Redução de Danos: “Bad Trip”, o que faz você ter uma viagem ruim ao consumir maconha e como evitar?

Redução de Danos: “Bad Trip”, o que faz você ter uma viagem ruim ao consumir maconha e como evitar?

Você já viu alguém tendo uma bad trip e se sentindo estranho após fumar maconha, ou você mesmo já passou por isso? Existem alguns motivos pelos quais esse fenômeno ocorre e exatamente isso o que vamos explicamos no post de hoje.

A maconha pode não ter o mesmo efeito em todas as pessoas. Alguns usuários têm uma experiência muito intensa e estimulante, enquanto outros têm uma experiência ruim e sofrem efeitos adversos, como náuseas ou aumento do apetite (o que nem sempre é um ponto negativo). Tratando-se da maconha, cada experiência é diferente.

Se você já teve uma “bad trip” (viagem ruim), você deve saber que isso é algo que pode acontecer quando você usa cannabis. No entanto, existem razões pelas quais isso acontece ou porque é mais provável que aconteça. Para contextualizar e ajudá-lo a entender o que está acontecendo com seu corpo, vamos analisar o que é uma “viagem ruim” e o que causa isso.

O que é uma Bad Trip?

Bad trip é o que acontece quando os efeitos psicoativos e relaxantes da cannabis (ou de outras substâncias) são ofuscados por episódios de ansiedade, angústia, ataques de pânico ou desconforto físico geral. Isso inclui suor frio, taquicardia ou náusea. Em alguns casos, os usuários também podem ter alucinações auditivas ou visuais.

É considerada uma “viagem” porque o consumo de substâncias da maconha produz frequentemente certos efeitos que alteram a percepção do tempo e das sensações. Portanto, se sentir apenas os efeitos negativos da cannabis, então é uma bad trip.

Isso pode acontecer por vários motivos:

Algumas razões pelas quais você pode ter uma Bad Trip

– Um alto nível de THC
– Baixa tolerância à maconha
– Problemas emocionais
– Uma resposta fraca do sistema endocanabinoide

Um alto nível de THC

Uma das principais razões pelas quais você pode ter uma viagem ruim é o nível de tetrahidrocanabinol (THC) da erva que você consome. Embora uma porcentagem dessa substância possa ser perdida ao entrar no corpo, se em uma única sessão, por exemplo, você fumar muitos baseados ou consumir muitos comestíveis, um excesso de THC entrará em contato com seu corpo e irá fazer com que este canabinoide permaneça mais tempo do que o normal. Isso, por sua vez, pode fazer com que você experimente os efeitos adversos do consumo.

Baixa tolerância à maconha

Tal como acontece com o álcool, o seu nível de tolerância à maconha pode fazer com que você se sinta estranho ou tenha uma bad trip. Desta forma, consumir uma grande quantidade de cannabis, quando é a primeira vez que experimenta esta substância, pode causar desconforto. Isso ocorre porque seu corpo pode ter uma reação negativa ao THC porque é uma substância nova para ele.

Pouca experiência com a substância e não interromper o consumo a tempo podem te levar a uma bad trip. Embora seja difícil saber qual é o seu nível de tolerância, observe atentamente como você se sente após a primeira tragada. Se não notar nada de estranho, aumente a dose aos poucos.

Problemas emocionais

Uma viagem ruim pode ter um tom mais sério. Por exemplo, você pode ter se sentido mal não por sua baixa tolerância à cannabis ou pode ter consumido THC demais, consciente ou inconscientemente. Quando o seu humor não está dos melhores, a maconha pode intensificar suas preocupações ou seu desconforto em determinadas situações.

Sabemos que a maconha ajuda a reduzir o estresse, estimular o relaxamento e melhorar a qualidade do sono. Mas, para algumas pessoas, nem sempre isso acontece. Especialmente quando a erva consumida não é a variedade adequada (caso da maioria da população brasileira).

Para evitar este tipo de situação, é essencial saber a erva que está consumindo – por essas e outras o autocultivo é fundamental e necessário.

Ao usar cannabis, tente estar em um local confortável que o deixe calmo, principalmente se for a primeira vez que estiver consumindo. Reduza as distrações e procure uma forma de encontrar uma solução para as suas preocupações, antes de qualquer consumo. Isso pode ajudá-lo a evitar uma bad trip, já que sua mente não se concentrará nos problemas ou nos sentimentos negativos.

Uma resposta fraca do sistema endocanabinoide

Outra razão pela qual você pode ter uma bad trip é a maneira como seu corpo responde. O seu sistema endocanabinoide é responsável por múltiplas funções biológicas, entre as quais se destaca a regulação da pressão arterial. Mas quando as substâncias da planta entram em contato com este sistema, estas funções são alteradas.

Nesse caso, os vasos sanguíneos podem relaxar, dificultando o transporte do sangue por todo o corpo. Isso faz com que o cérebro não receba o sangue que deveria, o que por sua vez causa tonturas e outros efeitos negativos. Da mesma forma, quando os vasos sanguíneos da pele se dilatam, perdem a capacidade de transportar calor, o que causa calafrios. Em resposta, o corpo acelera a frequência cardíaca e libera hormônios.

Todos esses sintomas causam desconforto e fazem com que o usuário tenha uma experiência negativa em sua experiência com a maconha.

Como evitar uma bad trip?

Esteja bem alimentado quando fizer sua sessão, mantenha-se hidratado, priorize boas companhias e lugares agradáveis, e, principalmente, entenda como está seu corpo e sua mente na hora de fumar um. Esses são alguns pontos essenciais para evitar uma bad trip e ter uma boa experiência com o consumo da maconha.

Agora que já sabe os motivos de uma bad trip você poderá gerenciar melhor as variáveis ​​no consumo da erva e evitar experiências desagradáveis.

Referência de texto: La Marihuana

Redução de Danos: como identificar um haxixe de má qualidade

Redução de Danos: como identificar um haxixe de má qualidade

Muitos usuários de maconha têm um grande respeito pelo haxixe. Este antigo concentrado oferece grandes quantidades de THC e deliciosos terpenos. Mas nem todo haxixe é igual. Na verdade, alguns podem conter substâncias desagradáveis ​​e até prejudiciais à saúde. Aprenda a distinguir o haxixe de qualidade dos ruins ou perigosos.

Se você gosta de fumar maconha, sabe que a qualidade da erva pode variar muito. E o mesmo vale para o haxixe, pois é um concentrado feito a partir das glândulas de resinas das flores da planta. Existem muitos fatores que podem afetar a qualidade deste produto, como o material vegetal utilizado, o local em que foi cultivado e o processo pelo qual foi submetido após a colheita.

Independentemente do tipo de hash que você preferir, é importante aprender a identificar indicadores de qualidade. Isto não só garantirá uma experiência mais agradável, mas também o ajudará a evitar produtos de má qualidade que possam representar um risco para a sua saúde.

Que tipos de haxixe existem?

Antes de nos aprofundarmos no que diferencia o haxixe bom do ruim, vejamos algumas das diferentes formas de extração. Alguns dos principais tipos de haxixe são:

Charas: feito há milhares de anos no subcontinente indiano, é criado coletando a resina de buds frescos nas palmas das mãos e moldando-os em uma bola. Ao coletar a resina antes de secar a erva, essas esferas ficam repletas de sabor e oferecem viscosidade e frescor únicos.

Bubble hash: Também conhecido como Hash Water ou Ice, o bubble hash é um método popular e moderno de obtenção de tricomas concentrados. Quem o prepara utiliza água gelada para separar as glândulas de resina do material vegetal, que depois filtra e seca para obter um produto final puro e saboroso.

Dry Sift Hash: este método de fazer haxixe envolve sacudir os buds secos sobre um filtro de malha fina para que os tricomas soltos caiam em uma bandeja. Os tricomas colhidos são prensados ​​em forma de bloco ou disco. Alguns usuários de maconha referem-se ao haxixe não prensado e peneirado como kief.

Como é o hash de qualidade?

Agora você conhece alguns tipos de haxixe mais comuns. No entanto, a sua qualidade dentro dessas categorias também pode variar muito. Ao avaliar a qualidade do haxixe, existem diferentes variáveis ​​em jogo, e muitas delas não podem ser apreciadas pelo usuário. No entanto, você pode aumentar suas chances de investir dinheiro em um bom produto observando os seguintes recursos.

Cor: a cor do haxixe pode variar visivelmente, mesmo entre amostras da mesma qualidade. Existem excelentes exemplos de haxixe que variam do amarelo claro ao âmbar profundo (um sinal de maturidade do tricoma). Você também pode encontrar tons de marrom claro e escuro. Todas essas cores são aceitáveis ​​e algumas formas de haxixe são quase pretas. Se for uniforme e homogêneo, sua qualidade provavelmente será boa. No entanto, se for granulado ou se esfarelar facilmente, pode conter muito material vegetal e clorofila.

Textura e consistência: o haxixe de qualidade não deve ser molhado nem ter alto teor de água e não deve ser muito sólido e difícil de quebrar; mas deve ter uma sensação flexível e maleável, pegajosa, mas fácil de manipular. Deve poder ser moldado em uma bola ou “fio” e, ao mesmo tempo, esfarelado para adicionar ao baseado.

Pureza: diferentes tipos de haxixe de qualidade têm sabores, texturas e cores diferentes, o que pode dificultar a avaliação de sua qualidade. No entanto, a pureza sempre diferencia o hash premium do ruim. Pode acontecer de fornecedores ilegais usem solventes químicos na hora da extração ou enchimentos para obter maiores lucros.

Você sente cheiro de haxixe? Como avaliar seu aroma e sabor

Claro que cheira! Pense bem. A maconha tem um aromadintenso devido aos metabólitos secundários que produz (terpenos e compostos voláteis de enxofre, entre outros) e que se encontram principalmente nos tricomas. Isso significa que o haxixe de qualidade (uma massa de tricomas quebrados) é repleto de moléculas aromáticas e, portanto, tem cheiro e sabor fortes. Por outro lado, o haxixe de má qualidade pode cheirar a erva e quase não ter sabor.

Aroma e sabor

Então, qual é o cheiro e o sabor do bom haxixe? O haxixe de qualidade pode ter diferentes sabores e aromas. Dependendo do perfil do metabolito secundário dos buds, pode oferecer notas de pinho, madeira, frutada, cítricas, pimenta, terra, etc. Independentemente das nuances, um bom haxixe oferece aroma e sabor agradáveis ​​e complexos. Por outro lado, o haxixe de má qualidade tem um sabor desagradável, amargo e, muitas vezes, químico.

Combustão de haxixe

Depois de avaliar todas essas características, será hora de ir direto ao ponto e fumar seu haxixe. No entanto, aconselhamos que esfarele um pouco e aplique uma chama como última etapa do processo de verificação. Coloque o haxixe na ponta de uma tesoura e acenda uma chama. A amostra deve adquirir um tom cinza escuro e exalar um aroma agradável. Você também verá um leve borbulhar à medida que os óleos de haxixe volatilizam. O haxixe de baixa qualidade queima, fica preto e às vezes emite um cheiro químico.

O teste de borbulhamento

Se o que você tem é bubble hash, você pode realizar o teste da bolha para determinar sua qualidade. Como você provavelmente já deve ter adivinhado, o bubble hash é assim chamado porque borbulha quando aquecido. Para ter uma ideia aproximada da pureza e do conteúdo de resina do seu hash, siga estas etapas:

– Pegue uma pequena amostra do seu bubble hash.
– Coloque-o em um recipiente à prova de calor, como um pipe ou bong.
– Aplique uma chama na parte externa do recipiente para aquecer a amostra por condução.
– Observe como o haxixe reage. Deverá borbulhar vigorosamente, o que indicará seu teor de tricomas.

Primeiros passos para ser um bom entendedor de haxixe

Você aprendeu um pouco mais sobre haxixe. Agora saberá diferenciar o hash bom do ruim. Isto o ajudará a evitar consumir produtos de baixa qualidade contaminados com enchimentos potencialmente perigosos.

Referência de texto: Royal Queen

O uso da planta de maconha na descontaminação de solos e na captura de dióxido de carbono (CO2)

O uso da planta de maconha na descontaminação de solos e na captura de dióxido de carbono (CO2)

A cannabis é uma excelente alternativa contra a poluição, tanto na limpeza de solos contaminados como da captura de CO2.

A maconha, planta com uma história rica e variada em diferentes culturas, surge como uma possível solução para combater a poluição ambiental. À medida que enfrentamos desafios crescentes relacionados com a poluição do solo e as alterações climáticas, é crucial explorar abordagens inovadoras e sustentáveis.

Neste contexto, a planta tem atraído a atenção devido à sua capacidade de remediar eficazmente solos contaminados (fitorremediação) e capturar dióxido de carbono (CO2). Neste post iremos discutir os benefícios da maconha na fitorremediação, o seu papel na captura de CO2 e os estudos científicos que apoiam a sua utilização.

Serão também abordadas as perspectivas, desafios e aplicações práticas da planta de maconha contra a poluição e as alterações climáticas.

Introdução: a cannabis contra a poluição e seu potencial para combatê-la

Nos últimos anos, a maconha ganhou popularidade em diversos campos, desde a medicina até a indústria têxtil. Mas o que você talvez não saiba é que essa planta versátil também tem potencial para ajudar a combater a poluição.

Sim, isso mesmo. A cannabis pode ser uma solução sustentável para ajudar a resolver os problemas ambientais mais urgentes.

A cannabis não é uma planta nova. Durante milhares de anos, tem sido cultivada e utilizada em diferentes culturas para diversos fins, desde o seu uso medicinal na China antiga até ao seu papel sagrado nas cerimónias indianas.

Ao longo da história, a maconha provou ser uma planta multifacetada que tem sido valorizada pelas suas propriedades únicas.

A poluição é um grave problema ambiental que afeta o nosso planeta em vários níveis. Da poluição atmosférica à poluição do solo e da água, os seus efeitos são prejudiciais para a saúde humana e a biodiversidade.

É evidente que precisamos de encontrar soluções sustentáveis ​​para contrariar este impacto negativo. É aqui que entra a cannabis, oferecendo uma possível resposta aos nossos problemas ambientais.

Os benefícios da maconha na fitorremediação de solos

Quando se trata de solos contaminados, a cannabis pode ser uma ferramenta poderosa de remediação. A sua capacidade de absorver e desintoxicar contaminantes do solo torna-o um candidato ideal para restaurar terrenos danificados por atividades industriais ou agrícolas.

A cannabis tem a capacidade única de absorver metais pesados ​​e outros contaminantes do solo através das suas raízes. Essa capacidade se deve ao seu sistema radicular fibroso e à capacidade de acumular compostos em seus tecidos.

Ao cultivar a planta em solo contaminado, uma variedade de substâncias nocivas pode ser extraída de forma eficiente, melhorando a qualidade do solo e reduzindo o impacto ambiental.

A eficácia da maconha na fitorremediação de solos tem sido apoiada por numerosos estudos e histórias de sucesso.

Por exemplo, na cidade de Chernobyl, onde ocorreu o desastre nuclear em 1986, a cannabis tem sido utilizada para ajudar a descontaminar a terra. Os resultados têm sido promissores, mostrando que esta planta tem potencial para transformar novamente terrenos arruinados em áreas férteis.

O papel da maconha na captura de CO2 e o seu impacto positivo nas alterações climáticas

Além da sua capacidade de remediar solos contaminados, a cannabis também pode desempenhar um papel importante no combate às alterações climáticas, ajudando a capturar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.

A maconha, tal como outras plantas, realiza o processo de fotossíntese, que envolve a absorção de CO2 e a libertação de oxigênio. Ao cultivar grandes quantidades de cannabis, podemos aumentar significativamente a captura de CO2, o que tem um impacto positivo na redução dos níveis deste gás com efeito de estufa na atmosfera.

Ao reduzir os níveis de CO2 na atmosfera, a maconha pode ajudar a mitigar os efeitos das alterações climáticas, diminuindo as emissões de gases com efeito de estufa. Além disso, o cultivo da planta pode ser uma alternativa mais sustentável a outras indústrias que geram elevadas emissões, como a agricultura intensiva ou a produção de combustíveis fósseis.

Estudos científicos que apoiam o uso da planta contra a poluição e na mitigação de CO2

O potencial da maconha para mitigar a poluição e o CO2 não é mera especulação. Numerosos estudos científicos apoiam estas afirmações e demonstram como a planta pode ser uma ferramenta valiosa na luta contra os problemas ambientais.

Investigações científicas demonstram a capacidade da planta em absorver e acumular metais pesados ​​do solo, indicando o seu potencial na fitorremediação de solos. Estes estudos apoiam a ideia de que a cannabis pode ser uma solução eficaz e sustentável para a limpeza de terrenos danificados.

Além disso, estudos também mostraram como o cultivo de maconha pode reduzir os níveis atmosféricos de CO2, aumentando a captura deste gás durante o processo de fotossíntese. Esta evidência científica confirma o potencial da cannabis para contribuir para a luta contra as alterações climáticas e melhorar a nossa qualidade de vida.

Em suma, a cannabis não é apenas uma planta versátil com utilizações em diferentes campos, mas também pode ser uma solução sustentável para combater a poluição e as alterações climáticas. A sua capacidade de fitorremediar solos e capturar CO2 da atmosfera torna a planta um recurso valioso que merece a nossa atenção.

Ao aproveitar o potencial da cannabis, podemos dar passos importantes em direção a um futuro mais limpo e saudável.

Perspectivas e desafios para a implementação da maconha como solução ambiental

Quando se trata de implementar a cannabis como solução ambiental, vários fatores entram em jogo. Em primeiro lugar, há a questão econômica. Embora se reconheça que a cannabis tem potencial para ajudar a restaurar solos degradados e reduzir as emissões de CO2, é importante avaliar a sua viabilidade financeira.

Será rentável para os agricultores investirem em cultivos de maconha para fins ambientais? Existem incentivos econômicos suficientes para encorajar a adopção generalizada?

Além disso, a política também desempenha um papel importante na implementação da maconha como ferramenta de remediação. As leis e regulamentos existentes podem influenciar a disponibilidade e utilização da planta para fins ambientais.

Existem restrições legais que impeçam ou limitem o seu uso? Deverão ser estabelecidas políticas específicas para apoiar a sua adoção e promover o seu uso sustentável?

Para além dos fatores econômicos e políticos, existem desafios jurídicos e sociais que devem ser enfrentados para concretizar o potencial da maconha como solução ambiental. Do ponto de vista jurídico, é importante considerar os requisitos regulamentares e as preocupações relacionadas com o cultivo da planta.

Quais são os regulamentos atuais relativos ao cultivo e uso de maconha? Existem restrições específicas que possam dificultar a sua utilização para fins ambientais? Além disso, a percepção pública sobre a planta pode influenciar a sua aceitação e adoção? Como é percebido o uso de cannabis na sociedade? Existem estigmas associados que possam dificultar a sua implementação?

Aplicações práticas da maconha na restauração do solo e na redução das emissões de CO2

Uma das aplicações mais promissoras da maconha é a sua capacidade de auxiliar na restauração de solos degradados. Devido ao seu sistema radicular profundo e à capacidade de acumular nutrientes, a cannabis pode ajudar a melhorar a estrutura e a fertilidade do solo.

Além disso, suas propriedades de biorremediação podem auxiliar na decomposição e eliminação de contaminantes presentes no solo, resultando na recuperação mais rápida e saudável de áreas degradadas.

Outra forma pela qual a cannabis pode contribuir para o combate à poluição é através da captura de CO2. À medida que aumentam as preocupações com as alterações climáticas, estão a ser desenvolvidas tecnologias para capturar e armazenar o CO2 emitido pelas indústrias.

A maconha, com a sua rápida taxa de crescimento e capacidade de absorver grandes quantidades de CO2, emergiu como uma candidata promissora nesta área. Através da fotossíntese, a planta pode capturar dióxido de carbono e convertê-lo em matéria orgânica, ajudando a reduzir as emissões e a mitigar o impacto das alterações climáticas.

Em resumo, embora existam desafios e considerações logísticas que devem ser abordadas, a cannabis apresenta um grande potencial como solução ambiental. Tanto na recuperação de solos degradados como na redução das emissões de CO2, a maconha pode desempenhar um papel importante na nossa luta contra a poluição.

À medida que as tecnologias são desenvolvidas e os obstáculos legais e sociais são superados, esperamos ver uma maior utilização desta planta versátil e promissora para o benefício do nosso planeta.

Em conclusão, a maconha apresenta um potencial promissor na luta contra a poluição e as alterações climáticas. A sua capacidade de remediar solos contaminados e capturar CO2 oferece uma alternativa sustentável e natural para enfrentar os atuais desafios ambientais.

No entanto, é importante ter em conta os aspectos legais e regulamentares que envolvem o uso de maconha para este fim. À medida que continuamos a investigar e explorar as aplicações da planta na restauração ambiental, é essencial unir forças entre a comunidade científica, os legisladores políticos e a sociedade em geral para concretizar plenamente o potencial desta planta na construção de um futuro mais limpo e sustentável.

Perguntas frequentes sobre a planta de cannabis contra a poluição

Como a maconha pode remediar solos contaminados?

A cannabis tem a capacidade única de absorver e desintoxicar os contaminantes do solo através de um processo chamado fitoextração (fitorremediação). Suas raízes podem acumular metais pesados ​​e outros contaminantes, ajudando a limpar e remediar solos contaminados.

Como a maconha pode capturar dióxido de carbono (CO2)?

A cannabis, como outras plantas, realiza fotossíntese, processo pelo qual absorve dióxido de carbono da atmosfera e o converte em oxigênio durante seu crescimento. Esta capacidade da planta de capturar CO2 torna-a um recurso valioso para a redução dos gases com efeito de estufa e a mitigação das alterações climáticas.

Existe investigação científica que apoie o uso de maconha para fins ambientais?

Sim, vários estudos científicos apoiam o uso da cannabis na remediação de solos contaminados e na captura de CO2. Estas investigações demonstraram a eficácia da planta na absorção de metais pesados ​​e na melhoria da qualidade do solo, bem como a sua contribuição para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

Quais são os desafios associados ao uso de cannabis para fins ambientais?

Entre os desafios associados ao uso de cannabis para fins ambientais estão as regulamentações legais em diferentes países, uma vez que a planta é frequentemente associada ao uso adulto ou medicinal.

Além disso, é importante garantir práticas agrícolas sustentáveis ​​e gerir adequadamente a eliminação das plantas de cannabis, uma vez que estas tenham cumprido a sua função de remediação ou captura de CO2.

A planta de cannabis no combate à poluição deve estar na agenda dos governos, promover o seu cultivo no meio rural deve ser uma prioridade.

Referência de texto: La Marihuana

Efeito Entourage: maconha com vários canabinoides produz um efeito mais forte e duradouro do que o THC isolado, conclui estudo

Efeito Entourage: maconha com vários canabinoides produz um efeito mais forte e duradouro do que o THC isolado, conclui estudo

Um novo estudo apoia a teoria do “efeito entourage” (efeito séquito ou comitiva), descobrindo que os produtos de maconha com uma gama mais diversificada de canabinoides naturais produzem uma experiência psicoativa ainda mais forte que dura mais tempo do que o efeito gerado pelos produtos de THC puro (isolado).

O estudo utilizou uma nova tecnologia de eletroencefalograma (EEG) apoiada por IA para quantificar a “onda” que as pessoas experimentaram ao vaporizar dois produtos diferentes: 1) um extrato rosin full sprectrum (espectro completo) com média de 85% de THC, bem como outros canabinoides e terpenos naturais, e 2) um óleo de THC isolado com 82-85% de potência.

“O primeiro grupo exibiu uma resposta psicoativa consideravelmente mais rápida e potente em comparação com o último grupo”.

Um total de 28 adultos participaram do estudo, utilizando o fone de ouvido EEG desenvolvido pela empresa de tecnologia de cannabis Zentrela e tomando duas doses (8 mg) de variedades de THC full sprectrum ou isolado de um vape fabricado pela PAX, que também apoiou o estudo.

Depois de obter uma leitura inicial antes dos participantes consumirem os produtos, o EEG monitorou a atividade em oito regiões do cérebro ao longo de 90 minutos. Os testes foram então convertidos em “níveis de efeitos psicoativos (PEL) numa escala padronizada de 0% a 100%”.

Os resultados mostraram que o rosin com THC e outros canabinoides e terpenos teve um início ligeiramente mais rápido de três minutos, uma leitura de potência mais elevada para o início (20,8%) e uma potência mais elevada no pico após 15 minutos (40%) e após 90 minutos (30,2%).

O início médio do produto THC isolado foi de quatro minutos, com potência de 13,5%. No pico, a potência era de 19,1% e caiu ligeiramente para 18,1%.

Por outras palavras, o estudo, que não foi revisto por pares e não foi publicado numa revista científica, parece apoiar o conceito de um “efeito entourage”, com a maconha que contém uma mistura mais diversificada dos seus componentes naturais produzindo um efeito de experiência mais poderoso. Acredita-se que isto também seja importante para os pacientes, uma vez que o efeito entourage pode reforçar diversas aplicações terapêuticas.

“No espírito de continuar a avançar na investigação da cannabis e na compreensão da planta – que tem sido muito limitada durante muito tempo – queríamos demonstrar através de estudos científicos como os produtos de espectro completo com toda a gama de terpenos e canabinoides têm um impacto mais profundo no início e na experiência final com a cannabis”, disse Brian Witlin, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da PAX, num comunicado de imprensa. “Esperamos que este tipo de informação ajude os consumidores a compreender que comprar produtos apenas com base na porcentagem de THC não é o principal indicador da experiência esperada”.

“Este esforço não só aprofunda a nossa compreensão das experiências dos consumidores, mas também sublinha o compromisso de fornecer informações precisas e abrangentes aos consumidores, promovendo assim a seleção informada de produtos e decisões de consumo”, concluíram os autores do estudo.

Este não é o primeiro estudo a identificar os benefícios relativos de produtos de maconha mais diversos. Um estudo de 2018 descobriu que os pacientes que sofrem de epilepsia apresentam melhores resultados de saúde – com menos efeitos secundários adversos – quando utilizam extratos de CBD à base de plantas em comparação com produtos de CBD “purificados” (isolados ou sintéticos).

Referência de texto: Marijuana Moment

A descriminalização das drogas não aumentou as mortes por overdose, conclui estudo

A descriminalização das drogas não aumentou as mortes por overdose, conclui estudo

A remoção de sanções penais por simples posse de drogas parece não ter impacto significativo nas overdoses fatais, de acordo com um novo estudo publicado pela American Medical Association que analisou os efeitos das políticas de descriminalização nos estados de Washington e Oregon (EUA).

“Nossa análise sugere que as políticas estaduais de descriminalização não levam a aumentos nas mortes por overdose”, disse Corey Davis, professor adjunto do Departamento de Saúde da População da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York (NYU) e investigador sênior do novo relatório.

As descobertas, publicadas na última quarta-feira (27) na revista JAMA Psychiatry, vêm na esteira de outro estudo recente, de coautoria de Davis, que descobriu que a descriminalização nos dois estados resultou na redução de prisões por posse de drogas e não levou a um aumento nas prisões por crimes violentos.

“Esses dois estudos mostram que as medidas de descriminalização das drogas em Oregon e Washington reduziram as prisões e não aumentaram as mortes por overdose”, disse Davis. “Tomadas em conjunto, estas descobertas sinalizam danos reduzidos para as pessoas que usam drogas e possivelmente também para as suas comunidades”.

“As mudanças legais para remover ou diminuir as penalidades criminais por posse de drogas não estão associadas à taxa de overdose fatal de drogas 1 ano após a implementação”.

Os investigadores examinaram dados sobre mortes por overdose nos dois estados durante um ano após a descriminalização, comparando-os com grupos de controle constituídos por estados com taxas de overdose semelhantes. “Depois que os investigadores não encontraram significância estatística nas taxas de mortalidade por overdose entre Oregon, Washington e o grupo de controle”, diz um comunicado da faculdade de medicina da NYU, “os investigadores conduziram uma análise de sensibilidade incorporando sete meses adicionais de dados provisórios. As descobertas não mudaram”.

Em suma, as taxas de overdose fatais no Oregon e em Washington foram aproximadamente as mesmas que seriam esperadas na ausência da mudança política.

Os autores do novo relatório reconheceram a necessidade de estudos mais aprofundados sobre os efeitos da descriminalização a médio e longo prazo, bem como sobre a forma como a redução das penas afeta os diferentes grupos raciais e étnicos.

“Este estudo é um primeiro olhar importante sobre o impacto da descriminalização das drogas na overdose, mas é necessária uma monitorização contínua”, disse Spruha Joshi, professora de epidemiologia na Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan e coautora principal do estudo.

Joshi observou que no Oregon, por exemplo, a lei de descriminalização do estado também aumentou drasticamente o financiamento para serviços de tratamento e recuperação – dinheiro que só foi retirado depois da conclusão do estudo dos investigadores.

“As leis que descriminalizam o porte de drogas em Oregon e Washington não foram associadas a mudanças nas taxas de overdose fatal de drogas”.

“Além de reduzir as penas por posse de drogas, a Medida 110 no Oregon direcionou centenas de milhões de dólares de receitas de cannabis para aumentar o acesso a programas destinados a reduzir o risco de overdose. No entanto, estes fundos só foram distribuídos depois do nosso período de estudo”, disse Joshi. “Será importante continuar a monitorizar as taxas de overdose à medida que mais dados forem disponibilizados para avaliar o impacto da distribuição destes fundos”.

O relatório observa que a implementação no Oregon de aproximadamente 287,3 milhões de dólares para serviços de saúde comportamental “foi lenta e a maior parte foi distribuída entre abril e setembro de 2022, após o nosso período de estudo”.

“A programação financiada tem o potencial de diminuir comportamentos de risco relacionados com drogas e apoiar caminhos para a recuperação da dependência, o que pode reduzir a overdose de drogas não fatais e fatais”, escreveram os investigadores.

Embora o estudo avalie Oregon e Washington em conjunto, a natureza da descriminalização nos dois estados foi marcadamente diferente.

No Oregon, os eleitores aprovaram a Medida 110 em 2020 para remover as sanções penais por posse de drogas e expandir o acesso a serviços de tratamento e recuperação de drogas.

Enquanto isso, em Washington, as penalidades criminais por posse simples desapareceram no final de fevereiro de 2021, como resultado de uma decisão inesperada da Suprema Corte estadual que anulou a lei estadual sobre posse criminosa de drogas. Menos de três meses depois, os legisladores criminalizaram novamente a posse como contravenção.

Em maio deste ano, Washington ajustou ainda mais as suas leis para aumentar as penas criminais e financiar ainda mais programas de tratamento. Na semana passada, o Conselho Municipal de Seattle aprovou uma medida local que autoriza a acusação de simples posse de drogas, bem como de consumo público.

Os autores do novo estudo afirmam que, apesar do período de menos de três meses de descriminalização formal, a nova lei de posse de drogas de Washington é “marcadamente diferente” da lei anterior porque “reclassifica a maioria dos crimes de posse de drogas de crimes para contravenções e reduz substancialmente os tipos de objetos que se qualificam como apetrechos para drogas”. Também incentiva a aplicação da lei a desviar os casos para avaliação, tratamento ou outros serviços além da ação penal.

Washington e Oregon tiveram as 33ª e 34ª maiores taxas de overdose fatal no país, respectivamente, de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA de 2021, os mais recentes disponíveis.

No meio da atual crise de overdose e dos visíveis sem-abrigo, o apoio público à descriminalização no Oregon está a diminuir. Embora 58% dos eleitores tenham votado a favor da Medida 110, sondagens recentemente divulgadas pelos opositores revelaram que 61% dos entrevistados consideram agora que a medida foi um fracasso.

No início deste mês, uma coligação de líderes empresariais e políticos liberais e conservadores revelou uma proposta eleitoral que desfaria partes fundamentais da Medida 110, recriminalizando a posse de certas drogas e criando um novo crime para o consumo público de substâncias ilegais.

Os legisladores já fizeram alguns ajustes na lei de descriminalização do Oregon este ano, aprovando um pacote de reformas em junho para fornecer a um conselho de supervisão mais pessoal e ajuda administrativa da Autoridade de Saúde do Oregon (OHA).

Uma auditoria realizada em janeiro à medida de descriminalização pelo Secretário de Estado concluiu que a OHA precisava de fornecer mais apoio e melhor coordenação. Concluiu na altura que era demasiado cedo para dizer se os programas da Medida 110 poderiam reduzir os problemas de drogas do estado.

Referência de texto: Marijuana Moment

EUA: uso adulto de maconha supera o consumo de tabaco, de acordo com pesquisa

EUA: uso adulto de maconha supera o consumo de tabaco, de acordo com pesquisa

Os estadunidenses consideram a maconha menos prejudicial que o álcool, cigarros, vaporizadores e outros produtos de tabaco, de acordo com novos dados de pesquisa. E, ao mesmo tempo, o uso de cannabis “ultrapassou o uso de cigarros nos EUA, enquanto a vaporização ainda está atrás de ambos”, afirma a empresa de pesquisas Gallup.

A pesquisa representa a continuação de uma tendência que já dura há anos, com os adultos norte-americanos abandonando cada vez mais os cigarros à medida que aumenta a consciência dos riscos para a saúde pública. Os dados mostram uma tendência oposta para a maconha, com a percepção dos danos a diminuir à medida que mais estados legalizam o seu consumo e mais adultos se identificam como consumidores ativos.

Os entrevistados foram questionados sobre sete substâncias diferentes e se as consideravam “muito”, “um pouco” ou “nada/muito pouco” prejudiciais. Dois em cada cinco pessoas (40%) disseram que a maconha não era muito ou nada prejudicial.

Isso representa 10 vezes mais pessoas que disseram que os cigarros eram relativamente inofensivos (4%) e mais que o dobro da percentagem que disse o mesmo sobre o álcool (16%).

Enquanto isso, apenas 23% dos entrevistados disseram que a maconha era “muito prejudicial”, em comparação com 76% para os cigarros, 54% para os cigarros eletrônicos, 39% para os charutos e 30% para o álcool.

“A maconha obteve o nível mais baixo de preocupação com a saúde em comparação com outras substâncias, mas uma pesquisa separada da Gallup mostrou que três em cada quatro adultos dos EUA estão muito ou um pouco preocupados com os efeitos da maconha em jovens adultos e adolescentes que a usam regularmente”, de acordo com a empresa de análise.

A pesquisa – que envolveu entrevistas com 1.015 adultos pessoas, com uma margem de erro de +/- quatro pontos percentuais – também foi referenciada em um relatório separado da Gallup sobre o uso de cigarros e cannabis, publicado recentemente.

Essa sondagem concluiu que o consumo de cigarros permanece estável num mínimo histórico, com apenas 12% dos adultos a dizerem que fumaram um cigarro na última semana. Parte dessa tendência reflete o aumento do uso de cigarros eletrônicos por jovens adultos, 18% dos quais afirmam fumar.

“Mas o uso de maconha supera ambos os produtos entre os jovens adultos”, disse Gallup. “Desde 2019, uma média de 27% dos jovens de 18 a 29 anos disseram que fumam maconha”.

No geral, metade dos adultos norte-americanos afirma agora ter experimentado cannabis pelo menos uma vez – e 17% dizem que atualmente fumam maconha, o que é cinco pontos percentuais mais elevado em comparação com as taxas atuais de consumo de cigarros. Deve-se notar que a pesquisa perguntou sobre “fumar” cannabis, portanto o total provavelmente exclui os atuais consumidores de cannabis que usam produtos não inaláveis, como alimentos e óleos.

“Os cigarros continuam a cair em desuso entre os estadunidenses, já que apenas um em cada oito adultos norte-americanos os fuma. O uso de maconha ultrapassou o uso de cigarros nos EUA, enquanto a vaporização ainda está atrás de ambos”, cita Gallup. “Essas mudanças parecem ser impulsionadas pela mudança de hábitos entre os jovens adultos, que são mais propensos a fumar maconha e cigarros eletrônicos do que cigarros, e muito menos propensos a fumar cigarros do que os jovens adultos nas últimas décadas”.

“O fato de os americanos geralmente considerarem os cigarros como os mais prejudiciais dos três sugere que os esforços de saúde pública para desencorajar o consumo de cigarros têm sido bem-sucedidos”, diz o relatório. “Ainda assim, a maioria dos americanos vê o vaping e a maconha como pelo menos algo prejudicial à saúde, e os especialistas em saúde pública que concordam podem querer garantir que os jovens adultos também recebam essas mensagens”.

Referência de texto: Marijuana Moment

Pin It on Pinterest