A longa história do uso médico das raízes da maconha

A longa história do uso médico das raízes da maconha

Quase todas as partes da planta de maconha são usadas para diferentes fins, inclusive suas raízes.

Durante milhares de anos, as raízes da maconha foram usadas para fins medicinais. Na revista Cannabis and Cannabinoid Research, foi publicado um novo estudo sobre elas.

Dois mil anos atrás, um naturista romano, Pliny the Elder, disse que com um líquido concentrado da raiz poderiam ser tratadas afecções, gota e rigidez nas articulações. Quinze séculos depois, o médico francês Rabelais e o médico alemão Leonhart Fuchs também o confirmaram. Em 1640, o botânico inglês John Parkinson e no século 17, o polonês Szymon Syrenski, também afirmaram que as raízes da maconha funcionavam para tal propósito. No século XII, na Pérsia, um dos seus filósofos mais conhecidos, Ibn Sina disse que as raízes desta planta ajudaram a “reduzir a febre”, uma recomendação também encontrada na Argentina e na farmacopeia chinesa Pen Ts`ao Ching  que relatou como o suco dessas raízes era benéfico para ajudar com a hemorragia pós-parto.

Há quatrocentos anos, botânicos e médicos de todo o mundo aplicaram essas raízes a uma ampla gama de condições, como artrite, queimaduras na pele, problemas de estômago, infecções, úlceras, feridas e doenças sexualmente transmissíveis. Também um botânico alemão do século 17 na região da Indonésia preparou uma fórmula de raiz comestível para tratar a gonorreia.

Eles não conseguiram provar muitas dessas afirmações ainda graças a seu status ilegal na grande maioria das nações, mas sim, seu tratamento para a inflamação. O Dr. Nicholas Culpeper escreveu “a decocção da raiz alivia as inflamações da cabeça ou qualquer outro lugar” em Culbaper’s Complete Herbal de 1653.

Os autores do novo estudo para a Cannabis and Cannabinoid Research, disseram que “existem vários compostos na raiz da cannabis com potencial atividade anti-inflamatória”. Nas raízes, os canabinoides, como tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD), não aparecem.

Em outros estudos realizados com essas raízes, os autores apresentaram possíveis aplicações médicas para componentes radiculares como efeitos anti-inflamatórios, antifebris e analgésicos. “Os dados disponíveis atuais sobre a farmacologia dos componentes da raiz da cannabis fornecem apoio significativo para reivindicações históricas e etnobotânicas de eficácia clínica. Isso sugere a necessidade de reexaminar preparações de raízes inteiras em condições inflamatórias e malignas usando técnicas científicas modernas”, acrescentaram.

O Dr. Russo, um dos autores do novo estudo, conta várias maneiras tradicionais de extrair o suco, como fervendo as raízes na água, misturando suco de raiz em óleo ou manteiga e aplicando suco de raiz topicamente, também existe uma forma que mistura a raiz pulverizada no vinho.

Fonte: La Marihuana

Dicas do Primata #06 – Raízes

Dicas do Primata #06 – Raízes

Você sabia que a raiz exerce duas funções básicas?

A primeira é servir como meio de fixação ao solo. E a segunda é como órgão absorvente de água, compostos nitrogenados e outras substâncias minerais como potássio e fósforo sendo matéria bruta ou inorgânica.

Este órgão vegetal se desenvolve da seguinte maneira:

As raízes se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento do esporófito, quando ainda preso ao gametófito.

Calma eu explico!!!

É que a nossa planta possui a característica de produção de sementes, e a raízes têm origem no embrião.

Fico mais fácil assim não é!? Não é necessário decorar os termos técnicos, mas é importante saber a fisiologia e a função dos órgãos vegetais.

Você sabe aquele “brotinho branco” que sai quando você germina uma semente? Nada mais é que o precursor da raiz no embrião, por isso recebe o nome de RADÍCULA, e é o primeiro órgão a se desenvolver no ato da germinação da semente.

Nas dicotiledôneas (já comentamos sobre elas), esta raiz primordial desenvolve-se e torna-se a raiz principal, da qual a maior parte do sistema radicular é derivada. Na literatura traz a nomenclatura raiz de axial e/ou pivotante.

Por Grow Bia Primata Haze

Dicas de cultivo: a água dura e a água mole no cultivo de maconha

Dicas de cultivo: a água dura e a água mole no cultivo de maconha

No post de hoje falaremos sobre a dureza da água e como ela influencia o cultivo da maconha. Além disso, contaremos alguns truques para melhorar a água de rega.

A água e a sua qualidade são uma das chaves para o cultivo de maconhas. Nem todas as águas são iguais, pois depende das zonas geográficas. E dependendo da área, as plantas estarão recebendo água adequada ou inadequada. Neste último caso é sempre aconselhável tomar uma série de medidas.

O que é a dureza da água?

A dureza da água é um conceito que leva em consideração apenas a concentração de sais de cálcio e magnésio, presentes em qualquer água corrente.

A água é dura quando a concentração de Ca e Mg é superior a 0,5 mS/cm2 (milesiemens x centímetro quadrado). Pelo contrário, diz-se que a água é mole quando é inferior a 0,3 mS/cm2. É possível verificar isso facilmente com um medidor de EC (eletrocondutividade).

Caso não tenha, uma rápida pesquisa no Google permitirá saber o valor aproximado da dureza da água da sua área. Muitas câmaras municipais fornecem esta informação.

Por ser algo tão variável, os fabricantes de fertilizantes não costumam incluir quantidades adequadas desses dois nutrientes essenciais tão importantes.

Se tiver água dura carregada de Ca e Mg, uma quantidade maior será ainda mais prejudicial para as plantas. E se a água tiver quantidades inferiores às adequadas de Ca e Mg, terá simplesmente que adicionar esses dois nutrientes.

O que fazer quando a água é dura?

A melhor solução, e não só para a saúde das plantas, mas também para a nossa, é instalar um filtro de osmose em casa. Isto reduzirá a quantidade de Ca e Mg ao mínimo. Se consumir essa água, o corpo agradecerá.

Mas os eletrodomésticos, como a máquina de lavar roupa, também irão gostar. A incrustação de cálcio nesses dispositivos pode afetar seu funcionamento e reduzir sua vida útil.

Nas plantas, uma dose excessiva de cálcio e magnésio pode ser muito prejudicial. E principalmente excessos de cálcio que podem causar bloqueios de outros nutrientes.

O cálcio adere às raízes e impede que elas assimilem os demais nutrientes, mesmo que estejam disponíveis no substrato.

Outra opção, embora não econômica, é reduzir a água dura com água mole. Pode ser água destilada, por osmose ou desmineralizada.

Quando você tem um grande número de plantas, essa não é uma opção econômica.

O que fazer quando você tem água mole?

Este caso é o melhor de todos. Com um simples suplemento de cálcio e magnésio é possível resolver isso. No caso, o típico CalMag que muitos fabricantes de fertilizantes oferecem.

Alguns destes fabricantes de fertilizantes também incluem linhas específicas para este tipo de água mole, com maior quantidade de Ca e Mg do que as contidas na grande maioria dos fertilizantes.

Desta forma evite a utilização de qualquer tipo de aditivo para compensar esta baixa quantidade de cálcio e magnésio, tão essenciais para a nutrição das plantas.

Baixas quantidades de cálcio e magnésio trazem deficiências, principalmente de magnésio. Isso afeta o crescimento das plantas e seu vigor, pois o Mg é tipo um “tijolo” com o qual as plantas produzem clorofila.

O cálcio é necessário para construir as paredes celulares e o processo de divisão celular, além de ajudar a prevenir o acúmulo de elementos tóxicos. O cálcio também facilita a absorção de nutrientes, pois tende a equilibrar o PH do solo.

Qual é a dureza ideal da água para a maconha?

Os cultivadores de maconha geralmente tomam como referência uma dureza de água básica com EC de 0,4 mS. Ou seja, sem nenhum tipo de fertilizante ou aditivo.

É um valor ideal, com quantidade ideal de sais de cálcio e magnésio para que as plantas cresçam sem qualquer tipo de deficiência ou excesso destes dois nutrientes.

Se for mole, adicione um suplemento de Ca e Mg e controle com um medidor de EC até atingir esse valor. Em seguida, adicione o restante dos nutrientes e aditivos. Se estiver dura, como já foi dito, reduza com água desmineralizada até atingir 0,4 mS e adicione os nutrientes e aditivos habituais para finalizar.

Um medidor de EC é sempre uma ferramenta muito útil em um cultivo. Existem modelos muito econômicos que não demorarão muito a dar frutos com base em melhores cultivos e colheitas.

Com eles, além de poder oferecer às plantas uma quantidade ideal de cálcio e magnésio, é possível utilizá-los para fornecer as doses máximas de fertilizante sem fertilizar em excesso.

As necessidades nutricionais dependem muito de cada variedade. Algumas aceitarão doses mais elevadas do que outras. Só com base em testes será possível adaptar a dose adequada de nutrientes a cada variedade, levando-a ao limite da sua dieta.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: 5 maneiras fáceis de germinar sementes de maconha

Dicas de cultivo: 5 maneiras fáceis de germinar sementes de maconha

Uma semente é definida como um corpo que faz parte do fruto e que dá origem a uma nova planta. É um dos principais métodos de propagação de plantas. Dentro de uma semente contém um embrião dormente. Quando as condições são adequadas, uma nova planta começa a se desenvolver. No post de hoje falaremos sobre a germinação das sementes de maconha, já que a primavera começou e muitas pessoas decidirão começar a cultivar pela primeira vez.

Na natureza as sementes germinam naturalmente no início da primavera. Quando o inverno passa, as temperaturas externas começam a subir e os dias ficam mais longos, as sementes que passaram todo o outono e inverno no solo germinam. Neste caso, forçamos sempre estas situações, nos permitindo cultivar em qualquer época do ano.

Para germinar uma semente devemos levar em consideração 3 conceitos. A primeira é a umidade, as sementes precisam de umidade constante, mas nunca encharcadas. A segunda é a temperatura, que deve ser média. Se o ambiente for frio as sementes podem não germinar e se estiver quente os fungos atacarão rapidamente. E a terceira é a escuridão, devemos garantir que durante esse processo as sementes não recebam luz.

PAPEL TOALHA: é uma das opções mais utilizadas pelos cultivadores. Tem a vantagem de poder ver a todo o momento o estado do processo de germinação. Para germinar no papel, logicamente precisará de papel toalha ou guardanapo, bem como prato, tupperware ou qualquer outro recipiente pequeno, de preferência opaco. Coloque os guardanapos e molhe-os levemente, sem encharcá-los. Coloque as sementes sobre papel úmido, separadas umas das outras. Se você usar um prato, poderá colocar um filme transparente sobre ele. Se estiver usando um tupperware, coloque a tampa. Isso evitará que o papel seque. As sementes devem germinar em cerca de 24-72 horas, embora se forem um pouco velhas podem demorar um pouco mais. Quando as raízes não tiverem mais de 1 cm de tamanho, transfira-as cuidadosamente para um vaso, enterrando-as no máximo 1-1,5 cm no substrato.

DISCO DE TURFA (Jiffy): Jiffy é uma marca registrada para discos de turfa prensados, embora hoje seja usado para se referir a qualquer disco de turfa prensado, independentemente do fabricante. Para utilizá-los basta hidratá-los com água. Portanto, coloque os jiffys em uma bandeja ou prato e adicione água com pH corrigido, melhor se for mineral ou fracamente mineralizada. Você poderá observar que o que eram pequenos discos, aos poucos vão inchando até se multiplicarem em tamanho x4 ou x5. Com um palito, faça um furo na parte superior, de 1 a 2 cm de profundidade, e insira a semente. Por fim, pressione levemente os jiffys com a mão para retirar o excesso de água e deixe-os em local aquecido. Ao ver a planta aparecer, transfira para um vaso com substrato.

BLOCO DE LÃ DE ROCHA: é um substrato inerte amplamente utilizado no cultivo hidropônico. É um produto natural que pertence à família da lã mineral. É composto por aproximadamente 98% de rocha vulcânica e 2% de ligante orgânico. É classificado no Catálogo Europeu de Resíduos como “material isolante que não contém amianto ou substâncias perigosas”. Esses blocos, assim como os jiffys, devem primeiro ser hidratados, mas também bem lavados, pois durante sua fabricação ou armazenamento podem adquirir substâncias indesejáveis. Da mesma forma, com um palito faça um pequeno furo e insira a semente. Em seguida, aperte-os levemente para tirar o excesso de água. Assim que a semente aparecer do lado de fora, transfira o bloco de lã para um vaso com terra, coco ou qualquer meio hidropônico.

DIRETAMENTE NO SUBSTRATO: germinar sementes diretamente no substrato tem seus prós e contras. Por um lado, desde o primeiro momento a raiz se desenvolverá mais facilmente, pois terá espaço e alimento suficientes. Mas por outro lado, às vezes é difícil proporcioná-las condições ótimas, como humidade perfeita e boa temperatura. Este método é apreciado pelas variedades autoflorescentes, pois tendo um período de crescimento limitado, crescer sem interrupções resultará em plantas maiores e mais produtivas. Use um substrato leve, se possível, pois o excesso de nutrientes não é bom no início. Faça um pequeno furo de cerca de 2 cm e insira a semente. Em seguida, regue levemente o substrato, evitando o encharcamento.

GERMINAÇÃO NA ÁGUA: para germinar suas sementes de maconha na água utilize um copo, de preferência com tampa, para que não entrem sujeira nem insetos. Se for de vidro transparente, nada acontece, mas é melhor não ser. A água será melhor se for destilada, mole, com mineralização fraca, de osmose. Se for água da torneira, deixe-a descansar para eliminar o cloro. Utilize água oxigenada (precisará de muito pouco). A proporção seria de 2-3 ml de água oxigenada (peróxido de hidrogênio) para cada litro de água. Então se você usar, por exemplo, 200ml de água, você teria que usar 0,4 a 0,6ml de água oxigenada. Em seguida, introduza as sementes nessa mistura. E, finalmente, coloque o copo coberto em um local quente e escuro. A temperatura deve estar entre 23-24ºC, embora a margem possa ser mais ampla, entre os 20ºC e os 28ºC. E, claro, em um lugar seguro, não vá bater nele acidentalmente e derramar todo o conteúdo do copo, incluindo as sementes. As sementes germinarão em cerca de 24-72 horas. Depois, basta transferi-las para um vaso com substrato.

Dicas de cultivo: primavera, a melhor temporada para o cultivo outdoor de maconha

Dicas de cultivo: primavera, a melhor temporada para o cultivo outdoor de maconha

Chegou a primavera no Hemisfério Sul e com ela a melhor temporada para o cultivo outdoor de maconha. A temporada da maconha determina praticamente tudo quando se trata de cultivo ao ar livre. Mas pode variar com base na localização, altitude e outros fatores. Conhecer bem esta época o ajudará a decidir quando germinar suas sementes, treinar suas plantas, colher e até escolher a melhor genética para cada área.

Para obter bons resultados com o cultivo ao ar livre, é preciso seguir os passos da estação da maconha. Não basta colocar algumas sementes na terra em qualquer época do ano e esperar que elas deem boas colheitas. Este artigo servirá de guia para conhecer bem o clima do seu ambiente, para que você possa desfrutar de uma produção abundante ano após ano.

O que é a “temporada da maconha”?

A temporada de maconha (“weed season” em inglês) é um período de tempo em que as plantas de cannabis podem ser cultivadas com sucesso ao ar livre. Os cultivadores indoor podem germinar e colher colheita após colheita com facilidade, independentemente da época do ano. Em vez disso, as pessoas que preferem cultivar suas flores ao sol precisarão planejar seu crescimento e agir de acordo com os ciclos da natureza. A temporada de maconha é muito parecida com outras formas de jardinagem. Os agricultores que cultivam hortaliças anuais, por exemplo, também plantam e transplantam no início da primavera e colhem a última safra da estação pouco antes das primeiras geadas no outono.

Hemisfério Sul

O calendário da temporada de maconha varia dependendo da área. No Hemisfério Sul, o equinócio de primavera ocorre no final de setembro, marcando o início da primavera e os dias mais longos. Como ainda está muito frio para mover as mudas de maconha para fora, muitos cultivadores optam por começar a temporada dentro de casa com luzes de cultivo. Dependendo da data da última geada em cada área, as plantas geralmente são movidas para fora entre outubro e o final de novembro. A temporada de maconha dura um total de cerca de 6-8 meses, terminando com as primeiras geadas no final de março ou início de abril.

Hemisfério Norte

As coisas são um pouco diferentes no hemisfério norte, onde as estações são invertidas do sul. Aqui, a temporada de maconha começa em meados de março (coincidindo com o início da primavera) e dura até setembro (final do verão/início do outono).

Regiões tropicais

Mas a temporada de maconha não é binária em todo o mundo. Quem cultiva a erva perto da linha do equador pode fazê-lo durante todo o ano, já que nessas regiões o período diurno dura cerca de 12 horas, independentemente da estação do ano. Os climas quentes e úmidos desta latitude facilitam o cultivo de todos os tipos de plantas com muito pouco esforço.

No entanto, a maconha pode representar um desafio único. Acredita-se que as variedades de fotoperíodo sejam nativas do leste da Ásia. Nesta área, a cannabis teve que se adaptar aos ritmos sazonais para crescer, florescer e se reproduzir antes que a geada chegasse. E é por isso que adquiriu o hábito de iniciar sua floração quando as horas do dia diminuíram. Dentro de casa, um ciclo de 12 horas de luz e 12 horas de escuridão (um padrão que imita a iluminação disponível em torno do equinócio de outono) força as plantas de maconha a florescer.

Nos trópicos, as horas de luz do dia sempre caem dentro dessa janela, de modo que as plantas do fotoperíodo florescem apenas algumas semanas após a germinação. No entanto, as variedades equatoriais de maconha sofreram mutações que as fazem iniciar a floração com base em outros estímulos, o que as diferencia das variedades de fotoperíodo e autoflorescentes.

O papel da altitude

Por fim, a altitude também desempenha um grande papel na temporada de maconha, independentemente da latitude. As estações de crescimento são mais curtas em altitudes mais altas, porque as geadas chegam mais cedo e demoram mais para terminar e, portanto, as plantas autoflorescentes e de floração rápida são muito mais adequadas para essas áreas.

A maconha é uma planta anual, bienal ou perene?

Se você é apaixonado por agricultura, provavelmente já ouviu os termos anual, bienal e perene. Essas são distinções muito importantes quando se trata de cultivar uma planta específica, e abordagens muito diferentes precisam ser adotadas para cada uma. Vamos vê-los com um pouco mais de detalhes:

Anual: A cannabis se enquadra nesta categoria. Como o próprio nome sugere, as plantas anuais completam todo o seu ciclo de vida (da germinação à floração e à produção de sementes) em uma única estação de crescimento. A sobrevivência das novas sementes durante o inverno garante a sobrevivência de suas linhagens genéticas. Outros cultivos anuais populares incluem tomates, pepinos e abóboras.

Bienal: estas plantas precisam de duas estações para completar seu processo de semeadura, crescimento e colheita. Algumas variedades de cebola, alho-poró, repolho e cenoura se desenvolvem durante a primeira temporada, sobrevivem ao inverno e dão sementes na primavera seguinte.

Perene: estas plantas duram muitas estações. Normalmente, os topos das plantas perenes morrem a cada inverno e se restabelecem na primavera; embora algumas espécies perenes mantenham suas folhas ao longo do ano. Alguns exemplos de plantas perenes são couve, uvas, bagas e árvores frutíferas.

Embora a genética influencie muito o crescimento sazonal das plantas, o ambiente também é importante. Por exemplo, bienais cultivadas em regiões quentes com longas estações de crescimento podem desenvolver todo o seu ciclo de vida em uma única estação, tornando-se anuais dependendo de fatores ambientais.

Noções básicas de fotoperíodo

O fotoperíodo é o ciclo recorrente de períodos claros e escuros aos quais as plantas estão expostas. Como mencionado acima, muitas cultivares de cannabis são sensíveis à exposição à luz, passando da fase vegetativa para a floração à medida que a luz disponível diminui.

É por isso que é importante se familiarizar com o clima da região ao cultivar variedades de fotoperíodo. As sementes devem ser semeadas cedo o suficiente para que as plantas atinjam o tamanho desejado antes que as horas de luz do dia diminuam no final do verão. Se cultivadas em ambientes fechados, as plantas terão mais chances de sobreviver, especialmente se elas se desenvolverem em uma estação de crescimento mais curta. Mesmo depois de começarem a florescer, as variedades sativa tendem a demorar muito mais para amadurecer, e é por isso que precisam de uma estação de crescimento mais longa do que as indicas.

Se cultivadas em latitudes extremas, a maioria das variedades fotodependentes não será capaz de ir mais rápido do que a mudança sazonal. Felizmente, existe um tipo específico de maconha que evoluiu para resolver esse problema. As variedades autoflorescentes vêm de uma subespécie de cannabis conhecida como ruderalis. Esse tipo de maconha evoluiu nas latitudes do norte e conseguiu sofrer mutações para se adaptar a essas condições.

Em vez de contar com o fotoperíodo, a cannabis ruderalis usa um relógio interno para florescer. Suas plantas geralmente iniciam a fase de floração várias semanas após a germinação, quando se desenvolvem entre 5 e 7 nós. Como os automóveis têm um ciclo de vida curto (cerca de 8 a 12 semanas), eles são a escolha ideal para cultivadores em climas frios com temporadas curtas para o cultivo de maconha.

Calendário de cultivo para a temporada de maconha

Independentemente de onde você mora, cada período da temporada da maconha corresponde a diferentes estágios de seu ciclo de cultivo. Aqueles com longos períodos de cultivo terão mais espaço de manobra, especialmente quando se trata de iniciar as colheitas mais cedo, mas os calendários ainda coincidem na maior parte. Veremos abaixo qual fase de crescimento corresponde a cada época do ano, tomando como referência o hemisfério sul.

Início da primavera (germinação)

No hemisfério sul, a estação de cultivo ao ar livre normalmente começa no final de setembro. Uma temperatura e umidade mais controladas favorecem o sucesso da germinação e aumentam os percentuais de sobrevivência das mudas. É comum manter as mudas dentro de casa, sob luzes artificiais, até que cresçam um pouco, para não serem afetadas por geadas tardias.

Final da primavera (transplante)

Quando o risco de geada passar, será hora de mover as plantas jovens para um local externo. Um período de “aclimatação” permitirá que eles se adaptem ao novo ambiente sem problemas. Este processo envolve colocar as plantas ao ar livre por intervalos cada vez maiores a cada dia, para minimizar o risco de morrerem por uma mudança excessivamente brusca de temperatura. Se você tiver uma estufa, poderá transplantá-las para lá, o que manterá sua taxa de crescimento e as protegerá das intempéries.

Início do verão (fase vegetativa / fase final de autos)

Muitas variedades automáticas estarão chegando ao fim de seu ciclo de vida durante os meses de dezembro e janeiro. Enquanto aqueles que cultivam variedades de fotoperíodo, estarão podando e treinando suas plantas na fase vegetativa, para moldar o dossel e aumentar os pontos de floração.

Fim do verão (vegetação tardia e floração precoce)

Durante este período, as plantas devem continuar a ser fertilizadas, regadas e treinadas, pois aumentarão muito de tamanho. A diminuição gradual do fotoperíodo durante o mês de março causará alterações fisiológicas nas plantas que induzirão seu florescimento.

Início do outono (floração e colheita)

No início do outono, as plantas devem ser fertilizadas com fertilizantes para floração e a umidade das estufas deve ser reduzida por meio de ventilação adequada. As plantas cultivadas ao ar livre tendem a produzir maiores concentrações de terpenos e canabinoides para se protegerem dos raios UV. As variedades com dominância índica atingirão o final da floração no início do outono (meados/final de março). As sativas mais altas demoram um pouco mais para amadurecer. E então será hora de lavar as raízes, colher e processar os buds.

Por que as variedades de maconha amadurecem em taxas diferentes?

As variedades de maconha amadurecem em taxas diferentes por várias razões. No entanto, a genética é a principal causa. As plantas autoflorescentes terminam mais cedo devido a várias mutações que as fazem florescer dependendo da idade, enquanto as plantas de fotoperíodo cultivadas em áreas com longas temporadas podem levar várias semanas ou até meses para atingir o tempo de colheita. Entre as últimas, as linhagens com dominância índica tendem a completar sua floração algumas semanas mais cedo do que as com dominância sativa.

O ambiente também influencia a taxa de maturação. Por exemplo, o crescimento de variedades de fotoperíodo perto da linha do equador resultará em floração mais precoce e rendimentos mais rápidos, mas também em rendimentos menores. Técnicas como a privação de luz também podem ser usadas para adiantar a floração.

Como planejar o cultivo de maconha ao ar livre

Por que você deve gastar tempo planejando a temporada de maconha antes de começar a cultivar? Porque isso vai determinar praticamente todo o processo de cultivo. Você precisa conhecer seu clima, datas de geada, quais cultivos associados crescem em sua área e quais variedades são mais compatíveis com base em suas circunstâncias.

Além disso, lembre-se de que o trabalho não termina após a colheita. Há muitas coisas que você pode fazer para otimizar seu espaço de cultivo, como adicionar composto ao solo e cobri-lo com cobertura morta para obter um melhor começo na próxima temporada. Muitas pessoas optam por plantar plantas de cobertura no verão para manter o solo enraizado durante o inverno, uma estratégia que alimenta micróbios e mantém o solo vivo. Quando a primavera chegar, você pode remover essas plantas e incorporá-las ao seu substrato na forma de adubo verde. Agora que você está mais familiarizado com a temporada do cultivo de maconha como um todo, comece a analisar seu clima e veja como suas plantas o recompensam por seus esforços!

Referência de texto: Royal Queen

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