Dicas de cultivo: Como cultivar maconha utilizando a Agricultura Natural Coreana (KNF)

Dicas de cultivo: Como cultivar maconha utilizando a Agricultura Natural Coreana (KNF)

A Agricultura Natural Coreana (KNF) é uma prática agrícola baseada na sustentabilidade. A KNF estimula o crescimento de microrganismos autóctones, que são a base deste método de cultivo. Os cultivadores de maconha aos poucos estão começando a adotar o KNF para melhorar a saúde do solo e das plantas, aumentando assim os rendimentos esperados.

A Agricultura Natural Coreana (KNF) é um método de cultivo amigo da natureza, criado na década de 1960. A ideia era usar métodos tradicionais de cultivo japoneses e coreanos em busca de uma alternativa aos produtos químicos nocivos usados ​​na agricultura.

Nos últimos anos, o KNF tornou-se popular entre os cultivadores de cannabis, pois se encaixa na tendência de se afastar de fertilizantes e aditivos sintéticos. À luz do debate sobre a pegada de carbono, alguns cultivadores comerciais de maconha em lugares legalizados estão se voltando para a técnica KNF para resolver esse problema.

O que é a Agricultura Natural Coreana (KNF)?

A KNF baseia-se na otimização dos recursos naturais e na sustentabilidade. Basicamente, esse método agrícola segue a “teoria do ciclo nutricional”, que determina o uso de insumos agrícolas em determinadas fases do cultivo. A KNF permite obter colheitas ideais a um custo mínimo, enquanto protege e melhora o ambiente.

Cho Han-kyu nasceu na Coréia em 1935 e cresceu na fazenda de sua família. Em 1965, ele foi para o Japão para estudar métodos agrícolas naturais. Retornando à Coréia, ele combinou seu novo conhecimento com métodos tradicionais de cultivo e fermentação coreanos, construindo gradualmente as bases da agricultura natural coreana. Em 1995, Cho fundou a “Natural Farming Life School and Research Farm” na província de Chungcheong do Norte.

Desde então, o KNF se espalhou por todo o mundo. Cho e seu filho deram seminários na África, Ásia, América e Europa. Em 2014, eles treinaram mais de 18.000 pessoas no Instituto Janong de Agricultura Natural.

Abaixo você pode ver um resumo do efeito que o KNF teve no mundo:

EUA: no Havaí, a produtividade agrícola dobrou graças ao KNF. O uso de água foi reduzido em 30% e a necessidade de pesticidas sintéticos foi eliminada.

Mongólia: as duras condições climáticas no deserto de Gobi impediram três tentativas de plantar árvores. Mas, usando o método KNF, as árvores tiveram uma taxa de sobrevivência de 97% e em 2014 atingiram cerca de 6 metros de altura.

China: os militares chineses alimentam seus soldados com seus próprios recursos locais. Durante as Olimpíadas de Pequim, o número de porcos trazidos para a cidade aumentou, o que causou desconforto entre os cidadãos devido ao mau cheiro. Técnicas de KNF foram então usadas para remover o odor.

Princípios Básicos da Agricultura Natural Coreana

A KNF baseia-se no aproveitamento do potencial intrínseco das plantas e animais, através de várias medidas:

– Usar os nutrientes contidos nas sementes
– Usar microrganismos autóctones
– Maximizar o potencial genético aplicando insumos ocasionalmente
– Evitar fertilizantes sintéticos
– Não lavrar a terra
– Não utilizar gado

Basicamente, KNF envolve uma série de práticas que aumentam a vida bacteriana e fúngica. Trata-se de aumentar a biodiversidade do solo e aproveitar os recursos naturais locais.

Cálcio, fósforo, potássio, entre outros, podem ser extraídos de várias fontes (como ossos ou conchas de crustáceos) para preparar uma mistura solúvel em água. E então você pode aplicá-los às suas plantas em momentos críticos, quando eles precisam de um estímulo extra.

A água usada para preparar formulações de KNF deve primeiro ser deixada em um recipiente aberto por vários dias para permitir que o cloro e outros compostos voláteis evaporem. Quaisquer modificações são diluídas 500-1000:1 antes de serem aplicadas.

Que vantagens a KNF traz ao cultivo de maconha?

Em geral, a KNF pode ser usada para otimizar a saúde e a produtividade de um cultivo de cannabis. As inúmeras vantagens de aplicar esta técnica ao seu cultivo incluem:

– Menor custo, pois não são necessários pesticidas ou fertilizantes sintéticos
– Menos trabalho intensivo, devido à abordagem “sem lavoura”
– As colheitas podem ser mais saudáveis, robustas e saborosas
– As colheitas podem ser mais abundantes (já que condições ambientais perfeitas e menos problemas de pragas/doenças significam mais plantas para a colheita)
– Emissões zero ao não gerar resíduos evitando a transmissão para a cadeia alimentar
– Melhora a saúde do solo, em termos de textura e estrutura.
– Insumos naturais, como microrganismos autóctones (IMO, sigla em inglês), revigoram e reabilitam o local de cultivo

Importância dos microrganismos autóctones (IMO)

A KNF aproveita a IMO para maximizar o potencial do ecossistema onde é cultivada. O resultado disso é um aumento da taxa de decomposição da matéria orgânica no solo, aumento da disponibilidade de nutrientes, aumento do rendimento, redução de microrganismos patogênicos e melhor defesa das plantas.

KNF usa os seguintes microrganismos aeróbicos (entre outros), que sobrevivem e crescem em um ambiente oxigenado:

– Bactérias de ácido lático (LAB): melhoram a aeração do solo e promovem o rápido crescimento. Adicionar bactérias do ácido lático ao seu cultivo de cannabis pode aumentar a produção de tricomas e terpenos.

– Bactérias Purpuras: essas bactérias prosperam em água com baixo teor de oxigênio. Podem fotossintetizar e consumir carbono por outros meios além do CO₂.

– Bacillus subtilis: a Bacillus subtilis funciona como um probiótico multifuncional. Tem grande potencial para prevenir o crescimento de bactérias patogênicas e melhorar a assimilação de nutrientes.

– Levedura: a levedura areja o solo, evitando que ele se torne anaeróbico para que os microrganismos possam fazer seu trabalho. Também ajuda a eliminar maus odores.

– Fungos micorrízicos: esses fungos formam uma relação simbiótica com as raízes, aumentando a capacidade da planta de absorver água e nutrientes. Eles usam enzimas para transformar os nutrientes presentes no solo em uma forma disponível para as plantas, o que é especialmente crucial para maximizar a qualidade e a quantidade das colheitas de maconha. Fungos micorrízicos também podem converter os carboidratos das plantas em corretivos do solo, “fixando” o carbono. A acumulação de carbono no solo é possível graças à produção de glomalina. A glomalina dá ao solo sua textura, firmeza e capacidade de absorção de água. Outras vantagens são maior absorção de água, maior resistência à seca, resistência a patógenos e maior vigor das plantas.

Nematoides: são vermes microscópicos não segmentados. Algumas são muitas vezes consideradas prejudiciais à agricultura e são combatidas com agrotóxicos. No entanto, o KNF ensina que 99% dos nematoides beneficiam a saúde do solo e das plantas e consomem outros nematoides parasitas.

Desvantagens da KNF

A KNF precisa de cuidados, atenção e trabalho. Embora estas não sejam necessariamente desvantagens, a KNF exige que você dedique tempo para ter sucesso. Na KNF, a maior parte do trabalho envolve aprender sobre insumos agrícolas e depois criá-los.

Receitas KNF

As fórmulas para a Agricultura Natural Coreana consistem em 9 receitas básicas. Estas fórmulas podem ser combinadas em diferentes diluições para ajudar plantas e microrganismos.

– Micróbios: microrganismos autóctones (IMO)

A maioria dos cultivadores de maconha sabe que nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) são necessários em grandes quantidades para o bom desenvolvimento das plantas. Microrganismos IMO e KNF são aplicados ao solo para criar uma base fértil. Os IMOs criarão centímetros de solo resistente, fértil e tolerante à seca em questão de meses.

Os cultivos de cannabis em ambientes fechados e ao ar livre podem se beneficiar muito dos microrganismos do solo. Estes metabolizam nutrientes (incluindo NPK) que estão ligados a moléculas inorgânicas, tornando-os acessíveis às plantas. Esses aliados microbianos são considerados impulsionadores essenciais do crescimento das plantas em ambientes naturais.

A receita do IMO consiste em fermentar arroz branco e água por vários dias, depois adicionar quantidades iguais de açúcar mascavo.

– Polícia – Bactérias de ácido lático (LAB)

Os micróbios “policiais” da KNF são resistentes. Eles podem sobreviver sem oxigênio, suportar temperaturas próximas à ebulição e se multiplicar mais rapidamente à temperatura ambiente do que quase qualquer outro microrganismo. LABs ajudam a esterilizar o solo e remover subprodutos que podem se acumular, criando um ambiente equilibrado que pode sustentar a vida das plantas. As receitas de LAB envolvem a fermentação de arroz branco, açúcar mascavo e leite.

– Minerais: Água do Mar Diluída (SEA)

A água do mar é alcalina e contém todos os oligoelementos, tornando-a excelente para solos ácidos. Alivia o solo esgotado, reduz a compactação e torna a fruta mais doce quando usada no final da floração. A água do mar também pode ser fermentada com arroz e artemísia para controlar doenças fúngicas, ou adicionada a ácidos húmicos e fúlvicos para tornar as plantas mais resistentes à seca.

– Abono: Suco de Plantas Fermentadas (FPJ)

O FPJ é um fertilizante líquido feito a partir da fermentação de plantas de crescimento rápido e açúcar mascavo. O FPJ contém hormônios vegetais saudáveis, nutrientes vegetais primários e secundários, microrganismos de ácido lático e leveduras. Quanto mais rápido a planta crescer, mais hormônios benéficos ela terá. Você pode usar o FPJ para muitas coisas, desde embeber sementes e preparar o solo, até criar uma pulverização foliar ou até mesmo fertilizante geral.

– Limpador: Vinagre de Arroz Integral (BRV)

O BRV facilita o crescimento vegetativo. Ajuda a formar o revestimento ceroso nas folhas, criando resistência a insetos e doenças. O BRV pode esterilizar e retardar o crescimento bacteriano, maximizar o efeito do cálcio e acelerar o crescimento reprodutivo. O BRV é feito fermentando grãos ou frutas maduras e água para obter vinagre. É necessário adicionar uma “mãe” de outro vinagre para acelerar o processo; a “mãe” é a mistura de leveduras e bactérias que se forma durante a fermentação do vinagre.

– Medicina: Nutrientes de Ervas Orientais (OHN)

As receitas OHN são tinturas à base de alho, gengibre, alcaçuz, canela e angélica. Uma tintura é produzida pela dissolução de uma substância em álcool. Estas ervas tradicionais têm sido usadas para fins holísticos por gerações. Os OHNs melhoram a absorção de outras alterações do solo e fortalecem a imunidade das plantas e do solo.

– Combustível: Aminoácido de Peixe (FAA)

O FAA é um líquido obtido a partir de resíduos de peixe, muito útil para o crescimento de plantas e microrganismos. Ele contém muitos nutrientes e aminoácidos, o que o torna uma boa fonte de nitrogênio para as plantas. Portanto, o FAA pode ser aplicado no solo e nas folhas para aumentar o crescimento durante a fase vegetativa. Para verduras folhosas, acredita-se que a FAA aumente o rendimento e melhore o aroma e o sabor. A receita envolve a fermentação de peixe com quantidades iguais de açúcar mascavo.

– Estrutura: Fosfato de Cálcio Solúvel em Água (WCP)

O fosfato de cálcio solúvel em água é obtido pela queima de ossos de animais como vacas, porcos, galinhas ou peixes. Os ossos são queimados até ficarem pretos e carbonizados; os restos são então dissolvidos em vinagre e o líquido é então filtrado e pronto para uso. As vantagens do uso do WCP incluem melhor floração e suporte estrutural.

– Reprodução – Cálcio Solúvel em Água (WCA)

Aplicado como spray foliar, o WCA fornece às plantas cálcio para processos celulares normais, desenvolvimento radicular e frutificação. Para fazer isso, as cascas dos ovos são misturadas com um ácido suave, como o vinagre, e deixadas fermentar.

Por que usar KNF em todas as fases do cultivo de maconha?

A beleza do KNF é que ele pode ser aplicado com grande sucesso em todas as fases do cultivo da maconha.

– Sementes, propagação e clones

Para que suas plantas de maconha se aliem a organismos benéficos desde o início, você pode usar uma solução de IMO e FPJ para embeber as sementes e a base das mudas. E cerca de 2-3 dias antes do plantio das mudas, você pode impregnar o substrato com uma mistura de IMO, para beneficiar as plantas.

– Crescimento vegetativo

Nesta fase, a planta se concentra no desenvolvimento de raízes, galhos e folhas. Os aminoácidos dos peixes (FAA) são carregados com nitrogênio e podem alimentar o crescimento explosivo que as plantas precisam. A pulverização de WSC nas folhas também aumentará o crescimento. A aplicação de LAB durante a fase vegetativa pode ajudar a aumentar o tamanho das folhas e proteger contra infestações de moscas brancas e ácaros.

Os Nutrientes de Ervas Orientais (OHN) podem ser usados ​​durante todo o ciclo de cultivo da cannabis. Eles impedem o desenvolvimento de micróbios patogênicos e combatem pragas e mofo. Eles também ajudam as plantas de maconha a aumentar sua resistência às condições ambientais, sua força geral e seu crescimento.

– Fase de floração

Quando uma planta feminina de cannabis atinge o tamanho certo, concentra a maior parte de sua energia na formação de buds, produzindo resina e tentando atrair potenciais polinizadores. Os nutrientes essenciais necessários nesta fase são cálcio e fósforo.

O suco de fruta fermentado (FFJ) contém nutrientes como potássio, que aumentam a energia e promovem a produção de hormônios utilizados para melhorar a colheita. O FFJ segue os mesmos princípios do FPJ; é simplesmente feito de frutas, em vez de plantas de crescimento rápido. Outra opção para ajudar a planta a concentrar os nutrientes nas gemas e melhorar a qualidade é usar WCA (cálcio solúvel em água, diluído 1:1000) ou uma mistura de WCA e WCP (fosfato de cálcio solúvel em água).

Como usar os insumos da KNF

Como discutimos ao longo deste artigo, a KNF pode ser aplicada de diversas formas, através do uso de corretivos de solo, pulverizações foliares, etc.

– Enriquecer o solo

Micróbios e OMIs podem ser espalhados levemente no solo e cobertos com cobertura morta para manter um ambiente escuro e úmido (para incentivar o desenvolvimento de OMIs). Os micróbios devem ser aplicados antes do plantio, 2-3 horas antes do pôr do sol (ou luzes dentro de casa) e algumas horas após a mistura. Para as terras mais improdutivas, aplique-as 14 dias antes do plantio, para que o solo fique impregnado delas.

Você pode tentar práticas para enriquecer o solo, como “substrato vivo orgânico reciclado” (ROLS). Basicamente, ROLS é qualquer sistema que utiliza métodos ecológicos e sustentáveis para devolver nutrientes e vitalidade ao solo.

Você também pode adicionar bactérias do ácido lático (LAB) ao solo, que deve ser diluído em 5.000-10.000:1. Isso ajuda a solubilizar o fosfato no solo e promove a quebra do fosfato.

– Fertilizante FMC

O Composto Misto Fermentado (FMC) é criado usando técnicas KNF e material de compostagem. Desta forma, obtém-se um composto rico em OMI e carregado de nutrientes solúveis. Para prepará-lo, encontre um local sombreado, protegido e bem drenado diretamente no chão.

O FMC deve ser aplicado 2-3 horas antes do pôr do sol (ou luzes apagadas) e coberto com mais preenchimento. Você também pode fazer um composto líquido colocando o FMC em um saco de pano e embebendo-o em água com outros suprimentos KNF.

– Fertilização foliar

Outros elementos de KNF são aplicados via fertilização foliar em cultivos, incluindo cannabis, em diferentes estágios de seu desenvolvimento. A adubação foliar consiste em pulverizar suavemente as folhas para fornecer os elementos necessários à planta, permitindo uma rápida absorção. Pulverizar as folhas com suprimentos KNF também é uma ótima maneira não tóxica de repelir pragas.

A KNF e o plantio direto

O plantio direto e o KNF andam de mãos dadas para ajudá-lo a obter o melhor de suas colheitas. Não cultivar a terra permite que a estrutura do solo permaneça intacta, e uma melhor estrutura do solo significa mais retenção de água. Isso reduz a erosão do solo e o escoamento, evitando que a poluição atinja as fontes de água próximas. Quando a terra é deixada intocada e sem cultivo, os organismos benéficos do solo podem se estabelecer e se alimentar da matéria orgânica do solo.

Alguns dizem que as plantas de cannabis cultivadas em solo vivo e não cultivado têm os melhores perfis de terpenos. A produção de resina aumenta e os tricomas serão mais abundantes.

Um bioma de solo saudável é essencial para a ciclagem de nutrientes e prevenção de doenças de plantas. À medida que a matéria orgânica do solo melhora, o mesmo acontece com a estrutura interna, aumentando assim a capacidade do solo de produzir cultivos mais ricos em nutrientes.

KNF vs Bokashi

Bokashi deriva de uma palavra japonesa que significa “matéria orgânica fermentada”, e é usado como composto ou chá de composto. No bokashi, a fermentação anaeróbica (onde os micróbios trabalham sem a necessidade de oxigênio) é usada para produzir composto. Desta forma, o bokashi pode ser aplicado diretamente no solo como composto sem a necessidade de tempo de maturação adicional, ao contrário do composto normal.

Restos de cozinha, incluindo laticínios e produtos de carne, são misturados com melaço e algum material “hospedeiro” do bokashi. O material hospedeiro pode ser qualquer cereal orgânico de grão fino ou substância semelhante a erva; isso inclui farelo, arroz, meio de cultivo de cogumelos (usado), folhas secas ou até serragem. Restos de comida são colocados no balde de bokashi, cobertos com um pouco do material do hospedeiro e cobertos por 10 a 12 dias. Quando o bucket é aberto, o conteúdo está pronto para uso.

No entanto, a agricultura natural coreana segue uma abordagem mais tradicional, usando fermentação aeróbica para produzir fertilizantes orgânicos. Além do açúcar mascavo, a KNF usa ingredientes de origem local para seus ingredientes. A KNF evita o uso de melaço ou resíduos animais e, em vez disso, usa extratos de minerais, nutrientes, hormônios e microrganismos para melhorar a saúde do solo, a saúde das plantas e a nutrição. Basicamente, a KNF é como um remédio caseiro acessível para o solo e as plantas. Às vezes pode até ser útil para animais e pessoas.

A filosofia do KNF aplicada à maconha

A Agricultura Natural Coreana é mais um passo para uma vida em harmonia com o meio ambiente. É ótimo que essas antigas técnicas de cultivo estejam se popularizando e ajudando tanto os cultivadores de hobby quanto os grandes produtores comerciais a entender seu lugar no ecossistema. Como a indústria da maconha está crescendo e, portanto, causando um impacto maior no meio ambiente e nos recursos naturais, é importante considerar técnicas de cultivo menos prejudiciais ou desperdiçadoras.

Este artigo não é tudo o que há para saber sobre a KNF, mas é um ponto de partida para entender o básico e como ela se aplica ao cultivo de maconha. A KNF é um processo enriquecedor que faz você perceber a natureza de uma forma totalmente diferente. Adicionar suprimentos KNF ao seu cultivo de cannabis, seja em ambientes internos ou externos, fornecerá mais qualidade às suas plantas e à sua colheita em geral.

Referência de texto: Royal Queen

Universidade Johns Hopkins está pagando US $ 2.660 para comer brownies de maconha e beber álcool

Universidade Johns Hopkins está pagando US $ 2.660 para comer brownies de maconha e beber álcool

Este não é o primeiro estudo em que uma instituição de pesquisa de prestígio pagou para as pessoas consumirem maconha em nome da ciência.

Você gosta de comestíveis de cannabis? Você gosta de ficar bêbado? Você ama a ciência? E, mais importante, você mora perto de Baltimore, Maryland (EUA)?

Se você respondeu sim a todas essas quatro perguntas, talvez queira visitar a Johns Hopkins University, uma das instituições de pesquisa mais respeitadas e prestigiadas do mundo.

Na segunda-feira, a universidade postou um boletim à procura de voluntários adultos saudáveis, com idades entre 21 e 50 anos, para um estudo de pesquisa. O estudo exige um compromisso com nove sessões no geral e, durante sete dessas sessões, “os participantes comerão um brownie que contém cannabis e consumirão álcool e, em seguida, completarão vários testes para medir diferentes aspectos do desempenho”, afirmou o boletim.

Os participantes aprovados para o estudo podem ganhar até US$ 2.660, o que é um dinheiro decente para fazer algo que a maioria das pessoas paga todo fim de semana para fazer.

Quem entrar no estudo da Johns Hopkins, se tornará parte de uma rica tradição em pesquisa de drogas e psicodélicos. Recentemente, a Johns Hopkins realizou pesquisas para a psilocibina dos cogumelos, investigou como o CBD afeta os testes de drogas, testou os efeitos do CBD contra a abstinência de opioides e até criou uma playlist para ouvir enquanto está sob os efeitos de substâncias.

O último estudo da Johns Hopkins também é apenas um dos vários projetos recentes em que os participantes são pagos para ficarem chapados. Em dezembro passado, a Universidade do Colorado, em Boulder, pagou US$ 100 aos participantes do estudo para ficarem chapados e se exercitarem em um laboratório do campus. Em 2017, pesquisadores da Washington State University pagaram aos participantes US$ 40 por hora por um estudo de bafômetro de maconha.

À medida que a cannabis se torna rapidamente um produto popular, provavelmente veremos mais estudos em que os adultos são pagos para serem cobaias nesses testes.

Se você atende aos requisitos e quer se inscrever no mais recente estudo de maconha da Johns Hopkins, clique aqui.

Referência de texto: Merry Jane

Maconha com equilíbrio entre THC e CBD é menos provável de causar ansiedade, diz estudo

Maconha com equilíbrio entre THC e CBD é menos provável de causar ansiedade, diz estudo

A flor de cannabis com um equilíbrio igual de CBD e THC tem menos probabilidade de causar ansiedade, paranoia ou outros efeitos adversos, de acordo com um novo estudo publicado na revista Addiction Biology.

Pesquisadores do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado (EUA) decidiram testar alegações de que a maconha com alto teor de CBD poderia ajudar a mitigar alguns dos efeitos adversos ocasionalmente associados ao consuma da planta. Para o estudo, os pesquisadores recrutaram 159 usuários regulares de cannabis e pediram que eles fumassem uma das três variedades diferentes de maconha. Um desses quimiovares era dominante em THC, com 24% de THC e 1% de CBD, um tinha um equilíbrio bastante igual de 10% de THC a 9% de CBD e o terceiro tinha 23% de CBD, mas apenas 1% de THC.

A proibição federal da cannabis em curso torna excessivamente difícil para as instituições acessar a cannabis de alta qualidade para pesquisa (embora isso possa mudar em breve). Para contornar essas restrições no momento do estudo, os pesquisadores pediram aos participantes que fumassem em suas próprias casas. Usando um laboratório de farmacologia móvel, os pesquisadores coletaram amostras de sangue dos participantes logo antes de acenderem e coletaram uma segunda amostra uma hora depois de ficarem chapados.

Durante a segunda visita ao laboratório móvel, os sujeitos foram solicitados a relatar as experiências subjetivas que sentiram após serem queimados. Aqueles que fumaram a mistura 1:1 THC:CBD relataram significativamente menos efeitos negativos, incluindo ansiedade e paranoia, do que os indivíduos que atingiram o botão com alto teor de THC.

E, talvez o mais interessante, os indivíduos que fumaram a quimiovar de proporção igual também apresentaram níveis mais baixos de THC no sangue depois de fumar. Mas, apesar da diminuição dos níveis plasmáticos de THC, esses participantes relataram sentir-se tão agradavelmente chapados quanto aqueles que fumaram a quimiovar dominante de THC.

“Este é um dos primeiros estudos a examinar os efeitos diferenciais de várias proporções de THC para CBD usando quimiovares amplamente disponíveis em mercados regulamentados pelo estado”, escreveram os pesquisadores. “Indivíduos que usaram um quimiovar THC + CBD tiveram concentrações plasmáticas de THC significativamente mais baixas e relataram menos paranoia e ansiedade, além de relatarem efeitos de humor positivos semelhantes em comparação com indivíduos que usaram apenas THC”.

Vários estudos anteriores descobriram que o CBD pode reduzir os sintomas da psicose, possivelmente reduzindo a atividade em áreas específicas do cérebro. Esses estudos levaram os pesquisadores a especular que as variedades de cannabis com alto teor de CBD podem realmente mitigar a ansiedade, a paranoia ou outros sentimentos negativos que alguns usuários de cannabis experimentam. Se for verdade, essas descobertas implicam que cepas de cannabis com equilíbrios iguais de canabinoides críticos podem ser ideais para uma variedade maior de pacientes de maconha.

Os autores do presente estudo sugerem que “a implicação de redução de danos dessas descobertas é que os quimiovares de cannabis contendo CBD podem resultar em menos exposição geral ao THC e, posteriormente, menos potencial de dano, particularmente no que diz respeito aos efeitos psicotomiméticos do THC”.

Referência de texto: Merry Jane

CBN pode proteger as células cerebrais do envelhecimento e pode até tratar a doença de Alzheimer, diz estudo

CBN pode proteger as células cerebrais do envelhecimento e pode até tratar a doença de Alzheimer, diz estudo

O canabinol (CBN), um composto relativamente inexplorado encontrado naturalmente na cannabis, pode ajudar a proteger as células cerebrais do envelhecimento e até potencialmente tratar a doença de Alzheimer ou doenças relacionadas, conforme relatam os pesquisadores.

Em um estudo publicado recentemente na revista Free Radical Biology and Medicine, pesquisadores do Salk Institute, na Califórnia, exploraram os efeitos do CBN na ocitose, um processo natural que os pesquisadores acreditam que pode causar a doença de Alzheimer. Esse processo, que pode ser causado pela perda gradual de um antioxidante essencial chamado glutationa, pode danificar e destruir as células nervosas à medida que o cérebro envelhece.

No laboratório, os pesquisadores descobriram que o CBN protegia as células nervosas isoladas de um agente químico que simula o dano causado pela ocitose. Investigações posteriores revelaram que o CBN alcançou esses efeitos protegendo as mitocôndrias, organelas microscópicas que fornecem energia para as células. Estudos anteriores descobriram que as mitocôndrias em células nervosas retiradas de pacientes com Alzheimer se enrolam e param de funcionar. O presente estudo descobriu que o CBN impediu que as mitocôndrias se enrolassem e as manteve em perfeito funcionamento.

“Descobrimos que o canabinol protege os neurônios do estresse oxidativo e da morte celular, dois dos principais contribuintes para a doença de Alzheimer”, disse a principal autora Pamela Maher, chefe do Laboratório de Neurobiologia Celular de Salk, em um comunicado. “Esta descoberta pode um dia levar ao desenvolvimento de novas terapêuticas para tratar esta doença e outras doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson”.

Embora os pesquisadores estivessem se concentrando principalmente nas células nervosas, o presente estudo sugere que o CBN pode ter uma gama muito maior de benefícios à saúde. “A disfunção mitocondrial está implicada em mudanças em vários tecidos, não apenas no cérebro e no envelhecimento, então o fato de este composto ser capaz de manter a função mitocondrial sugere que poderia ter mais benefícios além do contexto da doença de Alzheimer”, explicou Maher.

O estudo também relata que o CBN não ativa os receptores canabinoides no cérebro, o que confirma que este composto da cannabis não produz efeitos psicoativos. E como o CBN pode ser extraído de plantas de cânhamo legalizadas pelo governo federal dos EUA, os pesquisadores são livres para estudá-lo sem enfrentar as restrições extremas que o governo federal impõe à pesquisa de THC.

“O CBN não é uma substância controlada como o THC, o composto intoxicante da cannabis, e as evidências mostraram que o CBN é seguro em animais e humanos”, disse o primeiro autor Zhibin Liang, pós-doutorando no laboratório Maher, em um comunicado de imprensa . “E como o CBN funciona independentemente dos receptores canabinoides, o CBN também pode funcionar em uma ampla variedade de células com amplo potencial terapêutico”.

O Salk Institute está realizando pesquisas adicionais para descobrir se o CBN poderia eventualmente ser desenvolvido em um tratamento para Alzheimer, Parkinson ou distúrbios semelhantes. Vários estudos anteriores descobriram que o THC e o CBD também podem ajudar a reduzir os sintomas da doença de Alzheimer, o que sugere que um medicamento de cannabis de espectro completo também pode ser um tratamento viável.

Referência de texto: Merry Jane

Nova York agora permite que médicos recomendem maconha para literalmente qualquer doença

Nova York agora permite que médicos recomendem maconha para literalmente qualquer doença

Os médicos de Nova York (EUA) agora podem recomendar a maconha para tratar qualquer condição que acharem adequada, sob uma grande nova expansão do programa de medicinal da maconha no estado.

O Office of Cannabis Management (OCM) reformulou completamente o sistema de certificação e registro do programa medicinal do estado, removendo várias barreiras ao acesso à maconha. Mais notavelmente, as novas regras eliminam o sistema anterior de condições de qualificação, que só permitia que pessoas que sofressem de uma de uma dúzia de doenças se registrassem no programa. As novas regras permitirão que os médicos recomendem maconha para tratar “qualquer condição que o médico acredite que possa ser tratada com cannabis”.

Todos os novos registros de maconha agora serão tratados pelo OCM, em vez do Departamento de Saúde do estado. Os reguladores prometeram que o novo sistema de certificação será mais rápido e fácil de usar do que o antigo processo de registro. As atuais certificações e cartões emitidos pelo departamento de saúde permanecerão válidos até a data de vencimento e poderão ser renovados no novo local do OCM quando expirarem.

Essas novas regras são os últimos passos de um plano mais amplo para reformar as leis de maconha para fins medicinais do estado. Em outubro passado, o OCM finalmente decidiu permitir que os pacientes comprassem e fumassem produtos de flores inteiras. Ao mesmo tempo, os reguladores dispensaram permanentemente a taxa de US$ 50 para novos pacientes e cuidadores e permitiram que os pacientes comprassem remédios para até 60 dias de uma só vez, o dobro do limite anterior. Os reguladores também expandiram a lista de fornecedores clínicos elegíveis para incluir dentistas, podólogos e parteiras e facilitaram para hospitais, escolas e outras instalações armazenar e dispensar maconha para fins medicinais.

Essas mudanças foram possibilitadas pela Lei de Regulamentação e Tributação da Maconha de Nova York (MRTA), que foi aprovada em março passado. Além de legalizar a venda de cannabis e o uso pessoal para adultos, essa nova lei também atualizou o programa limitado de maconha para fins medicinais do estado. Sob essas novas regras, os pacientes eventualmente poderão cultivar sua própria erva em casa. O OCM ainda não chegou a elaborar os regulamentos para o cultivo doméstico.

“É fantástico ver o Programa Medicinal de Cannabis se expandir tão amplamente com o lançamento do novo programa de certificação e registro e a capacidade dos profissionais de determinar as condições de qualificação incluídas no MRTA”, disse o presidente do Conselho de Controle de Cannabis, Tremaine Wright, em um comunicado. “A nova indústria da cannabis está tomando forma à medida que continuamos a implementar o MRTA e fornecemos maior acesso aos nova-iorquinos a um medicamento sobre o qual estamos aprendendo mais a cada dia”.

Antes da atual rodada de expansões, o programa medicinal de maconha de Nova York era surpreendentemente conservador para um estado tão tradicionalmente liberal. A lei original só permitia a venda de comestíveis, tinturas e vapes, mas não flores, e impunha uma lista estrita de condições de qualificação. O programa revisado alinha o programa do Empire State com outros estados, como Califórnia e Oklahoma, que também permitem que os médicos recomendem maconha a seu próprio critério.

“O lançamento do novo sistema de certificação e registro de pacientes e a expansão da elegibilidade para o Programa Medicinal de Cannabis são passos significativos para o nosso programa. Continuaremos a implementar o MRTA e garantiremos que todos os nova-iorquinos que possam se beneficiar da cannabis tenham o acesso necessário para isso”, disse o diretor executivo da OCM, Chris Alexander. “É importante que os nova-iorquinos saibam que, mesmo que mudemos o programa médico para o OCM, seu acesso não será interrompido e o programa continuará a se expandir”.

Existem atualmente cerca de 150.000 pacientes registrados no programa de maconha de Nova York, representando apenas 1,3% dos 19 milhões de pessoas que vivem no estado. As vendas para uso adulto ainda estão a quase dois anos de distância, portanto, os novos regulamentos permitirão que um número maior de nova-iorquinos acesse a maconha enquanto esperam que os dispensários de uso adulto abram suas portas.

Referência de texto: Merry Jane

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