um dos terpenos mais estudados até hoje é o pineno. Como o nome sugere, é o mesmo terpeno responsável pelo aroma nostálgico e agradável de pinheiros e algumas coníferas. Além de proporcionar sabores e sensações deliciosas a algumas variedades de maconha, o pineno também tem aplicações no campo medicinal e foi identificado como um potente anti-inflamatório.

O QUE SÃO OS TERPENOS?

Os terpenos são as substâncias que dão às diferentes linhagens de maconha sua própria paleta de cheiros e sabores agradáveis. Os terpenos, como os canabinoides, são produzidos nas pequenas glândulas em forma de cogumelo presentes na superfície das flores e folhas da maconha. Essas glândulas, conhecidas como tricomas, podem ser representadas como fábricas em miniatura que secretam a resina que contém todas essas moléculas benéficas. São elas que dão aos buds sua aparência brilhante e cristalina.

Da mesma maneira que os canabinoides são encontrados nas plantas de cannabis em grandes concentrações, os terpenos também. Sabe-se que a planta contém mais de 200 terpenos diferentes. Embora isso possa parecer um número importante, mais de 20.000 terpenos foram identificados na natureza. Eles são classificados em duas categorias principais com base no peso da molécula. O pineno é considerado um dos mais importantes, enquanto outras moléculas mais leves foram classificadas como terpenos “menores”.

A verdade é que existem duas variedades de pineno. O α-pineno é o responsável pelos diferentes aromas das agulhas de pinheiro e da erva alecrim, enquanto o β-pineno é a molécula que causa o cheiro inconfundível de manjericão e endro.
OS TERPENOS PODEM AFETAR OS EFEITOS

Dito isto, a presença de pineno na maconha vai muito além do cheiro. Na realidade, essa molécula pode influenciar os efeitos percebidos e a potência de uma variedade. Por esse motivo, o pineno e outros terpenos são tão importantes quanto a concentração de canabinoides para muitos usuários ao escolher uma variedade a ser usada para fins recreativos ou terapêuticos. Por exemplo, sabe-se que o pineno aumenta a atenção, enquanto o mirceno tem um efeito mais sedativo. Foi descoberto que o pineno também pode facilitar a perda de memória em curto prazo, o que geralmente causa o consumo excessivo de THC. Também pode ajudar a mitigar sentimentos negativos, como paranoia, quando uma pessoa fuma muito mais do que seu corpo tolera. Por esse motivo, o pineno é um terpeno essencial, que deveria ser levado em conta por todos aqueles que buscam os efeitos terapêuticos da maconha, mas que às vezes sofrem com seus possíveis efeitos secundários.

O PINENO TEM UM GRANDE POTENCIAL MEDICINAL

Para começar, o α-pineno provou ser um broncodilatador muito eficaz. Ou seja, esse terpeno ajuda a abrir as vias respiratórias do corpo humano. O valor terapêutico desse mecanismo de ação pode ser aplicado em condições respiratórias, como a asma. Esses achados foram publicados na revista Inhalation Toxicology. Os pesquisadores sugeriram que esses efeitos poderiam ser úteis para trabalhadores de oficinas e funcionários que executam tarefas de limpeza industrial.

Outros estudos identificaram o pineno como uma barreira eficaz para proteger os pulmões contra certos tipos de infecções virais. Um estudo publicado na revista Molecules descreve os pinenos, α e β, como inibidores da bronquite viral infecciosa. Os pesquisadores sugerem que esses pinenos podem ser considerados como drogas potenciais contra esses tipos de infecções.

Outro estudo, conduzido pelo Dr. Ethan Russo, em Maryland, analisou o verdadeiro potencial terapêutico do pineno e outros terpenos semelhantes. Russo resume assim a natureza dos terpenos: “Os terpenoides compartilham um precursor com os fitocanabinoides, e todos são componentes aromáticos e de sabor usuais na dieta humana, que foram classificados como normalmente reconhecidos como seguros pela Food and Drug Administration dos EUA e outras agências reguladoras. Os terpenoides são bastante potentes e afetam o comportamento animal e até humano, quando inalados do ambiente em níveis séricos de um dígito”.

Russo ressalta que o potencial terapêutico dos terpenos é amplo e que eles têm a capacidade de se complementarem com canabinoides para criar poderosos efeitos medicinais, afirmando: “Mostram efeitos terapêuticos únicos, que podem contribuir significativamente para o efeito séquito dos extratos medicinais de cannabis. A atenção deveria se concentrar nas interações entre fitocanabinoides e terpenoides que podem levar a sinergias no tratamento da dor, inflamações, depressão, ansiedade, dependência, epilepsia, câncer, infecções fúngicas e bacterianas (incluindo Staphylococcus aureus, resistentes a meticilina)”.

Talvez a pesquisa mais surpreendente sobre o α-pineno tenha sido publicada na revista Biology. O estudo tentou explorar as propriedades anticâncer do α-pineno, e os resultados lançaram as bases para novos trabalhos sobre o pineno como um agente anticâncer. Os cientistas concluíram: “Em geral, nossos resultados sugerem que o α-pineno tem uma aplicação terapêutica limitada como agente anticancerígeno”.

VARIEDADES RICAS EM PINENO

Com todas essas informações importantes e fascinantes sobre o pineno, vale a pena procurar variedades que contenham maiores concentrações e analisar seus efeitos.

HAZE BERRY

A Haze Berry é uma das favoritas na cena canábica californiana. Essa variedade é descendente das míticas Blueberry e Shining Silver Haze. Como o nome sugere, Haze Berry traz principalmente aromas e sabores doces. No entanto, a presença de pineno também dá a esta erva um toque sutil de pinho. A Haze Berry é uma variedade de dominância sativa composta por 80% da sua genética, sendo 20% de indica. Essa relação resulta em uma variedade altamente estimulante e criativa, uma erva ideal para fumar antes de eventos sociais, shows ou períodos de trabalho e concentração. A genética indica também contribui para um efeito corporal relaxante, que não limita sua produtividade. Com um teor de 20% de THC, a Haze Berry é uma strain potente e de ação rápida.

A Haze Berry cresce bem tanto indoor quanto outdoor, mas tem uma preferência por climas mais amenos. Com programas adequados de fertilização e iluminação, as plantas indoor podem oferecer colheitas impressionantes de até 575g/m² e atingir alturas de 60 a 100cm. As plantas externas produzem entre 600-650g por planta e podem crescer até 180cm. A Haze Berry Tem um período de floração de 9 a 11 semanas.

OG KUSH

A OG Kush vem do norte da Califórnia e se espalhou pelo mundo para se tornar um fenômeno global. Talvez a característica mais distintiva dessa variedade seja o aroma intenso e familiar de frutas cítricas, pinus e frutas. As flores da OG Kush possuem uma boa quantidade de pineno, o que fortalece sua atenção e ajuda na perda de memória em curto prazo, geralmente associada aos efeitos da maconha. A OG Kush é descendente das linhagens parentais Chemdawg, Lemon Thai e Pakistan Kush, e possui uma composição genética composta por 75% da genética indica e 25% sativa. Essa variedade de dominância indica oferece um efeito relaxante e antiestresse, ideal para a noite. Suas flores contêm 19% de THC.

A OG Kush prefere climas temperados e cresce bem dentro de casa. As plantas indoor produzem entre 425-475g/m² e atingem alturas bastante altas de até 160cm. As plantas em outdoor produzem 500-550g/m² e atingem alturas superiores a 220cm. A OG Kush têm um período de floração de 7-9 semanas.

ROYAL JACK AUTOMATIC

A Royal Jack Automatic recebeu o nome de uma lenda, Jack Herer, o autor e ativista canábico. O que falta de tamanho compensa claramente com seu aroma poderoso e seu efeito satisfatório. Além disso, sua altura é ideal para plantações discretas. A Royal Jack Automatic é o resultado do cruzamento entre a Jack Herer e uma variedade ruderalis, para fornecer a prole da característica de autoflorescência. Suas flores contêm 16% de THC, juntamente com níveis elevados de pineno e outros terpenos que produzem toques de pimenta, ervas, especiarias e pinho. Tem uma dominância ligeiramente sativa e induz um efeito inspirador e criativo.

A Royal Jack Automatic é fácil de cultivar e requer pouco trabalho ou atenção especial. Sua natureza de autoflorescência significa que não precisa de nenhuma alteração no ciclo da luz, e seu tamanho pequeno permite que cresça praticamente em qualquer lugar. No indoor, as plantas atingem uma altura facilmente gerenciável entre 40-80cm e produzem cerca de 350-400g/m². As plantas ao ar livre também atingem alturas sigilosas, o que os torna ideais para plantações de guerrilha. No outdoor, ela fornece cerca de 70-120g por planta. Você não terá que esperar muito tempo para colher, pois a Royal Jack Automatic voa desde a semente até a colheita em apenas 9 a 10 semanas.

SWEET SKUNK AUTOMATIC

A Sweet Skunk Automatic é uma strain resistente que pode ser cultivada em quase qualquer lugar. Essa qualidade, juntamente com seu tamanho compacto, faz com que seja uma variedade ideal para cultivo sigiloso ou se tiver limitações de espaço. A Sweet Skunk Automatic é o resultado do cruzamento das linhagens parentais Early Skunk, Critical e uma variedade ruderalis. Consiste em 10% da genética sativa, 60% indica e 30% ruderalis. Fumar suas flores proporciona um efeito que relaxa o corpo, alivia o estresse e inspira pensamentos e ideias únicas. Suas flores são cheias de terpenos, entre eles o pineno, que dão origem a aromas e sabores doces, pinho e especiarias. A Sweet Skunk Automatic tem um teor de THC suave de 15%.

A Sweet Skunk Auto é muito fácil de cultivar e se desenvolve bem, mesmo com pouca atenção. As plantas indoor podem produzir cerca de 400-450g/m² e atingir alturas entre 40-80cm. As plantas outdoor produzem entre 60-110g por planta e atingem alturas ligeiramente mais altas de 60-100cm. A Sweet Skunk Automatic pode ser colhida em apenas 8-9 semanas após a germinação.

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Fonte: Royal Queen

A psilocibina na luta contra a anorexia

A psilocibina na luta contra a anorexia

A psilocibina está abrindo caminho como tratamento para diversas condições, como o estresse pós-traumático. Poderia tratar também a anorexia?

Estão recrutando voluntários na John Hopskins Psychedelic Research (JHPRU) para pesquisas sobre os efeitos da psilocibina e do tratamento psicanalítico da anorexia nervosa. A JHPRU é um grupo dedicado ao estudo de psicodélicos em diferentes terapias. Segundo seu site, essas investigações renderam cerca de 50 manuscritos que foram publicados em revistas científicas com revisão por pares.

A pesquisa mais recente sobre os efeitos da psilocibina é que esse componente químico típico dos “cogumelos mágicos” está dando bons resultados em tratamentos contra estresse pós-traumático, depressão e transtornos obsessivo-compulsivos. A JHPRU está trabalhando no uso da psilocibina no tratamento do alcoolismo e da ansiedade em pacientes com doenças terminais. Os cogumelos podem ser eficaz contra a anorexia nervosa?

“Este estudo testará o efeito de duas doses moderadas e altas de psilocibina em combinação com psicoterapias baseadas em entrevistas”, diz Natile Gukasyan, estudante de pós-doutorado na JHPRU. “Nosso objetivo é determinar se a psilocibina pode ser administrada com segurança em pessoas com anorexia nervosa e se essa intervenção pode produzir melhorias no humor, qualidade de vida e sintomas cognitivos e comportamentais desse distúrbio”.

Como dissemos antes, estão atualmente na fase de recrutamento de voluntários para o teste. Segundo o Dr. Gukasyan, é uma primeira abordagem “modesta” que, no caso de mostrar resultados promissores, se expandirá com um plano muito mais ambicioso.

Estudos recentes com psilocibina estão se mostrando tão positivos que até a Food and Drugs Administration (FDA) está considerando permitir experimentos no nível federal com supervisão médica. Como alguns estados dos EUA já descriminalizaram (Colorado) ou estão considerando legalizar cogumelos mágicos, a bola está de volta aos pés do governo federal e de suas instituições: será que vão juntos com a vontade da sociedade?

Fonte: Revista Cáñamo

Terpenos da maconha: limoneno – um terpeno medicinal, recreativo e delicioso

Terpenos da maconha: limoneno – um terpeno medicinal, recreativo e delicioso

O limoneno está presente na hortelã, zimbro, alecrim, pinheiro e, claro, na maconha. É usado em alimentos, farmácia, cosméticos e biotecnologia. Este terpeno é um agente antidepressivo, ansiolítico, imunoestimulante, antibacteriano e anticancerígeno.

O limomeno é um dos terpenos mais utilizados. É um ingrediente comum em alimentos, medicamentos, cosméticos, detergentes e também tem aplicações na indústria da biotecnologia. Este terpeno aromático é produzido em abundância nos tricomas de muitas variedades de cannabis, juntamente com os canabinoides. Como outros terpenos, o limoneno tem seus próprios efeitos no corpo. As propriedades medicinais deste composto vegetal estão sendo investigadas atualmente, enquanto fumar ou vaporizar uma variedade de cannabis com altos níveis de limoneno oferece uma experiência deliciosa e um efeito energizante.

TERPENOS E FITOTERAPIAS CANÁBICAS

Os terpenos são um tipo de substâncias químicas com uma grande variedade de fragrâncias e sabores. Contribuem significativamente para a qualidade de frutas e vegetais, e atuam na síntese de várias substâncias bioquímicas, como vitaminas, hormônios, óleos e, claro, canabinoides. Os terpenos extraídos de plantas são os componentes mais importantes dos óleos essenciais usados ​​na medicina herbária, nutrição e cosmética. O vinho e a cerveja são carregados com terpenos.

A cannabis está entre as plantas com maior complexidade de terpenos, oferecendo todos os seus aromas e efeitos terapêuticos. A combinação de diferentes terpenos e canabinoides é conhecida como o efeito entourage. Esta relação sinérgica entre os terpenos e todos os outros compostos naturais da cannabis tem mostrado modificar significativamente e, em última análise, aumentar a ação do THC, CBD e outros canabinoides separadamente. Estas moléculas constituem entre 10 e 20% da resina total contida nos tricomas. Outro terpeno importante na cannabis é o pineno, que também merece ser estudado.

LIMONENO

O limão, a laranja e outras frutas cítricas contêm grandes quantidades deste monoterpeno aromático, que também está presente em muitas outras plantas, como menta, zimbro, alecrim e pinheiro. A rápida evaporação dos terpenos faz com que o limoneno atinja imediatamente os receptores sensoriais de insetos, parasitas e outros animais curiosos, que percebem imediatamente seu cheiro como tóxico. Você já pode imaginar por que algumas das plantas mais inteligentes estão cheias de resinas ricas em limoneno.

Depois de mirceno, o limoneno é o terpeno mais abundante em todas as variedades de cannabis, mas isso não significa que todas elas necessariamente tenham cheiro de limão. Uma de suas formas químicas faz com que o limoneno cheire quase como a tangerina, enquanto outra forma cheira a limão e tem um sabor de uva.

Os estudos sobre o efeito entourage na cannabis descobriram que o limoneno ativa as sinergias entre vários canabinoides e outros terpenos. Este composto interage positivamente com os canabinoides, como THC-A, CBD-A, CBC-A, CBC, CBG e com outros terpenos, como cariofileno e linalol. Além disso, a maior permeabilidade celular causada pelo limoneno facilita a assimilação de outras substâncias pelo corpo humano.

Esta substância tem uma toxicidade muito baixa, e não é normal que os humanos sofram quaisquer efeitos secundários quando consumida. No entanto, como muitos outros terpenos e solventes, o limoneno pode causar uma reação irritante na pele e no sistema respiratório, cujos sintomas consistem em olhos lacrimejantes, vasodilatação e os consequentes efeitos no nariz, olhos, brônquios e pulmões. Em qualquer caso, o limoneno pode ser usado para tratar a bronquite, e muitas pessoas acreditam que este terpeno pode adicionar um sabor sutil muito agradável e grande frescor ao fumo ou vapor, bem como acentuar os efeitos terapêuticos.

O ESTUDO CIENTÍFICO DO LIMONENO

Ao contrário do THC, o limoneno nunca foi uma substância regulamentada. Portanto, os pesquisadores tiveram mais liberdade para se concentrar em seu potencial como agente antidepressivo, ansiolítico, imunoestimulante, antibacteriano e anticancerígeno. Este composto também é utilizado em dietas para perda de peso, no tratamento de úlceras gástricas e refluxo, como antisséptico e como repelente de insetos. Também estão sendo desenvolvidos ensaios em que limoneno é usado para tratar a depressão e ansiedade e durante esses estudos sobre os efeitos deste terpeno, os participantes experimentam uma maior capacidade de atenção, concentração mental, bem-estar e até libido.

Um estudo de 2011 realizado na Universidade do Arizona e publicado pela revista Oncology Reviews descobriu que o limoneno contribui para a modulação do sistema imunológico do nosso corpo, o que se traduz em um efeito anticancerígeno. Um estudo de 2013 da mesma universidade e publicado pela revista Research and Prevention of Cancer apontou para a eficácia do limoneno na prevenção da proliferação de células cancerígenas e na redução do tamanho dos tumores. Foi um teste em humanos com mais de 40 mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Outro estudo subsequente sobre o mesmo tipo de tumor obteve resultados positivos semelhantes.

Um estudo realizado em 2014 na França e publicado na revista Anti-Inflammatory and Anti-allergy Agents in Medicinal Chemistry indicou que o limoneno possui poderosas propriedades anti-inflamatórias, por isso este terpeno é uma alternativa muito promissora para o tratamento de certas formas de câncer. Este estudo descobriu que o limoneno pode impedir que os tumores invadam os tecidos saudáveis ​​em torno deles, reduzindo sua capacidade de criar novos vasos sanguíneos. Finalmente, sabe-se também que este terpeno desempenha um papel importante na reparação da pele danificada e na regeneração dos tecidos celulares.

VARIEDADES RICAS EM LIMONENO

Enquanto esperamos que as pesquisas científicas continuem avançando nas aplicações terapêuticas do limoneno, podemos provar e apreciar os efeitos da Lemon Shining Silver Haze e de muitas outras variedades cítricas. Qualquer variedade de maconha com “lemon” ou outras frutas cítricas em seu nome provavelmente contém grandes quantidades de limoneno, contanto que seus criadores tenham sido lúcidos o suficiente quando batizaram sua nova cepa. No entanto, outras cepas que não pertencem à família “lemon” também são ricas neste terpeno. A OG Kush e a Sour Diesel são apenas dois exemplos.

Uma híbrida sativa dominante rica em limoneno não pode gerar nada além de efeitos animados. A “alta” mental causada pela Shining Silver Haze é eufórica, com níveis muito potentes de energia, criatividade e motivação. É difícil determinar a implicação do limoneno nos efeitos otimistas, eufóricos, estimulantes e de bem-estar que essa cepa induz. Mas o que sabemos é que essa variedade muito ativa não é indicada para consumo imediato antes de ir para a cama.

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Pesquisa: Royal Queen

A maconha na obstetrícia e ginecologia: da antiguidade à atualidade

A maconha na obstetrícia e ginecologia: da antiguidade à atualidade

As mulheres consomem maconha para fins terapêuticos desde os tempos antigos. Hoje, a ciência indica que o THC e o CBD podem ser alternativas seguras para tratar muitas condições ginecológicas. Leia o post de hoje para saber mais sobre as pesquisas atuais e como os derivados da cannabis podem ajudar as mulheres ao longo das suas vidas.

O uso de cannabis medicinal e a saúde das mulheres têm sido relacionados desde que o ser humano conhece a erva. O uso da maconha na obstetrícia e ginecologia antiga parece revelar uma conexão entre a natureza das mulheres e a singularidade da flor feminina da cannabis. Ao longo da história, os canabinoides atuaram como grandes aliados em várias doenças relacionadas ao nosso complexo sistema reprodutivo. E hoje, o crescente mercado canábico oferece óleos, produtos de banho, cápsulas, cremes tópicos e até tampões com THC, CBD ou uma combinação de ambos os canabinoides.

O CANNABIS E A HISTÓRIA DA GINECOLOGIA

Arqueólogos descobriram referências ao uso de cannabis medicinal para a saúde das mulheres em textos da antiga Mesopotâmia de cerca de 2.000 a.C. Neste momento, a erva foi misturada com outras substâncias vegetais para tratar a dor menstrual, e desde então, Mulheres em todo o mundo consumiram ervas por vários motivos. Essa planta perfumada foi incluída até mesmo na farmacopeia egípcia, onde é mencionada várias vezes nos textos médicos da antiga Pérsia e consumida por mulheres de todo o Mediterrâneo e da Europa. O mesmo aconteceu na Índia e no Império Chinês, como indicado em uma análise histórica detalhada conduzida por Ethan Russo.

A erva costumava ser administrada através de métodos bastante semelhantes aos usados ​​atualmente: por via oral, retal, vaginal, tópica e por fumigação (ao inalar a fumaça da queima de flores de cannabis). Podemos encontrar descrições claras desses métodos em textos médicos antigos, com referências específicas a sintomas e doenças ginecológicas a serem tratados. Entre essas condições estão cãibras dolorosas, sangramento, infecções, inchaço, distúrbios menstruais ou sintomas da menopausa. A maconha também ajudava a aliviar contrações e facilitar o processo de parto, mas também foi usada para causar aborto. Este é um aspecto particularmente enigmático.

A MACONHA NA GINECOLOGIA ANTES DA PROIBIÇÃO

Durante o século XIX, os derivados da cannabis foram incluídos nas farmacopeias oficiais para tratar uma ampla gama de doenças, e seu uso em ginecologia foi recomendado pelas principais eminências da medicina, bem como pela rainha Vitória. Esta rainha tão inteligente também foi a Imperatriz da Índia, de onde vieram muitas ervas e remédios naturais. Séculos depois de sua morte, se tornou famosa na comunidade canábica em todo o mundo, pois se descobriu que ela consumia tintura de cannabis para aliviar suas cólicas menstruais.

O médico irlandês William Brooke O’Shaughnessy continuou a linha da Rainha Vitória validando o uso tradicional da maconha na Índia, descobrindo novas aplicações e recomendando extratos para uma ampla variedade de propósitos terapêuticos. O’Shaughnessy observou a eficácia da cannabis na redução do sangramento uterino e, em meados da década de 1900, os médicos promoveram tinturas de cannabis para as condições menstruais e outras doenças das mulheres. Um novo ramo de pesquisa clínica sobre a maconha estava sendo iniciado, onde a saúde das mulheres foi incluída, mas a proibição veio e tudo mudou.

O RENASCIMENTO DA MACONHA NA SAÚDE DAS MULHERES

Após a obscura era da proibição, que hoje não é muito mais brilhante, a ciência por trás de séculos de dados anedóticos estava começando a ser confirmada graças a uma grande quantidade de novas pesquisas.

O sistema endocanabinoide (SEC) é uma rede reguladora muito importante, com funções relacionadas ao humor, metabolismo, apetite, resposta do sistema imunológico, memória e percepção da dor. Em última análise, uma das principais tarefas da SEC é ajudar o corpo a manter um estado de equilíbrio interno conhecido como homeostase.

O SEC desempenha um papel no equilíbrio hormonal feminino e nos processos reprodutivos. Os canabinoides derivados da cannabis são capazes de interagir com os receptores de canabinoides no nosso corpo, e é aí que surge a magia.

DOR MENSTUAL

Hoje, temos fortes evidências sobre as propriedades da cannabis para aliviar a dor, tanto em estudos clínicos quanto na experiência do paciente. A pesquisa também confirma os efeitos anti-inflamatórios dos derivados da cannabis, que podem contribuir para reduzir a dor. Hoje em dia, mais e mais mulheres consomem cannabis de várias maneiras para tratar sintomas dolorosos, como inflamação do útero e outros problemas relacionados à menstruação.

Apesar disso, não há um estudo rigoroso que tenha investigado as propriedades da cannabis contra a náusea durante a menstruação. Dito isto, o THC é famoso pelas suas propriedades antieméticas, e o composto tem estado envolvido no tratamento da quimioterapia durante anos. Pesquisas sobre os efeitos específicos da cannabis na dor da menstruação também são escassas, mas verificou-se que a interação entre o THC e o estrogênio proporciona um maior alívio da dor. Este resultado leva à conclusão de que a cannabis pode ser mais eficaz no alívio da dor em mulheres do que em homens.

SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL

Há poucas pesquisas disponíveis sobre os efeitos da cannabis na síndrome pré-menstrual, apesar dos conhecidos benefícios da dor, tensão muscular, dor de cabeça e humor. As mulheres que vivem em áreas onde a cannabis é completamente legal têm uma melhor chance de experimentar produtos que contêm THC e CBD no alívio dos sintomas da síndrome pré-menstrual relacionados ao humor. Na maior parte do mundo, os produtos de CBD podem ser consumidos como tratamento domiciliar para as condições mencionadas acima, incluindo transtornos de ansiedade e de humor causados ​​pela síndrome pré-menstrual.

ENDOMETRIOSE

A endometriose é um problema de saúde bastante comum e doloroso que faz com que o tecido interno do útero cresça em outro local, gerando dor pélvica grave, cicatrizes e risco de infertilidade. A endometriose afeta aproximadamente 1 em 10 mulheres em todo o mundo durante seus anos férteis.

Uma recente pesquisa on-line mostrou que mulheres australianas com endometriose que consumiram flores ou extratos de cannabis, óleo de CBD, que aplicaram calor e fizeram mudanças em sua dieta, foram as mais bem sucedidas em termos de redução da dor. Intervenções físicas como ioga, alongamento e exercício foram classificadas como menos eficazes. Apesar desses achados, o remédio mais comum para o controle da dor da endometriose ainda é a medicação anti-inflamatória, embora tenha efeitos colaterais consideráveis.

SEXO

Um estudo mostrou que 68,5% das mulheres que usaram maconha antes do sexo tiveram uma experiência mais agradável. Na maioria dos casos, as mulheres que consomem pequenas quantidades de cannabis experimentam um aumento no desejo sexual, enquanto doses mais altas de THC têm um efeito negativo. O efeito positivo da cannabis na ansiedade também pode ser refletido na vida sexual e também tem a capacidade de aumentar a sensibilidade física. Embora o uso de maconha durante o sexo sempre tenha sido popular, a pesquisa não forneceu evidências claras de como a experiência sexual melhora. E não é uma tarefa fácil.

No entanto, novas empresas de cuidados de saúde envolvidas no negócio legal da cannabis têm vindo a desenvolver produtos com canabinoides destinados a melhorar a vida sexual. Estes produtos contêm THC, CBD, ou uma combinação de ambos, e vêm na forma de lubrificantes, cremes, óleos calmantes, supositórios e, claro, uma grande quantidade de comestíveis doces afrodisíacos. As opiniões dos consumidores são amplamente positivas, particularmente no que diz respeito à redução da dor durante ou após o sexo.

GRAVIDEZ

A medicina anterior à industrialização considerava que o “cânhamo indiano” tinha uma grande capacidade de aumentar as contrações uterinas durante o parto, além de ser benéfico contra o sangramento. Pode ainda restar muito para vermos comestíveis ou vaporizadores na sala de parto, mas é algo que vale a pena explorar.

A Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, iniciou um estudo recentemente chamado “The Moms + Marijuana Study“. Pela primeira vez, pesquisadores estão tentando avaliar se o uso de cannabis para aliviar a náusea pré-natal é seguro para o desenvolvimento do bebê. Os resultados, que incluirão imagens do cérebro do feto em desenvolvimento, podem mudar a forma como a cannabis é percebida na comunidade médica.

MENOPAUSA

As mulheres que passam pela menopausa apresentam vários sintomas, muitos dos quais são difíceis de tratar diretamente. Mais e mais evidências clínicas e anedóticas sugerem que a cannabis, e em particular o CBD, tem o potencial de aliviar alguns sintomas da menopausa. Pesquisas mostraram que o sistema endocanabinoide regula, entre outras coisas, o humor, o sono e a percepção da dor. Há também evidências científicas sobre o papel complexo do sistema endocanabinoide (SEC) na fertilidade feminina, e os pesquisadores estabelecem uma relação clara entre hormônios estrogênicos, o endocanabinoide anandamida e funções do SEC.

Além disso, pesquisas de laboratório argumentam que os canabinoides podem ajudar a regular o desenvolvimento ósseo, reduzindo o risco comum de osteoporose pós-menopausa. Pesquisas indicam que o CBD pode se ligar aos receptores de células ósseas, o que inibe o processo de deterioração e diminui a perda de densidade óssea. Apesar da falta de evidências conclusivas, o uso de cannabis, mesmo durante a menopausa, pode ajudar o sistema endocanabinoide a manter a homeostase.

Embora uma combinação adequada de THC e CBD possam ser mais eficazes para os problemas da menopausa, foi demonstrado que o CBD é eficaz por si só no tratamento de problemas de sono e humor da menopausa, sem exercer os efeitos intoxicantes do THC.

REDESCOBRINDO O CONSUMO DE CANNABIS ENTRE AS MULHERES

Infelizmente, estudos mostram que as mulheres desenvolvem uma tolerância à cannabis mais rapidamente que os homens e sofrem mais efeitos adversos de possíveis sintomas de abstinência. Parece também que o consumo de cannabis afeta mais mulheres do que homens na região do cérebro que controla a “memória espacial”. Mas além disso, como qualquer outra substância, a cannabis tem efeitos colaterais leves e pode não funcionar para todos.

Embora a maioria das pessoas possa testar com segurança o CBD, deve-se tomar mais cuidado com o canabinoide psicoativo, o THC. Em mercados legais, sementes ou produtos contendo uma proporção de 1:1 de CBD:THC, ou apenas CBD com quase nenhum THC podem ser obtidos. Aqueles que querem consumir THC também podem experimentar microdoses, isto é, tomar pequenas doses de THC ao longo do dia, sem ficarem “chapados”. Isso também deve fornecer benefícios como alívio da inflamação e dor, mas sem afetar significativamente a mente. Por outro lado, aqueles que estão muito familiarizados com o THC podem escolher entre um grande número de cepas.

Finalmente, uma pesquisa com mulheres dos EUA publicada no Obstetrics and Gynecology em maio de 2019 demonstra o uso de cannabis entre as mulheres, apoiado por uma grande quantidade de dados anedóticos. Das 1.011 mulheres com idade média de 37 anos, 36% relataram que consumiram para tratar uma condição específica, como dor, depressão ou ansiedade. Destas mulheres, 16% disseram que usavam cannabis para tratar um desconforto ginecológico, como cólicas menstruais. Além disso, a maioria das mulheres entrevistadas considerou o consumo de cannabis para tratar uma condição ginecológica.

Fonte: Royal Queen

Terpenos da maconha: funções e efeitos

Terpenos da maconha: funções e efeitos

Os terpenos dão às plantas de cannabis os seus sabores e cheiros únicos. A ciência acredita que eles também poderiam influenciar os efeitos de cada variedade, então vamos analisar o que são e como funcionam.

O QUE SÃO OS TERPENOS?

Os terpenos são o que dá às variedades de maconha o seu sabor característico. São óleos aromáticos produzidos pelas plantas, e o que faz uma variedade ter gosto de fruta ou hortelã, com um aroma terroso ou cítrico, ou cheirando a queijo.

As plantas de maconha produzem terpenos nas mesmas glândulas nas quais produzem o THC e o CBD, mas os terpenos não receberam muita atenção até recentemente. Tanto os cultivadores quanto os pesquisadores médicos têm se concentrado mais no THC e no CBD, de modo que os conhecimentos sobre os terpenos e sua função são muito generalizados. Foi recentemente descoberto que os terpenos desempenham um papel importante nos efeitos da maconha.

Por que as plantas produzem compostos aromáticos como os terpenos?

Como acontece frequentemente no mundo das plantas, os terpenos são uma forma de se defender dos predadores. Ao segregar um aroma penetrante, as plantas repelem certos insetos, mas também atraem outros insetos que necessitam para a polinização.

A quantidade e o tipo de terpenos produzidos por uma planta de cannabis dependem de vários fatores. A mesma variedade nem sempre produz os mesmos compostos aromáticos. Vão depender de aspectos como clima, solo e fertilizantes, a idade da planta e outras coisas.

Atualmente, são conhecidos cerca de 100 terpenos diferentes. Cada variedade tem seus tipos e combinações de terpenos em diferentes concentrações.

Mas o mais interessante dos terpenos, não é que eles são responsáveis ​​pelos aromas e sabores da cannabis, mas atuam sinergicamente com os canabinoides, como o THC. Uma indicação disso é que algumas variedades têm exatamente o mesmo nível de THC e CBD, e ainda assim seus efeitos são muito diferentes. A ciência agora afirma que os terpenos são responsáveis ​​pelos efeitos de uma variedade.

COMO FUNCIONAM OS TERPENOS?

Sabemos que o THC se liga aos receptores no nosso cérebro, causando o efeito psicoativo da cannabis. Os terpenos afetam os receptores do cérebro e o modo como funcionam. Verificou-se que os terpenos influenciam na quantidade de THC que chega ao cérebro através da barreira hematoencefálica. E, o mais importante, a ciência mostrou como influenciam diretamente os neurotransmissores no cérebro.

Deve-se notar que nem todos os terpenos funcionam da mesma maneira. Algumas influenciam o cérebro a relaxar, enquanto outras têm o efeito oposto, elevam nossos níveis de humor e energia.

Alguns usuários de maconha sabem o efeito de comer uma manga madura 45 minutos antes de fumar. Dizem que aumenta significativamente o efeito da maconha. Uma teoria é que a manga contém mirceno, um terpeno encontrado em certas frutas. O mirceno atua em sinergia com o THC e altera seu efeito.

TERPENOS – A PRÓXIMA FRONTEIRA PARA A MACONHA MEDICINAL

Estas descobertas que mostram o papel dos terpenos na produção de diferentes efeitos estão colocando a indústria de cannabis, sua pesquisa e cultivo em um novo e promissor nível. Os terpenos são agora o centro das atenções, não apenas para os apreciadores que procuram um determinado sabor, mas também para aqueles que querem entender e maximizar os efeitos da maconha. A indústria medicinal da maconha, em particular, está interessada nos efeitos dos terpenos e na sua sinergia com os canabinoides.

Os terpenos dão lugar a uma nova e excitante pesquisa: podemos influenciar diretamente o surgimento da erva e “ajustá-la” de acordo com nossas preferências.

Ao adicionar limoneno, por exemplo, podemos obter um efeito estimulante. Da mesma forma, podemos adicionar linalol se preferirmos uma “onda” mais relaxante.

Os laboratórios estão começando a testar não apenas o THC e o CBD, mas também os terpenos. Se soubermos que tipo de terpenos existe em certa variedade, poderemos conhecer seu efeito antecipadamente.

A compreensão dos terpenos abre novos níveis de pesquisa medicinal sobre os efeitos da maconha. O que se traduz em novas oportunidades de exploração para cultivadores e bancos de sementes. Pode-se especular que logo poderíamos prever o efeito particular de uma planta a partir de seu aroma.

OS TERPENOS MAIS COMUNS NA MACONHA

Como já citamos, existem mais de 100 tipos diferentes de terpenos na maconha; no entanto, suas diferentes variações não são contadas, como quantidade e concentração. Um bom exemplo seria comparar um limão com uma laranja. Ambas as frutas contêm o mesmo tipo de terpeno: limoneno, mas em diferentes concentrações. Uma pequena variação da quantidade é suficiente para fazer um cheiro de limão diferente de uma laranja.

Aqui está uma lista dos terpenos mais comuns da maconha, juntamente com seus efeitos.

MIRCENO

O mirceno é o terpeno mais comum na maconha, e faz parte dos óleos mais aromáticos de diferentes variedades de cannabis. O mirceno também é encontrado em outras plantas, como o lúpulo. Alguns comparam o aroma de mirceno com o de cravo. Tem propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e analgésicas. O mirceno induz um efeito sedativo e relaxante. Sabe-se que aumenta o efeito psicoativo do THC.

LIMONENO

Depois do mirceno, o limoneno é o terpeno mais comum da maconha. Como o próprio nome sugere, tem um forte aroma cítrico. É conhecido por suas propriedades antifúngicas e antibacterianas. Segundo a ciência, o limoneno também pode funcionar como um agente anticancerígeno e impedir o crescimento de tumores.

O limoneno atravessa a barreira hematoencefálica com facilidade. Aumenta a concentração mental e a atenção e é benéfico para o nosso bem-estar geral. Há indícios casuais de que também é benéfico para a saúde sexual. Alguns produtos usam limoneno para tratar depressão e ansiedade. É um repelente natural de insetos, um dos terpenos aromáticos que as plantas usam para se defender contra insetos e outros predadores. Variedades Haze são uma grande fonte deste terpeno.

LINALOL

O linalol lembra flores frescas. Tem um aroma floral de lavanda com um toque picante. Induz um efeito sedativo e calmante e é utilizado para o tratamento de nervosismo e ansiedade. Acredita-se que tenham propriedades analgésicas e antiepilépticas. Sua eficácia está sendo investigada para tratar certos tipos de câncer. O linalol é o terpeno responsável, em parte, pelos efeitos calmantes de certas variedades de maconha.

CARIOFILENO

O cariofileno é responsável pelo sabor picante das ervas e especiarias, como a pimenta preta. Sabe-se que é um potente anti-inflamatório e analgésico local. Os cravos, famosos como remédio natural para a dor de dente, contêm grandes quantidades desse terpeno. Diz-se também que o cariofileno é antifúngico.

PINENO

Em seu nome, há uma pista; o pineno tem um aroma que lembra pinheiros e abetos. Muitas plantas contêm pineno; por exemplo, alecrim e sálvia. Este terpeno possui propriedades anti-inflamatórias e antissépticas. Também é conhecido como expectorante e tem efeito de alargamento dos brônquios. A ciência mostrou que o pineno pode afetar positivamente nossa memória. Entre as variedades de cannabis com um alto nível de pineno estão as diferentes variedades de Skunk. O pineno estimula a energia e melhora a concentração.

TERPINEOL

O terpineol cheira a tilia e lilás. Geralmente é usado para fazer perfumes e cosméticos. O terpineol tem um efeito sedativo e relaxante. As variedades de cannabis, ricas em terpineol, contêm frequentemente quantidades elevadas de pineno. O pineno pode dificultar a detecção de terpineol apenas por causa do cheiro.

NEROLIDOL

O nerolidol está no gengibre, erva-cidreira e melaleuca. É utilizado como agente aromatizante e em perfumaria. Tem um aroma amadeirado e terroso que lembra a casca das árvores. Em termos de benefícios terapêuticos, acredita-se que o nerolidol tem propriedades antifúngicas e é eficaz para o tratamento da malária. O nerolidol tem um efeito relaxante e sedativo.

BORNEOL

O borneol, encontrado em abundância no alecrim, tem um aroma fresco e mentolado à cânfora. Este terpeno tem uma longa história de uso na medicina chinesa, na qual é usado para o tratamento de estresse e fadiga. É um anestésico local com propriedades antiespasmódicas e sedativas. Também é um repelente de insetos natural.

EUCALIPTOL

O eucaliptol é um terpeno encontrado no óleo essencial de eucalipto. Tem um aroma de menta muito fresco. Acredita-se que tenha propriedades analgésicas, além da capacidade de melhorar a concentração. Por essa razão, é frequentemente encontrado em plantas que são usadas para meditação.

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Fonte: Royal Queen Seeds

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