por DaBoa Brasil | ago 27, 2016 | Saúde
Um spray nasal destinado a controlar as convulsões pode ser um dos primeiros medicamentos à base de maconha a chegar ao mercado australiano.
A MGC Pharmaceuticals, sediada em Perth, anunciou a assinatura de um acordo com a empresa israelense sipnose, permitindo a utilização de um aerossol ou spray nasal para administrar canabinóides.
O diretor da MCG, Dr. Ross Walker disse que o produto estará pronto para ser usado quando as questões de regulamentação de medicamentos a base de maconha forem aprovados na Austrália.
Mas com as recentes mudanças nas leis em âmbito federal, é permitido o cultivo de cânhamo para a produção de medicamentos à base da planta.
O Dr. Walker diz que o governo deve aprovar rapidamente novas leis para ajudar as pessoas que sofrem de epilepsia, câncer e dor crônica. Ele também disse que pode levar até 18 meses antes que se emita uma prescrição.
“Esta é uma forma eficaz de tomar a maconha através do nariz”, disse o Dr. Walker sobre o novo produto.
“A aplicação pelo nariz faz com que seja um produto amigável para os pacientes, especialmente para as crianças pequenas.”
O Governo de Nova Gales do Sul está prestes a começar grandes ensaios clínicos que incluíram 330 pessoas que sofrem de câncer. Anteriormente, realizaram estudos em pacientes com formas graves de epilepsia.
No estado de Victoria, um pequeno grupo de crianças com epilepsia participou de um ensaio clínico. Dr. Walker disse que a pesquisa “mostrou uma diminuição na frequência de convulsões de 36 para 54 por cento”.
Dr. Walker enfatiza que o uso do spray irá não causar efeitos psicoativos secundários. “O importante é que a maconha medicinal não tem nada a ver com o fato de fumar.”
A MGC SipNose através do sistema, permite a distribuição de canabinóides diretamente para o cérebro através do nariz.
Fonte: medycznamarihuana
por DaBoa Brasil | ago 15, 2016 | Economia, Política, Saúde
Quem precisa importar medicamentos à base de Canabidiol no Brasil espera, em média, 13 dias para obter uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por liberar os pedidos. Desde 2014, a Anvisa recebeu 1759 processos, dos quais 1622 já foram autorizados. Alguns aguardam análise ou adequações no processo para a liberação.
A Anvisa permite a importação para pessoas físicas, somente com prescrição médica e justificativa para a utilização do Canabidiol como alternativa às opções terapêuticas já registradas no país. A agência tem um formulário online para que os pacientes informem eventuais efeitos colaterais após o uso dos produtos.
O assunto tem gerado controvérsia, e um dos motivos é o fato do Canabidiol ser extraído da maconha. Contudo, o uso medicinal não se confunde com o uso recreativo da droga: os remédios à base de Canabidiol não têm efeitos psicotrópicos. E, tendo em vista todo o processo de importação e burocracia, recorrer a esse tipo de medicamento no Brasil costuma ser a última alternativa, em especial para pais de crianças ou adolescentes com transtornos que geram crises convulsivas graves.
Na área médica brasileira, há mais proximidade de um consenso sobre o uso do Canabidiol para a Epilepsia, mas não para outros tipos de doença. Enquanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) somente autoriza para casos de crianças e adolescentes com Epilepsia que sejam refratários aos tratamentos convencionais, alguns médicos no Brasil têm receitado e defendido o Canabidiol para outros casos, como dores crônicas e Mal de Parkinson.
Desde 2014, uma crescente flexibilização da importação de medicamentos à base de Canabidiol vem ocorrendo no país. Na época, o documentário “Ilegal – A Vida Não Espera” deu bastante destaque ao tema no debate público. Em janeiro de 2015, a Anvisa retirou a proibição contra o Canabidiol, que passou então a ser uma substância controlada. Mesmo antes disso, o órgão vinha liberando pedidos excepcionais. Já em abril de 2015, novas regras foram publicadas para simplificar a importação nos casos de necessidade.
Canabidiol e THC
A mais recente resolução da Anvisa sobre o tema foi publicada em março deste ano, permitindo também a prescrição médica e importação de produtos com maior teor de Tetrahidrocannabinol (THC). Essa última resolução foi publicada em cumprimento a uma decisão judicial e criticada pela própria Anvisa, que inclusive vem tentando derrubá-la.
Na decisão, o juiz federal do Distrito Federal (DF), Marcelo Rebello Pinheiro afirma que a substância é autorizada apenas para fins medicinais e científicos. Ele respondeu a pedido que havia sido feito pela Procuradoria da República do DF, que cita experiências de países como Canadá, Estados Unidos, Holanda e Israel, onde o uso medicinal é liberado e controlado de formas variadas.
Segundo a Anvisa, muitos dos produtos à base de Canabidiol e THC não são registrados como medicamentos nos seus países de origem, não sendo possível garantir a dosagem adequada ou conhecer os possíveis efeitos adversos. O CFM também reagiu negativamente à ultima resolução da agência reguladora.
Cadastramento
O cadastramento para a solicitação pode ser feito online ou por carta enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Coordenação de Produtos Controlados – Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) – Trecho 5, Área Especial 57, Brasília, CEP 71205-050. Se aprovada, a autorização tem validade de um ano, e então basta apresentar a prescrição médica diretamente nos postos da Anvisa localizados nos aeroportos.
Fonte: atarde
por DaBoa Brasil | jul 17, 2016 | Saúde
A psoríase é uma doença de pele que é normalmente visto como erupções e manchas escamosas na pele de vermelho e branco. Geralmente aparecem manchas escamosas nos cotovelos e joelhos, mas também pode afetar outras áreas, como o couro cabeludo, mãos e pés. As manchas são causadas pela produção rápida de células da pele que são formados no topo das outras células da pele existentes.
A doença afeta pessoas de todas as idades e não é contagiosa, mas tem uma tendência genética que é transmitida para outros membros da família.
Sintomas e tratamento para a psoríase
A psoríase é caracterizada por pele seca, prurido, inchaço e dor. Atualmente não existe nenhuma cura disponível para a psoríase, mas existem tratamentos que proporcionem o alívio dos sintomas associados a esta patologia.
Sendo uma doença de pele, o tratamento mais comum começa com o cuidado da pele. Como a psoríase é mais suscetível de afetar as pessoas com pele seca, usar hidratantes geralmente são aconselhados especialmente nas áreas mais secas e afetadas. Outra medicação tópica também pode ser aplicada na área afetada, que pode ser usado em combinação com outros tratamentos para limpar manchas e outros sintomas. Alguns medicamentos tendem a piorar os sintomas ou podem causar efeitos secundários adversos.
Para os piores casos de psoríase, têm sido observados alguns medicamentos imunossupressores. Outros estudos sugerem mudanças de estilo de vida que estão relacionados ao tabagismo, consumo de álcool, a quantidade de descanso ou sono, estresse, dieta e exercício. E a alternativa que surge para tratar a psoríase é o uso de maconha medicinal.
A literatura histórica pode apoiar os grandes benefícios da erva que são abundantes, com o apoio da investigação médica e estudos clínicos. As culturas antigas têm documentado estes usos medicinais há milênios.
No tratamento da psoríase como um tratamento sintomático, a maconha contém canabinóides possuindo propriedades anti-inflamatórias e têm efeitos reguladores no sistema imunológico.
Assim, a inflamação e a dor associada à psoríase são removidas. O uso medicinal da erva também é um tratamento viável para a psoríase porque tem propriedades analgésicas. O controle da dor tem sido documentado como um dos muitos benefícios reconhecidos de maconha medicinal. Médicos têm receitado maconha medicinal para pacientes que sofrem de dor crónica. Com este benefício particular da erva, pacientes com psoríase são capazes de lidar com a psoríase muito mais fácil e sem dor.
Estudos realizados pelos departamentos de Dermatologia da Universidade de Lubeck, na Alemanha e na Universidade Hebraica Hadassah Medical, em Israel, provaram que a ativação do receptor CB1, causada por THC na maconha, inibe a proliferação da inflamação nas células causando efeitos secundários da doença. Uma vez que a psoríase é uma pele inflamada e hiperproliferativa crónica, é concebível que a modulação terapêutica da CBD, pode inibir a proliferação e a inflamação e com isso no futuro pode ganhar um lugar no tratamento da doença.
Um estudo dos médicos Jonathan D. Wilkinson, Elizabeth M. Williamson das universidades de Nottingham e da Leitura em 2007 demonstrou o funcionamento de compostos canabinóides como inibidores da proliferação dos queratinócitos, o que tornaria a maconha uma potencial terapia para a psoríase. Países como a República Checa, que fornecem o uso legal da maconha para fins terapêuticos, incluindo a psoríase entre as doenças que podem se beneficiar do uso de erva.
As opções de tratamentos disponíveis para os pacientes são, sob a forma de cremes com esteroides, os efeitos colaterais associados com estes cremes são absolutamente terríveis.
Naturalmente, a maconha medicinal não causa efeitos colaterais adversos com o uso. A disponibilidade de maconha em um creme também torna mais fácil para aplicar nas áreas afetadas para pacientes que sofrem de psoríase . Para aqueles que têm sofrido da doença e ainda têm de encontrar um tratamento eficaz para ele, a maconha medicinal pode ser a melhor até agora.
por DaBoa Brasil | jul 1, 2016 | Religião
Há uma grande lista de solicitação para 15 licenças para cultivar maconha para fins medicinais em Maryland, Washington, e nela incluem ao menos dois líderes religiosos, o rabino Jeffrey Kahn e o Pastor Gareth E. Murray.
Kahn está há muito tempo na comunidade da maconha medicinal do Distrito, que serve cerca de 1.000 pacientes no dispensário Takoma Wellness Center no norte da cidade.
Quase todos os dias, ele tem que rejeitar moradores de Maryland que estão excluídos do programa de Washington DC. Ele tem investido em um cultivo prospectivo em Maryland chamado Rosebud Organics e quer abrir uma segunda loja do outro lado da fronteira em Takoma Park.
“É muito triste não poder ajudar”, disse Kahn.
Ordenado em primeiro lugar em 1981, Kahn deixou sua função religiosa ativa para abrir o dispensário de maconha no Distrito depois de cumprir em quatro congregações reformistas em lugares como Austrália e Nova Jersey. Seus primeiros comentários sobre a maconha medicinal foram moldados ao ver congregantes controlar os sintomas da AIDS através do uso ilegal da erva.
Kahn causa perplexidade quando as pessoas descobrem um rabino no negócio da maconha medicinal. Embora ele diga que não deve ser nenhuma surpresa. A reforma do Judaísmo foi uma das primeiras denominações religiosas a aceitar a maconha medicinal, em 2003. Hoje, o líder ultra ortodoxo do partido Agudat Israel de Israel serve como ministro da Saúde do país, supervisionando um programa de maconha medicinal sólida e bem estabelecida.
“No primeiro capítulo da Bíblia, Deus cria as plantas e nos diz que elas são muito boas e são para nosso uso”, disse Kahn. “Deus criou estas coisas para nosso benefício.”
Murray, um pastor associado na Primeira Igreja Batista de Silver Spring que serviu como legislador estatal democrata entre 2003 e 2007, é um recém-chegado a indústria da maconha medicinal.
Mas Murray também crê no valor medicinal da maconha. Depois de ver documentários e escutar as histórias dos amigos sobre os pacientes com câncer que usam a erva para aliviar os efeitos secundários da quimioterapia, ele decidiu conseguir uma licença de cultivo de maconha, com a condição de que a empresa seja estritamente médica.
“A gente usa a maconha medicinal em muitas ocasiões como em um indivíduo que está na esquina de uma rua a fumar ou drogar-se”, disse Murray. “Temos que educar essa gente a cerca dos seus atos. E não se trata de ser colocado numa clinica”.
Murray disse que a companhia, PhytaGenesis, que teve uma separação amistosa com os membros de sua equipe, esperam ampliar as vendas para lazer se os legisladores de Maryland legalizarem totalmente a erva.
Murray ajudou o diretor em assuntos comunitários da PhytaGenesis, e a organizar reuniões com influentes legisladores do estado, entre eles o presidente do Senado, Thomas V. Mike Miller Jr. Esta ativo na política desde que saiu da Assembleia Geral, servindo como diretor de assuntos legislativos da Comissão Estatal de Educação superior e trabalho na consultoria do governo.
“Você tem todas essas grandes pessoas que vêm de fora do estado”, disse Murray. “Quero ajudar os proprietários de pequenas empresas.”
por DaBoa Brasil | jun 29, 2016 | Política
Empresa canadense poderá fabricar produtos derivados da maconha para exportação e mercado interno
O Ministério da Saúde da Colômbia confirmou na manhã desta terça-feira ter concedido a primeira licença para a produção de derivados da maconha com fins medicinais para a empresa canadense PharmaCielo. A autorização permite que a companhia, que tem sede no município de Rionegro, no leste da província de Antioquia, possa transformar plantações de cannabis em produtos para exportação, para o mercado interno e para a realização de pesquisas. “Nossa meta é nos tornarmos os maiores fornecedores de extratos de óleo de cannabis cultivado naturalmente, e não existe melhor lugar para fazer isso do que a Colômbia”, afirma, em comunicado, Jon Ruiz, presidente e diretor-geral da PharmaCielo.
Enquanto aguarda mais detalhes sobre quando começará a produção, Alejandro Gaviria, titular da pasta, explicou que o primeiro passo previsto na licença permite a fabricação de derivados como os extratos de óleo ou resinas, e não a plantação. Uma vez obtida essa permissão, a PharmaCielo deverá recorrer ao Conselho Nacional de Entorpecentes, o órgão responsável por outorgar a autorização final para a plantação. “O procedimento é este porque as empresas precisam detalhar ao Conselho qual será o uso que farão das plantas”, explicou o ministro. Neste caso, a companhia canadense conseguiu, até agora, autorização para a produção e para a importação das máquinas e tecnologias necessárias e a construção de laboratórios de pesquisa. Com essa decisão, pessoas que sofrem de epilepsia, câncer, dores crônicas, artrite ou esclerose múltipla, entre outras enfermidades, terão uma alternativa medicinal.
A PharmaCielo se torna, assim, pioneira na Colômbia, por ter sido a primeira empresa a pedir a autorização. “Esse foi o nosso critério”, afirmou Gaviria. A companhia começará a produzir em três hectares em Rionegro e “irá ampliando a área”, segundo o Ministério. “A localização equatorial do país e sua variedade de microclimas ideias não deixam margem para dúvidas quanto ao papel protagonista que aColômbia irá desempenhar no desenvolvimento dessa indústria internacional, que está crescendo rapidamente”, disse Federico Cock-Correa, também executivo da PharmaCielo.
Nos próximos dias, mais duas licenças serão outorgadas, de um total de sete solicitadas desde maio. “Duas serão para pequenos produtores, e as demais ainda estão sob avaliação”, especificou o ministro. Não haverá um número máximo de autorizações. “É um mercado aberto e emergente, em que o nosso país pode ocupar a dianteira”. Segundo as estimativas do Governo, essa produção poderia significar uma receita anual de pelo menos dois bilhões de dólares. As empresas locais e de tamanho menor serão particularmente beneficiadas, tendo de cumprir condições de segurança menos rígidas do que as maiores em relação à “custódia dos terrenos, acesso à informação e a auditoria da cannabis”. O objetivo é que esses agricultores encontrem “uma alternativa às plantações ilegais”.
Os primeiros produtos são esperados para 2017, segundo informou Gaviria, que lembrou, também, que, até agora, não é possível estabelecer um prazo de concessão por parte do Conselho Nacional de Entorpecentes para a “transição legal” do uso medicinal da maconha na Colômbia. No último mês de março, a PharmaCielo pediu formalmente a licença para o Ministério. Naquele momento, vigorava o decreto assinado apenas pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Em maio, o Congresso deu um novo empurrão no sentido de criar no país uma legislação que dê garantias jurídicas e trace diretrizes claras para o uso da planta.
A iniciativa requer apenas uma confluência entre a Câmara e o Senado (as duas casas do Parlamento) para que ela passe à sanção presidencial e se torne Lei. Com esse passo, a Colômbia se junta a países como Chile, Porto Rico, Uruguai, Estados Unidos, Holanda, República Tcheca e Israel, onde já foi aprovado o uso da cannabis para fins terapêuticos.
Fonte: El País
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