Maconha legal atinge a indústria do álcool nos EUA

Maconha legal atinge a indústria do álcool nos EUA

Empresas de álcool temem a legalização da maconha, que está comemorando seus primeiros êxitos nos estados famosos pelos cervejeiros e onde é considerada como uma alternativa mais segura que o álcool.

Isso explicaria por que as cervejarias e lojas de bebidas doaram pelo menos 35 mil dólares para a campanha contra a legalização da maconha.

Na verdade, antes da votação para a legalização da maconha em Massachusetts, os executivos da Boston Beer Company disseram aos investidores que “a maconha legal poderia afetar negativamente a venda de cerveja”.

Eles estavam certos. De acordo com um analista do banco de investimentos em Nova York, que acompanha as vendas de cerveja nos estados que legalizaram a maconha para fins recreativos, a venda de álcool foi reduzida.

As vendas de cerveja em Oregon, Washington e Colorado caíram dois por cento. Esta redução ocorreu somente quando o uso da maconha para fins recreativos tornou-se legal.

Vale ressaltar que nem todas as cervejarias foram afetadas pelo declínio nas vendas. Representantes da indústria de bebidas, disseram em 2015, que não tinham experimentado qualquer declínio nas vendas, e que os dados mostraram um aumento na venda de álcool.

As vendas totais de álcool nos Estados Unidos equivalem a quase 220 bilhões de dólares por ano, de modo que a decaída de dois por cento equivale a uma redução de mais de U$ 4 bilhões.

Em Denver, onde em breve abrirão locais especiais onde você pode usar legalmente a maconha, as vendas totais de cerveja caíram 6,4%.

Tanto o estado de Oregon, Washington como o Colorado são uma espécie de meca para os fabricantes de cerveja e parece que os produtores locais foram os que sentiram o maior impacto da maconha legal. Enquanto isso existe uma crescente popularidade do álcool importado do México.

As razões para o declínio nas vendas ainda é incerto. É pouco provável que a cerveja gourmet em longo prazo renuncie a favor da maconha. Um estudo recente da Universidade de Nova York mostrou um aumento de 71% no uso de maconha entre as pessoas com 50 anos de idade. Se as pessoas dessa geração pararem de beber álcool, este pode ser o início das maiores diminuições para as empresas de bebidas alcoólicas.

Fonte: LaMarijuana

A maioria dos eleitores republicanos apoia legalização da maconha

A maioria dos eleitores republicanos apoia legalização da maconha

Os eleitores republicanos escolheram, em sua maioria, Donald Trump para concorrer com a democrata Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos em novembro.

Trump representa uma agenda ultraconservadora que fala em expulsar imigrantes, criar um muro na fronteira com o México, mas também fala em corte de impostos aos mais ricos e no incentivo aos negócios sobre praticamente tudo e todos.

Este mesmo eleitor, considerado conservador, virou a chave quando o assunto é legalização da maconha. A pesquisa mais recente divulgada pelo YouGov mostra que a maioria dos republicanos já não é mais favorável à proibição da droga.

Segundo a pesquisa, atualmente, 45% dos republicanos se declaram favoráveis à legalização da erva, ante 42% contrários.

Em dezembro do ano passado, os republicanos eram – ainda – mais conservadores. 50% se declaram contrários e apenas 36% acreditavam na legalização. Em janeiro do ano passado, a rejeição era ainda maior: 59% não aprovava a legalização.

Apenas como base de comparação, entre os democratas, apenas 25% reprova a legalização, ante 63% de apoiadores da medida. Entre os eleitores que se declaram independentes, o apoio é de 55% e a rejeição de 33%.

Foram ouvidos 1 mil eleitores. Acesse os dados completos da pesquisa, clicando aqui.

Fonte: Brasilpost

Misturar maconha com tabaco aumenta o risco de dependência

Misturar maconha com tabaco aumenta o risco de dependência

As pessoas que misturam maconha com tabaco tem um risco mais alto de dependência e tem uma motivação mais baixa para encontrar apoio com o objetivo de deixar essas drogas, segundo pesquisadores.

Bilhões de pessoas no mundo consomem tabaco e 182 milhões fumam maconha, o que fazem com que sejam as sustâncias mais populares do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde e a Oficina de Drogas e Crime das Nações Unidas.

Muitas pessoas misturam ambas as substâncias para economizar dinheiro. O tabaco também faz com que a inalação da maconha seja mais eficiente. Mas está prática poderia aumenta a probabilidade de que os usuários se tornem dependentes, segundo pesquisadores.

“A dependência da maconha e a dependência do tabaco se mostram de formas parecidas, com isso é difícil diferenciar as pessoas que consomem ambas as drogas”, disse Chandni Hindocha, a autora principal do estudo.

“A maconha é menos viciante que o tabaco, mas mostramos aqui que misturar tabaco com maconha reduz a motivação para deixar de consumir estas drogas”, disse Hindocha, estudante de doutorado na unidade de psicofarmacologia clínica do University College London.

Para realizar o estudo, os pesquisadores examinaram as respostas de um levantamento realizado com 34.000 usuários de maconha de 18 países distintos da Europa, América do Norte e do Sul e Austrália, que participaram no Inquérito Mundial sobre Drogas, uma pesquisa anônima realizada on-line.

A maconha é consumida de diversas maneiras em todo o mundo, disseram os autores do estudo. Misturar maconha com tabaco é muito mais popular na Europa que em outras partes do mundo, informaram os pesquisadores no dia 5 de julho na revista Frontiers in Psychiatry.

Misturar maconha com tabaco é popular em até 91% dos consumidores europeus da erva, em comparação com 52% dos australianos e só em 21% dos neozelandeses.

Os métodos de misturar com o tabaco são bem menos populares no continente americano, onde somente usam 16% dos usuários de maconha do Canadá, 4% dos Estados Unidos e aproximadamente 17% no México e Brasil, disseram os investigadores.

13% dos entrevistados no Canadá e 11% dos Estados Unidos afirmaram que usam vaporizadores de maconha, que não usam tabaco. Este método é menos popular em outras partes do mundo, segundo os entrevistados.

As pessoas que preferiram os métodos de consumir maconha sem tabaco eram 62% mais propensas a buscar ajuda profissional para consumir menos maconha. E eram 81% mais propensas a buscar ajuda profissional para consumir menos tabaco, mostraram os resultados.

“Nossos resultados reforçam a importância das vias de administração quando são analisados os efeitos da cannabis na saúde”, disse em um comunicado de imprensa do jornal, Michael Lynskey, o especialista em vícios do Royal College de Londres.

“Uma vez que existe um ambiente legislativo no que diz respeito ao acesso à maconha em muitas jurisdições, a pesquisa deve se concentrar mais na redução do uso de vias de administração envolvendo a coadministração de tabaco”, disse Lynskey.

Pesquisa no Colorado mostra que consumo de maconha por adolescentes não aumentou com a legalização

Pesquisa no Colorado mostra que consumo de maconha por adolescentes não aumentou com a legalização

No Brasil, STF aprova pena menos dura para traficantes eventuais enquanto governo interino reforça repressão.

Uma pesquisa publicada recentemente pelo governo do Colorado, nos Estados Unidos, mediu o uso da maconha entre 17 mil estudantes do Ensino Fundamental. Pouco mais de dois anos depois de legalizar o uso da substância, dados mostram que o consumo dos adolescentes continua similar a antes da legalização. Cerca de 38% dos entrevistados disseram ter usado maconha pelo menos uma vez na vida e 21% afirmaram que usaram a substância nos últimos 30 dias, taxa que acompanha a média nacional. Quatro em cada cinco estudantes (78%) nunca utilizaram marijuana.

Isso derruba o argumento de que a legalização da maconha estimularia seu uso. “Essas estatísticas claramente desmascaram a teoria de que tornar a maconha legal entre adultos resultaria em mais uso por adolescentes”, disse, em comunicado, Mason Tvert, diretor de comunicação do Marijuana Policy Project, maior organização norte-americana contra a proibição da erva. Para Tvert, o Colorado está provando que “não é necessário prender centenas de adultos consumidores responsáveis com o argumento de prevenir o consumo por adolescentes”.

O governador do Colorado, John Hickenlooper, esteve no Brasil. Ele foi contra a legalização da maconha no plebiscito de 2012, mas admitiu ter mudado de opinião. Confirmou também que sem o tráfico é mais difícil que as crianças tenham acesso à planta.

De acordo com Maurício Fiore, coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, um dos principais motivos para os níveis de consumo de maconha por adolescentes se mantenham e não aumentem com a regulamentação é que a droga já estaria disponível ilegalmente para os jovens. “Vendê-la legalmente não alterou muito esse quadro. Pelo contrário, pode ter tornado um pouco mais difícil para um adolescente comprar maconha”, explica.

O Instituto Nacional de Abuso de Drogas, instituição dos Estados Unidos que tem como missão o avanço científico sobre as causas e consequências da dependência de drogas, alerta que a maconha pode causar vício. As pesquisas apontam que 9% dos usuários se tornam dependentes e que esse potencial aumenta para quem faz uso de maconha na adolescência, chegando a 17%.

O fracasso da “guerra às drogas”

Os primeiros dados da  polícia de fronteira dos Estados Unidos pós-legalização mostram que houve uma forte diminuição na apreensão de maconha na fronteira com o México. Caíram de um pico de 2 mil toneladas em 2009 para 750 toneladas no ano passado, o menor nível na última década. Pode ser cedo para relacionar com a nova política de drogas, mas junto com o fato de o consumo não ter aumentado, essa passa a ser uma importante tendência.

Essa reversão seria também uma prova de que os 45 anos de política de guerra às drogas não funcionaram para diminuir o consumo de entorpecentes. Pior ainda: a repressão militar ao tráfico de drogas ajudou a criminalizar consumidores, promoveu o encarceramento em massa e recrudesceu penas para qualquer traficante, o que ajudou a superlotar presídios. Além de tudo isso, não diminuiu o consumo. Segundo as Nações Unidas, em 10 anos, o consumo de opiáceos, cocaína e cannabis aumentou entre 1998 e 2008, auge da política proibicionista.

 

 

Como a legalização da maconha pode beneficiar vários setores da economia

Como a legalização da maconha pode beneficiar vários setores da economia

Está na hora de rever seus conceitos sobre a legalização da maconha, ela afetaria até você que não fuma.

Com o debate no STF sobre a legalização da maconha, boa parte da sociedade se pergunta se seria realmente bom para o país que a erva fosse regulamentada. A legalização da maconha não traria benefícios apenas para os consumidores da erva, muitos setores da economia brasileira poderiam tirar proveito do uso da planta e isso afetaria até quem nunca imaginou que um dia teria contato com a planta.

Uruguai, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Portugal, Holanda, Austrália e o México, são exemplos de países que tomaram posições mais permissivas em relação à ganja. Nos Estados Unidos, os estados do Colorado e Washington legalizaram tanto o uso medicinal quanto o recreativo da maconha, e outros 12 estão potencialmente no mesmo caminho. Neste cenário, o Colorado já arrecadou tanto imposto com o setor da erva que um dos “problemas” é ter que devolver parte do dinheiro para a população.

O cânhamo é um exemplo das inúmeras utilidades que a maconha pode ter. A fibra retirada da cannabis que não possui efeitos psicoativos, pode ser a solução para muitos problemas que a economia brasileira enfrenta. O material é relativamente barato e fácil de plantar, e os agricultores poderiam realizar várias colheitas durante o ano. Além disso o cânhamo é muito versátil e pode ser usado de diversas maneiras. Desta forma, não é por acaso que muitos setores da economia estão de olho na legalização da maconha e enxergam o potencial econômico que a planta seria capaz de trazer. Veja alguns setores que poderiam se beneficar:

Manufaturados

Dentro da indústria de manufaturados, o cânhamo poderia ser empregado das maneiras mais inimagináveis. Por ser uma fibra muito versátil e forte ele pode ser utilizado na fabricação de muitos produtos. O cânhamo pode se tornar papel e ser uma ótima alternativa para os eucaliptos, uma vez que um hectare de cânhamo produz o mesmo montante de papel que quatro de eucalipto. Na indústria têxtil poderia ser utilizado para fazer roupas, visto que o cânhamo é reconhecido por esquentar até 4 vezes mais do que o algodão, e novamente, um hectare de cannabis produz mais que três de algodão. Ele pode ser usado para se fazer materiais de construção como concreto (hempcreto), encanamento, cosméticos e maquiagem, a lista é gigantesca.

Com um potencial tão grande fica mais fácil entender porque muitas companhias manufatureiras estão loucas para que a maconha seja legalizada.

Varejistas

Não há dúvidas que os primeiros que iriam lucrar com a regulamentação da maconha seriam os varejistas. Em Washington e Colorado, empreendedores que resolveram abrir seu próprio negócio estão se dando muito bem. Milhões de dólares são recolhidos todo mês pelos dois estados. A demanda já existe no Brasil, se fosse o contrário não existiria o tráfico que vende uma erva que não é confiável e de péssima qualidade. Qualquer um poderia plantar e se tornar um microempreendedor com produtos caseiros como alimentos, bebidas e concentrados.

Turismo

Não é à toa que o sonho de muitos jovens é viajar para Amsterdã. A capital da Holanda é conhecida por ser uma cidade maravilhosa e muito liberal com as drogas. No Brasil, o turismo poderia se beneficiar e muito com a legalização. Uma prova disto é o estado do Colorado: de acordo com o Hotels.com entre 2013 a 2014 houve um aumento de 73% na demanda de quartos de hotéis em Denver durante os festivais de maconha. O Hotels.com ainda aponta um aumento de 68% nas reservas de hotéis na semana em que Seattle abriu lojas de maconha para usuários recreativos. O aplicativo de vôos Hopper mostrou um crescimento no interesse por passagens aéreas para Washington após a legalização da maconha recreativa.

Assim como no Colorado, Washington e Holanda, várias cidades brasileiras poderiam se beneficiar com o consumo de turistas em suas regiões.

Farmacêutico

Talvez um dos setores mais óbvios que poderiam faturar muito com a maconha, é a indústria farmacêutica. Não é de hoje que pesquisadores apontam as mais diferentes formas de se usar maconha de forma medicinal. Há uma séria de pessoas esperando para que os remédios à base da erva se tornem acessíveis para consumo. Hoje para se importar algum medicamento que contenha CBD em sua composição é preciso desembolsar um quantia muito alta e ter uma autorização expressa da Anvisa.

Pacientes que sofrem de glaucoma, ansiedade, Parkinson, fobia social, transtorno do sono, diabetes tipo 2 e convulsões diárias, poderiam entrar na onda da legalização e terem seus problemas amenizados. Alguns especialistas alegam que as propriedades da maconha são uma das melhores formas de se combater o câncer.

Bancário

Apesar de não terem quase nada a ver com a indústria da maconha, os bancos poderiam ser favorecidos caso a maconha fosse legalizada. No momento os bancos não podem receber dinheiro da indústria da maconha, primeiro porque o setor não existe de forma oficial no Brasil, segundo porque trata-se de uma planta ilegal e caso o banco aceitasse o dinheiro proveniente da venda de cannabis, isto poderia se configurar lavagem de dinheiro do tráfico.

Se o governo federal regulamentasse a produção da maconha, os bancos poderiam oferecer linhas de crédito e serviços financeiros para os negócios da maconha. Serviços de contabilidade e aconselhamento fiscal seriam incrivelmente úteis para as empresas do ramo. Depósitos e empréstimos são os principais ganha pão de um banco, imagine como o setor bancário poderia ajudar a impulsionar o mercado da cannabis e se beneficiar ao mesmo tempo.

Pin It on Pinterest