Dicas de cultivo: o que são as variedades de maconha Landrace e Heirloom?

Dicas de cultivo: o que são as variedades de maconha Landrace e Heirloom?

Hoje existem tantas variedades diferentes de maconha que, especialmente para quem não conhece este mundo, é praticamente impossível saber quais são as originais e o que significam os diferentes nomes dessas variedades. Você sabe quais são as variedades Landrace e Heirloom? No post de hoje responderemos a essas perguntas!

O que são as variedades Landrace?

Landrace é um termo que se traduz em “raça local”. São variedades de maconha nativas de um lugar específico.

Isso significa que elas crescem naturalmente nessa área e nunca foram cruzadas com qualquer outra variedade de maconha. Em geral, são variedades muito antigas e foram cultivadas continuamente ao longo da história.

Elas são variedades de cannabis pura e cada planta é muito semelhante entre si. De um modo geral, as variedades landrace são 100% indica ou 100% sativa.

Por muito tempo, foram as variedades mais procuradas, oferecendo uma ampla gama de opções para cultivadores intrépidos que estavam ansiosos para encontrar novas variedades de cannabis.

Desde as puras Indicas Afegãs que cresceram na cordilheira Hindu Kush, que se estende pelo Paquistão e Afeganistão. Até as sativas do Nepal, Tailândia, Congo, Líbano, México ou Colômbia, entre muitos outros países. Elas ainda são a base de todos os híbridos modernos.

Houve uma época não muito distante em que os cultivadores viajavam para encontrar e saborear as diferentes variedades locais. Dessas viagens, levaram de volta sementes das variedades encontradas. Mais tarde, começaram a experimentar várias combinações e deram origem a todas as variedades comerciais que conhecemos atualmente.

Hoje, as variedades locais ou landraces são mais difíceis de encontrar. Guerras passadas e conflitos atuais fizeram com que muitas delas desaparecessem.

Também com a introdução de novos híbridos, mais produtivos do que as tradicionais, elas foram descontinuadas em muitas partes do mundo. Mas, felizmente, não se extinguiram. Alguns bancos de sementes ainda vendem muitas variedades de maconha de diferentes variedades autóctones ou landraces.

Lista de variedades landraces

Nativas da Ásia:

  • Afghani
  • Pure Afghan
  • Hindu Kush
  • Mazar I Sharif
  • Lashkar Gah
  • Pakistan Chitral Kush
  • Pakistan Valley Kush
  • Mag Landrace
  • Aceh
  • Thai
  • Chocolate Thai
  • Kauai Electric
  • Luang Prabang
  • Altai (centro-sul da Rússia / Mongólia)

Landraces nativas da América do Sul e Central

  • Lamb’s Bread
  • King’s Bread
  • Punto Rojo
  • Acapulco Gold
  • Colombian Gold
  • Panama Red
  • Limón verde

Landraces originárias da África:

  • Swazi Gold
  • Red Congolese
  • Kilimanjaro
  • Durban Poison
  • Malawi
  • Rooibaard

O que são as variedades Heirloom?

Heirloom é uma palavra em inglês que significa “herança”. A diferença entre uma variedade heirloom e uma variedade landrace é basicamente a logística, por assim dizer.

As cepas de cannabis heirloom ainda são cepas landrace, mas cultivadas fora de seu ambiente. Principalmente, essas variedades começaram a ser cultivadas na Califórnia e no Havaí. Portanto, pode-se dizer que são variedades mais modernas. Na maioria dos casos, foram escravizados que levaram as landraces para muitos países do Caribe, assim como aconteceu no Brasil.

Como as variedades heirloom são cultivadas longe de seu habitat natural, elas estão a um passo de serem puras. Mas ainda são consideradas originais em comparação com os híbridos de qualquer maneira.

Os amantes da maconha encontraram as melhores variedades de todo o mundo e começaram a cultivá-las.

Essas genéticas eram conhecidas por ser extremamente poderosas e impressionantes. As melhores variedades heirloom foram cultivadas no Havaí, incluindo sativas das regiões equatoriais entre a África e o Vietnã.

Na Califórnia, por outro lado, as landraces de sativa do México e da Colômbia tiveram um desempenho extremamente bom graças ao clima mais ameno.

Além disso, elas cresceram menos e terminaram a floração mais cedo do que em suas ancestrais. Landraces do México, Colômbia e Afeganistão, por exemplo, deram origem à famosa Skunk.

Ainda existem algumas variedades heirloom da década de 1970 crescendo nas ilhas havaianas. Embora também deva ser observado que a maioria das plantações de maconha que podem ser encontradas neste estado dos Estados Unidos, são variedades com uma combinação de genética em vez da típica heirloom pura.

As variedades landrace atualmente

As variedades landrace sativa apresentam melhor desempenho em qualquer região equatorial, que terá um clima bastante semelhante ao de seu país de origem.

As Indicas, por outro lado, apresentam melhor desempenho em áreas entre 30 e 50 graus de latitude norte ou sul.

Isso não quer dizer que uma indica não possa ser cultivada em áreas equatoriais ou uma sativa não possa ser cultivada em áreas mais frias, apenas que elas não se comportarão da mesma maneira nesses ambientes. Devemos ter em mente que essas variedades ainda são uma seleção natural que às vezes tem centenas de anos.

Se as landraces são cultivadas e reproduzidas por várias gerações, também é possível ver como aos poucos se aclimatizam.

As variedades landrace são atualmente muito cobiçadas por muitos cultivadores, que de certa forma desejam conhecer e cultivar as originárias dos híbridos modernos.

Não se pode dizer que as landraces são melhores do que os híbridos modernos. E nem pior, mas diferente.

As landraces costumam ter mais tipos de canabinoides. O cruzamento de híbridos, por outro lado, tem conseguido isolar a ponto de não estar presente em muitas das variedades modernas.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: como maximizar os terpenos de suas plantas de maconha

Dicas de cultivo: como maximizar os terpenos de suas plantas de maconha

A aplicação de técnicas para aumentar a produção de terpeno pode influenciar profundamente o perfil de aroma e sabor de uma variedade. Essas técnicas são facilmente aplicadas, mas produzem resultados consideráveis.

O que exatamente diferencia algumas variedades de maconha de outras? Basicamente, as variações genéticas produzem diferenças no padrão de cultivo, forma e velocidade de crescimento. A singularidade de uma variedade de maconha também é determinada pelo que sai dos tricomas, as pequenas glândulas em forma de cogumelo encontradas nas flores e folhas das plantas. Essas glândulas secretam uma resina carregada de canabinoides, como THC, CBD, CBN, entre outros. As diferenças entre as proporções de canabinoides é o que distingue algumas cepas de outras e seus efeitos. Mas os canabinoides não são a única substância presente nesta resina e responsável pelos efeitos da planta; os terpenos também são criados nos tricomas.

Os terpenos são compostos aromáticos encontrados em toda a natureza que proporcionam os aromas característicos de frutas e plantas. Por exemplo, o terpeno pineno é responsável pelo cheiro agradável que percebemos quando caminhamos por uma floresta de pinheiros ou coníferas, e o limoneno fornece os aromas refrescantes às cascas de frutas cítricas. O perfil de terpeno de uma cepa influencia seu sabor e cheiro, tornando-o um fator importante a ser considerado pelos breeders ao cultivar e pelos amantes da maconha ao selecionar uma cepa para fumar.

No entanto, descobriu-se que os terpenos desempenham outro papel muito mais importante nas plantas de cannabis. Eles não apenas têm sua própria gama de efeitos medicinais, mas também influenciam os efeitos psicoativos, por meio do que conhecemos como “efeito entourage”. Por exemplo, o mirceno é capaz de aumentar os efeitos anti-inflamatórios do CBD e o limoneno tem a capacidade de aumentar seus efeitos antibacterianos.

Dados os benefícios adicionais que os terpenos oferecem, sua produção se tornou mais importante e hoje muitos cultivadores estão se concentrando em aumentar sua produção durante o cultivo. Aqui estão algumas dicas para maximizar os níveis de terpeno e obter uma erva mais aromática possível.

TUDO COMEÇA NOS GENES

Existem vários motivos pelos quais os cultivadores desejam maximizar os terpenos. Para cultivadores ocasionais, isso significa ter buds perfumados para melhorar as sessões. Para o produtor comercial, em países legalizados, significa conseguir um produto mais atraente no final da safra. Em ambos os casos, existe a possibilidade de potencializar os efeitos. Se você deseja cultivar a erva mais cheirosa, selecionar as sementes é um fator importante. Começar com cepas que foram desenvolvidas especificamente para a produção de determinado terpeno oferece uma grande vantagem.

Na hora de comprar sementes, leia atentamente a descrição das cepas e escolha um perfil de terpeno com as características que procura.

SOLO DE BOA QUALIDADE É ESSENCIAL

Se você cultivar no solo, vale a pena ir mais longe e ter certeza de que é da melhor qualidade. Você pode adquirir um solo de boa qualidade facilmente ou pode fazer sua própria mistura. O solo contém muitos nutrientes que as plantas usam para sobreviver e prosperar, e um solo de boa qualidade está associado à maconha com o melhor sabor e aroma. Cultivar maconha em solo onde os nutrientes estiverem esgotados produzirá resultados decepcionantes.

ESTRESSAR A PLANTA, MAS NÃO MUITO

Estressar um organismo biológico pode resultar em duas maneiras. Se uma quantidade apropriada de estresse for aplicada, o organismo se adaptará, ficará mais forte e sobreviverá. Por outro lado, se muito estresse for aplicado e o organismo não for capaz de se adaptar, ele morrerá. Para cultivar uma maconha rica em terpenos, você precisa aplicar a quantidade certa de estresse.

Métodos como o treinamento de baixo estresse são uma ótima opção ao procurar buds carregados de terpeno. Essa técnica envolve flexionar, transformar e manipular suavemente os galhos para forçar as plantas a crescerem em uma determinada forma. Em longo prazo, isso gera mais ramas principais, distribuídas de forma mais ampla. O resultado final é uma planta menor, que produz safras maiores e flores altamente aromáticas.

A defoliação, que consiste simplesmente em retirar algumas folhas, é outra técnica que aumenta o teor de terpenos. A remoção de folhas extras libera espaço na copa, permitindo que as flores recebam mais luz; e simultaneamente a planta é estressada, aumentando a produção de tricomas.

LEVE EM CONTA A ILUMINAÇÃO

A iluminação é um dos fatores mais importantes durante o cultivo e desempenha um papel especialmente crítico na produção de terpeno. Na natureza, uma das razões pelas quais os tricomas produzem resina é proteger as plantas da exposição excessiva à luz; portanto, esse comportamento pode ser explorado pelos cultivadores. Expor as plantas à luz UV-B por cerca de 2-3 semanas na fase de floração pode facilmente aumentar a produção de tricomas.

USE A TEMPERATURA CORRETAMENTE

Para atingir a produção ideal de terpeno, quase todos os fatores ambientais podem ser controlados; e a temperatura é um fator importante. Abaixar a temperatura durante a noite fará com que os tricomas trabalhem horas extras. Idealmente, reduza a temperatura em cerca de 5°C durante a noite. Obviamente, tome cuidado para não esfriar demais as plantas, pois isso pode afetar outros aspectos do cultivo.

NÃO SE ESQUEÇA DE FAZER LAVAGEM DE RAÍZES

Fazer a lavagem das raízes nas plantas pode contribuir para o aroma e sabor, pois remove o excesso de nutrientes. Os nutrientes podem se acumular nos buds e podem dominar o sabor natural da cepa. Durante as 2 semanas antes da colheita, regue as plantas com a água mais pura possível para enxaguar as raízes.

SEJA PRECISO COM A HORA DA COLHEITA

Os terpenos são compostos voláteis e realmente não têm dificuldade em se degradar ou quebrar. Se você colher muito tarde, mesmo que seja um pouco, pode começar a perder cheiros e sabores preciosos. Como indicador básico, use uma lupa para observar de perto os tricomas nos buds. Certifique-se de ler informações mais detalhadas sobre a colheita para saber a hora exata em que as plantas devem ser cortadas.

SEQUE E CURE CORRETAMENTE

Embora pareça que depois da colheita o trabalho esteja pronto, ainda há tarefas a serem feitas. Secar e curar adequadamente sua erva garante que seus cheiros e sabores não sejam perdidos. Seque a maconha por 2-3 semanas em um lugar fresco, pois o excesso de calor começará a degradar os valiosos terpenos. Tente manter o nível de umidade em torno de 50%.

Quando as plantas estão secas, é hora de curá-las. As condições ideais para este processo são baixas temperaturas, local escuro e umidade em torno de 55%. A cura vai melhorar muito o sabor e o cheiro de seus buds.

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: informações sobre sementes regulares

Dicas de cultivo: informações sobre sementes regulares

As novas gerações de cultivadores estão mais uma vez despertando o interesse – mais que merecido – pelas sementes regulares. Desde o surgimento das sementes feminizadas no início dos anos 2000, elas conquistaram e dominaram o mercado. Foi então que as sementes, que até então eram “de toda a vida”, começaram a ser chamadas de “regulares” para serem diferenciadas com uma simples palavra.

As vantagens das sementes feminizadas são óbvias: elas nos oferecem plantas fêmeas. Com isso, não é necessário cultivar mais plantas do que pretendemos colher, sabendo que não virão alguns machos entre elas. Também não há risco de que alguma planta macho possa polinizar alguns buds e enchê-los de sementes. Graças a isso, elas rapidamente se tornaram a aposta da maioria dos cultivadores.

As vantagens das sementes regulares são principalmente a estabilidade genética. Não é de surpreender que, quando um banco de sementes desenvolve uma nova variedade, em 95% dos casos, ele começa a partir de uma planta que vem de uma seleção de sementes regulares. Essa estabilidade faz com que uma planta mãe normal sofra menos degradação ao longo dos anos do que uma planta mãe feminizada.

Outra vantagem das sementes regulares é que comparada à versão feminizada, em 90% dos casos ela é mais potente e vigorosa. Além disso, permite que qualquer cultivador faça suas próprias sementes sem muitos problemas. A satisfação de cultivar suas próprias sementes é inquestionável e indescritível.

Todos que cultivam sementes regulares esperam ansiosamente pelo dia em que as plantas comecem a mostrar o sexo. Às vezes, isso não acontece até que a fase de transição do crescimento para a floração comece. Isso significa que durante todo o tempo anterior, você poderá estar cuidando de uma planta que poderá muito bem ser um macho. Nesse caso, a única coisa que podemos fazer é, se houver possibilidade e espaço, separar das demais, coletar o pólen para futuramente polinizar suas plantas fêmeas.

Plantas mais altas por meio de sexagem

O cultivador que germina no início da primavera para que no início da floração tenha uma planta com mais de dois metros, logicamente está interessado em saber o sexo de sua planta o mais rápido possível. Com isso, você pode economizar semanas de cuidados, tempo e despesas em substrato ou fertilizantes, se necessário, mediante a sexagem por clonagem.

Para fazer isso, assim que puder, tire um par de mudas de cada planta. Falamos dois por uma probabilidade de erro, caso um morra na tentativa de enraizar. Espere que a planta tenha pelo menos algumas boas ramas, pode optar por aquelas dos primeiros nós – elas enraízam com mais facilidade. Identifique bem cada clone para que depois não tenha confusão.

Depois, basicamente deve tratar de manter os clones com fotoperíodo 12/12. Você deve encontrar um lugar para dar-lhes 12 horas de escuridão, todos os dias e à mesma hora. Pode optar por cobri-los com uma caixa de papelão, ou fazer divisões. Embora o ideal seja montar uma pequena instalação eléctrica com uma fluorescente com temporizador, e isso não custará muito.

Os clones geralmente mostram sinais de floração em cerca de 15 dias e a margem de erro é de 0%. Resta apenas remover e isolar os machos do jardim e não perder mais tempo do que deveria. Em vez disso, podemos colocar algumas mudas que já sabemos que são fêmeas, pois ainda terão várias semanas pela frente para crescer e nos darem bons rendimentos.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: o uso de silício no cultivo de plantas de maconha saudáveis

Dicas de cultivo: o uso de silício no cultivo de plantas de maconha saudáveis

O silício e a maconha têm uma estranha e incrível relação. Essas plantas não precisam de silício para sobreviver, mas se você o fornecer, melhorará quase todos os aspectos de sua fisiologia. O silício protege de pragas, doenças e poluentes, ao mesmo tempo em que fortalece as paredes celulares das plantas contra o estresse e promove a fotossíntese.

Visite seu jardim ou sala de cultivo e dê uma olhada em suas plantas de maconha. Vê aquelas bem verdes? Estão cheias de silício! Na verdade, contêm mais silício do que macronutrientes essenciais, como nitrogênio ou potássio.

Mas, ao contrário desses nutrientes, as plantas não dependem do silício para viver. Então, por que acumulam quantidades tão grandes?

O silício faz maravilhas para as plantas de cannabis. Embora não necessite, é capaz de aumentar suas chances de sobrevivência e, possivelmente, a qualidade de seus buds.

O silício, em geral, oferece muitas vantagens para quem cultiva maconha. Antes de nos aprofundarmos neste tópico, vamos ver os principais benefícios do silício para o seu cultivo:

  • Fortalece a parede celular das plantas
  • Melhora a absorção de nutrientes
  • Protege as plantas contra a contaminação do substrato
  • Aumenta o metabolismo das plantas
  • Protege de doenças
  • Ajuda a prevenir pragas

O que é silício?

O silício, também conhecido como dióxido de silício, está presente em toda a natureza e nenhum de nós estaria vivo sem ele. Superado apenas pelo oxigênio, constitui 59% da crosta terrestre. Na escala cósmica, ele ocupa a 8ª posição como o elemento mais abundante do universo.

O silício também está presente em 95% das rochas conhecidas e em três de suas principais variedades, como o quartzo. Quando você caminha na praia, está em contato constante com o silício, pois, junto com o oxigênio, é ele que compõe a areia.

E, por fim, essa molécula desempenha um papel fundamental em nosso corpo, pois ajuda a gerar colágeno, que é o que dá forma a tecidos como cartilagem, ossos, tendões, dentes, cabelos e vasos sanguíneos.

O silício é o mesmo que a sílica?

Não, mas eles são muito semelhantes. O silício é um elemento da tabela periódica representado pelo símbolo Si e está na mesma coluna que carbono, germânio, estanho e chumbo. É uma substância sólida e cristalina com um brilho metálico azul-acinzentado.

No entanto, o silício só retém sua forma pura na ausência de oxigênio. Quando se juntam, eles formam um composto químico conhecido como sílica.

Como a sílica é formada?

A grande abundância de oxigênio e silício na crosta terrestre leva à formação inevitável de enormes quantidades de sílica. Este composto químico é criado quando um átomo de silício se junta a dois átomos de oxigênio. Quando muitos desses elementos se unem na crosta terrestre e no solo, eles formam um composto cristalino incolor que assume principalmente a forma de quartzo, areia e sílex.

Por que usar silício para cultivar maconha?

Agora que você sabe um pouco mais sobre o silício, vamos ver por que você deve usá-lo em seu próximo cultivo de maconha. O silício oferece inúmeros benefícios para as plantas de cannabis. Faz com que cresçam com mais vigor, aumenta suas defesas contra fungos patogênicos, afasta as pragas que se alimentam delas e até aumenta sua produção em ambientes com solo de baixa qualidade.

Vamos ver as vantagens do silício para o cultivo da maconha, tanto no solo quanto na hidroponia.

  • Cultivo em solo

O silício ajuda a proteger as plantas cultivadas no solo de ameaças externas; e pode até aumentar sua produtividade. Sendo um substrato vivo, o solo contém numerosos micróbios. Embora algumas dessas criaturas minúsculas sejam benéficas para as plantas de maconha, outras podem causar problemas e o silício pode ser a solução. Este elemento também ajuda a proteger as plantas das toxinas acumuladas no substrato como resultado da atividade humana.

Fortalece a parede celular

O silício ajuda a fortalecer as paredes celulares das plantas, conferindo-lhes maior resistência ao estresse mecânico e osmótico (movimento da água através da membrana celular).

Você já tomou um susto ao olhar para as plantas no outdoor e ver seus galhos e caules truncados pelo vento ou pelo peso de um pássaro? Adicionar mais silício ao substrato ajuda a combater essas ameaças, aumentando a resistência à tração e a resiliência de suas plantas.

Paredes celulares fortes e grossas também se traduzem em caules e ramos mais grossos. Esse aumento de volume permite que as plantas distribuam substâncias essenciais, como água e fertilizantes, com muito mais facilidade pelos tecidos.

Melhora a absorção de nutrientes

O silício ajuda suas plantas a absorver os nutrientes essenciais com muito mais eficiência. Não apenas ajuda as plantas a crescerem em um substrato mais saudável, mas também a sobreviver em um meio de cultivo com muito poucos minerais. Adicionar silício a solos de má qualidade ajuda as raízes de suas plantas a absorver os nutrientes mais escassos que estão presentes no substrato, aumentando as chances de uma colheita gratificante no final de seu ciclo de vida.

O silício desempenha um papel fundamental na absorção de três nutrientes essenciais:

Nitrogênio: as plantas de maconha precisam de grandes quantidades desse macronutriente para realizar a fotossíntese e estimular o crescimento das folhas.

Potássio: as plantas de cannabis também precisam de muito potássio. Assim como o silício, esse mineral ajuda a preservar a estrutura das paredes celulares, protege as plantas contra o estresse mecânico e evita que murchem.

Magnésio: este importante mineral é o componente central da molécula de clorofila, a substância química que permite às plantas converter a luz solar em energia. Um baixo nível de magnésio resulta em crescimento atrofiado e colheitas ruins.

Protege as plantas contra a contaminação do substrato

A atividade descontrolada do ser humano teve um efeito importante em nosso planeta durante os últimos séculos. Além de erodir lentamente a camada superficial do solo com práticas agrícolas questionáveis, contaminamos esses substratos geradores de vida com uma série de poluentes, como metais pesados.

Metais pesados ​​como cromo, chumbo, alumínio e mercúrio são tóxicos para as plantas, mesmo em concentrações muito baixas. Afetam suas plantas de várias maneiras, como inibindo a fotossíntese, causando o murchamento das folhas, impedindo a absorção de nutrientes e até mesmo matando-as.

Felizmente, o silício ajuda a proteger as plantas de maconha desses problemas. O ideal é que cada cultivador analise seu substrato e evite cultivar neste tipo de solo. Mas se não houver outra escolha, o silício é capaz de reduzir os danos ao mínimo.

Os pesquisadores estudaram os efeitos do silício no combate à toxicidade de metais pesados em plantas. Após revisar uma série de experimentos com esse elemento, concluíram que ele reduz a biodisponibilidade de metais pesados ​​no solo e sua absorção pelas plantas.

Aumenta o metabolismo das plantas

O silício ajuda a estimular o metabolismo das plantas, o que acaba levando a um crescimento mais rápido e uma produção de energia mais eficiente. As plantas que recebem silício produzem níveis mais elevados de clorofila, o que lhes permite realizar a fotossíntese e produzir mais açúcares.

Protege as plantas de doenças

Fungos e parasitas (como Pythium ou Oídio) podem causar estragos em um cultivo de maconha. Felizmente, o silício ajuda a proteger suas plantas dessas condições potencialmente devastadoras.

As plantas são capazes de concentrar altos níveis de silício em torno das áreas infectadas, o que ajuda a reforçar os pontos mais vulneráveis. Ao formar uma barreira mineral sólida, é criada uma parede que os protege contra a penetração de hifas fúngicas (pequenos filamentos usados ​​pelos fungos para transportar nutrientes).

Ajuda a prevenir pragas

Os parasitas não são a única forma de vida natural com alta afinidade por tecido de cannabis fresco. Muitas espécies de insetos adoram devorar as folhas e flores da maconha. O silício também funciona muito bem em manter os insetos e as moscas longe das plantas.

Essa substância protege as plantas de insetos herbívoros da mesma forma que as defende de micróbios, acumulando-se nas paredes celulares das folhas e criando uma barreira reforçada. Isso impede os insetos de mordiscar, sugar e furar as folhas.

  • Hidroponia

Os cultivadores hidropônicos também podem se beneficiar das muitas vantagens do silício mencionadas acima. Por não possuírem substrato, as plantas hidropônicas desdobram suas raízes diretamente em uma solução nutritiva aquosa. Isso lhes dá a vantagem de acessar os minerais imediatamente e permite que cresçam de forma mais rápida, o que geralmente se traduz em maior produção.

A adição de silício a esta solução nutritiva acelera um crescimento já rápido, além de fornecer os benefícios adicionais de proteção contra doenças e aumento dos níveis de clorofila.

  • Secagem e cura

O silício também é muito útil após a colheita. Os saquinhos de silício absorvem a umidade e removem o excesso de água dos buds de cannabis. Coloque-as entre as flores enquanto secam e no mesmo pote que usa para a cura, de forma a reduzir o tempo de espera para defumar a sua colheita.

Qual é o melhor suplemento de silicone para maconha?

Existem dois tipos principais de suplementos de silício: fórmulas de nutrição de raízes e sprays foliares. Existem muitas opções de escolha quando se trata de suplementos à base de silício, mas nem todos são igualmente eficazes.

O recomendado são suplementos com concentração de dióxido de silício de pelo menos 8%. Isso não só fornece mais silício para as células de suas plantas de cannabis, mas também satura o solo e aumenta sua disponibilidade para as raízes. Alguns produtos contêm apenas 3% de dióxido de silício, o que pode deixar suas plantas querendo mais.

Como usar silício em um cultivo de maconha

A administração de fertilizantes de silicone é muito simples. Você apenas tem que seguir as instruções da embalagem para certificar-se de usar o suplemento corretamente.

Cultivo em solo

Os cultivadores de solo podem usar silício durante todo o ciclo de vida das plantas. Embora algumas pessoas recomendem parar de usar após a terceira semana de floração, muitos cultivadores usam com sucesso até o final da colheita.

Você também deve levar em consideração o pH do solo para obter o máximo de seus produtos de silício. Por ser uma substância alcalina, ela aumentará o pH do substrato, então você terá que usar um medidor e uma solução redutora de pH caso as coisas saiam do controle.

Por fim, deve-se adicionar o silício separado dos outros nutrientes, pois ao misturá-los terá problemas de biodisponibilidade. Aplique o silício em seu substrato nos dias em que você não costuma fertilizar suas plantas.

Você também pode usá-lo com um spray foliar. Siga as instruções do produto para fortalecer suas folhas com um revestimento ceroso. O silício aplicado nas folhas tem alta biodisponibilidade graças aos minúsculos estômatos na superfície foliar.

Hidroponia

A administração do silício em sistemas hidropônicos continua sendo um desafio complicado. Pode ser muito difícil para cultivadores novatos, mas aqueles com um nível intermediário a avançado de hidroponia serão capazes de fazer esse sacrifício e desfrutar dos benefícios do silício.

Uma vez que não deve ser usado em conjunto com outros nutrientes, este suplemento funciona melhor com um sistema de vazante e fluxo especialmente preparado. Configure um tanque de fertilizante adicional com uma solução de silício para garantir que nenhum outro nutriente esteja presente ao banhar suas raízes com o suplemento. Dilua a solução seguindo as instruções do produto.

Como suas plantas receberão o silício em uma solução separada, você não terá que se preocupar com o pH do reservatório de nutrientes padrão. Certifique-se de que sua solução de silício seja mantida acima do ponto neutro para otimizar sua absorção.

Secagem e cura

Saquinhos de secagem usam o poder do silício para criar um sistema bidirecional que regula a umidade dentro dos frascos de cura. Você também pode colocá-los ao redor dos buds durante o processo de secagem.

Use um sachê de 8g para pequenas reservas pessoais ou um sachê de 67g para curar grandes quantidades. Escolha um pacote de 58% ou 62% dependendo da quantidade de umidade que você deseja que seus buds curados mantenham.

Como usar silício para obter buds maiores

O silício é uma maneira simples e eficaz de obter o máximo das suas plantas de maconha. Ajuda a repelir insetos e patógenos, a reforçar sua estrutura contra ventos fortes e até mesmo a protegê-los de metais pesados.

Embora todos os cultivadores possam se beneficiar do silício, ele não é uma fórmula mágica. Para obter o máximo deste suplemento, primeiro você precisa atender aos requisitos básicos de rega, iluminação, fertilização e treinamento.

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: guia para potencializar a produção de tricomas

Dicas de cultivo: guia para potencializar a produção de tricomas

Nem sempre a experiência é suficiente. Os melhores fertilizantes e ciclos de rega só ajudam até certo ponto. Hoje você vai aprender o que deve fazer para cultivar uma planta de maconha coberta dos tão amados tricomas.

Cada cultivar tenta tirar o máximo proveito de sua planta. Seja fornecendo os nutrientes certos ou a quantidade necessária de luz, no final, tudo se resume aos tricomas. Esses pequenos “cristais” parecem ser a indicação mais comum da saúde e potência de uma planta. Embora os tricomas nem sempre sejam um sinal de uma colheita bem-sucedida, eles são essenciais para uma maconha de qualidade.

Embora todos os cultivadores saibam que são importantes, a maioria não entende por que a planta de cannabis os produz. Se você deseja obter alguns buds resinosos, é essencial que você entenda. Biologicamente, os tricomas são usados ​​para autodefesa. Eles são a melhor maneira natural para as plantas fêmeas de cannabis se protegerem de pragas e patógenos. Graças aos aromas e sabores “agressivos” dos terpenos e outros compostos secretados pelos tricomas, os insetos tendem a ficar longe dos frutos. Os tricomas também ajudam a revestir os buds, protegendo-os dos raios ultravioleta. Através da sombra que fornecem, a planta controla melhor a quantidade de luz que chega aos frutos.

Aqui estão algumas dicas práticas para obter o máximo dos tricomas em sua planta.

Genética: a chave para obter buds resinosos

Existem dois fatores principais que influenciam a saúde geral e a produção de uma planta: genética e meio ambiente. Para começar, devemos enfatizar a importância dos genes. Se você deseja obter o máximo de tricomas, deve escolher genéticas que os produzem em grande abundância. Quando você obtém as melhores sementes, já fez todo o possível para obter um dos fatores. Agora só precisa se preocupar com o ambiente. Mas lembre-se de que os tricomas não são a única coisa que influencia a potência da cannabis. Certifique-se de ter um bom entendimento do que cada variedade oferece antes de comprar suas sementes.

Se estiver procurando a produção máxima de tricomas, podemos recomendar uma longa lista de cepas promissoras.

Mas existem algumas variedades que se destacam claramente das demais. A Lemon Shining Silver Haze e a White Widow são conhecidas pelo grande número de resinas brilhantes que produzem seus buds. Essa abundância de resina viscosa garante altos níveis de THC e terpenos.

Iluminação

A luz é essencial para o cultivo de maconha, o que inclui a otimização dos tricomas. A luz fornece energia às plantas de cannabis, aumentando o metabolismo e a função celular. Para produzir grandes quantidades de tricomas e, portanto, resina, você precisa de níveis adequados de luz.

Aparentemente, as plantas de maconha cultivadas perto do equador produzem mais resina do que as plantas de exterior cultivadas em outros lugares. Ao redor do equador, as plantas recebem mais luz ultravioleta (UV), outra variável que ajuda a aumentar a produção de tricomas.

Nessas regiões, o excesso de UV pode danificar os tecidos das plantas. Em resposta a isso, as plantas produzem mais tricomas para se protegerem dos danos da radiação. Se você deseja aumentar a produção de tricomas em seu cultivo, você pode usar diferentes tipos de luz. A seguir, citaremos as duas melhores opções.

  • Luzes LEC

As lâmpadas LEC (Light Emitting Ceramic – Vapor de Cerâmica) são tubos de arco de cerâmica que emitem uma sombra de luz natural. Além de potencializar o crescimento e a produtividade das plantas, também emitem raios UV-B. Este tipo de luz imita a luz à qual a cannabis é exposta em seu ambiente natural. Em resposta, as plantas aumentam a produção de tricomas como mecanismo de proteção.

  • Luzes ultravioleta (UV)

Luzes ultravioleta também emitem esse tipo de luz. Essas luzes são acessíveis e podem ser facilmente encontradas em petshops e outras lojas especializadas. Instale-os em seu quarto/tenda de cultivo para expor suas flores a esse tipo de luz que realça os tricomas.

Privação de luz no final da floração

Certamente, o uso de uma luz adequada faz maravilhas durante a fase de floração. No entanto, reduzir a luz completamente no final da floração também tem suas vantagens. Inclusive, alguns cultivadores privam suas plantas de luz por 24-48 horas antes da colheita, na esperança de que os níveis de tricomas aumentem.

Umidade e calor

Na natureza, as plantas de cannabis produzem tricomas principalmente como um mecanismo de sobrevivência. Os canabinoides e terpenos são metabólitos secundários, não contribuem para o crescimento e reprodução das plantas, mas as protegem contra o mundo exterior.

Além de defender as plantas de pragas e predadores, a resina produzida pelos tricomas também as protege das intempéries. Ao expor uma planta a uma quantidade ideal de estresse (suficiente para aumentar a produção de resina, mas sem afetar o desenvolvimento da planta), você pode aproveitar esses mecanismos de sobrevivência.

Umidade

Ao reduzir a umidade relativa no espaço de cultivo, você estará expondo suas plantas a um ambiente um pouco mais estressante, enquanto protege os buds do mofo. Para melhores resultados, no final da floração, reduza a umidade relativa da tenda  ou quarto de cultivo para cerca de 30%.

Calor

Para aumentar a produção de tricomas, você também pode aproveitar a temperatura. Se for muito alta, os valiosos (mas voláteis) terpenos produzidos pelos tricomas começarão a se degradar. E se for muito baixo, afetará o metabolismo das plantas. Tente manter a temperatura entre 21° e 26° C.

Suplementos

As plantas de maconha crescem saudáveis em misturas de solo de boa qualidade. Mas, se quiser levar a produção de tricomas a outro nível, você pode adicionar vários suplementos ao meio de cultivo. Use esses produtos para fortalecer a saúde das raízes, melhorar a produção e aumentar a quantidade de tricomas.

  • Bactérias ácido lácticas (LAB)

As bactérias costumam ter uma má reputação. No entanto, à medida que aprendemos mais sobre o microbioma e os probióticos, começamos a apreciar as bactérias boas. A planta da cannabis tem seu próprio microbioma, consistindo de bilhões de micróbios benéficos.

Ao adicionar LAB ao solo, esses micróbios irão decompor os açúcares em ácidos graxos de cadeia curta. As plantas então usarão esses ácidos na tentativa de produzir mais tricomas, canabinoides e terpenos.

  • Melaço

O melaço é excelente para uso na cozinha, mas também um ótimo ingrediente para conseguir um solo saudável. Carregado com minerais, vitaminas e açúcares, o melaço fornece muitos nutrientes essenciais para as plantas de cannabis, ao mesmo tempo que alimenta micróbios benéficos na rizosfera.

  • Aminoácidos

Os aminoácidos são os blocos de construção das proteínas. Ribossomos (pequenas organelas em células vegetais) ligam cadeias de aminoácidos para criar proteínas funcionais que são usadas para formar tecidos, incluindo os tricomas.

Treinamento das plantas

Sabemos que um nível adequado de estresse causa um aumento na produção de tricomas. E assim como os fatores ambientais podem estressar as plantas, as técnicas de treinamento também podem.

  • Super Cropping

O super cropping consiste em beliscar as apicais dos galhos e torce-los parcialmente, redirecionando para crescer em uma determinada direção. Esta técnica permite abrir a copa da planta, melhorar a ventilação e aumentar o rendimento. Além disso, acredita-se que o dano ao tecido da planta ativa os mecanismos de defesa, como o aumento da produção de tricomas.

  • Evite manusear os buds

A aplicação de técnicas de treinamento envolve o manuseio brusco dos galhos e folhas, mas tome cuidado com os buds! Os tricomas se desprendem facilmente (basta dar uma olhada no fundo do seu pote de erva). Manuseie os buds com cuidado para evitar diminuir a quantidade desses pequenos, mas preciosos tesouros.

  • Choque de frio

Há quem diga que lavar as raízes com água gelada aumenta a produção de tricomas. Dar um coque a frio adiciona a cereja do bolo após a aplicação das técnicas de treinamento. Para isso, recomenda-se o uso de água gelada ao fazer a “lavagem das raízes”, ou flush, no final da floração. Acredita-se que isso forneça outro estresse benéfico, estimulando a produção de tricomas.

Como aumentar a produção de tricomas: adote uma abordagem ativa

A genética é o principal fator que determina a quantidade de tricomas na cannabis. No entanto, como mostramos neste artigo, os cultivadores podem usar vários métodos para aumentar a produção dos tricomas. Você pode começar com uma ou duas técnicas e gradualmente adicionar mais à medida que as domina. Com o tempo, você obterá buds cada vez mais resinosos, carregados de canabinoides e terpenos.

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Referência de texto: Royal Queen

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