Dicas de cultivo: como selecionar a melhor planta-mãe

Dicas de cultivo: como selecionar a melhor planta-mãe

Uma boa planta-mãe, ou madre, é aquela que nos fornece boas mudas. Normalmente se fala delas como plantas selecionadas entre várias e que se destacam em vários aspectos positivos. E uma vez que uma muda é uma cópia exata de sua mãe, não faz sentido ter uma planta que não satisfaça totalmente quem vai cultivá-la de forma contínua. Sobre gostos pessoais, não existe uma forma de descrever, pois cada um tem o seu. Uma variedade pode ser deliciosa para muitas pessoas, mas pode não ser para uma determinada pessoa.

Ao selecionar uma madre é sempre melhor optar por uma variedade com a qual estamos familiarizados. Se já a tivermos cultivado ou pelo menos provado um bud, saberemos mais ou menos o que esperar.

Também tendo cultivado uma variedade que contém sua genética, no caso de um híbrido. Por exemplo, em híbridos Skunk, aromas fortes e sabores almiscarados dominam. Nos híbridos OG e Diesel, os toques ácidos, cítricos e combustível, e por aí vai…

Como dissemos no início, perpetuar uma variedade que apenas ouvimos falar ou lemos é um pouco arriscado. Porque, por mais que ouça ou leia diversos aspectos positivos, é você quem tem que gostar dela. Nem sempre apostar em uma variedade será garantia de sucesso apenas por causa de seus comentários positivos. Na hora de clonar, pode até errar apostando em uma variedade que já cultivou diversas vezes.

Selecionar a melhor das madres é uma questão de estatística. Por exemplo, em um pacote de 3 sementes podemos encontrar uma planta impressionante e muito superior às outras. E em 10 pacotes de 10 sementes da mesma variedade podemos não encontrar nenhuma tão boa quanto aquela outra.

Mas, logicamente, sempre há uma chance melhor de encontrar a melhor planta-mãe de cannabis entre um grande número de plantas. Grandes seleções são sempre feitas a partir de um grande número de sementes. Embora também existam verdadeiras joias de clones de elite de seleções menores.

Como selecionar uma planta-mãe de cannabis

Nem todos os cultivadores têm espaço suficiente para fazer uma seleção de 100 ou 200 plantas, principalmente no Brasil. O mínimo recomendado é partir pelo menos 10 sementes. Se tiver que ter menos, você já deve levar em consideração que as chances de encontrar as melhores mães são reduzidas. Acredite ou não, já que ninguém sabe em qual pacote está a “semente em um milhão”. Mas também, pela autossuficiência, não custa tentar.

Desde o primeiro momento que iniciar um cultivo, que será quando colocar as sementes para germinar, é também o início da sua seleção, por isso cada uma delas deve estar perfeitamente identificada. Isso ajudará ao anotar todos os detalhes que puder observar, tanto positivos quanto negativos. Por exemplo, qual germinou antes, qual cresce mais rápido, qual nos transplantes mostra mais raízes, qual tem menos distância entre os nós, qual é a mais ramificada, etc.

Mas, sem dúvida, as diferenças entre as plantas serão mais evidentes assim que a fase de floração começar. Afinal, para muitos o mais importante é a colheita. De pouco adianta selecionar uma planta com base no quão compacta ou alta ela é, ou no seu vigor, se posteriormente não for a mais produtiva, a mais potente ou a que mais se adequa às suas necessidades.

Mas antes de iniciar a fase de floração, para ter certeza, garanta pelo menos duas mudas de cada planta. E sempre mantenha todas perfeitamente identificadas. Mantenha estas com um fotoperíodo de crescimento. Uma delas será sua futura planta-mãe de cannabis, então a partir desse momento cuide bem delas.

Como citado antes, desde o início da floração algumas plantas apresentam diferenças. Alongamento na fase de transição do crescimento para a floração. Velocidade para começar a florescer. Velocidade na produção de tricomas e quantidade. Grau de compactação e tamanho dos buds. Cor, aroma, produção… E ainda tolerância a fertilizantes, resistência a pragas ou fungos se ocorrerem no cultivo.

Os descartes

Algo muito importante é descartar qualquer planta com qualquer leve sinal de hermafroditismo. Embora possa ser algo específico devido a algum fator de estresse, poderá ser uma planta com tendência ao hermafroditismo. Você já deve avaliar se essa planta vale a pena continuar a florescer ou é melhor removê-la e não colocar em risco a colheita de todas as outras.

Você também deve levar em consideração qual será o futuro da planta-mãe. Se você cultiva outdoor, pode estar interessado em uma planta alta e ramificada. E se você cultiva indoor, geralmente uma planta mais interessante, antes de tudo, é uma que não se estique muito. Posteriormente, dependendo da técnica de cultivo que pretenda fazer, são interessantes plantas mais colunares para SOG e mais ramificados para SCROG. Como citamos, a planta perfeita é aquela que se adapta melhor ao seu gosto.

Qual será minha planta-mãe de maconha?

Assim que tiver colhido e a erva e tiver uma boa secagem e um mínimo de cura, a prova de fogo virá. Calmamente, experimente cada bud e tome a decisão final. Haverá um que você mais gosta ou que tem mais efeitos do seu agrado. Você terá uma boa quantidade de botões de cada planta, portanto a decisão não precisa ser questão de um dia ou uma semana.

Se você tem duvida entre várias, suas anotações podem te ajudar. Talvez algumas delas sejam um pouco mais produtivas, florindo um pouco mais rápido, mais resistentes, suas mudas enraízam mais rápido, etc… E você também sempre tem a possibilidade de começar a partir das mudas que guarda delas, para voltar a cultivar as que parecem melhores para você. Talvez em uma segunda seleção você veja alguns detalhes que escaparam na primeira seleção.

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Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: maconha e policultura – tudo que você precisa saber

Dicas de cultivo: maconha e policultura – tudo que você precisa saber

Falando principalmente em outdoor, cultivar apenas plantas de maconha, sem nenhuma outra espécie por perto, expõe a cannabis a pragas e aos elementos, e pode esgotar o solo. Mas se você cultivar outras plantas associadas à maconha, não apenas evitará as pragas, mas também atrairá insetos benéficos e fornecerá nutrientes ao solo. No post de hoje vamos falar mais sobre isso.

Os cultivos associados, ou policulturas, irão transformar seu jardim e contribuir para o desenvolvimento adequado de suas plantas de maconha.

As plantas de maconha geralmente crescem bem em uma monocultura (ou seja, quando apenas a cannabis é cultivada). Mas, naturalmente, a maconha cresce muito melhor quando cercada por certas espécies de plantas. Essas espécies aliadas, conhecidas como cultivos ou plantas associadas, cumprem uma série de funções essenciais no jardim ou área de cultivo: desde manter as pragas afastadas até fornecer nutrientes vitais para o solo.

Continue lendo para descobrir o mundo fascinante das plantas associadas e por que você deveria experimentar esta antiga prática.

O que são cultivos associados?

A associação de cultivos é sobre, basicamente, cultivar espécies de plantas benéficas entre ou perto de suas plantas de maconha. Essas espécies oferecem diversas vantagens para seu cultivo.

Algumas plantas associadas podem atrair insetos polinizadores ou predadores, enquanto outras podem manter sua Maria escondida ou até mesmo tirar nitrogênio da atmosfera para fixá-lo no solo. Ao incluí-las em seu jardim, criará uma policultura com melhor resistência a doenças do que uma monocultura convencional. Além disso, colherá buds de melhor qualidade.

Uma prática milenar: a história dos cultivos associados

A associação de cultivos é quase tão antiga quanto a própria agricultura, datando de milhares de anos. Conforme os cultivadores testavam novos cultivos, perceberam os benefícios de cultivar várias plantas simbióticas juntas e viram a produtividade aumentar e a saúde da planta mantida, enquanto economizavam espaço.

Cerca de 6.000 anos atrás, os nativos americanos começaram a praticar uma associação de cultivo conhecida como as “Três Irmãs” – um trio formado por milho, abóbora e feijão, onde as plantas se beneficiavam mutuamente.

O milho é uma planta alta em forma de haste que fornece sombra para a abóbora e uma estrutura onde o feijão pode escalar. Por sua vez, a abóbora forma grandes folhas que cobrem a terra, impedindo que a luz solar a atinja diretamente, preservando a vida microbiana do solo. E o feijão, sendo leguminosa, colabora com alguns micróbios do solo (rizóbio) para fixar o nitrogênio atmosférico no solo, um nutriente vital.

Vantagens dos cultivos associados: um princípio da permacultura

Como pode ver, a associação de cultivos pode transformar seu jardim em uma rede viva e complexa, que se sustenta e se beneficia. Essa prática é compatível com os princípios da permacultura, o que sugere que os sistemas agrícolas devem ser sustentáveis ​​e autossuficientes.

A permacultura também dá grande ênfase aos sistemas de ciclo fechado. Esses sistemas visam colocar todos os seus recursos dentro dos limites da fazenda ou jardim. Nesse sentido, os cultivos associados auxiliam na obtenção de um sistema de ciclo fechado, fornecendo alimentos, ervas, composto e nitrogênio atmosférico.

Vamos mergulhar nas diferentes vantagens das plantas associadas.

Biodiversidade

Obviamente, o cultivo de várias espécies de plantas aumentará muito a biodiversidade do seu jardim. Isso cria um ambiente muito favorável para os microrganismos do solo, que são uma das chaves para o cultivo de plantas de cannabis saudáveis.

O aumento da biodiversidade (na forma de flores, arbustos e vegetais) também oferece um refúgio seguro para polinizadores e fauna benéfica. Além disso, essa diversidade ajudará a reduzir a transmissão de doenças. Grandes monoculturas (onde uma única espécie é cultivada) são conhecidas por sua vulnerabilidade a patógenos que se espalham rapidamente; Como todas as plantas são iguais, elas serão vítimas da mesma doença. Felizmente, a policultura oferece uma solução para isso, agindo como um tampão entre o cultivo principal e a doença/pragas.

Proteção

As plantas associadas atraem a fauna, mas nem todos os tipos. Na verdade, alguns cultivos associados ajudam a repelir pragas e animais que podem causar grandes danos às plantas de maconha.

Muitas espécies de plantas associadas liberam aromas fortes no ar, agindo como repelentes naturais de insetos. Alguns seguem outra estratégia, tornando-se plantas isca para insetos: em vez de repelir pragas, atraem a atenção para desviá-los das plantas de maconha.

Espécies maiores, especialmente aquelas que crescem como barreiras, também podem proteger sua cannabis dos elementos. Por exemplo, plantas altas como girassóis e tomates podem atuar como quebra-ventos para evitar que os caules de cannabis quebrem durante uma tempestade.

Saúde e fertilização do solo

Um solo saudável faz a diferença entre uma boa colheita e uma colheita extraordinária. Sob a superfície do solo, na rizosfera, as raízes estabelecem uma relação de troca com muitas espécies diferentes de micróbios: as raízes liberam exsudatos açucarados, atraindo todos os tipos de fungos e bactérias benéficas, e por sua vez essas espécies ajudam as plantas a ter acesso aos nutrientes de várias maneiras.

Por exemplo, os fungos micorrízicos se fundem com as raízes das plantas, ajudando-os a obter nutrientes em troca de açúcares. As bactérias também adoram o sabor desses açúcares. Como resultado, quando morrem, liberam muitos nutrientes perto das raízes.

As policulturas são especialmente boas para manter essas colônias microbianas do solo. As plantas de cobertura as protegem do sol, enquanto outras plantas associadas contribuem com exsudatos para o solo, criando uma rede alimentar favorável. As plantas fixadoras de nitrogênio também melhoram a saúde do solo e aceleram o crescimento das plantas; Especificamente, trabalham com as bactérias do solo para capturar o nitrogênio da atmosfera e fixá-lo no solo.

Alimentos e remédios naturais

Talvez a melhor vantagem da associação de cultivos seja que algumas dessas plantas podem ser utilizadas na cozinha. Não há nada como a satisfação de cozinhar plantas cultivadas em seu próprio jardim.

Outras plantas podem ser usadas para fazer chás calmantes, tônicos ou cosméticos, como loções, bálsamos e tinturas.

Cultivos associados eficazes e populares

Existem centenas de plantas parceiras para escolher e milhares de combinações possíveis. Ao planejar sua policultura, deve verificar quais plantas são compatíveis e quais não são. Algumas plantas crescem juntas, enquanto outras não crescem bem em companhia.

Dito isso, aqui estão algumas das plantas parceiras mais eficazes, classificadas por tipos.

Cultivos de cobertura

Os cultivos de cobertura melhoram a estrutura do solo, administram os nutrientes e ajudam a proteger a vida microbiana do solo.

Capuchinha:

  • Extremamente fácil de cultivar
  • Resistente à seca
  • Prospera em terras pobres e as reabastece
  • Cria uma cobertura eficaz para evitar ervas daninhas

Confrei:

  • Extrai nutrientes das profundezas do solo
  • As folhas são excelentes como cobertura, ou para fazer um chá nutritivo para as plantas
  • Ajuda a prevenir doenças como o fungo oídio

Alfafa:

  • Suas raízes profundas rompem o solo compactado
  • Melhora a penetração e retenção de água no solo
  • Captura a umidade e reduz a evaporação
  • Pode usar as hastes para fazer um chá fertilizante, rico em nutrientes

Ervilha-de-cheiro:

  • Não precisa de suporte
  • Suprime as ervas daninhas
  • Pode cortá-las e usá-las como cobertura
  • Captura nitrogênio atmosférico

Fixadores de nitrogênio

Essas espécies absorvem grandes quantidades de nitrogênio (um macronutriente necessário para a fotossíntese e a formação de proteínas) da atmosfera para fixá-lo no solo. Porém, essas plantas não desempenham sozinhas essa função, mas colaboram com certas bactérias que habitam o solo.

Milefólio:

  • As raízes liberam substâncias que atraem bactérias fixadoras de nitrogênio
  • Se adicioná-lo ao composto, irá liberar bactérias no solo
  • Pode usá-lo para fazer uma deliciosa infusão

Dente de leão:

  • Captura muito nitrogênio do solo
  • Armazena altos níveis de nitrogênio nas folhas
  • Pode usar as folhas para fazer um chá de nitrogênio para as plantas
  • Flores e folhas comestíveis

Feijão:

  • Fixam o nitrogênio do ar no solo
  • Pode escolher entre muitas espécies diferentes, acrescentando variedade ao seu jardim
  • Ocupam pouco espaço horizontal

Trevos:

  • Captura nitrogênio atmosférico
  • Converte o nitrogênio em nitratos, que são armazenados nas raízes
  • À medida que suas raízes se decompõem, liberam nitrogênio para as plantas próximas

Repelentes

Plantas repelentes produzem coquetéis de terpeno com aromas intensos, que fazem as pragas pensarem duas vezes antes de devorar sua ganja.

Erva-cidreira:

  • Terpenos cítricos intensos que afastam pragas
  • Disfarça o cheiro de cannabis
  • Ótima para fazer infusões e bebidas refrescantes de verão
  • Brota novamente ano após ano

Lavanda:

  • Enche o jardim com uma nuvem protetora de aromas fortes
  • Aroma relaxante
  • Pode usá-la para fazer uma infusão relaxante
  • Dê um toque colorido ao seu jardim
  • Alimenta os polinizadores

Coentro:

  • Cheiro forte e terroso
  • Não ocupa muito espaço
  • Pouco tempo entre a semeadura e a colheita
  • É delicioso em sopas e saladas

Artemísia:

  • Repele lesmas que podem devastar suas plantas
  • Evita que pássaros e ratos comam as sementes recém-plantadas

Erva-gateira:

  • Produz um óleo forte que repele pulgões, formigas, lagartas e besouros
  • Pode ser usado para fazer uma infusão relaxante
  • Seu gato vai adorar

Atratores

Como já citamos, algumas plantas associadas atrairão insetos e polinizadores benéficos para o seu jardim. Essas criaturas ajudarão a reduzir as populações de pragas, polinizar as flores do jardim e aumentar a produtividade geral.

Tomilho:

  • Baixa manutenção e muito aromático
  • Atrai borboletas e abelhas
  • Produz compostos antibacterianos e antifúngicos, que podem proteger insetos benéficos
  • É uma erva culinária muito saborosa

Erva-doce:

  • Atrai joaninhas, que podem comer cerca de 50 pulgões por dia
  • Atrai vespas parasitas, que lutam contra lagartas e moscas brancas
  • Dá um toque delicioso para sopas e saladas

Endro:

  • Atrai vários insetos benéficos (incluindo joaninhas, louva-a-deus e vespas parasitas), que se alimentam de algumas pragas
  • Atrai polinizadores como abelhas, borboletas e moscas-das-flores
  • Um ingrediente delicioso para pratos salgados

Ervas culinárias e alimentos

Além de aumentar a biodiversidade e atrair insetos benéficos, essas plantas serão algumas das mais saborosas do seu jardim.

Cebola:

  • Repelente de insetos em geral
  • Cresce bem com endro
  • Fica ótima em qualquer prato saboroso

Alecrim:

  • Sabor e cheiro agradáveis
  • Atrai polinizadores
  • Pode usá-lo para fazer uma infusão relaxante

Borragem:

  • Flores que trazem beleza ao jardim
  • Você pode usar as flores e folhas para fazer um chá nutritivo
  • Uma ótima fonte de alimento para as abelhas

Sálvia:

  • Atrai as abelhas
  • Cresce bem entre tomate e alecrim
  • Prefere solo arenoso e cresce melhor nas margens do canteiro de maconha
  • Uma erva culinária muito saborosa

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: microrganismos do solo – a chave para o seu cultivo de maconha

Dicas de cultivo: microrganismos do solo – a chave para o seu cultivo de maconha

Os microrganismos do solo são uma série de minúsculas criaturas que vivem no solo. Alguns desses organismos podem formar relações de apoio mútuo com as plantas, ajudando a proteger e promover a saúde do cultivo. Sem dúvida, essas formas de vida são uma grande contribuição para qualquer cultivo de maconha.

A palavra micróbio, ou microrganismo, é usada para descrever organismos microscópicos que são invisíveis ao olho humano e só podem ser vistos sob um microscópio, como bactérias, vírus e fungos. Os microrganismos são absolutamente essenciais para a saúde do solo e das plantas. Frequentemente, tendemos a ter uma abordagem isolada das coisas. No caso da natureza, separamos algumas partes de outras para poder estudá-las isoladamente e compreender suas funções e características.

Mas, ao fazer isso, subestimamos a grande interconexão da rede da vida e como os seres vivos dependem uns dos outros para sobreviver, às vezes formando relações simbióticas para ajudar uns aos outros.

Este tipo de relação simbiótica é muito abundante no solo entre microrganismos e plantas. Os cultivadores de maconha podem aproveitar essa conexão para promover um solo saudável e um crescimento vigoroso das plantas.

Esta frase da microbiologista e pesquisadora em biologia do solo, Dra. Elaine Ingham, explica a importância da aliança entre solo saudável e microrganismos: “Se queremos água limpa, temos que devolver a biologia aos nossos solos. Se quisermos cultivar e colher, temos que desenvolver o solo e a fertilidade com o tempo, não destruí-los. A única forma de conseguir esses resultados é melhorando a vida do solo”.

Plantas e micróbios: uma união simbiótica

Embora as plantas não tenham cérebro e, pelo que sabemos, também não tenham consciência (embora possamos estar errados), elas possuem mecanismos químicos que lhes permitem alterar e configurar seu ambiente externo. E grande parte dessa magia acontece no solo. O solo às vezes é visto como uma fonte simples de nutrientes onde as plantas podem se desenvolver, mas na realidade ele é um ecossistema complexo e fascinante, carregado de vida microbiana.

No ecossistema do solo, as plantas e os microrganismos não apenas fazem suas próprias coisas de forma independente, mas interagem ativamente e até trabalham juntos para tornar a vida mais fácil para ambos e aumentar suas chances de sobrevivência. A atividade microbiana pode aumentar o crescimento da planta por meio de uma série de mecanismos, incluindo a alteração dos sinais do hormônio, repelindo ou derrotando micróbios patogênicos e aumentando a biodisponibilidade de nutrientes.

Absorção de nutrientes

Todos esses mecanismos oferecem vantagens para os cultivadores, especialmente aqueles que cultivam outdoor, onde as condições são mais adversas e a biodiversidade é muito maior. A maioria dos cultivadores já está familiarizada com os nutrientes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), os 3 macronutrientes de que as plantas mais demandam para um crescimento saudável e vigoroso.

Os microrganismos do solo podem ser de grande ajuda para as plantas, liberando nutrientes bloqueados do solo para que possam ser mais facilmente absorvidos pelas raízes. Micróbios do solo podem metabolizar nutrientes bloqueados, como NPK, que são ligados a moléculas inorgânicas, tornando-os mais disponíveis para as plantas.

Alguns desses microrganismos, como bactérias ou fungos, têm a capacidade de decompor os nutrientes encontrados nesse estado e, ao fazer isso, os liberam de uma forma utilizável para as plantas. Esses aliados microscópicos são considerados motores essenciais do crescimento das plantas em ambientes naturais. É claro que os cultivadores, tanto indoor quanto outdoor, podem se beneficiar muito com a presença de microrganismos no solo do cultivo.

Como é feito o vínculo

Essa relação não significa, de forma alguma, dar tudo e receber nada. As plantas se beneficiam de um maior acesso aos nutrientes essenciais, mas os micróbios também recebem algo em troca. As raízes das plantas liberam uma série de substâncias para a terra: exsudatos. Alguns deles incluem açúcares, aminoácidos e ácidos orgânicos, que são uma fonte de alimento para microrganismos.

Os exsudatos contribuem efetivamente para o desenvolvimento do microbioma radicular. Esses nutrientes também podem atrair micróbios patogênicos, mas felizmente alguns dos microrganismos benéficos têm mecanismos de defesa contra eles.

Micorrizas

A união mais interessante entre plantas e microrganismos é possivelmente a relação entre plantas e fungos. Um tipo de fungo, denominado fungo micorrízico, liga-se às raízes das plantas. A parte enterrada dos fungos, que pode ser considerada suas raízes, é chamada de micélio. Ao juntar-se às raízes, o micélio dos fungos micorrízicos atua como se fosse uma extensão destes, permitindo-lhes absorver nutrientes de uma área muito maior do que poderiam ter coberto agindo sozinhos.

Portanto, os fungos micorrízicos fornecem umidade e nutrientes adicionais às plantas. Em troca, os fungos se alimentam dos exsudatos açucarados das plantas. Essa aliança simbiótica é chamada de micorriza.

Existem dois tipos principais de micorrizas: ectomicorrizas (que vivem do lado de fora das raízes) e endomicorrizas (que vivem na própria planta). Se você deseja aproveitar o poder dos fungos para aumentar a absorção de nutrientes de seu cultivo, lembre-se que o abuso de fertilizantes e o uso de fungicidas podem prejudicar e reduzir a eficácia desses organismos.

Bactérias benéficas: Rizobactéria

Várias espécies de bactérias também são um componente importante da cadeia alimentar do solo. Além de desempenhar um papel fundamental na cadeia alimentar e na reciclagem de nutrientes, interagem diretamente com as raízes das plantas, proporcionando-lhes excelentes benefícios.

Alguns produtos específicos introduzem numerosas espécies de bactérias e algas benéficas no meio de cultivo que ajudam as plantas a absorver nutrientes e combater patógenos. Essas espécies bacterianas geram promotores de crescimento que desempenham um papel essencial na fixação do nitrogênio da atmosfera e tornam os nutrientes essenciais disponíveis para as plantas de maconha.

Esses seres microscópicos também ajudam a quebrar a matéria orgânica e a liberar nutrientes que são facilmente absorvidos pelas plantas. Além disso, após uma vida inteira lutando contra micróbios nocivos e liberando nutrientes, esses micróbios morrem e liberam mais alimentos vegetais na zona da raiz.

Defesa das raízes

Os fungos micorrízicos não só oferecem mais nutrientes às plantas; eles também podem proteger contra alguns tipos de nematoides. Os nematoides são vermes microscópicos e em um punhado de solo pode haver milhares deles. Mais de 20.000 espécies de nematoides foram documentadas, sendo o animal mais numeroso do planeta.

Alguns nematoides podem ser benéficos para as plantas de maconha, como veremos adiante. Mas alguns deles podem ser bastante prejudiciais. Os nematoides fitoparasitários se alimentam das raízes, afetando a saúde e o crescimento das plantas.

Tipos de nematoides

Os nematoides ectoparasitas vivem na rizosfera (a área do solo ao redor das raízes), onde se alimentam das células externas das raízes. Em vez disso, os nematoides endoparasitários penetram nas raízes para se alimentar. Este tipo de nematoide causa danos aos cultivos agrícolas.

O micélio dos fungos é formado por minúsculos filamentos separados, chamados de hifas. Esses pequenos fios são capazes de prender os nematoides devoradores de raízes, evitando que ataquem o sistema radicular das plantas.

Nematoides predadores

Nem todos os nematoides representam uma ameaça para o seu cultivo. Na verdade, alguns desses organismos, chamados de nematoides predadores, podem atuar como um sistema de segurança para suas plantas. Eles se alimentam de outros micróbios que habitam o rizoma, incluindo os temidos nematoides fitoparasitas que comem as raízes da cannabis. E não só isso; Esses nematoides benéficos também liberam nutrientes em um formato assimilável para as plantas, de forma que também contribuem para a saúde e fertilização do cultivo.

A maioria dos nematoides predadores pertence a 4 grupos taxonômicos diferentes. Os nematoides Mononchida têm uma cavidade oral que geralmente é equipada com um único dente, vários dentes grandes, vários dentes pequenos em forma de garra ou todos eles ao mesmo tempo, que usam para furar suas presas. Os nematoides Dorylaimida têm um dente semelhante a uma agulha, denominado odontostilo. Com esse dente, atacam e se alimentam de suas presas e, com isso, ajudam a reduzir o número de organismos devoradores de cannabis na rizosfera.

Existem mais dois tipos de nematoides predadores. Os nematoides Diplogaster também têm pequenas cavidades na boca, armadas com dentes. Eles geralmente são encontrados em grandes grupos que habitam estrume em decomposição e têm um ciclo de vida de uma ou duas semanas. E por último, os nematoides Apelenchus têm um furador em forma de agulha que eles usam para penetrar nos nematoides presas e injetar enzimas digestivas paralisantes.

Introduzindo nematoides em seu cultivo

Esses nematoides podem ser um tanto ferozes, mas certamente ajudam a proteger suas plantas de maconha contra um grande número de habitantes indesejáveis ​​do solo.

A melhor época para introduzir nematoides predadores em seu cultivo é no final da tarde; Isso os impedirá de serem expostos à luz solar direta, o que pode matá-los. Devem ser mantidos na geladeira até o momento da aplicação. Antes de introduzi-los, o solo deve estar ligeiramente úmido e deve ser regado após a aplicação.

Adicione-os diretamente sob as plantas que deseja proteger, em vez de espalhá-los por todo o solo. A maneira mais fácil de aplicá-los é misturando-os com a quantidade de água indicada nas instruções do produto que você decidir usar. Você pode então pulverizar essa mistura diretamente no solo.

Promovendo a microbiologia do solo

Os cultivadores podem usar vários métodos para aumentar a quantidade de microrganismos benéficos no solo, melhorando a saúde das plantas e, possivelmente, a quantidade e a qualidade da colheita.

Criar e aplicar um composto

Um desses métodos é criar e aplicar um composto de boa qualidade. Na verdade, a compostagem é um processo realizado por microrganismos aliados. Estes decompõem a matéria orgânica, como cascas de frutas e legumes, plantas indesejadas no jardim e outros restos orgânicos, transformando-os em nutrientes de alta qualidade para as plantas.

Ao fazer a pilha de composto, certifique-se de adicionar materiais “verdes” suficientes (como folhas, aparas de grama ou restos de frutas e vegetais), misturando-os com materiais “marrons” (como palha, lascas de madeira ou galhos). As pilhas de composto precisam ser removidas para que o ar chegue a todas as áreas, contribuindo para a decomposição dos materiais.

Adicionar este composto ao solo não só fornece muitos nutrientes saudáveis, mas também microrganismos benéficos. Com o composto, os cultivadores podem reduzir ou até abandonar o uso de fertilizantes ou produtos sintéticos.

Chá de composto

O chá de composto é uma forma natural excelente de fornecer combinações poderosas de nutrientes essenciais para as plantas. Esses chás podem ser preparados com uma grande variedade de restos orgânicos. Chás de compostagem demonstraram aumentar a qualidade nutricional e até mesmo o sabor dos vegetais, então quem sabe o que eles podem alcançar quando se trata da qualidade da maconha.

Para prepará-lo, os restos de matéria vegetal e húmus de minhoca são misturados com água e deixados para fermentar por um período de tempo. Há um debate sobre qual tipo de fermentação é mais benéfico para as plantas: aeróbica (com oxigênio) ou anaeróbica (sem oxigênio). Mas o chá de composto aeróbico, criado com uma bomba de ar, aumenta o número de microrganismos benéficos. Depois de fermentado, este chá pode ser aplicado em volta das plantas.

Não lavrar

Lavrar a terra é uma técnica agrícola usada para preparar a terra para futuros cultivos. Mas esse método tem se mostrado prejudicial à saúde do solo, contribuindo para sua erosão, além de liberar grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, que já está excessivamente carregada desse gás. Arar a terra também está associado à perda de vida microbiana no solo.

Ao lavrar anualmente, revira-se a camada mais superficial do solo (os primeiros 5 cm, aproximadamente). Quando isso acontece, o húmus (solo rico em matéria orgânica) fica exposto aos elementos, prejudicando a vida microbiana que o habita e alterando processos naturais.

Com a técnica do “sem arado”, ao não lavrar a terra, este delicado habitat não é perturbado. Esse método ajuda a manter o aumento constante de matéria orgânica no solo com o passar dos anos. Esse acúmulo de nutrientes resulta em um solo mais saudável e nutritivo para as plantas.

Evite o uso de pesticidas

Na agricultura industrial e não orgânica, os pesticidas são frequentemente usados ​​como uma medida química contra pragas indesejadas. Embora possam ser eficazes nesse sentido, o uso desses produtos químicos demonstrou produzir efeitos enormemente negativos na saúde humana e na natureza. Os pesticidas estão associados a vários problemas de saúde e podem facilmente contaminar os sistemas de água, onde podem causar danos à vida selvagem.

Esses pesticidas não apenas matam pragas indesejadas, mas também afetam negativamente os microrganismos benéficos. E, ao fazer isso, eles limitam ou impedem o incrível trabalho que esses micróbios fazem no solo. Por exemplo, foi observado que microrganismos fixadores de nitrogênio, ou aqueles que ajudam a dissolver o fósforo, tornam-se inativos em solos contaminados com pesticidas.

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Referência de texto: Royal Queen

7 lugares no mundo que devem seu nome à cannabis

7 lugares no mundo que devem seu nome à cannabis

A planta de cannabis, nossa querida maconha, está no mundo há milhões de anos e na companhia dos humanos são milhares. Sua marca ao longo do tempo pode ser vista em uma ampla variedade de assuntos. A influência da planta no mundo é tão grande que inclusive alguns lugares receberam seus nomes por causa da erva.

Kanepi: é uma pequena cidade no condado de Põlva, no sudeste da Estônia, com pouco menos de 700 habitantes. Os primeiros registros que o mencionam são do ano de 1582, onde a área era um importante local de produção de cânhamo. Em março de 2018, o governo anunciou aos cidadãos que teriam que votar para ter uma nova bandeira e escudo. E como kanep em estoniano significa cannabis, a bandeira vencedora de todos aqueles que optaram por se tornar uma bandeira oficial, é claro, uma grande folha de cannabis centralizada nas cores branca e verde. Se você decidir visitar Kanepi, gostará de ver sua bandeira tremulando na prefeitura.

Canepina: é uma pequena comuna italiana a cerca de 60 quilômetros de Roma. Canapa em italiano é o mesmo que cânhamo. A Itália ficou atrás da Rússia, o maior produtor de cânhamo entre o final do século XIX e o início do século XX, até que os interesses dos EUA conseguiram tornar a maconha e o cânhamo proibidos em todo o mundo. E era um povo tão próximo do cânhamo que até o enxoval das noivas eram feitos com fios de suas fibras. Hoje o cultivo está voltando novamente para a Itália e, claro, para Canepina, onde também têm um restaurante com um cardápio à base de maconha, Agriristoro Il Calice e la Stella.

Kenderes: é uma pequena cidade na Hungria de pouco mais de 4.500 habitantes, pertencente ao distrito de Karcag no condado de Jász-Nagykun-Szolnok. Desenvolveu-se principalmente nos séculos XVI-XVII. Seu nome é herdado de kender, que significa cânhamo. A tradução de Kenderes poderia ser algo como “aquele que têm cânhamo”. O seu principal ponto turístico é o castelo de estilo barroco de Miklós Horthy (1868-1957), governante da Hungria durante 24 anos e natural desta cidade.

Hamppu: é uma pequena cidade da Finlândia. Hamppu nesta língua é como é chamada a cannabis. O cultivo de cânhamo na Finlândia é um dos mais antigos da Europa, vindo da China durante o início da Neolítica Idade da Pedra. O pólen de cânhamo encontrado no sedimento Huhdasjärvi de Kouvola foi datado de cerca de 4800 a.C. Sua popularidade aumentou durante a segunda onda da agricultura nos séculos 15 e 16 e atingiu seu pico nos séculos 18 e 19, quando era cultivada em quase todo o país.

Hempstead: é uma das três cidades do condado de Nassau, Nova York, e ocupa a parte sudoeste do condado, na metade oeste de Long Island. A cidade foi fundada por volta de 1644 após um tratado entre colonos ingleses e os índios Lenape. Seu nome é uma referência clara ao cultivo de cânhamo. Podemos encontrar muitas outras cidades com nomes que nos lembram que um dia o cânhamo foi um grande motor econômico, como Hempstead County no Arkansas, Hempstead no Texas, Hemphill na Carolina do Norte ou Hempfield na Pensilvânia, entre outros.

Chennevières-sur-Marne: é um município localizado a sudeste de Paris, onde foram encontrados assentamentos de tempos pré-históricos. É uma localidade montanhosa e ribeirinha, onde os gauleses construíram aldeias e começaram a plantar vinhas no século IV. O nome da cidade deriva de “Canaveria”. Significa cânhamo francês, em referência às grandes colheitas que lá foram feitas durante séculos. Também em seu brasão, uma planta de cannabis é orgulhosamente exposta.

Cañamares: é uma pequena cidade de Cuenca, Espanha, com apenas 467 habitantes. Situada em plena zona montanhosa, funciona como um limite natural entre a Alcarría e a Serranía de Cuenca. Foi fundada na Alta Idade Média, quando soldados de La Rioja se estabeleceram no Vale das Escabas. Tanto em seu escudo quanto em sua bandeira, uma marcante planta de cannabis domina a cena, uma referência ao seu passado, onde os cultivos de cânhamo eram muito comuns nesse país e tão importantes na guerra pelo domínio dos mares. As fibras da planta eram usadas na fabricação de cordas, velas, entre outras coisas.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: 5 erros ao cultivar plantas automáticas indoor

Dicas de cultivo: 5 erros ao cultivar plantas automáticas indoor

Quando variedades fotodependentes (ou não autoflorescentes) são cultivadas a partir de sementes, elas não começam a florescer antes de atingirem a idade sexual adulta. Isso acontece em cerca de 4 semanas. Portanto, não poderão ser colhidas em um total de 75-80 dias, como é o caso das variedades de floração mais rápida. Portanto, para quem procura as colheitas mais rápidas, as variedades autoflorescentes são as melhores para o indoor. Pelo contrário, em comparação com as variedades não autoflorescentes, são geralmente menos produtivas e potentes. Além disso, e como veremos adiante, para obter o melhor desempenho, o consumo de eletricidade será maior. Também devido ao seu estado, será impossível retirar mudas. E por último, que dificilmente permitem erros durante a fase de crescimento e após três ou quatro semanas começarão a florir independentemente do tamanho que tenham. 1 – USAR VASOS MUITO PEQUENOS A grande maioria das autoflorescentes tem um comportamento semelhante. Elas crescem por aproximadamente três a quatro semanas e então começam a fase de floração. Em outras palavras, após três semanas da germinação, é aconselhável ter plantas que se desenvolveram o máximo possível durante o crescimento. Sua produção dependerá muito do tamanho. O uso de pequenos vasos limitará o espaço disponível para o desenvolvimento das raízes e, portanto, seu crescimento será interrompido. Como recomendação, os melhores potes de 7 a 11 litros. E sempre claro, usando um substrato de alta qualidade para que as automáticas cresçam fortemente desde o primeiro momento. 2 – FAZER TRANSPLANTES EM AUTOMÁTICAS No caso de variedades autoflorescentes cultivadas indoor, é aconselhável utilizar um vaso grande desde o primeiro momento. E quando dizemos grande, dizemos 7-11 litros. Não serão necessários vasos maiores, pois devido à sua curta fase vegetativa não terão tempo para alongar muito mais o sistema radicular. Um transplante, embora benéfico em longo prazo, ainda é um fator de estresse que pode atrasar o crescimento das plantas por alguns dias. E neste tipo de variedades que às vezes começam a florir em três semanas, privá-las de desenvolver 2-3 dias de crescimento é sempre contraproducente. Por este motivo, recomenda-se sempre transferir a semente diretamente para o seu pote definitivo, seja germinando diretamente no pote ou previamente em lã de rocha, guardanapos de papel, entre outros. 3 – SUBESTIMAR SEU CRESCIMENTO Embora as automáticas indoor geralmente sejam variedades de tamanhos que raramente excedem um metro de altura, sempre há algumas exceções. E é principalmente sobre sativas autoflorescentes e as chamadas “super-autos”, que às vezes chegam a 150 cm de altura. E isso no indoor pode ser um problema. Nesses casos raros, vasos um pouco menores podem ser usados ​​do que usaríamos com automáticas menores, o que evitará o crescimento excessivo. Outra opção é reduzir o fotoperíodo de luz por algumas horas na fase de crescimento. Com menos horas de luz, as plantas crescerão, naturalmente, um pouco menos. 4 – FAZER PODAS EM AUTOMÁTICAS Qualquer poda feita em uma planta sempre exigirá um tempo de recuperação que levará vários dias. Se, por exemplo, fizermos uma poda apical de uma autoflorescente buscando uma maior ramificação lateral, dificilmente ela ramificará, pois como já dissemos, na terceira ou quarta semana começará a florir. E voltamos ao que foi dito antes, em variedades com um período de crescimento tão limitado, privar a planta de se desenvolver por 2 ou 3 dias pode fazer uma grande diferença em sua altura final. Se necessário, porque as plantas cresceram excessivamente, é sempre mais conveniente fazer alguma orientação dos galhos do que podar. 5 – USAR O MESMO FOTOPERÍODO DAS FOTODEPENDENTES Na floração, esses tipos de variedades que não dependem de fotoperíodos, apreciam um grande número de horas de luz. Isso afetará a produção de forma muito positiva, pois quanto mais horas de luz, mais os botões crescerão e, no final das contas, os rendimentos serão maiores. Um fotoperíodo de 12/12 é usado para a floração de variedades fotodependentes. Se receberem mais de 12 horas de luz, não florescerão, portanto, 12 horas é o máximo que pode contribuir para atingir os maiores rendimentos. Já as autoflorescentes, por não dependerem de fotoperíodos, podemos deixar mais de 12 horas para que floresçam da mesma forma. A melhor opção é um fotoperíodo 18/6. Essas 6 horas de luz a mais supõem um custo elétrico maior como mencionamos no início com respeito às fotodependentes, mas sem dúvida o rendimento e vigor das plantas compensarão. Leia também: Referência de texto: La Marihuana

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