Dicas do Primata #11 – Floração

Dicas do Primata #11 – Floração

A fase de floração também pode ser denominada de fase bloom é um dos momentos mais esperado. Saber como prosseguir é fundamental entendendo a fisiologia e os processos bioquímicos que ocorrem neste estagio vital vegetal.

De um modo geral o cultivo se resume em dois estágios o de crescimento e a fase de floração. Hoje vou dar uma dica para ampliar a visão para que você possa entender outro conceito.

Na teoria das quatro fases, você irá otimizar sua colheita, ou melhor, irá empurrar suas plantas para a produção de máxima.

De modo geral é crucial compreender que a fase de floração não é apenas uma fase em que o cultivador altera o foto período, mas ter em mente que somente contará como início da fase bloom a aparição das pré-flores, que varia de genética, mas aproximadamente 7 dias  a partir do momento da mudança do foto período da iluminação para 12/12.

É muito mais preciso dizer que a planta tem fases distintas de floração.

Por isso a importância do estudo para saber como proceder em cada fase bloom. Pois a partir deste conhecimento você poderá auxiliar a sua planta a se beneficiar de uma mistura diferente de nutrição, porém específica e otimizada de modo a obter colheitas mais pesadas e com mais resina.

O pensamento de hoje é que as únicas fontes nutritivas dispostas no solo são feitas de uma base de nutrientes rica em (N) nitrogênio, (P) fósforo e muito (K) potássio, mas está cada vez mais sendo debatido e aprofundado sobre outras necessidades nutritivas para a planta.

De modo comum muitos produtores diminuem gradualmente os nutrientes básicos de nitrogênio durante a fase vegetativa e, gradualmente, vai acrescentando nutrientes ricos em potássio na fase bloom até perto da passagem para 12/12 horas de luz.

É preciso reconhecer que o comprimento das fases de floração das plantas é determinado pela genética, nutrientes e condições da sala de cultivo.

No cultivo de cepas Sativa dominante, irá ter as fases de floração mais longas do que se você está cultivando variedades Indicas dominantes.

Problemas relacionado a temperaturas, umidade, pragas, doenças, condições de pH ou nutrientes durante a fase de pico da floração reduzem drasticamente sua produção final.

Outro fator importante neste período é resguardar a planta de vazamentos de luz durante o ciclo de descanso de 12 horas. Falta de iluminação, ou falha na aplicação de nutrientes, farão com que as plantas que estiverem florescendo possam ter dificuldades em amadurecer, comprometendo diversos fatores como peso, resina, até mesmo aroma, sabor e textura.

Vamos dividir a fase de floração em quatro (4):

Pré-floração – muitos acham que as plantas não mostram estas estruturas antes de ligar as luzes em 12/12, oque não é verdade, pois sua planta pode estar “mostrando o sexo”. Sim no foto período vegetativo, embora o ciclo específico para a floração induza a planta florir.

Flores primordiais fêmeas, geralmente com apenas dois fios brancos no início, mostram-se nos cruzamentos estaminais (nós).

No início da floração – Iniciando poucos dias depois de você colocar suas luzes para 12/12, pré-flores começam a se transformar em sites de brotação e, então se “inicia a floração”.

Um desenvolvimento rápido e generoso de brotamento local e o início das flores são cruciais se você quer rendimentos e safras maiores.

No inicio da fase bloom, os buds mudam de maneira constante de modo que os cabelos brancos se desenvolvem mais, e os botões constroem cálices, glândulas de resina, e as folhas de apoio pequenas.

Perto do final da fase de floração precoce, as flores se transformaram em pequenas, apertadas, aglomerados e densos botões que começam a preencher os entrenós-tronco.

Dependendo da genética de suas plantas a fase durará geralmente 1-3 semanas depois de mudar o foto período para 12/12.

Na fase de floração precoce e nas fases de floração após isso, forneça para suas plantas um “extra” de fósforo, potássio e carboidratos, preparando-a para, uma colheita mais forte e com buds mais densos.

Quando os buds estão bem desenvolvidos, com o aumento do número e densidade de glândulas de resina e estrutura floral maduro, você está no pico de floração. Esta fase é muito importante, pois é quando a planta produz mais resina, canabinóides e terpenos, proporcionando tamanho e peso.

Cada variedade de planta é única (muitas vezes a planta é diferente, mesmo que da mesma mãe ou sementes), mas acrescentando as quantidades e proporções de fósforo e potássio certas durante bloom pico é garantia para aumentar o tamanho do botão, resina, e valor.

Tenha cuidado para não deixar o seu topo da planta ficar muito quente (acima 25ºC), porque o calor excessivo faz com que os botões estiquem e afinem como que em um processo de revegetação. Calor excessivo é provocado principalmente se as plantas estão muito próximas das luzes, e/ou se o grow possui ventilação, ar condicionado e a circulação do ar inadequada.

Utilize para monitorar a floração com uma lente de aumento para acompanhar o desenvolvimento/condição da resina. Sem dúvida será a maneira mais precisa para determinar quando os buds estão prontos para a colheita.

O pico de floração costuma geralmente ser a fase mais longa do seu ciclo floral, com duração de 2-5 semanas para a maioria das cepas.

Pode ocorrer a floração tardia, quando suas glândulas de resina estão começando a se deteriorar, sem estar totalmente pronta e/ou madura. Costumeiramente são os últimos 8-14 dias antes do corte.

Em outras palavras, se uma planta de variedade (X) que tem um tempo de floração prevista de 8 semanas, 6-8 semanas pode ser descrito como fase de floração tardia.

Depois desta fase não é mais utilizado nenhuma suplementação de nutrientes, e lavar as plantas imediatamente antes da colheita para se livrar de poluentes e sais fertilizantes armazenados. “Chamamos de lavar as raízes ou flush.”

No entendimento que a realização do ciclo de 12/12 tem quatro fases de floração é mais complexa do que a ideia de apenas uma fase de floração longa, é sabido também que os insumos alimentares e outros fatores precisam ser ajustados para tirar o máximo de cada fase de crescimento.

Na prática, isso se resume em alimentar as plantas com uma variedade de dieta sob medida para tirar o máximo proveito de cada fase de floração.

Estero ter ajudado a você ver que ao invés de despejar uma fórmula genérica de “bloom” nutrientes base e um bloom com reforço pesado em P por todo o ciclo de 12/12, você fornecerá alimentação mais inteligente sob medida para construção da estrutura de floração de plantas mais produtivas em cada uma de suas fases.

O resultado de tanto amor e carinho, aliado a muito estudo vem acompanhado de múltiplas glândulas de resina, maturação precoce, flores maiores e maior valor psicoativo em cada planta cultivada.

Por Grow Bia Primata Haze

Guia de Cultivo de Autoflorescentes – Canteirinho do Kiu Tiano #RMB

Guia de Cultivo de Autoflorescentes – Canteirinho do Kiu Tiano #RMB

Por muitas razões plantas autoflorescentes (ou automáticas) ganharam muitos fãs nos últimos anos. As autoflorescentes são fáceis de cultivar, rápidas e são excelente para cultivadores inexperientes. Por outro lado, requerem algumas condições e cuidados diferentes das não autoflorescentes (ou fotodependentes).

A germinação de autoflorescentes é semelhante a qualquer outra variedade. Toda a vida de plantas autoflorescentes esta entre 75 e 110 dias dependendo da variedade e condições de crescimento escolhidas. Para colhê-las segue o padrão habitual. O fim do pré-florescimento (quando começam aparecer as primeiras flores) demora cerca de 15 a 18 dias e daí levará cerca de dois meses até que estejam em sua maturação ideal. É melhor verificar os tricomas para definir o melhor momento da colheita. A sua altura pode variar de entre 45 a 120 centímetros, no caso de variedades mais altas.

O fotoperíodo de 20/04 é muito importante. Para o bom resultado a planta deve receber (20h luz X 4 horas de escuridão por dia) durante todo ciclo de vida. Isso não quer dizer que 18h de luz por dia não vai bem, mas 20h de luz por dia acelera o metabolismo de maturação e leva ao mesmo tempo a uma maior produção. O que não é adequado é utilizar abaixo de 12 horas de luz/dia no florescimento, pois seu metabolismo desacelera e diminui o ritmo da produção. Você pode usar o substrato habitual. Quanto melhor for o solo, melhor para a planta. A partir de seis litros de solo, as plantas terão o suficiente espaço para se desenvolver.

1- Não se deve realizar transplantes. O ciclo de crescimento das autoflorescentes é extremamente curto e um transplante só servirá para causar um atraso substancial, causando uma produção insuficiente de flores.

2- As autoflorescentes não devem sofrer podas pois não terão tempo para se recuperar, diminuindo assim a produção. Com um período vegetativo tão curto elas não têm tempo para recuperar os ramos perdidos na poda.

3- Além disso, autoflorescentes não podem ser clonadas!

Por suas características especiais essas plantas necessitam de cuidados diferentes das outras variedades. Para explorar melhor as qualidades de plantas autoflorescentes é recomendável cultivá-las dentro de casa (indoor) com luz artificial. No seu interior, com o uso de 20 horas de luz/dia, o metabolismo de uma planta recebe o dobro da potência. Ao ar livre, com fotoperíodo alto funciona bem e, se for possível complementar o tempo de iluminação será melhor, pois o ciclo de vida destas plantas é sempre o mesmo (com ligeiras variações de uma cultura para outra, ou em diferentes condições, é claro). Se plantada muito cedo ou até mesmo em um tempo frio, a planta cresce menos, pois se desenvolve apenas durante o período de vegetativo, que dura entre 15 e 18 dias. Portanto com um clima bom temos mudas de um tamanho mais adequado a uma produção maior. Posteriormente vem o pré-florescimento, período em que a planta estica (estiola) para gerar ramos para abrigar seus botões (camarões ou buds).
Com alguns exemplares de automáticas ocorre também o pré-florescimento com o frio e as mudas resultantes serão muito pequenas com apenas 20 centímetros.

Na realidade, existem algumas diferenças específicas entre as “autos” e “não autos”. Que florescem com a diminuição do fotoperíodo, e as automáticas não, florescem por idade biológica, podendo algumas florir por condições ambientais. De resto, as características, que não têm nada a ver com o ciclo, são as mesmas que outras plantas de cannabis. Tal como acontece com outras variantes, as autoflorescentes, tendo os cuidados e o carinho, responderão muito bem.

OBS: Automáticas de quinta geração em diante fazendo poda fim e main lining aumenta a produção até mais que as técnicas de LST.

Texto publicado na 7ª Edição da Revista Maconha Brasil. Para assinar a #RMB e ter acesso a muitas outras dicas entre em contato pelo e-mail assinatura@revistamaconhabrasil.com.br.

Por Kiu Tiano

A indústria da maconha legal no Colorado criou mais de 18.000 empregos

A indústria da maconha legal no Colorado criou mais de 18.000 empregos

Em 2015, o setor da maconha legal no Colorado criou mais de 18.000 novos postos de trabalho em tempo integral e a receita gerada passa de U$ 2.400 milhões.

A pesquisa realizada pelo Marijuana Policy Group, com base em dois anos de vendas no estado do Colorado. Ele mediu os efeitos diretos da legalização, incluindo as vendas a varejo, que totalizaram cerca de US $ 1 bilhão, e os efeitos colaterais desta indústria, que afetou a economia do Colorado.

Os efeitos indiretos da legalização estão em uma maior demanda por locais comerciais, lojas de grandes departamentos, a compra de equipamentos especializados em iluminação e cultivo. Outro efeito indireto que tem tido um impacto positivo na economia é o fato de que as empresas do setor da maconha dependem de subcontratados, tais como advogados, contadores, designers, etc.

“Se isso for feito corretamente, devidamente regulamentado pela lei, a indústria pode assegurar vantagens econômicas reais para o Estado”, disse o coautor e membro do Marijuana Policy Group, Adam Orens.

O Estado encomendou uma pesquisa com vista a uma avaliação inicial do tamanho e da demanda do mercado de maconha no Colorado, bem como uma revisão do funcionamento deste mercado.

Além de impostos, o relatório observa que as receitas fiscais provenientes da venda de maconha já é maior do que a renda da venda de álcool. Ele prevê que em 2020 as receitas de impostos sobre a venda de maconha seja maior do que o ganho com a venda de cigarros.

Em 2015, o estado de Colorado arrecadou cerca de US $ 121 milhões para o estado. A empresa de pesquisas espera que esse número aumente para US $ 150 milhões em 2020.

Fonte: mjpolicygroup

Usuários plantam maconha para evitar “biqueira”

Usuários plantam maconha para evitar “biqueira”

Desde o ano passado, o psicólogo Carlos (nome fictício), de 29 anos, planta a maconha que fuma. O risco de visitar as “biqueiras” e a preocupação com a qualidade da erva comprada pesaram em sua decisão. Ele procurou as sementes pela internet e aprendeu a cultivar a planta com um amigo.

Carlos conseguiu espaço na casa de um amigo e, juntos, plantaram nove mudas, das quais cinco vingaram. O processo levou oito meses para ser concluído e cada pé rendeu 30 gramas da erva. “Não dá para ficar indo em biqueira, é muito arriscado. Ainda mais quando você já tem um visual diferente e chama a atenção. Além disso, o gosto é outro, o cheiro é outro. Há muita diferença entre a maconha plantada e a prensada”, diz, citando ainda outro item que atrai os plantadores: o receio de produtos misturados com a erva vendida por traficantes.

Hoje o consumo, a aquisição e mesmo o cultivo de entorpecentes é considerado crime, previsto no artigo 28 da Lei de Drogas, de 2006. A punição pode ser uma advertência, prestação de serviços à comunidade ou ainda a aplicação de algum tipo de medida educativa.

Os riscos não intimidam os usuários, que defendem a descriminalização da droga. Em suas plantações caseiras ou mesmo coletivas, adeptos do cultivo de maconha testam os limites que a polícia estabelece para separar a produção para próprio consumo da distribuição – que, para a legislação de 2006, é tão crime quanto a venda.

Nos fóruns online, há dicas sobre o melhor material para construir as estufas, o tipo de iluminação que elas precisam a quantidade de água para as plantas, o adubo que funciona melhor e o momento certo para a colheita.

Também há uma série de informações sobre tipos de ervas, sementes e resultados esperados – verdadeiros sommeliers da planta, em um mercado que conta ainda com uma série de objetos para queimar a erva, desde bongs, que usam água para atenuar a fumaça, a cachimbos e cigarros eletrônicos, importados dos Estados Unidos, em que a planta é queimada a vácuo. As páginas dos fóruns são abastecidas com informações fornecidas pelos próprios usuários. Um dos mais conhecidos é o Groowroom, que chega a ter 200 usuários online simultaneamente, segundo o contador da própria página.

Terapia

O engenheiro Caio (nome fictício), de 25 anos, morador da região metropolitana de Sorocaba, no interior de São Paulo, comprou sementes pela internet utilizando seu cartão de crédito internacional. Elas chegaram pelo correio.

A ideia era plantar por curiosidade, já que, de acordo com ele, sempre teve “afeto grande com plantas, animais e natureza em geral”, combinando o gosto pelo uso do entorpecente com o tempo dedicado à plantação da erva. O engenheiro conta que também queria evitar o contato com o tráfico e com produtos de qualidade baixa.

“Os motivos de alguém querer plantar são esses. Conheço poucos que têm o intuito de plantar para vender. A maioria é para evitar contato com bandidos, com o tráfico e ter um produto de qualidade”, disse.

Ele iniciou o cultivo da planta quando morava sozinho. Depois de um período, voltou a morar com a mãe e interrompeu a plantação. “Mas, se eu pudesse, plantaria de novo, porque é legal e gosto de plantas. É um hobby. Assim como gosto de desmontar meu carro, por exemplo.”

Fonte: Estadão

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