por DaBoa Brasil | mar 19, 2022 | Cultivo
Os inseticidas caseiros são uma solução prática e econômica para o tratamento de pragas em todos os tipos de cultivos. Na Internet podemos encontrar guias para fazer inseticidas com todo tipo de “ingredientes”, como alho, cebola, tabaco, pimenta, entre outros. No post de hoje vamos falar sobre a canela e suas propriedades, pois são várias e muito interessantes.
A canela é a casca interna da árvore de canela, ou caneleira. Esta é uma árvore do Sri Lanka, perene, e com uma altura que costuma chegar a 15 metros. Também é cultivada, principalmente, na Índia e em todo o sul da Ásia. Quase toda a canela produzida é utilizada na indústria alimentícia, principalmente em sobremesas, bolos e doces. Também é usada em muitos países das Américas para fazer uma infusão com chá e açúcar a gosto. Em muitos deles, chega a rivalizar com outras bebidas quentes, como café ou chocolate.
Além disso, tem importantes benefícios medicinais. Por exemplo, é usada de forma eficaz para tratar abrasões ou queimaduras na língua. Tem efeitos contra diabetes e hipercolesterolemia. Tem propriedades anti-inflamatórias. É usada contra resfriados, gripes e bronquites devido ao seu forte efeito como estimulante calórico. É também um tônico estomacal que facilita o bom funcionamento do aparelho digestivo, ajudando a expulsar os gases e a combater as náuseas, os vômitos e as diarreias, e se isso não bastasse, considera-se que tem propriedades afrodisíacas.
O USO DE CANELA COMO INSETICIDA
Nos cultivos de maconha tanto em ambientes internos (indoor) quanto externos (outdoor), a canela tem muitas propriedades benéficas. Como inseticida, é eficaz no tratamento de incursões de formigas. Estas geralmente estão sempre associadas à presença de pulgões ou cochonilha. As formigas transportam essas pragas para plantas saudáveis e cuidam delas e as protegem para obter o melado que elas secretam.
Para usar canela contra formigas, basta misturar um pouco de areia com canela em pó. Polvilhe esta mistura especialmente nas áreas onde as formigas passam ou ao redor das plantas, especialmente perto do caule principal. Você poderá ver como a presença de formigas diminuirá consideravelmente.
Também é bastante eficaz contra micro -ácaros, ácaros que são muito menores do que o outro ácaro que geralmente ataca as plantas de maconha, que é o ácaro vermelho. Eles são muito difíceis de ver a olho nu, embora sua presença faça com que as folhas apicais das plantas se enrolem. Contra a aranha vermelha também pode ser eficaz nos primeiros ataques da praga.
Para usá-lo contra os microácaros, ferva 3 ou 4 paus de canela em água por 20 minutos. A água resultante deve ser de 1 litro, então adicione mais ou deixe no fogo até evaporar um pouco e obter 1 litro. Deixe a água macerar junto com a canela por alguns dias. Em seguida, basta coar a infusão e borrifá-la nas plantas. A dose deve ser de 100ml de infusão de canela para cada litro de água. Com 1 litro de macerado obterá 10 litros de solução.
O USO DE CANELA CONTRA FUNGOS
A canela também é um fungicida fantástico. Devido ao seu teor de fenóis, consegue prevenir, controlar e matar alguns fungos. Faz isso principalmente com aqueles que atacam nas fases iniciais de cultivo e estacas, como o tombamento (damping-off). Damping-off é uma palavra que designa um conjunto de fungos que afeta as mudas quando elas estão começando a germinar, entre os quais os temidos botrytis e fusarium. Também é eficaz como agente de cura, por isso é muito útil para prevenir infecções no caule de estacas, além de podar plantas maiores.
Para usá-la em seu cultivo, você pode adicionar um pouco de canela ao seu substrato na pré-mistura ou diretamente polvilhando-o sobre o substrato. Isso matará os fungos presentes e evitará o aparecimento de outros no futuro. Você também pode preparar uma infusão fervendo cerca de 100 gramas de paus de canela em 2 litros de água por cerca de 20 minutos. Deixe repousar e dilua 100 ml desta preparação para cada litro de água. Você pode usá-lo na água de rega ou pulverizar após a poda.
O USO DE CANELA NO ENRAIZAMENTO DE SEMENTES E CLONES
Graças ao poder antifúngico da canela, também é muito útil na germinação de sementes. Basta adicionar um pouco de canela em pó em um copo de água e mergulhar as sementes com esta mistura. Desta forma, você não terá problemas com os fungos típicos que aparecem durante a germinação.
Faça o mesmo ao fazer clones. Mergulhe o caule da estaca em uma mistura de água e canela em pó por alguns minutos para evitar os temidos fungos e acelerar o processo de enraizamento. Você também pode usar a canela não diluída, mergulhando o talo do corte na canela em pó até que fique bem impregnado, sacudindo levemente em seguida para retirar o excesso.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | mar 9, 2022 | Redução de Danos, Saúde
Milhões de pessoas ao redor do mundo lidam com o vício de uma forma ou de outra. Algumas são viciadas em opioides, enquanto outras são viciadas em álcool e pílulas para dormir. Alguns conseguem parar de fumar tabaco, mas para outros é mais fácil fazê-lo com uma substância substituta. Então, como a maconha pode intervir nesses casos?
A toxicodependência continua a crescer em todo o mundo. Assombrosos 2% da população mundial (cerca de 158 milhões de pessoas) são viciados em álcool, medicamentos prescritos ou outras substâncias, um problema que responde por 1,5% do volume global de doenças. O debate em torno do vício apresenta várias escolas de pensamento, com alguns argumentando que ele surge de razões puramente químicas e outros apontando para questões psicológicas subjacentes, incluindo trauma.
As formas de tratamento também variam. Alguns usuários de drogas que estão lutando com seu vício encontram alívio em centros de reabilitação, enquanto outros superam isso substituindo drogas mais viciantes e prejudiciais por substitutos menos perigosos.
O potencial da maconha como substituto de muitas substâncias, incluindo opioides, nicotina e álcool, está sendo investigado. No entanto, a planta é frequentemente rotulada como uma “droga de entrada”, significando uma substância que introduz as pessoas ao uso de drogas e as leva a substâncias mais duras e viciantes. Por outro lado, as últimas descobertas nesse campo estão revelando que, nas circunstâncias certas, poderia funcionar de outra maneira.
O que leva os usuários de drogas a optarem pela maconha como substituta?
Se você fez alguma pesquisa sobre a maconha, saberá que faltam testes em humanos. Devido a décadas de proibição e restrições legais em torno da erva, continua sendo muito difícil estudar os efeitos da planta em um ambiente controlado. Ainda não estamos no ponto em que muitas clínicas podem fornecer maconha aos pacientes para substituir substâncias problemáticas, em parte porque não há evidências conclusivas para isso.
No entanto, os pesquisadores podem realizar estudos epidemiológicos (o estudo amplo de populações) e recorrer às experiências individuais de membros de grupos específicos para obter dados válidos. Um artigo de 2015, publicado na revista “Drug and Alcohol Review”, adotou essa abordagem na tentativa de entender o que motiva os usuários de drogas a tomar a decisão de usar maconha para abandonar outras drogas mais pesadas.
Os pesquisadores recrutaram 97 “Baby Boomers” (pessoas nascidas entre 1946 e 1964) da área da baía de São Francisco e realizaram um questionário, uma pesquisa de saúde e uma gravação de áudio de cada participante. O grupo deu respostas muito diferentes sobre por que escolheram a maconha. Alguns membros sugeriram que a maconha está menos associada a crimes violentos e que ajuda a reduzir o mau humor. Outros afirmaram que, em sua opinião, a erva tem um perfil de segurança melhor do que outros medicamentos.
Curiosamente, alguns participantes disseram que, substituindo a maconha por outras drogas, poderiam continuar a viver uma vida feliz e emocionante. Eles consideraram isso um fator favorável em comparação com a abordagem rígida de “fique limpo” de Narcóticos Anônimos.
Esta pesquisa fornece uma visão interessante sobre as percepções daqueles que optam por usar a maconha como substituto. Mas o que a ciência diz quando a maconha é comparada a outras drogas como um substituto viável para controlar a abstinência e os sintomas da doença?
A maconha é responsável por reduzir as mortes por analgésicos nos EUA
Os opioides são alguns dos analgésicos mais eficazes que existem. Embora trabalhem para reduzir o desconforto, eles carregam um alto risco de dependência. Essa classe de substâncias tem um efeito poderoso no centro de recompensa do cérebro e desencadeia a liberação de endorfinas, hormônios do bem-estar que levam a sensações de prazer e bem-estar. Infelizmente, a prescrição excessiva desses analgésicos levou a uma crise de opioides. Nos Estados Unidos, os médicos dispensaram massivamente 250 milhões de prescrições somente em 2015.
De acordo com dados dos Centros de Controle de Doenças (CDC), mais de 760.000 pessoas morreram por overdose de drogas desde 1999, com os opioides representando dois terços dessas mortes. Além disso, mais de 10 milhões de cidadãos com mais de 12 anos abusaram de opioides durante 2019.
Embora a maconha permaneça ilegal em nível federal nos EUA, 36 estados legalizaram a planta para uso medicinal e os médicos têm a capacidade de prescrever a erva para tratar muitas doenças.
Então, a maconha pode ajudar na crise dos opioides? E quanto a analgésicos e maconha? Curiosamente, desde a legalização da maconha, as mortes por opioides caíram drasticamente, chegando a 25% em alguns estados. Uma pesquisa publicada no “JAMA Internal Medicine” documenta uma análise da lei estadual sobre maconha e certidões de óbito nos EUA entre 1999 e 2010. Os resultados demonstraram uma redução significativa em nível estadual nas mortes relacionadas ao uso de opioides em estados onde a maconha é legal.
Os pesquisadores apontam várias razões possíveis para essa tendência. Primeiro, apontam que cerca de 60% das overdoses ocorrem em pacientes com prescrições legais. Eles argumentam que esses mesmos pacientes, com acesso à maconha, poderiam ter optado pela erva se tivessem a oportunidade.
Em segundo lugar, as leis de maconha para uso medicinal provavelmente levaram a uma redução na polifarmácia (uso regular de pelo menos cinco medicamentos) e, portanto, diminuíram as mortes por opioides. Especificamente, a combinação de benzodiazepínicos e opioides pode levar a sedação excessiva e falta de ar.
Para encerrar, os autores questionam o papel da maconha na abstinência de opioides. Se a erva ajudar os pacientes a reduzir seu uso, é mais provável que eles quebrem o ciclo e parem de usar opioides quando apropriado.
No entanto, outras descobertas recentes apontam para uma tendência contrária e, portanto, devemos permanecer céticos de que a maconha reduz as mortes relacionadas aos opioides.
Quais drogas a maconha pode substituir?
Os opioides têm um enorme potencial de dependência e um baixo perfil de segurança, especialmente quando prescritos em excesso. No entanto, é claro que não são as únicas drogas que causam problemas de dependência em todo o mundo. Abaixo, examinaremos mais de perto três outras substâncias famosas por suas propriedades viciantes e se a maconha pode atuar como um substituto adequado.
Álcool
A Europa é a área do planeta com maior consumo de álcool, com mais de um quinto da população com 15 anos ou mais a consumir grandes quantidades de álcool pelo menos uma vez por semana. Durante 2019, uma em cada doze pessoas na União Europeia consumiu álcool diariamente. Embora o excesso de álcool tenha um efeito significativo na saúde, beber quantidades menores com mais frequência também tem um efeito prejudicial.
A maconha tem a capacidade de ajudar a reduzir o consumo de álcool naqueles que estão dispostos a usá-la como um substituto? Os pesquisadores estão ansiosos para descobrir. Um estudo publicado na revista “Alcohol and Alcoholism” avaliou se a maconha pode desempenhar o papel de um “substituto de drogas”. As substâncias que se enquadram nesta categoria devem atender a certos critérios, incluindo:
– Deve reduzir o consumo de álcool e os danos relacionados
– Qualquer risco de abuso deve ser menor que o do álcool
– Deve ser mais seguro em termos de overdose
– Deve ser menos prejudicial que o álcool
A maconha atende a quase todos os critérios para um substituto adequado, mas os pesquisadores dizem que mais pesquisas e projetos de estudo aprimorados são necessários para descobrir o quão eficaz ela pode ser.
Nicotina
A nicotina funciona como um meio de dissuadir os herbívoros das plantas, mas atua como estimulante e depressor nas pessoas e tem um enorme risco de dependência. A nicotina é a segunda principal causa de morte em todo o mundo. Usar maconha e nicotina envolve principalmente fumar, mas pode primeiro aliviar o desejo que causa a segunda? Um artigo de 2021 publicado no “Journal of Substance Abuse Treatment” mostra isso como algo promissor. Semelhante à redução na ingestão de opioides após a reforma legal da maconha nos EUA, a maconha também parece ter um impacto no tabagismo.
Os pesquisadores usaram uma pesquisa on-line transversal para perguntar a 2.102 usuários de maconha como a erva afetava o uso de outras substâncias. Dentro do grupo, 650 eram ou foram usuários de tabaco. Desses usuários, 320 indicaram redução no uso de tabaco após o início do uso de maconha.
No entanto, são necessários testes em humanos para ver se a maconha realmente funciona nesse cenário. Os estudos populacionais são pouco confiáveis e os questionários subjetivos não refletem totalmente a realidade. Os pesquisadores também estão interessados em descobrir o que pode tornar a maconha eficaz nesse sentido. Estudos em andamento estão testando compostos de maconha, como o cariofileno, contra a dependência de nicotina.
Pílulas para dormir
Pílulas para dormir, como benzodiazepínicos, também são viciantes para algumas pessoas. Por esse motivo, a pesquisa recomenda tomar a menor dose possível pelo menor período de tempo. Os pacientes também são aconselhados a não interromper drasticamente a ingestão. Em vez disso, eles são instruídos a diminuir gradualmente sua dose para evitar sintomas de abstinência potencialmente perigosos.
Cerca de 1 em cada 10 adultos no Reino Unido toma regularmente pílulas para dormir para ajudá-los a pegar no sono. No entanto, as diretrizes de dosagem significam que eles só podem se beneficiar dessas substâncias por um curto período de tempo. A maconha poderia intervir como substituto? Infelizmente, esse aspecto ainda é muito pouco estudado. Embora existam testes em humanos comparando os dois, os pesquisadores estão tentando descobrir como a maconha afeta o sono. Por exemplo, um estudo publicado em 2019 analisou como o CBD e o THC afetam o ritmo circadiano, o relógio biológico que dita o ciclo sono-vigília.
Maconha: droga de entrada ou substituta?
Então, a maconha pode levar as pessoas para drogas mais pesadas ou para longe delas? Como não temos dados suficientes de ensaios clínicos, não podemos dar uma resposta exata. Mas alguns dos temores sobre a maconha como droga de entrada são totalmente exagerados, com algumas pesquisas estabelecendo associações entre o acesso à maconha e menos dependência de drogas pesadas. Dito isso, alguns dados mostram que a maconha pode levar os adolescentes ao uso de opioides, e o transtorno do uso de maconha é uma doença real que afeta muitas pessoas.
Como sempre, vale a pena ser cauteloso. Dito isso, há um consenso generalizado de que a maconha merece muito mais estudo a esse respeito, pois o vício em drogas e álcool é um sério problema de saúde global.
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | jan 15, 2022 | Curiosidades, Economia
A Associação Multidisciplinar de Estudos Psicodélicos (MAPS), com sede na Califórnia, EUA, anunciou um manual de emprego interno que inclui “tarefas fumáveis”.
O uso de drogas durante o horário de trabalho pode levar a uma grave sanção na maioria dos empregos, e até mesmo demissão, exceto com o café e o tabaco, duas das drogas legais mais difundidas no mundo. Mesmo o álcool às vezes é permitido se for uma bebida fermentada consumida durante o intervalo do almoço. Mas quando se trata de maconha, a história é diferente. Agora a história nos EUA pode estar mudando e algumas vozes sugerem que o uso de cannabis não deve ser proibido quando se trata de realizar certas tarefas que envolvem aspectos criativos.
Um estudo publicado nas últimas semanas examinou o uso de maconha entre profissionais de programação nos EUA e descobriu que um terço deles (35%) disseram que a usaram durante a execução de um trabalho relacionado à programação ou engenharia da computação. Destes, 73% disseram ter usado no último ano, 53% disseram ter usado pelo menos 12 vezes, 27% disseram ter usado pelo menos duas vezes por semana e 4% quase diariamente.
Os autores do estudo perguntaram sobre as motivações por trás do uso e descobriram que as tarefas mais comuns para as quais eles usavam maconha eram brainstorming, prototipagem, codificação e testes, conforme relata o portal Marijuana Moment. “No geral, descobrimos que os programadores eram mais propensos a relatar motivações de prazer ou aprimoramento da programação do que motivações de bem-estar: as razões mais comuns eram ‘tornar as tarefas relacionadas à programação mais agradáveis’ (61%) e ‘pensar em mais soluções de programação criativas’ (53%)”, escreveram os autores.
Na semana passada, o fundador da Associação Multidisciplinar de Estudos Psicodélicos (MAPS), Rick Doblin, anunciou em um dos boletins regulares da organização que havia produzido um manual de emprego detalhado que inclui o conceito de “tarefas fumáveis”: aquelas que podem ser realizadas sob o efeito da maconha. “Essas são tarefas de trabalho, diferentes para cada membro da equipe, que eles acham (e seu patrão concorda) que se saem melhor sob a influência da maconha, como trabalhar em planilhas complicadas”, escreveu Doblin. “Para mim, as tarefas fumáveis incluem principalmente estratégias, design de protocolo e edição de arquivamento regulatório”.
Referência de texto: Marijuana Moment / Cáñamo
por DaBoa Brasil | jan 11, 2022 | Política
O novo governo de coalizão da Alemanha está revelando alguns detalhes iniciais sobre seu plano de legalização da maconha, mesmo que a reforma esteja ficando em segundo plano nos esforços para combater a pandemia de coronavírus.
Antes de tomar posse no final do ano passado, a chamada coalizão semáforo anunciou que a legalização seria uma prioridade e fez um acordo sobre o assunto. Agora, um alto funcionário do governo forneceu algumas informações sobre a proposta pendente.
Há o básico: o governo quer que os adultos possam possuir e comprar cannabis em locais licenciadas. Essas podem ser farmácias, mas os legisladores “também podem continuar traçando o círculo” para expandir onde a maconha pode ser comprada.
Como haverá um componente de vendas, o ministro da Justiça Federal, Marco Buschmann, disse à Agência de Imprensa Alemã que “deve haver também produtores autorizados a cultivá-la e vendê-la legalmente”, sinalizando que a coalizão está desenvolvendo uma estrutura de licenciamento para diferentes aspectos do mercado.
De acordo com a reportagem, os líderes legislativos também estão analisando políticas para dispensários. Para vender maconha para uso adulto, pode haver alguma “experiência necessária da equipe de vendas” para que eles possam “fornecer informações sobre os produtos e combater o uso arriscado de cannabis, especialmente no caso de dependentes reconhecíveis”.
A maconha também vai “estar sujeita a alguma forma de tributação, assim como outros produtos de consumo”, disse o ministro.
Ele também rejeitou a ideia de que a maioria das pessoas continuará operando no mercado ilícito pelo fato de não estar sujeito a impostos. O ministro disse que “o risco de processo criminal também deve ser incluído no cálculo do preço do traficante na rua”.
Quando se trata de cronograma para o lançamento do plano de legalização, Buschmann disse que cabe principalmente ao Ministério da Saúde, que atualmente está preocupado em “combater a pandemia”.
Tal como está, a posse pessoal de maconha é descriminalizada na Alemanha, e existe um programa medicinal em vigor.
O governo conjunto também disse anteriormente que revisará o impacto social da legalização quatro anos após a implementação.
Além da legalização da cannabis, a coalizão semáforo disse que também promoverá outras reformas de políticas de drogas, como o estabelecimento de serviços de verificação de drogas, onde as pessoas podem ter drogas ilícitas testadas para contaminantes e outras substâncias nocivas sem medo de enfrentar sanções criminais.
Quando anunciou o plano de legalização, os líderes observaram que a legislação também restringirá a publicidade de produtos de maconha, álcool e tabaco.
Embora os legisladores tenham enfatizado que o objetivo da legalização da maconha não é aumentar a receita tributária do país, o partido FDP disse em seu manifesto eleitoral que tributar a maconha como os cigarros poderia gerar 1 bilhão de euros anualmente.
Essa reforma já vem de longa data na Alemanha. Era 2017 quando membros da União Democrata Cristã e sua aliada, a União Social Cristã, iniciaram negociações com Democratas Livres e os Verdes sobre o avanço da legalização.
Os sindicatos da polícia na Alemanha se manifestaram contra os planos de legalizar a maconha.
No vizinho Luxemburgo, os ministros da Justiça e Segurança Interna divulgaram no ano passado uma proposta de legalização, que ainda precisará de votação no Parlamento, mas deverá ser aprovada. Por enquanto, o país está focando na legalização dentro de um ambiente doméstico. Espera-se que o Parlamento vote a proposta no início de 2022, e os partidos no poder são amigáveis com a reforma.
Malta passou na frente da Alemanha e de Luxemburgo no final do ano passado, tornando-se o primeiro país da Europa a legalizar a cannabis para uso adulto.
Embora não tenha relação com o plano de legalização do país, a autoridade de transporte público de Berlim lançou uma promoção durante o feriado com ingressos com infusão de cânhamo que os passageiros poderiam comer. Os bilhetes foram infundidos com óleo de cânhamo de sementes, então eles não continham canabinoides intoxicantes como o THC.
Separadamente, uma empresa alemã disse recentemente que ainda está conversando com o regime talibã do Afeganistão sobre a criação de uma operação de produção de cannabis no país – mas algumas questões internacionais precisam ser resolvidas primeiro.
Referência de texto: Marijuana Moment
por DaBoa Brasil | nov 18, 2021 | Política
Os líderes do partido na nova coalizão do governo da Alemanha chegaram a um acordo para legalizar a maconha em todo o país.
Espera-se que a legislação de legalização seja introduzida durante a próxima sessão legislativa. Também fornecerá serviços mais amplos de redução dos danos causados pelas drogas e restringirá a publicidade de tabaco e álcool, junto com a maconha.
Da forma como está, o porte pessoal de maconha está descriminalizado na Alemanha e há um programa de uso medicinal em vigor. Mas essa próxima proposta buscaria estabelecer um mercado regulamentado para o uso adulto da maconha.
A coalizão governante – composta pelo Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), o Partido Democrático Livre (FDP) e os Verdes – disse que vai “introduzir a distribuição controlada de cannabis para adultos para fins recreativos em lojas licenciadas”, de acordo com um relatório de um grupo de trabalho multipartidário observado pela Funke Media e distribuído pela Der Spiegel.
A chamada “coalizão de semáforos” está defendendo que a regulamentação das vendas de maconha ajudará a expulsar o mercado ilícito. Isso será revisado quatro anos após a implementação, quando será necessária uma revisão do impacto social da reforma.
E embora os legisladores enfatizassem que o objetivo da reforma não é aumentar a receita tributária do país, o FDP disse em seu manifesto eleitoral que taxar a maconha como o tabaco poderia gerar € 1 bilhão anualmente.
O novo relatório, que foi aprovado pelo grupo de trabalho da coalizão sobre saúde e cuidados, também discute como a legislação promoveria a redução de danos, em parte ao permitir serviços de verificação de drogas onde as pessoas poderiam ter substâncias ilícitas testadas para contaminantes e outros produtos prejudiciais.
Haverá também disposições relacionadas à publicidade, com a intenção de restringir a promoção de maconha, tabaco e álcool para impedir o uso por jovens, relatou o Der Spiegel.
“Nós medimos as regulamentações repetidamente em relação às novas descobertas científicas e alinhamos as medidas para a proteção da saúde”, afirma o relatório.
A Bloomberg observou no início deste mês que as partes estavam perto de um acordo sobre o assunto. Essa reforma demorou muito para acontecer na Alemanha. Em 2017, os membros da União Democrática Cristã e sua aliada, a União Social Cristã, iniciaram negociações com os democratas livres e com os verdes sobre o avanço da legalização.
Os sindicatos da polícia na Alemanha se manifestaram contra os planos de legalização da maconha.
No vizinho Luxemburgo, os ministros da Justiça e da Segurança Interna divulgaram no mês passado uma proposta de legalização, que ainda precisará ser votada no Parlamento, mas deverá ser aprovada. Por enquanto, o país está se concentrando na legalização dentro de casa. Espera-se que o Parlamento vote a proposta no início de 2022, e os partidos no governo são simpáticos à reforma.
Se a Alemanha ou Luxemburgo avançarem e aprovarem a reforma, serão os primeiros na Europa a fazê-lo. Canadá e Uruguai já legalizaram a cannabis para uso adulto.
Enquanto isso, na América do Norte, o Comitê Judiciário da Câmara dos EUA aprovou um projeto de lei em setembro para legalizar a maconha e promover a igualdade social. A liderança do Senado também está finalizando uma proposta abrangente de reforma. Vários membros republicanos do Congresso apresentaram um projeto na segunda-feira para legalizar e taxar a maconha em âmbito federal.
No México, a legislatura esperava votar um projeto de lei para regular a cannabis dentro de algumas semanas, disse recentemente uma senadora. Isso ocorre depois que a Suprema Corte invalidou a proibição por motivos constitucionais.
Enquanto o Brasil insiste em permanecer atrasado, o mundo caminha para uma mudança nas leis da maconha.
Referência de texto: Marijuana Moment
Comentários