É dia de Marcha da Maconha! Dia de lutar pela liberdade!

É dia de Marcha da Maconha! Dia de lutar pela liberdade!

Várias cidades do país irão marchar pela liberdade! São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Natal, Florianópolis, Brasília e Porto Alegre são algumas das muitas cidades que estão representando o cenário canábico brasileiro.

Usuários, cultivadores e simpatizantes da erva estão convocados a mostrar a toda à sociedade que o maconheiro não é o que muitos tentam estereotipar. São médicos, advogados, professores, jornalistas, engenheiros, padeiros, mecânicos, artistas, atletas, pessoas comuns e gente de bem! Todos juntos marchando pelo mesmo objetivo. A liberdade!

Liberdade de escolher qual a medicina mais adequada para o seu tratamento, que muitas vezes não funcionam com tratamentos convencionais. Liberdade para não ser mais perseguido apenas por fazer uso religioso de uma planta usada há milênios por diversas culturas. Liberdade de fazer uso recreacional de uma erva que é 144 vezes menos nociva do que o álcool. Liberdade de cultivar a cura que nasce no quintal e não precisar pagar caro por um fumo de procedência duvidosa sem nenhum controle de qualidade.

Todos que cultivam a consciência, que sabem dos benefícios da maconha, assim como conhecem os malefícios da proibição. Todos vocês são indispensáveis nessa luta!  Vamos juntos fazer nossa parte por um futuro mais digno! Vamos à marcha Brasil!

Tá chegando: Marcha da Maconha com Jah pela Legalização

Tá chegando: Marcha da Maconha com Jah pela Legalização

Curitiba não tem praia, mas a maresia vai tomar conta da capital paranaense neste sábado (6) com a 11ª edição da Marcha da Maconha. O evento, que tem sua concentração marcada para às 15h na boca maldita, e que acontece também em outras cidades do Brasil e do mundo, tem como objetivo pressionar o governo para que haja uma mudança na legislação brasileira de drogas.

É preciso chapar a sociedade com a fumaça da razão para livrá-la das garras da ignorância e do preconceito. Maconheiro quer fumar camarão verde, tirado do ventre da natureza e sem adulteração em sua composição. Mas na terra tupiniquim, comprar maconha prensada com barata é mais fácil do que comprar um hot dog com batata palha prensado na chapa. A vergonha de se consumir uma erva de péssima qualidade se mistura com a tristeza de ser refém do tráfico.

“Doutor, a maconha não faz mal!” Se diz ao médico que duvida dos benefícios da erva. “Quem mata é o tráfico, doutor. Confesso que a garganta sofre com o prensado diário, mas essa é infelizmente a maconha nossa de cada dia”. Na rua, o guarda te aborda e fala “ei cabeludo, que cheiro é esse? Encosta na parede e cala a boca”. No turbilhão de pensamentos, a mente quer dizer “seu policial, no meu beck, nem sei quanto tem de maconha. A parada é 3 pá 1, mas não sei o que tem nele”. O policial solta o maconheiro, prender garoto branco é perder tempo.

Mas aí, no 3 pá 1, aparece uma semente como um presente divino. Vai pro Distrito 420 e começa a ler sobre como cultivar a própria ganja. É acomodar a semente no papel toalha úmido e só esperar a mamãe natureza agir sobre ela. Em alguns dias, já dá pra ver saindo da casca aquilo que futuramente se tornará a sedutora Maria Joana. Paciência, e cuidado, contando no calendário os dias do período vegetativo e do período de floração. A planta vai crescendo, ficando bonita, e com início de buds.

“Briiiiii” é som da campainha. Ao abrir a porta, o policial logo vai gritando “pro chão maconheiro filho da puta”. Fodeu geral, e não tem pra onde correr. “A vizinha falou que tem vinil do Peter Tosh girando e planta proibida crescendo. Vai pra delega, e a planta vai junto”. Tratamento de bandido para quem só queria ficar chapado sem prejudicar ninguém, ser brasileiro é bacana contanto que siga as regras da caretice social.

Chegando na delegacia, um moleque de bermuda suja e havaiana nos pés está sentado esperando para ser escoltado para a cela. Foi detido como trafica por uma ponta de uma baseado ruim. “Cê levou sorte garoto, vai ser enquadrado como usuário mesmo. A planta foi achada ao lado de um pacote de seda e um dichavador. Mas vai ficar fichado aqui”. Cor da pele e endereço residencial vale mais que R.G.

Perdeu a planta, e perdeu a pira. Vai ter que voltar a comprar prensado do tráfico. O 3 pá 1 não vai sair da rua enquanto maconheiro não pedir por mudanças na lei. Melhor do que fumar um beck sozinho, é fumar um baseado king size ao lado de maconheiros que tem o mesmo objetivo que você: o fim do preconceito, o fim da guerra, e uma maconha boa pra queimar.

Por Francisco Mateus

Bhang, a bebida indiana à base de maconha

Bhang, a bebida indiana à base de maconha

A maconha é usada na Índia desde 2000 A.C, mas, pelas leis do país é crime cultivar, vender, transportar, importar ou possuir a erva. Entretanto, a maconha é amplamente consumida através dos bhangs durante os festivais sagrados, como o Holi, o festival das cores que acontece na primavera. A bebida é preparada com folhas e flores de maconha que dá origem a um concentrado. Este concentrado é utilizado no preparo de bebidas e comidas.

Durante o Holi, o bhang está sempre presente em forma de drinque: o bhang lassi. Parecido com um milkshake de maconha, é uma bebida feita com iogurte ou leite, nozes, pimenta-do-reino e açúcar. Os indianos hindus usam o bhang em devoção ao deus Shiva. Segundo a religião, Shiva estava envenenado por uma poção chamada halahala e só se curou após consumir cannabis. Desde então, a erva é associada à religião e principalmente aos festivais hindus.

Os bhangs são vendidos em lojas especializadas que precisam ser regulamentadas pelo governo. Como plantar maconha é proibida na Índia, as bebidas só podem ser produzidas pelas plantas que nascem naturalmente, mas não há um forte controle do governo indiano para classificar as plantas que crescem de maneira selvagem. Portanto, não há repressão das autoridades indianas para combater a venda ilegal de bhangs.

 Os efeitos do Bhang são similares a comer um cookie de maconha. A onda demora a bater, mas, quando bate, é muito mais forte do que fumar um baseado, além de durar mais tempo. Muitos turistas são atraídos pelos Bhang shops e subestimam os efeitos da bebida. Alguns pedem o dobro de bhang no drinque para ficarem mais chapados e acabam passando

Em umas das entrevistas do documentário Holy Bhang, um homem diz que, se a pessoa está feliz, sua felicidade será intensificada, mas se ela estiver triste, sua tristeza também poderá ficar maior.

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