Inspirado pelo Planet Hemp, Guinu lança o single “Fayah EVB” sobre o uso da maconha

Inspirado pelo Planet Hemp, Guinu lança o single “Fayah EVB” sobre o uso da maconha

Músico, compositor e produtor musical, Pedro Guinu assumiu os teclados do Planet Hemp no retorno da banda aos palcos em 2021 e seguiu na turnê “Jardineiros”, que carrega o nome do mais recente álbum da banda.

“As vivências na estrada, os hotéis, o busão e, principalmente, os shows que fiz com o Planet marcaram uma fase da minha vida e me deixaram uma lição. O usuário de cannabis no Brasil deveria ser respeitado como cidadão e não como um marginal”, diz Guinu, enfatizando como o convívio com a banda foi fundamental para compor o seu novo single “Fayah Evb”, lançado na última sexta-feira (27).

Fayah EVB fala com naturalidade sobre o consumo da maconha no cotidiano das pessoas. Nas suas relações pessoais, familiares e amorosas onde, por muitas vezes, a planta é compartilhada.

A faixa, que, como cita Guinu, “tem uma sonoridade atual, mas ao mesmo tempo antiga”, foi gravada ao vivo no estúdio Marini, no Rio de Janeiro, com João Moreira (baixo), Estevan Cipri (bateria), Gustavo Pereira (guitarra), Mauro Araújo (engenheiro de som) e Guinu (voz e rhodes). Mais tarde foram incluídos os backvocals de Nay Duarte e Luiza Sales, além da percussão de Leo Mucuri. A mixagem e masterização ficou com Pedro Garcia, engenheiro de som e baterista do Planet Hemp.

A capa do single, feita pelo desenhista e designer Igor Tadeu, usou como referência o surrealismo abstrato e remete a um rótulo de maconha. Igor vem trabalhando com Guinu o visual do seu próximo álbum, intitulado “Oxalatrix”. Guinu define Oxalatrix como uma rede infinita de memórias e afetos interligados em um corpo físico de uma cidade grande. Fayah Evb é um spoiler da sonoridade de Oxalatrix, que têm previsão de lançamento para o início de 2024.

Guinu conversou com o DaBoa Brasil:

A música é um dos maiores instrumentos de comunicação. Qual a importância de trazer o tema da maconha para sua obra?

Eu acredito muito na função do compositor de registrar o tempo que vive. Atualmente vejo alguns avanços nas leis sobre a legalização no Brasil, mas tudo bem devagar. Acho que estamos no momento certo para pressionar os governos e a opinião pública. Usuário merece respeito!

A ligação da planta com a música é antiga. Grandes mestres, como Louis Armstrong, Bob Marley, Willie Nelson, entre tantos outros, utilizaram e utilizam maconha como uma ferramenta criativa. A maconha te auxilia nos seus processos criativos?

Muito! Parece que rola uma expansão da mente. Penso que não só na música, mas em toda atividade criativa, a cannabis pode ser uma ótima ferramenta.

Você mencionou que o convívio com o Planet Hemp foi fundamental para compor Fayah Evb. Conta um pouco mais sobre as vivências com a banda e quando (e como) partiu a ideia de escrever Fayah Evb?

Fundamental! Eu voltei a fumar quando entrei no Planet depois de uma longa pausa. Muita onda você voltar a fumar na companhia do D2. Fiz muitos amigos no Planet que sigo em contato, principalmente o Pedrinho, que acabou fazendo Coprodução, Mix e Master de Fayah e do Oxalatrix também. Acho que a letra de Fayah já estava fervendo na mente. Foi só F1 que explodiu!

A planta é livre em Oxalatrix?

Legalize!

Clique aqui e ouça “Fayah Evb” em sua plataforma de áudio preferida!

LETRA: Fayah EVB
Composição: Guinu

Café colômbia de manhã
Um cheiro de Amsterdä
Se dessa flor brotar amor
Quebro no meu dixavador

Você falou pra caminhar
Jogar a fumaça no ar
Só que é difícil esquecer
Então segura que essa vai bater

Fayah (Essa Vai Bater)

Um apertado na janela
Só acendi passei pra ela
Falou pra mim que não bateu
O coração que era meu

Passou pra mim só a metade
Preço da minha liberdade
Se um beck bom faz a cabeça
O samba leva a tristeza

Deixa levar…

Só deixa essa brisa te levar
Aquele um pra me salvar

A ligação entre a maconha e a música

A ligação entre a maconha e a música

Entre o mundo da maconha e da música existe uma ligação profunda e enigmática que perdura há muito tempo. Ao longo da história, inúmeros artistas, como Louis Armstrong, Willie Nelson, Bob Marley, Peter Tosh, Snoop Dogg, Cypress Hill e Planet Hemp, encontraram inspiração e criatividade no consumo da planta, enquanto outros defenderam a sua capacidade de melhorar a interpretação e apreciação musical.

No post de hoje, exploraremos a relação entre maconha e música, observando seus efeitos na criatividade e na composição, bem como na experiência auditiva. Também examinaremos os gêneros musicais associados ao uso de cannabis e o debate em torno de seu uso na indústria da música.

Descubra como a planta deixou uma marca permanente no mundo da música e como a sua influência continua a ser objeto de discussão e fascínio.

Introdução à ligação entre a maconha e a música

Durante séculos, a cannabis e a música estiveram interligadas de várias maneiras em diferentes culturas ao redor do mundo. Tanto em antigos rituais cerimoniais quanto na cultura contemporânea, o uso de maconha tem sido associado à experiência musical. Nesta seção, exploraremos como esse vínculo se desenvolveu ao longo do tempo.

O uso histórico da maconha no contexto musical

O uso da maconha para fins espirituais e criativos tem profundas raízes históricas. Em civilizações antigas, como os gregos e os indianos, as preparações de cannabis eram usadas como parte de rituais sagrados e da música cerimonial.

A planta era considerada uma forma de atingir estados alterados de consciência e conexão com o divino, por meio da qual a música era expressa.

A popularização da relação entre a maconha e a música na cultura contemporânea

Com a ascensão do movimento de contracultura nas décadas de 1960 e 1970, a relação entre a maconha e a música tornou-se ainda mais popular. Artistas icônicos como Bob Marley e Rolling Stones, entre muitos outros, incorporaram o uso da maconha em sua imagem e música.

Isso levou a uma maior aceitação social e a uma associação mais forte entre a maconha e a cultura musical contemporânea.

A influência da maconha na criatividade musical

A ideia de que a maconha estimula a criatividade artística é amplamente debatida e tem gerado muito interesse ao longo dos anos. A seguir, exploraremos a possível influência da cannabis na criatividade musical e o que a ciência diz sobre isso.

Muitos músicos e artistas relataram experimentar uma maior sensação de fluxo criativo depois de usar maconha. Desde abrir a mente até liberar inibições, acredita-se que a erva pode desempenhar um papel na geração de ideias inovadoras e na exploração de novas formas musicais.

Embora os depoimentos pessoais sejam abundantes, as evidências científicas sobre os efeitos específicos da cannabis na criatividade são limitadas e conflitantes. Alguns estudos sugerem que a maconha pode aumentar as habilidades de associação e fluência verbal, o que poderia beneficiar o processo criativo.

No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente essa relação complexa.

O uso da maconha como inspiração na composição musical

Além de potencialmente estimular a criatividade, muitos músicos também consideram a maconha uma fonte de inspiração para composição. O uso da erva pode ou poderia influenciar o processo de criação musical.

Músicos de vários gêneros compartilharam experiências de como o uso de cannabis pode abrir novas portas de inspiração e permitir que eles entrem no estado de espírito da composição.

Alguns afirmam que a maconha os ajuda a relaxar e se conectar emocionalmente com sua música de uma forma mais profunda.

A composição musical geralmente requer uma certa quantidade de imaginação e experimentação. Alguns músicos argumentam que a maconha pode facilitar um estado alterado de consciência que favorece a criatividade nesse processo.

No entanto, é importante notar que cada indivíduo é diferente e nem todos os músicos experimentam os mesmos efeitos ao usar a maconha como fonte de inspiração.

Efeitos da maconha no processo de interpretação e performance musical

Embora a maconha possa influenciar a criatividade e a composição musical, ela também pode ter impacto no rendimento e performance musical ao vivo. Examinamos os possíveis efeitos positivos e negativos do uso de cannabis na performance musical.

Alguns músicos afirmam que o uso de maconha pode ajudá-los a relaxar e superar o nervosismo pré-apresentação, permitindo que eles se conectem melhor com sua música e o público. No entanto, outros apontam que a maconha pode alterar a percepção do tempo, a coordenação motora e a memória, o que pode afetar negativamente a precisão e a técnica musical.

Debate sobre a influência da maconha na precisão e na técnica musical

A relação entre o uso de cannabis e a performance musical eficiente tem sido objeto de debate. Alguns músicos argumentam que, em pequenas quantidades, a maconha permite que eles se sintam mais emocionalmente conectados à música e explorem novas possibilidades interpretativas. Outros, no entanto, alertam para possíveis efeitos negativos na concentração e coordenação necessárias para executar música com precisão.

Em conclusão, a relação entre a maconha e música é complexa e multifacetada. Enquanto alguns músicos encontram inspiração e abertura criativa através do uso da planta, outros podem ter dificuldades na performance musical. Como em todas as áreas da vida, é importante considerar os efeitos individuais e tomar decisões informadas sobre o uso de substâncias enquanto busca a paixão pela música.

A relação entre a cannabis e apreciação musical

A maconha e a música têm uma relação de longa data e muitas vezes íntima. Para muitos amantes de maconha, o uso de maconha pode aumentar a experiência de audição e tornar a música mais profunda e significativa.

Alguns afirmam que a maconha pode ajudá-lo a mergulhar no ritmo, captar detalhes e tons sutis e sentir uma maior conexão emocional com a música que ouvimos. Resumindo, a erva pode levar nossa apreciação pela música a um nível mais alto.

As experiências com cannabis e música são altamente subjetivas, pois cada indivíduo reage de maneira diferente aos seus efeitos. No entanto, alguns estudos apoiam a afirmação de que a maconha pode ter um impacto na apreciação auditiva.

Pesquisas sugerem que a cannabis pode aumentar a sensibilidade auditiva, melhorar a percepção do tempo e a memória musical, além de promover a criatividade na composição e performance musical.

Embora essas descobertas sejam promissoras, é importante lembrar que cada pessoa é única e os efeitos podem variar.

Explorando gêneros musicais associados ao uso de maconha

A maconha teve um impacto significativo na criação e evolução de vários gêneros musicais ao longo da história. Um exemplo icônico é o reggae, que está intrinsecamente ligado à cultura Rastafari e ao uso da ganja como parte de sua espiritualidade.

Além disso, a maconha influenciou o hip hop, com muitos artistas fazendo referência à planta em suas letras e promovendo seu uso como forma de expressão e resistência. Esses gêneros têm sido ferramentas poderosas para divulgar mensagens sobre os benefícios e a legalização da cannabis.

Além do reggae e do hip hop, existem outras expressões musicais associadas à cultura canábica. Alguns artistas de rock, jazz, música eletrônica e outros gêneros também abordaram temas relacionados à maconha em suas canções.

Essas expressões ajudam a criar uma identidade e uma comunidade em torno do uso da maconha, proporcionando um espaço para liberdade e criatividade.

O debate sobre o uso de maconha na indústria da música

O uso de cannabis na indústria da música tem sido objeto de debate e discussão. Enquanto em alguns lugares foi legalizado, em outros ainda existem restrições e regulamentações que limitam seu consumo e promoção. As políticas em torno da maconha variam de acordo com o país e, em muitos casos, até mesmo dentro dos estados ou províncias.

Isso pode afetar a capacidade de artistas e profissionais da música de usar e promover a cannabis na indústria.

Apesar dos regulamentos, alguns artistas adotaram abertamente o uso de cannabis e usaram sua imagem e música para promover o uso responsável. Isso levou a conversas mais amplas sobre a legalização e desestigmatização da planta na indústria da música.

Conclusões sobre a conexão entre a maconha e a música

Em conclusão, a relação entre a maconha e a música é complexa e multifacetada. Embora existam evidências anedóticas e científicas para apoiar sua influência na criatividade e na apreciação musical, também é importante considerar os potenciais efeitos negativos e as regulamentações legais vigentes.

A maconha deixou uma marca significativa em vários gêneros musicais e tem sido fonte de inspiração para muitos artistas ao longo da história. No entanto, é fundamental ter em conta a responsabilidade e o equilíbrio no seu consumo, bem como respeitar as leis e regulamentos que regem a sua utilização.

Em última análise, o debate sobre a maconha e a música vai continuar, mas o que é certo é que esta ligação continuará a ser um tema de fascínio e exploração no mundo da música.

Perguntas frequentes

Existem evidências científicas que apoiem a relação entre o uso de maconha e a criatividade musical?

Embora existam depoimentos e estudos que sugerem uma conexão entre a cannabis e a estimulação criativa, as evidências científicas ainda são limitadas e mais pesquisas são necessárias para entender completamente essa relação.

Como o uso de maconha afeta a performance musical em termos de precisão e habilidade técnica?

O impacto do uso de cannabis na performance musical pode variar de pessoa para pessoa. Alguns músicos podem sentir maior relaxamento e fluidez ao tocar, enquanto outros podem ter dificuldades de concentração e precisão técnica. É importante observar que os efeitos podem depender da dosagem, experiência do usuário e outros fatores individuais.

Quais são os gêneros musicais mais associados ao uso de maconha?

O uso de maconha tem sido historicamente associado a gêneros como reggae e hip-hop, que abordam questões relacionadas à cultura canábica. No entanto, é importante notar que o uso de cannabis não se limita a um único gênero musical e pode ser encontrado em uma variedade de estilos e expressões musicais.

Quais são as considerações legais sobre o uso de maconha na indústria da música?

As leis e regulamentos sobre o uso de maconha variam de acordo com o país e a região. É essencial que os artistas e profissionais da indústria musical estejam informados sobre as leis locais e cumpram os requisitos legais estabelecidos em seu local de residência. O não cumprimento das leis pode ter consequências legais e profissionais significativas.

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Referência de texto: La Marihuana

Banda Sublime lança sua própria marca de maconha

Banda Sublime lança sua própria marca de maconha

A banda de ska punk e reggae Sublime convidou seus colegas californianos para “fumar dois baseados” de sua nova marca de maconha.

A Sublime acaba de anunciar uma parceria exclusiva com a The Healing Plant, uma empresa legal de cannabis com sede em Costa Mesa. Os detalhes completos da colaboração ainda não foram divulgados, mas os parceiros disseram que esperam lançar sua primeira rodada de produtos no próximo verão. Inicialmente, a nova marca estará disponível apenas no território da banda no sul da Califórnia, incluindo Long Beach, Los Angeles, Orange County, San Diego e Inland Empire.

“Sublime tem sua própria erva agora! Quero dizer, o que mais precisa ser dito além de acendê-los!”, disse o baterista Bud Gaugh em um comunicado à imprensa, conforme informou a revista Forbes. “Time to Smoke Two Joints”, brincou ele, em referência ao primeiro sucesso da banda.

Embora a banda esteja definitivamente planejando lançar alguns produtos de uso adulto para festas, os parceiros também pretendem se concentrar nos poderes curativos da cannabis. Bradley Nowell, vocalista e guitarrista original do Sublime, morreu de overdose de heroína pouco antes de a banda lançar seu terceiro disco (RIP), e o grupo espera que sua nova marca ajude outras pessoas que estão lutando contra o vício em opioides.

“Esta marca vai trazer para você os ‘Greatest Hits’ da cannabis recreativa do Sublime, bem como uma linha completa de medicamentos que beneficiarão as pessoas que lutam contra o vício em opiáceos e heroína, uma linha impulsionada muito importante, especialmente para a comunidade de artistas em memória do próprio Bradley Nowell”, disse Robert Taft Jr., CEO da The Healing Plant, em um comunicado à imprensa.

Embora os planos gerais estejam em vigor, os parceiros ainda precisam decidir exatamente que tipo de produtos com a marca Sublime eles levarão ao mercado. Mas agora que a tinta está seca no contrato, Taft está trabalhando com a banda para desenvolver variedades e produtos exclusivos para o lançamento da marca neste verão.

“A Healing Plant já alinhou a marca com um geneticista de ponta e, como parte de nosso processo de P&D, faremos a curadoria de cepas com a banda sob sua orientação”, disse Taft à Forbes. “O cultivo dependerá de agricultores selecionados capazes de fornecer qualidade consistente sob a supervisão de nosso geneticista. A THP fabricará e processará todos os produtos da Califórnia em nossas instalações licenciadas e será a única distribuidora do sul da Califórnia, em parceria com um distribuidor licenciado do norte da Califórnia para a segunda fase do lançamento”.

Hoje em dia, é mais difícil encontrar uma celebridade que não tenha uma marca de maconha do que uma que tenha. Artistas do hip-hop como Snoop Dogg, Lil’ Kim, Jay-Z, Drake, Redman e Method Man e Lil Wayne foram pioneiros no conceito de cannabis de celebridade, mas estrelas pop atuais como Justin Bieber e lendas chapadas como Jerry Garcia, Willie Nelson e Jimmy Buffet tem sua própria marca de erva também.

Referência de texto: Forbes / Merry Jane

Por que a música soa melhor com maconha?

Por que a música soa melhor com maconha?

Não há nada tão relaxante quanto ouvir boa música. Mas o que pode fazer para soar melhorar? Acompanhar com ganja, é claro! Quando você combina música e maconha, experimenta algo muito especial. Nunca mais ouvirá música da mesma maneira. Mas por que esse fenômeno ocorre? Continue lendo para descobrir.

Cena típica: você fuma um baseado de sua variedade favorita, coloca seu álbum favorito e depois relaxa enquanto desfruta de suas músicas favoritas e sua erva. Mas por que a música sempre parece melhor quando você está no efeito da erva? Neste artigo, abordamos alguns dos possíveis fatores contribuintes. Não se preocupe, não será um artigo puramente científico e chato, mas poderia explicar por que “sentimos” a música um pouco mais depois de fumar maconha.

MACONHA E VOCÊ

Para entender bem, temos que olhar para dentro, não em um nível filosófico, mas químico.

Primeiro, é sabido que a maconha afeta a região do cérebro que processa a estimulação auditiva. Houve muitos testes nos quais as pessoas notaram uma capacidade aumentada de lembrar as letras, entender as diferenças de som, ritmo e outras nuances que fazem as peças musicais soarem melhor. Alguns indivíduos também afirmam que a maconha obscurece a linha entre o sentido da audição e o da visão, produzindo um fenômeno conhecido como sinestesia.

A MACONHA E A MÚSICA: QUAL A CONEXÃO?

Existem muitas teorias sobre por que a maconha produz um efeito tão reativo, fazendo-nos apreciar mais a música. Essas teorias vão desde a nossa percepção do tempo até um efeito placebo passivo. Aqui estão algumas ideias sobre por que sentimos a música de maneira diferente quando estamos “chapados”.

PERCEPÇÃO DO TEMPO

A maconha tem um impacto na nossa percepção do tempo, bem como na velocidade do nosso relógio interno. Isso pode muito bem aumentar a audição do ouvinte ao ouvir música e permitir que sinta as músicas de uma maneira muito mais detalhada, pois eles têm “mais tempo” para analisar o que estão ouvindo.

O SISTEMA ENDOCANNABINOIDE PODE INTERVENIR NISSO?

Como já sabemos a maconha ativa o sistema endocanabinoide. Trata-se de um sistema biológico que controla funções cerebrais, como dor, memória e humor. Quando estimulamos esse sistema, é lógico que mudanças fisiológicas na função cognitiva podem levar as pessoas a experimentar um estado mental mais concentrado. Quando podemos prestar mais atenção, temos a possibilidade de ouvir partes da música que, de outra forma, não perceberíamos.

PLACEBO E RELAXAMENTO

Outra razão poderia ser simplesmente um efeito placebo. Talvez pensemos que a música soa muito melhor e que a letra tem um significado mais profundo, porque é assim que queremos acreditar, o que nos torna mais envolvidos e nos sentimos “mais presentes”. Também pode ser devido ao ritual de ouvir música e fumar maconha ao mesmo tempo. Para muitas pessoas, o momento de compartilhar um baseado ou bong com alguém começa com uma boa música. Enquanto a fumaça enche nossos pulmões, a música enche nossa alma.

A MACONHA E OS ARTISTAS

Entre muitos artistas, do presente e do passado, como os Beatles, Bob Dylan, Bob Marley, Willie Nelson, Snoop Dogg ou Louis Armstrong, o uso de substâncias é frequentemente sinônimo de processo criativo. Isso alude à noção de que, embora muitos artistas criem música sob a influência de certas substâncias, os ouvintes também podem ter uma conexão maior com a música devido ao seu próprio estado de alteração mental, distinguindo e apreciando nuances muito sutis que poderiam passar despercebidas para qualquer outro ouvinte.

O famoso e conhecido astrônomo Carl Sagan, e uma mente brilhante em todos os sentidos, falou muitas vezes durante sua vida a importância de combinar maconha e música. Ele explicou como a mudança de humor lhe permitiu ouvir música de maneira diferente e entender partes da teoria musical que ele não conseguia entender antes, como contraponto e harmonia. Em nossa humilde opinião, se foi bom o suficiente para Carl Sagan, é bom o suficiente para nós também.

QUALQUER QUE SEJA O MOTIVO, A MACONHA E A MÚSICA FORMAM UM GRANDE DUO

Em conclusão, existem muitos fatores que contribuem para você apreciar a música. Afinal, não importa realmente por que a maconha torna a música mais bonita. Mas existe um consenso bastante unânime entre os usuários que acreditam que isso contribui com algo para a satisfação geral. Então coloque algumas boas músicas, fume um baseado, feche os olhos e aproveite.

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Fonte: Royal Queen

Como a maconha influenciou a história da música no mundo

Como a maconha influenciou a história da música no mundo

Embora a maconha ainda seja ilegal na maioria dos países do mundo, a tendência está mudando gradualmente. E mesmo sendo uma substância ilegal, é e tem sido a substância mais consumida no mundo desde praticamente o início da civilização. Tem sido usada desde a medicina tradicional, como em rituais religiosos. E também como fonte de inspiração. Ao longo da história, podemos encontrar escritores, pintores, compositores, músicos ou atores que a consumiram. E talvez suas obras e influência não fossem as mesmas se não fosse à cannabis.

A maconha e a música, por exemplo, se uniram praticamente no século XX. Com o boom do jazz, sua paixão e gritos pela liberdade, nos levam para Nova York ou Chicago, onde milhares de afro-americanos chegam das regiões do sul, que também popularizariam a maconha. Eles já tinham o hábito de fumar, introduzido em 1910 por mexicanos que fugiam da revolução.

Grandes músicos como Louis Armstrong, Hoagy Carmichael ou Milton Mezzrow (mais famoso por passar a melhor maconha em Chicago do que por suas virtudes musicais) confessavam que a maconha os ajudava com que inspiração fluísse e, com ela, o jazz. Alguns deles tinham problemas com a justiça como o próprio Armstrong, uma das figuras mais carismáticas e inovadoras da história do jazz e condenado a cinco anos por consumo. Felizmente, ele não cumpriu sua sentença.

A maconha finalmente acabaria ligada à música para sempre. Centenas de músicas falaram sobre ela. Nos anos 60, alcançou fama mundial, principalmente devido ao movimento hippie e, em menor grau, a músicos como Willie Nelson e outros gêneros musicais. O famoso jornalista de rock, o norte-americano Al Aronowitz, também se tornaria famoso por iniciar Bob Dylan e o cantor francês Serge Gainsbourg na maconha. Na música de Dylan “Rainy Day Women # 12 & 35“, você pode ouvir o coro gritado por Dylan “todo mundo deve ficar chapado!”.

Foi precisamente Al Aronowitz quem apresentaria os Beatles a Dylan. E foi precisamente Dylan quem apresentou o primeiro baseado ao quarteto de Liverpool, especificamente em 28 de agosto de 1964, em Nova York. Segundo a história, John Lennon recebeu um baseado de Dylan. Mas preferiu não provar porque não conhecia seus efeitos. Foi Ringo Starr quem se animou e, finalmente todos, uma vez convencidos de que não era tão ruim, acabaram fumando. E desde então palavras como high, grass ou smoke eram ouvidas com frequência em suas músicas, como a famosa Get Back (Jo Jo deixou sua casa em Tucson, Arizona, por um pouco de maconha da Califórnia).

John e Paul McCartney tiveram sérios problemas com a justiça por causa da erva. John foi negado por anos nos Estados Unidos por porte de haxixe, e Paul teve um momento particularmente ruim em 1980, quando no aeroporto de Tóquio foi preso com 219 gramas de maconha na mala. Ele foi imediatamente detido e preso. Depois de passar 9 dias em uma cela de 2x2m, seus advogados finalmente conseguiram que o deportassem, em vez de cumprir 8 anos.

Mas, sem dúvida, a maior influência da maconha na música é encontrada na caribenha Jamaica e no reggae. A cannabis chegou a este país em meados do século XIX proveniente da Índia. Foram os catadores de açúcar que a introduziram. Soul, blues e rhythm&blues de origem para o ska, que seriam as raízes do reggae, uma maneira de musicalizar as mensagens dos rastafaris e exigir a união de todos os africanos e seu poder. Bob Marley foi seu maior expoente com canções como “African herbsman” ou “Redder than red“, o que o tornou em um embaixador desse gênero e da maconha mundial.

Fonte: La Marihuana

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