Agência antidrogas dos EUA mantém proibição ao uso medicinal da maconha

Agência antidrogas dos EUA mantém proibição ao uso medicinal da maconha

A agência federal antidrogas dos Estados Unidos (DEA) informou que vai continuar rejeitando solicitações para autorizar o uso da maconha com fins medicinais.

Esta decisão implica um conflito entre um número crescente de estados americanos e as normas federais, visto que quase a metade deles aprovaram leis autorizando o acesso à maconha com propósitos medicinais.

No entanto, o governo federal aprovará a ampliação das pesquisas sobre a erva, de modo que as organizações poderão pedir autorização para cultivá-la e usá-la em estudos.

Atualmente, apenas a Universidade do Mississippi está autorizada a fazer tais pesquisas.

A maconha é normalmente prescrita para tratar dores e outros mal-estares crônicos, como as náuseas.

O diretor da DEA, Chuck Rosenberg, disse que a proibição da maconha continuará devido à “falta de segurança para seu uso sob supervisão médica”.

Ao justificar a medida, a DEA citou uma avaliação científica e médica realizada pela Administração de Alimentos e Remédios e o Instituto Nacional sobre Abusos de Drogas.

“A decisão da DEA vai contra a ciência objetiva e uma opinião pública esmagadora”, lamentou Aaron Smith, presidente da Associação Nacional da Indústria da Cannabis, um grupo comercial com sede em Washington.

Fonte: Zero Hora

Jovem chef americano aposta na gastronomia da maconha

Jovem chef americano aposta na gastronomia da maconha

Aos 24 anos, Christopher Sayegh descobriu o ingrediente mágico para dar sabor às suas receitas. Há dois anos, este chef californiano serve menus elaborados com maconha.

À medida que mais estados americanos olham com bons olhos a legalização da erva para uso recreativo, este chef atípico, que passou por restaurantes com estrelas Michelin em Nova York e na Califórnia, propõe misturar haute cuisine e a erva.

“Tento oferecer às pessoas uma experiência intelectual”, explica Sayegh à AFP em sua empresa The Herbal Chef, com sede em Los Angeles. “Mas também sou muito cuidadoso como levá-los para este passeio”.

Sayegh entrou no mundo da cannabis comestível quando muitos empreendedores passaram a capitalizar a nova febre da maconha na Califórnia, que em novembro vai votar sobre a descriminalização do uso recreativo para maiores de 21 anos.

Cinco outros estados, incluindo o Alasca, Colorado e Washington, já aprovaram uma legislação semelhante, e espera-se que outros seguirão esta tendência, já que o movimento conta com um apoio crescente da opinião pública.

Nos Estados Unidos, a maconha medicinal é permitida em pelo menos 23 estados, incluindo a Califórnia. E esse número deve continuar a aumentar, embora a produção de cannabis continue a ser ilegal em nível federal.

De acordo com um relatório do ArcView Group, uma empresa de investimento e especializada em cannabis, a venda legal da maconha nos Estados Unidos gerou uma receita de 1,2 bilhão em 2015, um aumento de 232% em um ano.

Em 2020, as vendas devem exceder 22 bilhões de dólares, 6,4 bilhões dos quais apenas na Califórnia.

Como uma sinfonia

Estas projeções são o suficiente para darágua na boca nos empresários. Como Sayegh, muitos querem entrar neste negócio florescente.

Para o chef, este sonho culinário remonta à universidade. Lá, estudou inicialmente biologia molecular, carreira que abandonou para seguir o seu projeto real.

Sua perseverança valeu a pena. Em 2014 criou sua empresa de alta cozinha anábica em Los Angeles e, desde então, diz ele, a atividade da The Herbal Chef continua a crescer.

Por enquanto, Sayegh só pode servir seus pratos para aqueles que têm autorização para o uso da maconha medicinal. Mas espera superar este obstáculo em novembro, se a Califórnia votar a favor da maconha recreativa.

Enquanto isso, seus menus caros, variando entre 300 e 500 dólares por pessoa, são elaborados exclusivamente para fazer com que o cliente viva uma experiência 100% de “imersão”.

“Eu altero literalmente a química do cérebro a medida que as pessoas provam a minha comida”, se entusiasma ao manusear seringas contendo o ingrediente ativo da cannabis, que é depois incorporado em suas refeições.

“No final do terceiro prato sentem um pouco, no quarto um pouco mais e no final do quinto é o ponto culminante da viagem”, descreve.

“É como uma sinfonia”, resume. “Eu tenho que ter certeza que os pratos se encaixam nessa ascensão, e vice-versa para a descida.”

“Uma viagem”

Sayegh propõe uma cozinha sofisticada a base de carne de wagyu japonês, sorbet de toranja ou ostras “medicinais”.

Influenciado por suas origens jordanianas, Sayegh tentou incorporar cannabis em folhas de videira, em grão de bico (falafel) e outras versões de pratos do Oriente Médio.

Sua família, desanimado no início com o novo empreendimento, hoje aproveita para provar as suas últimas criações.

Mas, mesmo se a inclusão de maconha em alimentos está crescendo no país, Sayegh prefere ser cauteloso. Os consumidores deste novo tipo de alimento não devem fazer pouco caso da experiência.

“Não é uma ciência exata, em muitos aspectos, uma vez que muitos fatores entram em jogo quando se cozinha com a maconha”, analisa Robyn Griggs Lawrence, autor de “The Cannabis Kitchen Cookbook”.

“Não é como pedir um copo de uísque. Estamos apenas na fase da descoberta ainda”.

O chef sabe perfeitamente do impacto que pode ter os seus pratos e se esforça para preparar cuidadosamente cada um deles.

“A Maconha não é como os outros ingredientes”, diz ele. “Temos de ser extremamente cuidadosos, não só porque o calor desempenha um papel muito importante na culinária da maconha, mas também porque, literalmente, leva as pessoas a uma viagem e você tem a responsabilidade de que seja boa”.

Veja o vídeo clicando aqui!

Fonte: Uai

Willie Nelson lança sua própria marca de maconha

Willie Nelson lança sua própria marca de maconha

A tão aguardada marca de maconha do Willie Nelson sob o nome Willie`s Reserve, está sendo lançada entre o final de julho e começo de agosto no Colorado e Washington. Com grande alarde do lançamento da marca, ele irá realizar concertos nos dois estados. Teve um show do Willie Nelson & Family que foi realizado no dia 23 de julho no parque de Marymoor em Redmond, Washington e em 30 de julho será a vez do Anfiteatro Verde do violinista em Greenwood, Colorado.

A linha de produtos Willie`s Reserve inclui plantas de alta qualidade de acordo com um comunicado de imprensa. As variedades são as excelentes Blue Dream, Master Kush, NYC Diesel, Jack o Estripador, White Widow e Grand Daddy Purple. A linha também conta com óleos para vaporizadores pessoais ou canetas vape.

Nelson diz:

“Agora que a legalização está se espalhando por todo o país, há uma grande oportunidade para construir uma empresa que pode ajudar muitas pessoas. Espero justiça social para aqueles que estão presos por fazer o que estamos fazendo agora legalmente. Também estou comprometido com nossos cultivos e foram cultivadas de forma ambientalmente responsável; para revitalizar as pequenas granjas e cultivar da forma mais limpa possível. Até agora, tenho disfrutado de conhecer os melhores produtores.”

Onde a maconha é legalizada, idosos tomam menos remédios

Onde a maconha é legalizada, idosos tomam menos remédios

Nos Estados Unidos, muitos velhinhos já trocaram analgésicos tradicionais por maconha medicinal e ajudaram os planos de saúde a economizar uma bolada.

Velhinhos que fumam um baseado tomam menos analgésicos, antidepressivos e remédios para dormir. Essa é a conclusão da primeira pesquisa a estudar como a maconha medicinal, legalizada em parte dos Estados Unidos, está transformando o sistema de saúde americano.

Os pesquisadores da Universidade da Geórgia focaram nos números. Por lá, não há um SUS para toda a população. Existe apenas o Medicare, um sistema nacional de saúde para idosos e pessoas com doenças graves, que também cobre os custos com medicamentos. Foram os gastos desses órgãos que revelaram o impacto da maconha medicinal no país.

Os autores estudaram nove quadros em que a maconha pode ser recomendada como tratamento: ansiedade, depressão, glaucoma, náuseas, dor, convulsões, distúrbios de sono e espasticidade (rigidez muscular). O número de remédios convencionais receitados para oito dessas doenças caiu em todos os estados em que a maconha medicinal foi legalizada até 2013.

A única exceção foi o glaucoma – o que faz sentido, uma vez que os efeitos da maconha sobre os sintomas só dura uma hora. Nem para o mais hardcore dos aposentados dá para imaginar uma vida fumando maconha a cada hora do dia.

Sem ter que pagar pelos analgésicos tradicionais, o Medicare economizou mais de US$ 165 milhões (R$552 milhões). Se o país inteiro adotasse a maconha medicinal, os pesquisadores calculam uma redução total de US$ 470 milhões (R$ 1,5 bilhão) no orçamento do seguro-saúde.

Como no âmbito federal a maconha ainda é proibida, os médicos só podem recomendá-la, e não fazer uma receita oficial. Por isso, os baseados não são cobertos pelo plano de saúde. Mas, pelos cálculos dos autores, mesmo que o seguro cobrisse as doses de cannabis, ainda estaria economizando: maconha é muito mais barata que opioides como morfina e oxicodona.

Não dá para ter certeza que todos os idosos substituíram os remédios por maconha, mas os pesquisadores acreditam que a erva tem relação com a redução da prescrição dos medicamentos. Em 2013, os estados onde a droga era legal receitaram 1.800 doses a menos de analgésicos que os estados onde ela ainda é proibida.

Além disso, para as doenças que não podem ser tratadas com maconha, nada mudou. O número de receitas para anticoagulantes, por exemplo, não foi afetado.

Portanto, se estiver dando uma passada pelas ruas de Washington ou de Denver, não se assuste com os senhorezinhos de olhos vermelhos: o ?tapa na pantera? pode ser só um substituto para a caixinha de remédios.

Fonte: Super Interessante

Califórnia votará em novembro se aprova uso recreativo da maconha

Califórnia votará em novembro se aprova uso recreativo da maconha

A Califórnia votará no dia 8 de novembro se aprova o uso recreativo da maconha depois que uma iniciativa neste sentido alcançasse as assinaturas necessárias para sua tramitação, informou o jornal “Los Angeles Times”.

A proposta legislativa, que será votada no mesmo dia das eleições presidenciais dos Estados Unidos, sugere que pessoas maiores de 21 anos possam possui transportar e consumir até 28 gramas de maconha com propósitos recreativos.

Se a medida for aprovada, os adultos também poderiam cultivar até seis plantas de maconha.

Caso os californianos apoiem esta iniciativa se uniriam aos estados do Colorado, Washington, Alasca e Oregon, que já legalizaram o uso recreativo da maconha.

“Hoje marca um novo começo para a Califórnia, enquanto nos preparamos para substituir o danoso e ineficaz sistema de proibição por um sistema seguro, legal e responsável sobre o consumo de maconha por adultos”, afirmou em comunicado o porta-voz da coalizão em defesa da iniciativa, Jason Kinney.

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