Fumar maconha pode auxiliar na melhora da colite ulcerativa, diz estudo

Fumar maconha pode auxiliar na melhora da colite ulcerativa, diz estudo

Um novo estudo mostra que a inalação de cannabis pode estar associada a melhorias e uma melhor qualidade de vida para pessoas que sofrem com colite ulcerativa. O ensaio clínico, intitulado “Cannabis is associated with clinical but not endoscopic remission in ulcerative colitis: A randomized controlled trial”, foi publicado no jornal PLoS One e descreve os efeitos do uso de maconha com alto THC na colite ulcerativa.

O estudo foi realizado por pesquisadores de Israel, que observaram como a inalação de cannabis herbácea afetou pacientes com colite ulcerativa por um período de oito semanas, com uso contínuo e constante. Foi usado um método duplo-cego, randomizado e controlado por placebo para garantir que os dados fossem precisos e imparciais, e os pacientes não sabiam o que estavam recebendo. A cannabis inalada continha 16% de THC ou praticamente nenhum THC. Os pacientes também continuaram tomando a medicação padrão.

“Os dados da pesquisa indicam que o uso de cannabis é relativamente comum entre pacientes com doenças inflamatórias intestinais e dados observacionais mostraram anteriormente que a cannabis pode aliviar os sintomas de certas doenças relacionadas com a doença inflamatória intestinal, como a Crohn”, explicou o estudo sobre os significados por trás da análise da colite ulcerativa e uso de cannabis e a razão pela qual a pesquisa é importante.

Esta pesquisa foi realizada inicialmente, afirmam os responsáveis ​​pelo estudo, porque embora muitos com colite ulcerosa usem cannabis para ajudar a controlar os sintomas, não há muitos estudos controlados sobre os efeitos. O objetivo era ver a eficácia da cannabis para ajudar a reduzir a inflamação e outros sintomas.

“De uma perspectiva clínica, descobrimos que o tratamento com cannabis levou a uma redução significativa no Índice de Atividade da Doença de Lichtiger e melhora nos principais sintomas clínicos relacionados à DII, incluindo dor abdominal e número de evacuações por dia”, afirmam os autores do estudo em relação aos resultados. “Também observamos uma melhora significativa na qualidade de vida, saúde geral, apetite, libido, concentração e satisfação do paciente com o tratamento”.

THC e inflamação

No geral, os pesquisadores concluíram que o estudo mostrou uma conexão entre o uso de cannabis contendo THC e a melhora nos sintomas da colite ulcerativa.

“Este estudo demonstra que o tratamento com cannabis rica em THC está associado à melhora clínica em pacientes com colite ulcerativa leve a moderada”, diz o estudo. “Esta observação preliminar requer investigação adicional em estudos clínicos de intervenção maiores e mais longos. Esses estudos nos permitirão determinar se a cannabis tem principalmente um papel de alívio dos sintomas ou um efeito terapêutico anti-inflamatório mais específico”.

Além disso, sugere que o tratamento com cannabis rica em THC, pelo menos a curto prazo, poderia ser benéfico para os pacientes.

“O tratamento de curto prazo com cannabis rica em THC induziu remissão clínica e melhorou a qualidade de vida em pacientes com colite ulcerativa leve a moderadamente ativa. No entanto, esses efeitos clínicos benéficos não foram associados a melhora anti-inflamatória significativa na escore de endoscópico de Mayo ou marcadores laboratoriais para inflamação”.

Enquanto mais pesquisas ainda precisam ser feitas sobre a colite ulcerativa e como o uso da maconha pode ajudar a tratá-la, este estudo abre o caminho para mais pesquisas sobre as propriedades curativas do THC e o poder que ele tem para reduzir a inflamação em pessoas com certas condições. Pelo menos em curto prazo, provou ser eficaz no tratamento da colite ulcerativa.

Referência de texto: High Times

8 curiosidades sobre as raízes da maconha

8 curiosidades sobre as raízes da maconha

As raízes da maconha são utilizadas há milhares de anos para fazer remédios ​​para vários problemas de saúde. Embora as partes mais conhecidas da planta para tratamentos sempre tenham sido suas folhas e flores, as raízes da cannabis têm usos generosos para a saúde, graças a substâncias como a cannabissativina (ou CsAqEx).

Da raiz da cannabis é extraído um líquido aquoso cujo ingrediente principal é um alcaloide chamado Cannabissativina (CsAqEx). É muito parecido aos alcaloides, como palustrina e palustridine, que estão presentes no gênero Equisetum palustre, também chamada de cavalinha, uma substância anti-inflamatória e sem efeitos colaterais ou tóxicos, diz um estudo na área.

Coisas sobre raízes de cannabis que você provavelmente não sabia

A planta cannabis é conhecida por seus usos terapêuticos há milhares de anos.

1 – Uso antigo

A primeira vez que se sabe da existência do uso das raízes da planta foi em 2.700 a.C. no livro Shennong Ben Cao Jing (“O clássico da fitoterapia”), uma antiga farmacopeia chinesa sobre plantas medicinais, já mencionava seu uso para aliviar a dor. Era seca e triturada para formar uma pasta que costumava ser usada para ossos quebrados.

Além disso, Plínio, o Velho, que foi um antigo historiador romano de 79 d.C., no Naturalis Historia escreveu que essas raízes eram fervidas e mais tarde esse caldo era usado para cólicas, dores intensas e gota.

No século XVIII, William Salmon, um médico do Reino Unido, misturou essas raízes com cevada para combater dores pélvicas e ciáticas.

2 – Boa para o fígado

Atualmente não há muita pesquisa sobre este assunto. Mas, nos anos setenta do século passado, pode-se comprovar que o extrato etanólico extraído das raízes da cannabis continha a friedelina, considerada um poderoso antioxidante. Além disso, a substância captadora de radicais livres tem propriedades conservantes e protetoras do fígado.

Também contém pequenas quantidades de colina solúvel em água, que é um precursor dos nutrientes alimentares do neurotransmissor acetilcolina.

3 – Reduz a inflamação

Também no início do século XX, profissionais médicos nos Estados Unidos aconselharam pacientes sobre as decocções das raízes de maconha para uso no tratamento de inflamações. As raízes contêm cetonas triterpênicas pentacíclicas que são compostos com efeitos antimicrobianos e anti-inflamatórios.

4 – Elimina as células cancerosas

A apoptose é uma palavra derivada do latim que significa “queda”, como uma folha caindo de uma árvore. E uma folha cai de uma árvore quando ela está morta. A apoptose refere-se a um processo denominado morte celular programada, em que a célula se suicida.

Acredita-se que as cetonas triterpênicas pentacíclicas encontradas nas raízes da cannabis causam apoptose, a morte celular programada em células cancerosas. Embora os estudos estejam começando, essas raízes teriam propriedades eficazes para combater o câncer.

5 – Conteúdo de canabinoides

Os canabinoides são aqueles produtos químicos que encontramos em várias partes da planta de cannabis, inclusive nas raízes também. Embora estes tenham uma pequena concentração em comparação com outras partes, como nas flores, esses canabinoides também podem ser encontrados nas raízes.

6- A cannabissativina

Os cientistas descobriram que a cannabissativina (CsAqEx) aparece no extrato aquoso da parte menos visível da planta, como as raízes. Além disso, descobriram que reduz a inflamação sem prejudicar a saúde.

A cannabissativina (CsAqEx) seria o principal componente e tem uma potente atividade anti-inflamatória em animais de laboratório e sem efeitos tóxicos ou negativos notáveis, de acordo com uma pesquisa publicada no Journal of Ethnopharmacology.

7 – Efeito anti-hemorrágico

Quando moídas, secas e fervidas, as raízes da cannabis funcionam como um agente anti-hemorrágico. Na verdade, esse era um de seus usos nos tempos antigos, para parar o sangramento pós-parto.

8 – Calmante para pele irritada ou queimada

Quando a pele fica irritada, pode-se aplicar a raiz seca de cannabis, como escreveu na antiguidade o autor e médico do imperador romano Juliano, o Apóstata, o grego Oribásio. Em seus textos, ele afirmava que essa raiz de cannabis tratava as erupções ao ser misturada com guano de pombo. Demonstrou-se que as raízes de cannabis trituradas crus funcionam no tratamento de uma variedade de doenças de pele.

Conclusão

As propriedades das raízes da planta cannabis são conhecidas por possuírem várias propriedades medicinais, quanto mais são investigadas, mais os acadêmicos se surpreendem. A parte inferior e subterrânea da planta está abrindo novas possibilidades para cientistas e para toda a medicina.

A cada dia saem novas pesquisas com a planta de cannabis e, portanto, mais surpresas são esperadas de seus benefícios para nossa saúde.

Referência de texto: La Marihuana

Extratos de maconha podem reduzir a insuficiência pulmonar em casos de Covid-19

Extratos de maconha podem reduzir a insuficiência pulmonar em casos de Covid-19

Um estudo sugere que alguns extratos de cannabis podem reduzir a inflamação e a fibrose pulmonar, enquanto outros podem piorá-la.

Algumas cepas de cannabis podem atuar na redução da síndrome da angústia respiratória aguda, uma insuficiência pulmonar súbita e grave que ocorre em alguns pacientes com Covid-19. Um estudo preliminar realizado em laboratório com pele humana artificial testou sete variedades diferentes de extratos de cannabis e três deles reduziram a indução de citocinas relacionadas à inflamação e fibrose pulmonar, enquanto uma das variedades piorou os sintomas.

As três variedades que desencadearam efeito positivo no tecido pulmonar artificial atuaram diminuindo a ação das citocinas responsáveis ​​pelo desencadeamento da resposta inflamatória pulmonar e pela produção de fibrose. A “inibição pronunciada observada de (citocinas) TNFα e IL-6 é o achado mais importante, porque essas moléculas são atualmente consideradas os principais alvos na patogênese da tempestade de citocinas covid-19 e a síndrome da angústia respiratória aguda”.

Os resultados obtidos no tecido artificial foram promissores em três dos casos, mas mais pesquisas são necessárias para saber se ele poderia funcionar e que tipos de extratos de cannabis poderiam funcionar. O fato de um dos sete extratos de cannabis ter um efeito contraproducente na inflamação alertou os pesquisadores que dependendo da variedade usada, efeitos positivos ou negativos poderiam ser desencadeados.

“Esta é uma descoberta muito importante que mostra que a cannabis não é genérica. Na verdade, as cepas têm perfis únicos de canabinoides e terpenos que podem melhorar um ao outro e, portanto, extratos de diferentes cepas podem ter propriedades medicinais diferentes, embora as proporções dos principais canabinoides (THC e CBD) sejam semelhantes. Por isso, cada variedade de cannabis deve ser avaliada criteriosamente por suas propriedades medicinais”, diz o estudo.

Os autores reconhecem que os resultados do estudo são limitados, entre outras coisas devido ao uso de um modelo de pele artificial que não se adapta totalmente ao dos pulmões e por ter causado inflamação do tecido com os raios ultravioleta em vez do vírus SARS -CoV2. “Seria importante replicar os dados em modelos de tecido epitelial e alveolar das vias aéreas e usar o vírus SARS-CoV2 ou seus componentes para induzir a inflamação”, afirmam as conclusões do estudo. Além disso, o estudo foi desenvolvido para analisar os efeitos das aplicações da cannabis, mas não da cannabis fumada, de acordo com o artigo publicado na revista biomédica Aging, e conduzido por pesquisadores canadenses.

Referência de texto: Cáñamo

UFC permite o uso de maconha entre lutadores

UFC permite o uso de maconha entre lutadores

Testes positivos de THC não são mais motivo para violação da política antidoping do Ultimate Fighting Championship, “a menos que existam evidências adicionais de que um atleta o usou intencionalmente para melhorar o desempenho”, anunciou a empresa na quinta-feira.

Jeff Novitzky, vice-presidente sênior de saúde e desempenho de atletas do UFC, disse que embora os dirigentes da liga “queiram continuar a evitar que os atletas lutem sob a influência” da cannabis, eles dizem que “aprenderam que os níveis urinários de THC são altamente variáveis ​​depois do uso fora da competição e tem pouca correlação científica com comprometimento em competição”.

“O THC é lipossolúvel, o que significa que, uma vez ingerido, é armazenado em tecidos adiposos e órgãos do corpo e pode ser liberado de volta na circulação e, consequentemente, o THC aparece na urina, às vezes muito depois da ingestão. Portanto, não é um marcador ideal em atletas para indicar comprometimento em competição”, diz Novitzky em um comunicado à imprensa.

“O resultado final é que, em relação à maconha, nos preocupamos com o que um atleta consumiu no dia de uma luta, não em dias ou semanas antes de uma luta, o que costuma ser o caso em nossos históricos casos positivos de THC”, acrescentou Novitzky. “Os atletas do UFC ainda estarão sujeitos às regras da maconha de acordo com vários regulamentos da Comissão Atlética, mas esperamos que este seja um início para uma discussão mais ampla e mudanças sobre esse assunto com aquele grupo”.

As alterações também removem todos os outros canabinoides de ocorrência natural da lista antidoping, como o CBD. O UFC disse que tais canabinoides “são frequentemente encontrados em vários produtos de CBD amplamente utilizados por atletas do UFC, e não existe evidência de que eles proporcionariam qualquer vantagem significativa de desempenho, os laboratórios não testam esses compostos, nem têm quaisquer consequências de saúde e segurança para atletas competidores do UFC”.

A Agência Mundial Antidoping removeu o CBD de sua lista de substâncias proibidas em 2018.

O UFC tem uma parceria com a Aurora Cannabis para ensaios clínicos para estudar a eficácia do CBD no tratamento de machucados, recuperação, lesão, dor e inflamação.

Nate Diaz, um lutador do UFC, foi duramente criticado no passado por seu uso de maconha em público, incluindo uma investigação da Agência Antidoping dos Estados Unidos sobre o uso de uma caneta vape de CBD durante uma entrevista coletiva em 2016. Diaz foi suspenso três vezes pelo uso de cannabis.

Referência de texto: Ganjapreneur

Algumas variedades de cannabis podem ajudar a saúde das células cerebrais, diz estudo

Algumas variedades de cannabis podem ajudar a saúde das células cerebrais, diz estudo

A empresa australiana de biotecnologia Neurotech International Ltd. anunciou que concluiu estudos usando células cerebrais humanas para investigar as propriedades anti-inflamatórias e neuromodulatórias de duas cepas de cannabis.

A Neurotech International concluiu estudos in vitro usando células cerebrais humanas para avaliar e validar as propriedades anti-inflamatórias e neuromodulatórias de duas cepas de cannabis, conforme relata o site FinFeed. A conclusão dos estudos pavimenta o caminho para os ensaios clínicos de fase 1 na empresa australiana.

As cepas utilizadas (DOLCE / NTI) contêm menos de 0,3% de THC, o que as classifica como cânhamo industrial em alguns países.

Os estudos in-vitro, conduzidos na Monash University, University of Wollongong e RMIT University, mostraram que as cepas melhoraram significativamente a saúde das células neuronais, a viabilidade celular e têm a capacidade de reduzir a inflamação em comparação com o CBD sozinho, que pode ser usado para controlar o autismo, epilepsia, distúrbio de hiperatividade com déficit de atenção (TDAH), Alzheimer e outros distúrbios neurológicos.

“Os resultados dos testes finais são muito encorajadores. Em particular, o poderoso modo de ação anti-inflamatório das cepas em comparação ao CBD sozinho. Esses resultados demonstram que as cepas DOLCE / NTI podem ter uma aplicação mais ampla em relação ao gerenciamento e tratamento de uma série de distúrbios neurológicos”, disse Brian Leedman, presidente da Neurotech, ao FinFeed.

No geral, o estudo descobriu que as cepas reduziram a inflamação das células cerebrais em até 60%, aumentaram a saúde e a viabilidade geral das células cerebrais na ausência de insultos tóxicos em até 80% e aumentaram a viabilidade e a produção mitocondrial em até 60%. Cada um deles são processos e resultados importantes na compreensão e manutenção da função cerebral e da saúde cognitiva, relata a Neurotech.

A empresa espera iniciar os testes clínicos em março de 2021.

Referência de texto: FinFeed / Ganjapreneur

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