Exército italiano produzirá “a melhor qualidade” de maconha medicinal

Exército italiano produzirá “a melhor qualidade” de maconha medicinal

O exército italiano está plantando grandes cultivos de maconha com fins de produzir a 8 euros a grama da maconha, de acordo com o coronel supervisor da produção.

Em setembro de 2014, o governo da Itália, anunciou que o exército ajudaria a incrementar a produção de maconha medicina, criando a primeira área de cultivo segura em Florencia e dada a conhecer em abril do ano passado.

Se espera que o cultivo produza cerca de 100 kg de maconha anualmente e estritamente para uso dos pacientes com câncer, esclerose múltipla e os que tem outras condições médicas que poderiam ser tratadas com a maconha medicinal.

O Coronel Antonio Medica está a cargo da base militar de Florencia, que atualmente conta com cerca de 135 plantas mantidas em condições de extremo cuidado.

“Minha missão é produzir maconha em escala industrial de melhor qualidade e a um preço baixo”, disse a The Times. “Acreditamos que podemos conseguir uma redução para chegar a 8 euros por grama”.

O coronel confirmou que tinha sido confiada ao exército a tarefa devido à garantia de que as medidas de segurança rigorosas fossem cumpridas e por ter sido envolvido em assuntos farmacêuticos desde 1800, no fornecimento de medicamentos e tratamentos para soldados feridos.

Ele disse que a pureza da maconha é um fator crucial na sua produção, acrescentando: “A polícia ofereceu a maconha que tinham tomado do tráfico de drogas, mas não tinha os padrões que queremos.”

O custo de maconha medicinal não é coberto pelo governo italiano, ou seja, os pacientes muitas vezes não podem pagar os custos proibitivos da erva.

A substância tem sido clinicamente comprovada para beneficiar pacientes para uma variedade de condições, particularmente aqueles que envolvem a dor crônica e danos ao sistema nervoso.

Como na maioria dos países, na Itália, a posse, cultivo e venda de maconha é ilegal, com o último crime punível com pena de prisão.

No entanto, o governo italiano pode estar prestes a legalizar o cultivo pessoal ou em casa de pequenas quantidades de maconha se a lei for aprovada em uma discussão esta semana.

De acordo com a lei em debate, os italianos seriam autorizados a plantar até cinco plantas de maconha para uso pessoal e ter até 15 gramas da erva em casa e portar cinco gramas por pessoa.
Fonte: lamarijuana

Colômbia aprova primeira licença para maconha medicinal

Colômbia aprova primeira licença para maconha medicinal

Empresa canadense poderá fabricar produtos derivados da maconha para exportação e mercado interno

O Ministério da Saúde da Colômbia confirmou na manhã desta terça-feira ter concedido a primeira licença para a produção de derivados da maconha com fins medicinais para a empresa canadense PharmaCielo. A autorização permite que a companhia, que tem sede no município de Rionegro, no leste da província de Antioquia, possa transformar plantações de cannabis em produtos para exportação, para o mercado interno e para a realização de pesquisas. “Nossa meta é nos tornarmos os maiores fornecedores de extratos de óleo de cannabis cultivado naturalmente, e não existe melhor lugar para fazer isso do que a Colômbia”, afirma, em comunicado, Jon Ruiz, presidente e diretor-geral da PharmaCielo.

Enquanto aguarda mais detalhes sobre quando começará a produção, Alejandro Gaviria, titular da pasta, explicou que o primeiro passo previsto na licença permite a fabricação de derivados como os extratos de óleo ou resinas, e não a plantação. Uma vez obtida essa permissão, a PharmaCielo deverá recorrer ao Conselho Nacional de Entorpecentes, o órgão responsável por outorgar a autorização final para a plantação. “O procedimento é este porque as empresas precisam detalhar ao Conselho qual será o uso que farão das plantas”, explicou o ministro. Neste caso, a companhia canadense conseguiu, até agora, autorização para a produção e para a importação das máquinas e tecnologias necessárias e a construção de laboratórios de pesquisa. Com essa decisão, pessoas que sofrem de epilepsia, câncer, dores crônicas, artrite ou esclerose múltipla, entre outras enfermidades, terão uma alternativa medicinal.

A PharmaCielo se torna, assim, pioneira na Colômbia, por ter sido a primeira empresa a pedir a autorização. “Esse foi o nosso critério”, afirmou Gaviria. A companhia começará a produzir em três hectares em Rionegro e “irá ampliando a área”, segundo o Ministério. “A localização equatorial do país e sua variedade de microclimas ideias não deixam margem para dúvidas quanto ao papel protagonista que aColômbia irá desempenhar no desenvolvimento dessa indústria internacional, que está crescendo rapidamente”, disse Federico Cock-Correa, também executivo da PharmaCielo.

Nos próximos dias, mais duas licenças serão outorgadas, de um total de sete solicitadas desde maio. “Duas serão para pequenos produtores, e as demais ainda estão sob avaliação”, especificou o ministro. Não haverá um número máximo de autorizações. “É um mercado aberto e emergente, em que o nosso país pode ocupar a dianteira”. Segundo as estimativas do Governo, essa produção poderia significar uma receita anual de pelo menos dois bilhões de dólares. As empresas locais e de tamanho menor serão particularmente beneficiadas, tendo de cumprir condições de segurança menos rígidas do que as maiores em relação à “custódia dos terrenos, acesso à informação e a auditoria da cannabis”. O objetivo é que esses agricultores encontrem “uma alternativa às plantações ilegais”.

Os primeiros produtos são esperados para 2017, segundo informou Gaviria, que lembrou, também, que, até agora, não é possível estabelecer um prazo de concessão por parte do Conselho Nacional de Entorpecentes para a “transição legal” do uso medicinal da maconha na Colômbia. No último mês de março, a PharmaCielo pediu formalmente a licença para o Ministério. Naquele momento, vigorava o decreto assinado apenas pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Em maio, o Congresso deu um novo empurrão no sentido de criar no país uma legislação que dê garantias jurídicas e trace diretrizes claras para o uso da planta.

A iniciativa requer apenas uma confluência entre a Câmara e o Senado (as duas casas do Parlamento) para que ela passe à sanção presidencial e se torne Lei. Com esse passo, a Colômbia se junta a países como Chile, Porto Rico, Uruguai, Estados Unidos, Holanda, República Tcheca e Israel, onde já foi aprovado o uso da cannabis para fins terapêuticos.

Fonte: El País

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