Dicas de cultivo: como combinar técnicas LST e HST para aumentar o rendimento

Dicas de cultivo: como combinar técnicas LST e HST para aumentar o rendimento

Quem não gosta de aumentar a colheita, não é mesmo? No post de hoje, veremos como você pode combinar diferentes técnicas de treinamento para obter a maior colheita possível.

Como e por que combinar as diferentes técnicas de treinamento de cannabis:

Antes de ver como você pode misturar diferentes técnicas de treinamento para aumentar o rendimento de sua colheita, devemos mencionar que esta dica é destinada a cultivadores avançados que usam sementes de cepas de fotoperíodo, regulares e/ou feminizadas. Não é aconselhável aplicar essas técnicas em variedades autoflorescentes, devido à rapidez de sua fase vegetativa.

Como já deve saber, você pode manipular o crescimento de uma planta de maconha para controlar seu tamanho e aproveitar ao máximo o espaço de cultivo disponível e, assim, obter a maior colheita possível. Essas técnicas incluem treinamento de baixo estresse (LST, por sua sigla em inglês “low-stress training”) e treinamento de alto estresse (HST ou “treinamento de alto estresse”). O HST inclui métodos como podas TOP e FIM, desfolhamento, super cropping, entre outras técnicas.

Já falamos de algumas dessas técnicas de treinamento anteriormente, então sugerimos que também leia outras dicas que disponibilizamos para refrescar sua mente. E dependendo de suas circunstâncias pessoais, pode decidir tentar todos ou apenas alguns dos métodos.

QUE MÉTODOS DE TREINAMENTO PODEM SER COMBINADOS NA PLANTA DE MACONHA?

Contanto que cultive uma cepa de fotoperíodo e suas plantas estejam saudáveis, você pode combinar praticamente qualquer técnica. Porém, ao aplicar cada técnica terá que planejar um cronograma, para que as plantas tenham tempo de recuperação suficiente. Recomenda-se começar a treinar suas plantas a partir das 3-4 semanas de crescimento vegetativo, ou quando as plantas desenvolverem pelo menos 4 nós.

COMO APLICAR AS TÉCNICAS

Mencionamos “tempo de recuperação”, mas o que significa exatamente? Basicamente, é o tempo que uma planta leva para se recuperar naturalmente de qualquer tipo de “choque” ou “estresse”, como choque de transplante, estresse por calor, estresse de técnicas de treinamento, etc.

Em geral, as plantas de cannabis levam cerca de 1 semana para se recuperar. Mas lembre-se que cada planta se comporta de maneira diferente, então analise bem a situação e procure estar atento às necessidades de suas plantas. Se estiver pensando em aplicar quatro técnicas diferentes em suas plantas, a fase vegetativa durará aproximadamente um mês.

Aqui está um exemplo de como combinar diferentes métodos de treinamento. Mas esta não é a única maneira de aplicá-los, então certifique-se de adaptar as técnicas às suas plantas, e não o contrário.


Topping (Semana 3)


Low Stress Training (Semana 4)


Super Cropping (Semana 5)


Lollipopping (Semana 6)

Defoliação (Antes) (Semana 7)


Defoliação (Depois) (Semana 7)

  • Semana 3: no primeiro dia da semana 3 (ou semana 4, dependendo do crescimento internodal) da fase vegetativa, você pode aplicar a primeira técnica, poda apical (topping) da planta para estimular o desenvolvimento dos ramos laterais.
  • Semana 4: pode aplicar técnicas LST para dar mais forma aos ramos laterais e controlar seu desenvolvimento.
  • Semana 5: para que os ramos possam suportar o peso de grandes buds resinados, pode-se fazer uma super cropping e/ou usar uma rede, apoio ou arame para sustentar os galhos. Além disso, o super cropping estressará a planta; e, em resposta ao estresse, a planta aumentará a produção de tricomas. Se estiver planejando mover suas plantas a qualquer momento, evite fazer o SCROG, pois será difícil ou impossível movê-las.
  • Semana 6: agora você pode fazer lollipopping, limpando a parte inferior dos caules e limitando o desenvolvimento das “pipoquinhas”.
  • Semana 7: Quando a planta cresce e se torna mais forte, você pode retirar algumas folhas para melhorar o fluxo de ar e a exposição à luz, conforme a fase de floração se aproxima.

Não é recomendável aplicar técnicas de treinamento durante a época de floração, pois o estresse gerado nesta fase pode causar problemas. No entanto, alguns cultivadores continuam a aplicar LST ou desfoliação durante a floração para ajudar a otimizar a ventilação e a exposição à luz. Isso depende inteiramente de você e de suas preferências e/ou necessidades pessoais.

VANTAGENS DE MISTURAR DIFERENTES TÉCNICAS DE TREINAMENTO

A combinação de técnicas de treinamento tem várias vantagens possíveis. Cultivos maiores são provavelmente as mais atraentes. Ao manipular o crescimento de suas plantas, você pode promover o desenvolvimento de novos buds, aumentando a colheita final.

Outra vantagem de combinar essas técnicas é que você tem um controle mais considerável sobre o tamanho de suas plantas. Por exemplo, se deseja cultivar uma enorme sativa em uma tenda de cultivo, combinar os diferentes métodos pode ajudá-lo a controlar e moldar o tamanho dessas gigantes.

E por último, mas não menos importante, combinar essas técnicas pode ser uma maneira divertida e excelente de praticar e melhorar suas habilidades de cultivo.

DESVANTAGENS DA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS DE TREINAMENTO

Se não forem feitas corretamente, essas técnicas podem reduzir ou retardar o crescimento das plantas, transformá-las em hermafroditas ou até mesmo matá-las. Embora esses métodos tenham o potencial de melhorar a qualidade e o tamanho do cultivo, as plantas precisam vegetar por um período mais longo antes de florescer e produzir a colheita.

Isso também significa que, no caso do cultivo indoor, sua conta de água e luz aumentará, assim como a quantidade de fertilizante de que a planta demandará.

TRUQUES E DICAS

1 – Ao iniciar o cultivo pensando em técnicas de alto rendimento, escolha sempre sementes de alta qualidade de bancos de sementes confiáveis, mas nada te impede de treinar com qualquer semente que tiver acesso.

2 – Ao podar, desfoliar ou cuidar das plantas, limpe a tesoura/faca antes e depois de usar uma solução antibacteriana. Isso reduzirá o risco de contaminação por fungos ou acúmulo de bactérias. Tesouras profissionais são altamente recomendadas, especialmente para cortar as preciosas folhas de açúcar.

3 – Ao aplicar LST, super cropping ou qualquer técnica que envolva dobrar as plantas, faça-o quando o solo estiver seco para evitar danos críticos. Caso contrário, se o meio de cultivo estiver saturado com água, os ramos podem quebrar facilmente. Se os galhos quebrarem, pode minimizar o dano usando um curativo com fita adesiva (bem limpos). Na maioria dos casos, os galhos serão capazes de se recuperar totalmente e produzir bons frutos.

4 – Use um calendário de crescimento ou diário para registrar e controlar a combinação de técnicas utilizadas e o tempo de recuperação, a fim de encontrar o método perfeito para você e suas plantas.

VOCÊ É UM CULTIVADOR DE NÍVEL AVANÇADO? COMBINE TÉCNICAS DE TREINAMENTO!

Treinar suas plantas de maconha não precisa ser extremamente difícil. Como cultivador, você deve avaliar quais técnicas vale a pena aplicar em sua situação e também deve estar preparado para agir se as coisas derem errado. Não se esqueça de verificar as dicas mencionadas acima.

Esperamos tê-lo inspirado a experimentar coisas novas e misturar métodos diferentes de cultivo. Sua próxima grande colheita o aguarda. Bom cultivo!

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: como selecionar a melhor planta-mãe

Dicas de cultivo: como selecionar a melhor planta-mãe

Uma boa planta-mãe, ou madre, é aquela que nos fornece boas mudas. Normalmente se fala delas como plantas selecionadas entre várias e que se destacam em vários aspectos positivos. E uma vez que uma muda é uma cópia exata de sua mãe, não faz sentido ter uma planta que não satisfaça totalmente quem vai cultivá-la de forma contínua. Sobre gostos pessoais, não existe uma forma de descrever, pois cada um tem o seu. Uma variedade pode ser deliciosa para muitas pessoas, mas pode não ser para uma determinada pessoa.

Ao selecionar uma madre é sempre melhor optar por uma variedade com a qual estamos familiarizados. Se já a tivermos cultivado ou pelo menos provado um bud, saberemos mais ou menos o que esperar.

Também tendo cultivado uma variedade que contém sua genética, no caso de um híbrido. Por exemplo, em híbridos Skunk, aromas fortes e sabores almiscarados dominam. Nos híbridos OG e Diesel, os toques ácidos, cítricos e combustível, e por aí vai…

Como dissemos no início, perpetuar uma variedade que apenas ouvimos falar ou lemos é um pouco arriscado. Porque, por mais que ouça ou leia diversos aspectos positivos, é você quem tem que gostar dela. Nem sempre apostar em uma variedade será garantia de sucesso apenas por causa de seus comentários positivos. Na hora de clonar, pode até errar apostando em uma variedade que já cultivou diversas vezes.

Selecionar a melhor das madres é uma questão de estatística. Por exemplo, em um pacote de 3 sementes podemos encontrar uma planta impressionante e muito superior às outras. E em 10 pacotes de 10 sementes da mesma variedade podemos não encontrar nenhuma tão boa quanto aquela outra.

Mas, logicamente, sempre há uma chance melhor de encontrar a melhor planta-mãe de cannabis entre um grande número de plantas. Grandes seleções são sempre feitas a partir de um grande número de sementes. Embora também existam verdadeiras joias de clones de elite de seleções menores.

Como selecionar uma planta-mãe de cannabis

Nem todos os cultivadores têm espaço suficiente para fazer uma seleção de 100 ou 200 plantas, principalmente no Brasil. O mínimo recomendado é partir pelo menos 10 sementes. Se tiver que ter menos, você já deve levar em consideração que as chances de encontrar as melhores mães são reduzidas. Acredite ou não, já que ninguém sabe em qual pacote está a “semente em um milhão”. Mas também, pela autossuficiência, não custa tentar.

Desde o primeiro momento que iniciar um cultivo, que será quando colocar as sementes para germinar, é também o início da sua seleção, por isso cada uma delas deve estar perfeitamente identificada. Isso ajudará ao anotar todos os detalhes que puder observar, tanto positivos quanto negativos. Por exemplo, qual germinou antes, qual cresce mais rápido, qual nos transplantes mostra mais raízes, qual tem menos distância entre os nós, qual é a mais ramificada, etc.

Mas, sem dúvida, as diferenças entre as plantas serão mais evidentes assim que a fase de floração começar. Afinal, para muitos o mais importante é a colheita. De pouco adianta selecionar uma planta com base no quão compacta ou alta ela é, ou no seu vigor, se posteriormente não for a mais produtiva, a mais potente ou a que mais se adequa às suas necessidades.

Mas antes de iniciar a fase de floração, para ter certeza, garanta pelo menos duas mudas de cada planta. E sempre mantenha todas perfeitamente identificadas. Mantenha estas com um fotoperíodo de crescimento. Uma delas será sua futura planta-mãe de cannabis, então a partir desse momento cuide bem delas.

Como citado antes, desde o início da floração algumas plantas apresentam diferenças. Alongamento na fase de transição do crescimento para a floração. Velocidade para começar a florescer. Velocidade na produção de tricomas e quantidade. Grau de compactação e tamanho dos buds. Cor, aroma, produção… E ainda tolerância a fertilizantes, resistência a pragas ou fungos se ocorrerem no cultivo.

Os descartes

Algo muito importante é descartar qualquer planta com qualquer leve sinal de hermafroditismo. Embora possa ser algo específico devido a algum fator de estresse, poderá ser uma planta com tendência ao hermafroditismo. Você já deve avaliar se essa planta vale a pena continuar a florescer ou é melhor removê-la e não colocar em risco a colheita de todas as outras.

Você também deve levar em consideração qual será o futuro da planta-mãe. Se você cultiva outdoor, pode estar interessado em uma planta alta e ramificada. E se você cultiva indoor, geralmente uma planta mais interessante, antes de tudo, é uma que não se estique muito. Posteriormente, dependendo da técnica de cultivo que pretenda fazer, são interessantes plantas mais colunares para SOG e mais ramificados para SCROG. Como citamos, a planta perfeita é aquela que se adapta melhor ao seu gosto.

Qual será minha planta-mãe de maconha?

Assim que tiver colhido e a erva e tiver uma boa secagem e um mínimo de cura, a prova de fogo virá. Calmamente, experimente cada bud e tome a decisão final. Haverá um que você mais gosta ou que tem mais efeitos do seu agrado. Você terá uma boa quantidade de botões de cada planta, portanto a decisão não precisa ser questão de um dia ou uma semana.

Se você tem duvida entre várias, suas anotações podem te ajudar. Talvez algumas delas sejam um pouco mais produtivas, florindo um pouco mais rápido, mais resistentes, suas mudas enraízam mais rápido, etc… E você também sempre tem a possibilidade de começar a partir das mudas que guarda delas, para voltar a cultivar as que parecem melhores para você. Talvez em uma segunda seleção você veja alguns detalhes que escaparam na primeira seleção.

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Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: microrganismos do solo – a chave para o seu cultivo de maconha

Dicas de cultivo: microrganismos do solo – a chave para o seu cultivo de maconha

Os microrganismos do solo são uma série de minúsculas criaturas que vivem no solo. Alguns desses organismos podem formar relações de apoio mútuo com as plantas, ajudando a proteger e promover a saúde do cultivo. Sem dúvida, essas formas de vida são uma grande contribuição para qualquer cultivo de maconha.

A palavra micróbio, ou microrganismo, é usada para descrever organismos microscópicos que são invisíveis ao olho humano e só podem ser vistos sob um microscópio, como bactérias, vírus e fungos. Os microrganismos são absolutamente essenciais para a saúde do solo e das plantas. Frequentemente, tendemos a ter uma abordagem isolada das coisas. No caso da natureza, separamos algumas partes de outras para poder estudá-las isoladamente e compreender suas funções e características.

Mas, ao fazer isso, subestimamos a grande interconexão da rede da vida e como os seres vivos dependem uns dos outros para sobreviver, às vezes formando relações simbióticas para ajudar uns aos outros.

Este tipo de relação simbiótica é muito abundante no solo entre microrganismos e plantas. Os cultivadores de maconha podem aproveitar essa conexão para promover um solo saudável e um crescimento vigoroso das plantas.

Esta frase da microbiologista e pesquisadora em biologia do solo, Dra. Elaine Ingham, explica a importância da aliança entre solo saudável e microrganismos: “Se queremos água limpa, temos que devolver a biologia aos nossos solos. Se quisermos cultivar e colher, temos que desenvolver o solo e a fertilidade com o tempo, não destruí-los. A única forma de conseguir esses resultados é melhorando a vida do solo”.

Plantas e micróbios: uma união simbiótica

Embora as plantas não tenham cérebro e, pelo que sabemos, também não tenham consciência (embora possamos estar errados), elas possuem mecanismos químicos que lhes permitem alterar e configurar seu ambiente externo. E grande parte dessa magia acontece no solo. O solo às vezes é visto como uma fonte simples de nutrientes onde as plantas podem se desenvolver, mas na realidade ele é um ecossistema complexo e fascinante, carregado de vida microbiana.

No ecossistema do solo, as plantas e os microrganismos não apenas fazem suas próprias coisas de forma independente, mas interagem ativamente e até trabalham juntos para tornar a vida mais fácil para ambos e aumentar suas chances de sobrevivência. A atividade microbiana pode aumentar o crescimento da planta por meio de uma série de mecanismos, incluindo a alteração dos sinais do hormônio, repelindo ou derrotando micróbios patogênicos e aumentando a biodisponibilidade de nutrientes.

Absorção de nutrientes

Todos esses mecanismos oferecem vantagens para os cultivadores, especialmente aqueles que cultivam outdoor, onde as condições são mais adversas e a biodiversidade é muito maior. A maioria dos cultivadores já está familiarizada com os nutrientes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), os 3 macronutrientes de que as plantas mais demandam para um crescimento saudável e vigoroso.

Os microrganismos do solo podem ser de grande ajuda para as plantas, liberando nutrientes bloqueados do solo para que possam ser mais facilmente absorvidos pelas raízes. Micróbios do solo podem metabolizar nutrientes bloqueados, como NPK, que são ligados a moléculas inorgânicas, tornando-os mais disponíveis para as plantas.

Alguns desses microrganismos, como bactérias ou fungos, têm a capacidade de decompor os nutrientes encontrados nesse estado e, ao fazer isso, os liberam de uma forma utilizável para as plantas. Esses aliados microscópicos são considerados motores essenciais do crescimento das plantas em ambientes naturais. É claro que os cultivadores, tanto indoor quanto outdoor, podem se beneficiar muito com a presença de microrganismos no solo do cultivo.

Como é feito o vínculo

Essa relação não significa, de forma alguma, dar tudo e receber nada. As plantas se beneficiam de um maior acesso aos nutrientes essenciais, mas os micróbios também recebem algo em troca. As raízes das plantas liberam uma série de substâncias para a terra: exsudatos. Alguns deles incluem açúcares, aminoácidos e ácidos orgânicos, que são uma fonte de alimento para microrganismos.

Os exsudatos contribuem efetivamente para o desenvolvimento do microbioma radicular. Esses nutrientes também podem atrair micróbios patogênicos, mas felizmente alguns dos microrganismos benéficos têm mecanismos de defesa contra eles.

Micorrizas

A união mais interessante entre plantas e microrganismos é possivelmente a relação entre plantas e fungos. Um tipo de fungo, denominado fungo micorrízico, liga-se às raízes das plantas. A parte enterrada dos fungos, que pode ser considerada suas raízes, é chamada de micélio. Ao juntar-se às raízes, o micélio dos fungos micorrízicos atua como se fosse uma extensão destes, permitindo-lhes absorver nutrientes de uma área muito maior do que poderiam ter coberto agindo sozinhos.

Portanto, os fungos micorrízicos fornecem umidade e nutrientes adicionais às plantas. Em troca, os fungos se alimentam dos exsudatos açucarados das plantas. Essa aliança simbiótica é chamada de micorriza.

Existem dois tipos principais de micorrizas: ectomicorrizas (que vivem do lado de fora das raízes) e endomicorrizas (que vivem na própria planta). Se você deseja aproveitar o poder dos fungos para aumentar a absorção de nutrientes de seu cultivo, lembre-se que o abuso de fertilizantes e o uso de fungicidas podem prejudicar e reduzir a eficácia desses organismos.

Bactérias benéficas: Rizobactéria

Várias espécies de bactérias também são um componente importante da cadeia alimentar do solo. Além de desempenhar um papel fundamental na cadeia alimentar e na reciclagem de nutrientes, interagem diretamente com as raízes das plantas, proporcionando-lhes excelentes benefícios.

Alguns produtos específicos introduzem numerosas espécies de bactérias e algas benéficas no meio de cultivo que ajudam as plantas a absorver nutrientes e combater patógenos. Essas espécies bacterianas geram promotores de crescimento que desempenham um papel essencial na fixação do nitrogênio da atmosfera e tornam os nutrientes essenciais disponíveis para as plantas de maconha.

Esses seres microscópicos também ajudam a quebrar a matéria orgânica e a liberar nutrientes que são facilmente absorvidos pelas plantas. Além disso, após uma vida inteira lutando contra micróbios nocivos e liberando nutrientes, esses micróbios morrem e liberam mais alimentos vegetais na zona da raiz.

Defesa das raízes

Os fungos micorrízicos não só oferecem mais nutrientes às plantas; eles também podem proteger contra alguns tipos de nematoides. Os nematoides são vermes microscópicos e em um punhado de solo pode haver milhares deles. Mais de 20.000 espécies de nematoides foram documentadas, sendo o animal mais numeroso do planeta.

Alguns nematoides podem ser benéficos para as plantas de maconha, como veremos adiante. Mas alguns deles podem ser bastante prejudiciais. Os nematoides fitoparasitários se alimentam das raízes, afetando a saúde e o crescimento das plantas.

Tipos de nematoides

Os nematoides ectoparasitas vivem na rizosfera (a área do solo ao redor das raízes), onde se alimentam das células externas das raízes. Em vez disso, os nematoides endoparasitários penetram nas raízes para se alimentar. Este tipo de nematoide causa danos aos cultivos agrícolas.

O micélio dos fungos é formado por minúsculos filamentos separados, chamados de hifas. Esses pequenos fios são capazes de prender os nematoides devoradores de raízes, evitando que ataquem o sistema radicular das plantas.

Nematoides predadores

Nem todos os nematoides representam uma ameaça para o seu cultivo. Na verdade, alguns desses organismos, chamados de nematoides predadores, podem atuar como um sistema de segurança para suas plantas. Eles se alimentam de outros micróbios que habitam o rizoma, incluindo os temidos nematoides fitoparasitas que comem as raízes da cannabis. E não só isso; Esses nematoides benéficos também liberam nutrientes em um formato assimilável para as plantas, de forma que também contribuem para a saúde e fertilização do cultivo.

A maioria dos nematoides predadores pertence a 4 grupos taxonômicos diferentes. Os nematoides Mononchida têm uma cavidade oral que geralmente é equipada com um único dente, vários dentes grandes, vários dentes pequenos em forma de garra ou todos eles ao mesmo tempo, que usam para furar suas presas. Os nematoides Dorylaimida têm um dente semelhante a uma agulha, denominado odontostilo. Com esse dente, atacam e se alimentam de suas presas e, com isso, ajudam a reduzir o número de organismos devoradores de cannabis na rizosfera.

Existem mais dois tipos de nematoides predadores. Os nematoides Diplogaster também têm pequenas cavidades na boca, armadas com dentes. Eles geralmente são encontrados em grandes grupos que habitam estrume em decomposição e têm um ciclo de vida de uma ou duas semanas. E por último, os nematoides Apelenchus têm um furador em forma de agulha que eles usam para penetrar nos nematoides presas e injetar enzimas digestivas paralisantes.

Introduzindo nematoides em seu cultivo

Esses nematoides podem ser um tanto ferozes, mas certamente ajudam a proteger suas plantas de maconha contra um grande número de habitantes indesejáveis ​​do solo.

A melhor época para introduzir nematoides predadores em seu cultivo é no final da tarde; Isso os impedirá de serem expostos à luz solar direta, o que pode matá-los. Devem ser mantidos na geladeira até o momento da aplicação. Antes de introduzi-los, o solo deve estar ligeiramente úmido e deve ser regado após a aplicação.

Adicione-os diretamente sob as plantas que deseja proteger, em vez de espalhá-los por todo o solo. A maneira mais fácil de aplicá-los é misturando-os com a quantidade de água indicada nas instruções do produto que você decidir usar. Você pode então pulverizar essa mistura diretamente no solo.

Promovendo a microbiologia do solo

Os cultivadores podem usar vários métodos para aumentar a quantidade de microrganismos benéficos no solo, melhorando a saúde das plantas e, possivelmente, a quantidade e a qualidade da colheita.

Criar e aplicar um composto

Um desses métodos é criar e aplicar um composto de boa qualidade. Na verdade, a compostagem é um processo realizado por microrganismos aliados. Estes decompõem a matéria orgânica, como cascas de frutas e legumes, plantas indesejadas no jardim e outros restos orgânicos, transformando-os em nutrientes de alta qualidade para as plantas.

Ao fazer a pilha de composto, certifique-se de adicionar materiais “verdes” suficientes (como folhas, aparas de grama ou restos de frutas e vegetais), misturando-os com materiais “marrons” (como palha, lascas de madeira ou galhos). As pilhas de composto precisam ser removidas para que o ar chegue a todas as áreas, contribuindo para a decomposição dos materiais.

Adicionar este composto ao solo não só fornece muitos nutrientes saudáveis, mas também microrganismos benéficos. Com o composto, os cultivadores podem reduzir ou até abandonar o uso de fertilizantes ou produtos sintéticos.

Chá de composto

O chá de composto é uma forma natural excelente de fornecer combinações poderosas de nutrientes essenciais para as plantas. Esses chás podem ser preparados com uma grande variedade de restos orgânicos. Chás de compostagem demonstraram aumentar a qualidade nutricional e até mesmo o sabor dos vegetais, então quem sabe o que eles podem alcançar quando se trata da qualidade da maconha.

Para prepará-lo, os restos de matéria vegetal e húmus de minhoca são misturados com água e deixados para fermentar por um período de tempo. Há um debate sobre qual tipo de fermentação é mais benéfico para as plantas: aeróbica (com oxigênio) ou anaeróbica (sem oxigênio). Mas o chá de composto aeróbico, criado com uma bomba de ar, aumenta o número de microrganismos benéficos. Depois de fermentado, este chá pode ser aplicado em volta das plantas.

Não lavrar

Lavrar a terra é uma técnica agrícola usada para preparar a terra para futuros cultivos. Mas esse método tem se mostrado prejudicial à saúde do solo, contribuindo para sua erosão, além de liberar grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, que já está excessivamente carregada desse gás. Arar a terra também está associado à perda de vida microbiana no solo.

Ao lavrar anualmente, revira-se a camada mais superficial do solo (os primeiros 5 cm, aproximadamente). Quando isso acontece, o húmus (solo rico em matéria orgânica) fica exposto aos elementos, prejudicando a vida microbiana que o habita e alterando processos naturais.

Com a técnica do “sem arado”, ao não lavrar a terra, este delicado habitat não é perturbado. Esse método ajuda a manter o aumento constante de matéria orgânica no solo com o passar dos anos. Esse acúmulo de nutrientes resulta em um solo mais saudável e nutritivo para as plantas.

Evite o uso de pesticidas

Na agricultura industrial e não orgânica, os pesticidas são frequentemente usados ​​como uma medida química contra pragas indesejadas. Embora possam ser eficazes nesse sentido, o uso desses produtos químicos demonstrou produzir efeitos enormemente negativos na saúde humana e na natureza. Os pesticidas estão associados a vários problemas de saúde e podem facilmente contaminar os sistemas de água, onde podem causar danos à vida selvagem.

Esses pesticidas não apenas matam pragas indesejadas, mas também afetam negativamente os microrganismos benéficos. E, ao fazer isso, eles limitam ou impedem o incrível trabalho que esses micróbios fazem no solo. Por exemplo, foi observado que microrganismos fixadores de nitrogênio, ou aqueles que ajudam a dissolver o fósforo, tornam-se inativos em solos contaminados com pesticidas.

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Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: cochonilha – uma praga difícil de detectar e eliminar

Dicas de cultivo: cochonilha – uma praga difícil de detectar e eliminar

A cochonilha é uma praga comum nos cultivos de maconha. Mesmo indoor, os ataques podem ocorrer, embora não seja tão comum. Por outro lado, no cultivo outdoor podem causar sérios danos às plantas. Caracterizam-se por serem semelhantes a pequenas patellas que se fixam ao caule e às folhas da planta. Existem várias espécies e algumas são recobertas por uma carapaça geralmente cinza/marrom ou formando uma penugem branca.

CARACTERÍSTICAS

As cochonilhas são uma superfamília de pequenos insetos da ordem Hemiptera Coccoidea. Existem aproximadamente 8.000 espécies, a maioria delas parasitas de plantas. Se alimentam diretamente do seu sistema vascular, sugando a seiva. Outras se alimentam de tecido fúngico e não representam grande preocupação para o cultivador. Por outro lado, a grande maioria sim, sendo as mais comuns no nosso caso a cochonilha negra, algodão e de carapaça.

A cochonilha-algodão é uma das mais frequentes, geralmente de cor cinzenta e recoberta por uma substância cerosa branca e de consistência macia. A cochonilha de carapaça é um pesadelo, além de difícil de erradicar, põe uma imensa quantidade de ovos. A cochonilha negra é de cor marrom-acinzentada, com uma carapaça dura e resistente, a mais difícil de eliminar.

CICLO BIOLÓGICO DA COCHONILHA

O ciclo de vida da cochonilha é sempre o mesmo. Os machos são muito difíceis de ver porque estão voando. Eles vão em busca de fêmeas para fecundá-las. Os machos têm apenas um par de asas e nunca comem, morrendo em um ou dois dias. As fêmeas põem ovos pequenos, com ninhadas de mais de 100 ovos.

Embora eles também possam ter filhos idênticos a eles, sem a necessidade de acasalar por partenogênese, como acontece com os pulgões. Essa combinação é o que os faz se multiplicar rapidamente e serem tão perigosos.

ATAQUES E DANOS

Essas 3 espécies de cochonilhas sempre atacam as zonas aéreas das plantas. Geralmente são encontradas primeiro no caule principal, perto do substrato. Também podem ser vistas ao longo do tempo nos caules superiores e por debaixo das folhas.

Os maiores danos são causados ​​por pragas generalizadas, capazes de secar uma planta em pouco tempo. Elas secretam um melaço, como os pulgões, que atraem formigas. E são capazes de defender as cochonilhas de certos predadores, além de transportá-las para outras áreas.

Também são um importante vetor de vírus. Podem espalhar doenças quando vêm de outra planta. Também permeia caules e folhas de negrilla, um fungo que desfigura a planta e, no caso das folhas, impede a realização da fotossíntese adequada.

CONTROLE E TRATAMENTO

Por serem cobertos por uma “concha”, a cochonilha negra e a cochonilha carapaça às vezes podem ser difíceis de combater. Já a algodão, por ter uma carapaça mole, é mais fácil de combater.

Você pode usar regularmente óleo de nim na rega, que é absorvido pela planta e torna-a mais amarga, algo que não agrada a nenhum inseto sugador.

O sabão de potássio também costuma ser eficaz. A combinação dos dois inseticidas sempre será melhor, intercalando as aplicações de um e de outro.

Também é interessante fazer uso das armadilhas fotocromáticas amarelas que, além de serem um excelente controle contra tripes, atraem as cochonilhas machos em busca de fêmeas para acasalar.

Outro sistema para tratar uma planta atacada por cochonilhas é usar água com pressão nas áreas afetadas, além de limpar suas secreções e negrilla.

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Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: como cultivar maconha verticalmente

Dicas de cultivo: como cultivar maconha verticalmente

Você é um cultivador em busca de uma solução para o problema de espaço físico? Pois bem, cultivar verticalmente pode ser a engenharia de que você precisa. Leia este artigo para descobrir tudo sobre essa técnica de cultivo.

O cultivo vertical de cannabis é uma técnica pela qual você pode maximizar todo o espaço em que está cultivando. Este é um sistema projetado para cultivadores indoor que têm espaço limitado, mas ainda procuram cultivar um grande número de plantas. Tal como acontece com qualquer sistema, este tem vantagens e desvantagens, mas dependendo do que se pretende alcançar, pode ser uma boa opção para o seu cultivo.

A ideia por trás dessa forma de cultivo é usar não apenas o espaço horizontal do seu quarto, tenda ou área de cultivo, mas também o espaço vertical. Assim estará, efetivamente, tornando sua sala de cultivo mais alta. Esta é uma técnica muito utilizada nos EUA, onde os cultivadores podem usar para maximizar a produção para fazer o melhor uso do espaço e para aumentar a eficiência da luz em sua área.

Como exatamente isso funciona?

As plantas são colocadas em uma formação de 360 ​​graus em torno de um tubo que contém globos de luz dentro. Isso significa que o espaço entre o piso e o teto pode ser usado como áreas expostas à luz alta. As plantas são penduradas, geralmente em cubos de lã de rocha, em torno dos globos centralizados entre elas.

Em geral, a ideia é ter muitas plantas nessa operação de cultivo para aproveitar ao máximo toda a luz e espaço que temos disponíveis. Como resultado da montagem, as plantas são mantidas bastante baixas, na fase vegetativa, até apenas alguns dias antes de florescerem.

Por que usar a técnica de cultivo vertical?

Existem várias razões para optar por uma tenda de cultivo vertical, e a principal delas é ter mais plantas. Se você não está cultivando muitas plantas, provavelmente não há melhor razão para instalar um sistema como este. A ideia por trás disso é aumentar drasticamente os rendimentos de uma maneira fácil.

Aumentar o rendimento sem muito esforço

O sistema vertical de cultivo de maconha efetivamente significa que há mais rendimento por luz do que se estivessem usando um sistema convencional de cultivo indoor. Alguns cultivadores experientes conseguem entre 1,5 kg a 2kg por safra de plantas que cultivam de forma vertical, o que é um número incrivelmente alto para o pouco espaço que essa operação de cultivo ocupa.

Um ciclo de colheita extra

Por utilizarem o espaço vertical em vez do espaço horizontal, as plantas nesses cultivos são mantidas curtas. Elas são vegetadas por apenas alguns dias, o que significa que durante o ano você tem a oportunidade de todo um ciclo extra de colheita. Essa é, obviamente, uma das razões pelas quais a produção anual pode ser tão alta. Isso significa que a quantidade de dinheiro que você gasta investindo em um sistema vertical provavelmente pode ser recompensado em um ano.

É fácil de instalar

Se este é um caminho que você está procurando seguir, não é preciso muito trabalho duro para instalar esse sistema. A maioria dos sistemas que você pode comprar (geralmente de fora do país) está quase pronto para ser usado e vem com tudo de que você precisa, incluindo cubos de lã de rocha e linhas de irrigação por gotejamento. Os mais caros podem ser configurados em menos de uma hora. Alguns deles chegam até com sua própria barraca para que você não precise comprá-la separadamente. Tudo o que o cultivador realmente precisa são os nutrientes e um sistema de filtro e extração.

Melhor uso de espaço e eletricidade

Em geral, uma tenda de cultivo vertical com duas luzes ocupa menos espaço do que uma tenda de cultivo horizontal com duas luzes. Na verdade, ocupa menos metros cúbicos e isso significa que você pode produzir rendimentos mais altos usando menos eletricidade. Este é um grande benefício do sistema de cultivo vertical, já que os cultivadores estão sempre procurando maximizar os rendimentos e minimizar os custos.

Coisas a considerar antes de instalar um sistema vertical

Uma das principais coisas a se considerar antes de instalar um sistema vertical em sua área de cultivo é o fato de que esse sistema foi projetado para conter muitas plantas. Este não é realmente um sistema para operações de cultivo menores. A única maneira de maximizar o potencial desse sistema é empilhando as plantas do solo até o teto. E quanto a todas as plantas extras? É importante considerar seu local de cultivo e se você vai ou não ter problemas por ter mais de 100 plantas em sua tenda de cultivo.

Este processo pode ser um pouco mais tedioso no início, porque também significa que você precisa de mais plantas-mãe. Por isso é importante considerar onde elas vão ficar e o espaço e a eletricidade necessários para elas também. Também é demorado encher seu sistema de cultivo vertical com clones. Propagar tantas plantas leva muito tempo, então leve isso em consideração antes de seguir pelo caminho do cultivo vertical.

Finalmente, se decidir comprar um sistema para cultivo vertical certamente será mais caro do que para um sistema horizontal. Esta opção foi realmente pensada para quem busca maximizar o potencial de cultivo, pois requer um alto investimento inicial. Mas isso não quer dizer que não possa adaptar essa forma de cultivo apenas pegando algumas referências.

Referência de texto: Weed Shop

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