A maconha é segura e eficaz em pacientes com fibromialgia, diz estudo

A maconha é segura e eficaz em pacientes com fibromialgia, diz estudo

A administração de cannabis é segura e eficaz em pacientes diagnosticados com fibromialgia, de acordo com dados clínicos publicados este mês no Journal of Clinical Medicine e no site do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.

Pesquisadores israelenses avaliaram o consumo de cannabis por um período de seis meses em 211 pacientes com a doença. Oitenta e um por cento dos sujeitos relataram “pelo menos uma melhora moderada em sua condição, sem experimentar eventos adversos sérios”. Os pacientes foram os mais propensos a relatar reduções na dor e melhorias gerais em sua qualidade de vida após a terapia com maconha.

Vinte e dois por cento dos participantes “interromperam ou reduziram sua dose de opioides” e 20% reduziram o uso de benzodiazepínicos, resultados que são consistentes com os de outros estudos.

“No presente estudo, demonstramos que a cannabis medicinal é uma opção eficaz e segura para tratar os sintomas dos pacientes com fibromialgia“, concluíram os autores. “Devido às baixas taxas de dependência e aos efeitos adversos graves (especialmente em comparação com os opiáceos), a terapia com cannabis deve ser considerada para aliviar a carga de sintomas entre os pacientes com fibromialgia que não respondem aos cuidados padrão. Estudos futuros devem ter como objetivo comparar a maconha medicinal com a terapia padrão da fibromialgia, para estabelecer o local adequado para a cannabis no arsenal terapêutico da fibromialgia”.

Um resumo do estudo “Safety and efficacy of medical cannabis in fibromyalgia” pode ser encontrado clicando aqui.

Fonte: NORML

Os canabinoides podem tratar doenças renais?

Os canabinoides podem tratar doenças renais?

As doenças renais afetam 800 milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais causas de morte. Os médicos prescrevem opioides para controlar a dor, mas a cannabis pode ser uma alternativa mais segura. As investigações ainda estão em andamento, e o THC e o CBD poderiam ajudar a tratar algumas condições renais.

Geralmente não pensamos muito sobre nossos rins, apesar do grande trabalho que eles fazem por nós, limpando nosso sangue removendo toxinas e resíduos. Problemas genéticos, lesões, alguns medicamentos e outros fatores podem levar a doenças nos rins, impedindo o bom funcionamento desses órgãos. Entre as condições renais mais comuns estão a doença renal crônica e a lesão renal aguda, além de infecções, cistos, cálculos ou câncer. Quando os rins falham completamente, é necessário fazer uma diálise ou um transplante de rim. Nos Estados Unidos, as doenças renais são a nona causa de morte, o que as coloca no centro das atenções e estimula a pesquisa sobre os rins e seu funcionamento.

Estudos mostram que a cannabis pode se tornar uma alternativa mais segura aos opioides e aos medicamentos anti-inflamatórios prescritos para aliviar a dor em casos de doença renal crônica. Uma maior compreensão do impacto dos canabinoides no sistema renal pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para tratar os sintomas da doença renal, com poucos efeitos colaterais em comparação com os medicamentos atualmente disponíveis.

OS RINS E O SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é composto principalmente pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Este sistema remove resíduos do corpo, ajuda a regular o volume sanguíneo e a pressão sanguínea, controla os eletrólitos e metabólitos e regula a acidez do sangue. Nos rins há uma circulação sanguínea intensa e dentro há muitas pequenas estruturas chamadas néfrons, que filtram nosso sangue ao ritmo de meia xícara por minuto. A urina é formada como resultado dessa filtragem saudável e é temporariamente armazenada na bexiga. Apenas uma pequena parte do sangue filtrado se torna urina, enquanto a água purificada retorna à corrente sanguínea juntamente com outras substâncias úteis. Os rins constantemente limpam nosso sangue de toxinas e também mantêm um equilíbrio saudável de água e minerais, como sódio, cálcio, fósforo e potássio. E, além disso, esses órgãos produzem hormônios que regulam a pressão sanguínea, desenvolvem glóbulos vermelhos e participam da absorção da vitamina D.

A maioria das doenças renais afetam os néfrons. A lesão renal aguda (LRA), também chamada de insuficiência renal aguda, é uma perda súbita da função renal que ocorre durante alguns dias. Esta doença resulta em complicações, como acidose, excesso de potássio ou uremia, e pode ter efeitos perigosos em outros órgãos. A taxa de mortalidade após sofrer de insuficiência renal grave é alta.

Na doença renal crônica (DRC) os danos geralmente ocorrem lentamente, por um longo período de tempo, e os pacientes geralmente não sentem desconforto até que a doença esteja mais avançada. As causas mais comuns incluem diabetes e pressão alta, enquanto as complicações incluem doenças cardíacas, doenças ósseas e anemia. Os sintomas mais comuns são: inchaço nas pernas, vômitos, perda de apetite e energia, e até confusão mental.

OS RINS E O SISTEMA ENDOCANABINOIDE

Os receptores canabinoides CB1 e CB2 são encontrados em vários órgãos e tecidos, incluindo os rins. O sistema endocanabinoide regula os receptores de sinalização celular, que são vitais para a homeostase energética. Estudos experimentais sugerem que os canabinoides podem ter efeitos benéficos ou prejudiciais nos rins, dependendo do tipo de doença renal, dosagem e outros fatores. A pesquisa não explicou completamente como o sistema endocanabinoide poderia estar envolvido no desenvolvimento da doença renal ou no processo de cura. No entanto, o desequilíbrio na produção de endocanabinoides (superativação do CB1 e inibição do CB2) parece desempenhar um papel na doença renal crônica. Este tipo de desequilíbrio é semelhante ao produzidos em casos de obesidade e diabetes de tipo II.

VARIABILIDADE DOS RESULTADOS DAS INVESTIGAÇÕES

Um estudo publicado no “American Journal of Medicine” coletou dados sobre 14.000 adultos que haviam participado da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição dos EUA. Os pesquisadores verificaram os níveis de albumina na urina (que é um indicador de doença renal) e não encontrou relação entre o uso prévio ou atual de maconha e agravamento da função renal ou doença, sem dúvida esta é uma boa notícia, mas um pesquisador da Escola de Medicina Icahn de Mount Sinai, Nova York, que estudou a doença renal em usuários de maconha, descobriu que nos pacientes com doença renal crônica a função renal se deteriorava mais rapidamente, comparado com não usuários de cannabis. No entanto, esse resultado pode estar mais relacionado à inalação de fumaça do que aos efeitos do THC e de outros canabinoides.

BUSCANDO ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS

Aqueles que sofrem de doença renal crônica em estágio avançado experimentam vários sintomas, como náuseas, anorexia, dor crônica e insônia. Os efeitos adversos dos opioides prescritos costumam ser especialmente fortes em pacientes com doença renal crônica, pois podem aumentar a gravidade desses sintomas. As opções de tratamento são limitadas, aumentando a demanda por terapias alternativas; embora muitos pacientes prefiram não esperar pelo desenvolvimento de uma terapia de cannabis aprovada e começam a experimentar maconha medicinal para controlar os sintomas. No entanto, embora a maconha medicinal tenha sido usada em muitas aplicações terapêuticas, as evidências de sua eficácia no tratamento da doença renal crônica não foram examinadas em detalhes, e não há literatura científica suficiente para ser capaz de recomendar corretamente sua dosagem e formato.

REDUZINDO OS SINTOMAS COM CBD

Embora haja pouca pesquisa até o momento, não apenas os pacientes, mas também a comunidade científica começou a considerar seriamente os canabinoides como um agente contra os sintomas da doença renal crônica. A combinação do seu valor terapêutico e a ausência virtual de efeitos colaterais colocam o CBD sob o controle da investigação nefrológica, especialmente depois de ter sido relatado que o CBD contribui para melhorar os sintomas da doença renal grave em muitos pacientes automedicado.

Um estudo descobriu que o CBD reduz a carga tóxica nos rins causada pela quimioterapia. A nefrotoxicidade é um efeito colateral comum da cisplatina (uma droga potente usada na quimioterapia), de modo que o estresse oxidativo e nitrosativo limita seu uso clínico. O tratamento de camundongos com canabidiol (CBD) atenuou o estresse celular, inflamação e morte celular nos rins causados ​​pela cisplatina, melhorando consideravelmente a função renal. Os resultados deste estudo sugerem que o CBD pode atuar contra a nefrotoxicidade induzida pela cisplatina. E, obviamente, também sugerem que o CDB merece mais pesquisas nessa área.

EXPERIMENTANDO CUIDADOSAMENTE

A maconha tem pouquíssimos efeitos colaterais em nossos órgãos e não há risco de que uma overdose de canabinoides possa danificar nossos rins. Mesmo assim, pacientes com doença renal devem ter um cuidado especial ao iniciar terapias alternativas e consultar um médico especialista antes de tomar qualquer suplemento. A melhora dos sintomas das doenças renais com CBD e/ou THC pode ser real e deve ser considerada clinicamente, desde que esses ou outros suplementos não interajam com medicamentos prescritos e levando em conta que a vaporização ou a alimentação elimina os danos associados ao ato de fumar.

Fonte: Royal Queen

THC não está associado à culpabilidade por acidentes automobilísticos

THC não está associado à culpabilidade por acidentes automobilísticos

De acordo com um novo estudo, os motoristas que apontaram positivo no teste de THC não têm um risco significativamente maior de serem responsáveis ​​por um acidente automobilístico não fatal.

Pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, compararam as probabilidades de responsabilidade de acidentes de carro entre motoristas que deram positivo no teste de THC ou outras substâncias e motoristas que não deram positivo. Esta comparação foi feita entre 2010 e 2016. De acordo com o estudo publicado no site da NORML.

“Em contraste, os motoristas que testaram positivo em THC, sem a presença de álcool, geralmente têm um risco baixo ou mesmo nulo de ter um acidente de carro em comparação com os motoristas que não deram positivo”.

“Neste estudo observacional de múltiplos locais de condutores com lesões não fatais, não encontramos aumento no risco de colisão, após ajuste por idade, sexo e uso de outras substâncias nocivas, em motoristas com THC <5ng/mL. Para os motoristas com THC≥5ng/mL, pode haver um risco de responsabilidade em caso de colisão, mas esse resultado não foi estatisticamente significativo e mais estudos são necessários. Houve um aumento significativo no risco em condutores que haviam consumido álcool, sedativos ou drogas recreativas diferentes da cannabis. Nossas descobertas sugerem que o impacto da cannabis na segurança rodoviária é relativamente pequeno atualmente”.

Os motoristas que testaram positivo para o uso simultâneo de cannabis e álcool tiveram um risco maior de acidentes em comparação com os motoristas que testaram positivo apenas para o consumo de álcool, um resultado que é consistente com outros estudos.

O estudo intitulado “O consumo de cannabis como fator de risco para causar acidentes de trânsito: um estudo prospectivo” foi publicado na revista Addiction e no site do Instituto Nacional de Saúde dos EUA e você pode ler o seu resumo clicando aqui.

Fonte: La Marihuana

Maconha melhora a intimidade entre casais, diz estudo

Maconha melhora a intimidade entre casais, diz estudo

Um novo estudo sugere benefícios entre casais que fazem uso de maconha. Segundo o estudo, casais que consomem cannabis têm uma maior intimidade. Um estudo anterior descobriu que esse mesmo uso aumenta as relações sexuais.

O novo estudo mostra que o consumo de maconha entre o casal, ou por um único membro, gera um maior sentimento de intimidade.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Buffalo e da Universidade de Houston e publicado no site do Instituto Nacional de Saúde dos EUA. A investigação durou trinta dias e nela foram recrutados 183 casais que fazem uso regular de maconha.

Os casais usaram uma aplicação móvel onde anotaram seu uso de cannabis e seus eventos íntimos. No caso de haver algo a mais era relatado no dia seguinte à pergunta: “Em algum momento de ontem, você teve uma interação ou uma conversa significativa com seu parceiro que envolvia intimidade, amor, carinho ou apoio?”

Ao analisar os dados das atividades íntimas com o uso de cannabis, os pesquisadores descobriram mais probabilidades de momentos íntimos dentro de duas horas após o consumo. Isso era mais propício se ambos ou um deles consumisse a erva.

A frequência do uso de maconha durante este período foi de um em dois dias. Os resultados indicaram que o uso de cannabis fortaleceu a intimidade entre os casais.

Os autores concluem que dois métodos diferentes de análise fornecem um “suporte sólido para os efeitos positivos do uso de maconha ao mesmo tempo ou na presença de um parceiro em experiências posteriores de intimidade”.

Isso era verdade tanto para homens quanto para mulheres. O fato interessante seria que, diferentemente dos estudos sobre o álcool neste tema, constatou-se que ambos os sujeitos deviam beber para obter benefícios em um relacionamento. O uso de cannabis traz os mesmos benefícios, mesmo que apenas um membro do casal a use.

Estudos anteriores descobriram que os usuários de maconha têm até 20% mais sexo do que aqueles que não usam e que as mulheres que consomem têm um aumento na libido, além de melhores orgasmos.

Clique aqui para acessar o estudo completo.

Fonte: PubMed

Levi’s investe em fibra de cânhamo como uma alternativa sustentável

Levi’s investe em fibra de cânhamo como uma alternativa sustentável

As fibras de cânhamo são naturalmente rígidas e quebradiças, mas a Levi’s descobriu uma maneira de fazer com que pareça algodão.

O fabricante de roupas, Levi’s Strauss, lançou sua coleção feita com uma mistura de algodão e cânhamo. Da empresa e na voz de seu chefe de Inovação, Paul Dillinger, disse que em aproximadamente cinco anos já terão produtos ou roupas cem por cento de cânhamo.

O cultivo de cânhamo para a produção de CBD não é apenas a única implicação importante para o cultivo desta planta. Um cultivo e indústria desta planta com baixo teor de THC, de acordo com relatórios e dados de estudos, apenas nos EUA, o seu mercado atingiria o valor de 13 bilhões de dólares. Então, roupas sustentáveis ​​também terão um “lugar privilegiado” dentro da produção e indústria de cânhamo. A Levi’s sabe disso e é por isso que fez progressos significativos nesse campo.

Esta semana a Business Insider publicou a notícia, a empresa norte-americana em colaboração com o selo Outerknown lançou uma coleção de jeans e jaquetas com uma mistura têxtil que incorporou 69% algodão e 31% cânhamo. A peculiaridade dessa mistura de tecidos é que ela tinha a mesma maciez do algodão puro.

“É uma fibra mais longa, mais dura e mais grossa”, disse Dillinger. “Ela não quer ser transformada em algo macio. Quer ser transformado em corda”, acrescentou sobre a fibra.

O ícone das “roupas vaqueiras” parece ter descoberto um sistema pelo qual as fibras duras e resistentes são suavizadas unindo algodão e criando um tecido especial. A Levi’s encontrou uma maneira de suavizar o cânhamo usando muito menos água do que o usado anteriormente.

Misturas de algodão sustentáveis

Dillinger disse que o objetivo em longo prazo é incorporar misturas de algodão sustentáveis ​​usando fibras como o cânhamo em todos os seus produtos. É um projeto importante que durará vários anos.

“Pretendemos levar isso ao centro da linha, misturar com a linha, para se tornar parte da carteira da Levi’s”, disse.

A empresa está trabalhando para melhorar a qualidade de seu cânhamo com algodão, em 5 anos, espera “uma roupa 100% de cânhamo que se pareça toda como o algodão”.

Muita água para cultivo e produção

O cultivo e o processamento do algodão exigem muita água e cânhamo. A Levi’s descobriu pesquisas de ponta na Europa, onde o cânhamo industrial já era legal em muitos países. A Levi’s não revelou os detalhes de sua investigação neste campo até que este material têxtil estivesse pronto.

Quando a Levi’s encontrar uma maneira de fazer roupas de cânhamo 100% ‘algodonizadas’, “passaremos de uma roupa que vai de 3.781 litros de água a 2.655 litros apenas no cultivo de fibras”, disse Dillinger. “Eliminamos mais de 2/3 do impacto total de água da roupa. Isso é economizar muito”.

Restam vários anos

Há vários anos de pesquisa a ser feita para substituir completamente o algodão pelo cânhamo, mas isso já está em andamento. Também são procuradas alternativas ao algodão natural.

“Costuma-se supor que comprar um produto feito de forma sustentável envolve um sacrifício, e que a escolha é entre algo feito eticamente ou algo que é bonito”, disse. “Você não precisa se sacrificar para comprar de forma sustentável”.

Fonte: Business Insider

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