Museu da Maconha será inaugurado em Hollywood

Museu da Maconha será inaugurado em Hollywood

Será inaugurado em Hollywood o primeiro Museu da Maconha dos EUA. Será um espaço com 2.700 metros quadrados e busca acabar com o estigma da planta.

A partir do mês de agosto, Hollywood terá um novo museu que não focará na sétima arte ou nas estrelas de cinema. Será um espaço dedicado à maconha. O projeto é patrocinado pela empresa Weedmaps, sediada na Califórnia e especializada em tecnologia com cannabis e na promoção da planta.

De acordo com os planos, o Museu da Maconha terá um espaço de quase 2.800 metros quadrados. A intenção é oferecer a seus visitantes uma jornada cronológica através da história da cannabis desde seus primeiros usos até os dias atuais e mostrando os esforços por sua legalização. E também poderá se aventurar em aspectos da falida guerra às drogas que nos acompanha por décadas.

“Os visitantes do Weedmaps Museum of Weed vão experimentar uma exploração precisa e sem filtros do mundo canábico ao longo da história”. “O museu combinará todos os elementos de imersão que espera encontrar nos melhores museus do mundo em várias categorias, incluindo cultura, artes plásticas e história natural. Haverá também muitas instalações artísticas para aqueles que querem compartilhar momentos socialmente significativos”, disse Chris Beals, CEO da Weedmaps.

Como citou a empresa Weedmaps, a iniciativa busca minar o estigma de maconha entre os cidadãos. O museu abrirá a partir do mês de agosto e o acesso será para pessoas com mais de dezoito anos ao custo de trinta e cinco dólares.

Esse não é o primeiro museu da maconha no mundo, mas é o primeiro com essas características que será inaugurado na Califórnia. Neste estado, a cannabis para uso recreativo foi legalizada em 2017.

O Weedmaps Museum of Weed abrirá oficialmente com uma recepção exclusiva no dia 1 de agosto, seguida de uma grande inauguração no dia 3 de agosto. Estará aberto por tempo limitado, o Weedmaps Museum of Weed fechará em 29 de setembro de 2019.

Fonte: La Marihuana

Faça você mesmo: Rosin, o extrato de maconha de maior sucesso

Faça você mesmo: Rosin, o extrato de maconha de maior sucesso

Há alguns anos começamos a ouvir sobre Rosin, e cada vez mais essa técnica de extração têm mais seguidores. Mesmo parecendo óbvio, que os tricomas de um bud quando são aquecidos amolecem e “derretem”, demorou a pensar em fazer o que temos hoje, que pode ser a extração mais simples, rápida e pura, como citamos, relativamente recentemente.

O Rosin deve o seu nome à “colofônia”, uma resina natural que é obtida a partir de certas coníferas por exsudação. É amplamente utilizada na produção de tintas, corantes, colas, vernizes, até gomas de mascar e bebidas. É feito aquecendo a resina líquida e fresca, para que os terpenos mais voláteis evaporem através do processo de exsudação.

Tudo isso traduz e simplifica, em que se nós pressionamos um bud e aplicamos uma alta temperatura, os tricomas separarão da matéria vegetal. Durante o processo, os terpenos mais voláteis também evaporam, mas os menos voláteis permanecem, além dos canabinoides. O resultado é uma resina âmbar muito semelhante ao BHO.

Ao contrário do BHO, é muito mais rápido, pois em questão de segundos obteremos uma extração pronta para consumo. O BHO é primeiro aquecido em um banho-maria e depois purgado para remover qualquer gás restante necessário para sua extração. E, além disso, o Rosin é muito mais seguro, pois não trabalha com qualquer material inflamável, apenas com calor. E se compararmos com outras extrações, como haxixe seco ou Ice-o-Lator, também é muito mais rápido.

Em pequena escala, qualquer pessoa sua casa pode tentar fazer rosin e ficará impressionada com a facilidade. Só precisamos de três coisas que normalmente temos em casa, ou que são muito fáceis de obter. Obviamente, a cannabis é a coisa mais importante, prancha de cabelo (chapinha), e papel de forno antiaderente.

Primeiro devemos fazer pequenas porções de buds de aproximadamente 1 cm. Depois cortamos o papel do forno em pequenos pedaços de cerca de 8x16cm, que então temos que dobrar no meio. Em um pedaço de papel, inserimos um bud, e com a chapa quente, pressionamos por aproximadamente cinco segundos.

Pequenas gotas de resina

Quando abrir o papel, verá pequenas gotas douradas de resina ao redor do bud esmagado pela pressão. Esta resina é fácil de pegar com uma pinça para armazená-la em um recipiente de silicone. Com cada botão podemos repetir a mesma operação várias vezes, logicamente cada vez a quantidade de resina que obtermos será menor.

Se a prancha tiver controle de temperatura, o adequado para essa técnica é entre 130 e 200º C. Temperaturas mais baixas produzem uma resina mais saborosa, pois menos terpenos evaporam. Embora mais passes sejam necessários para extrair toda a resina. Altas temperaturas são mais rápidas ao custo de perder parte do sabor.

Todos esses brotos que já utilizamos, ainda conservarão alguns tricomas internos. Podem ser aproveitados ​​para fumar, embora os efeitos sejam muito suaves. Também para fazer leite canábico, manteiga, óleo e, em geral, qualquer receita em que restos de maconha possam ser utilizados.

Fonte: La Marihuana

Jota 3 e BNegão legalizam a informação em clipe de Flores e Ervas

Jota 3 e BNegão legalizam a informação em clipe de Flores e Ervas

Em um momento onde os debates são evitados no Brasil, Jota 3 e BNegão usam a internet como palanque e a música como microfone para discutir a legalização da maconha. Com muito verde e muitas flores, o clipe de “Flores e Ervas” vem em um momento importante, onde a conscientização sobre as qualidades da cannabis precisa chegar até as pessoas, e não existe melhor jeito de fazê-la se não pela música.  “Enquanto a vizinhança fala mal/ Eu planto várias flores e ervas no meu quintal/ O alimento pra alma com poder medicinal/ Perfuma o ambiente e tem o efeito natural”.

“Flores e Ervas” está presente no quarto disco de Jota 3 intitulado “Amplificado por Digitaldubs“, que fora lançado em 2016. A ideia para o videoclipe veio em 2017, em um encontro entre Jota e BNegão. E um encontro como este, tal como seda e erva, só poderia resultar em um videoclipe esteticamente bonito, por causa das locações utilizadas para a filmagem, e altamente chapante, cheio de fumaça e flores de cannabis.

Um videoclipe como este só tem a acrescentar na questão da legalização da maconha. No Brasil, onde as drogas são sempre relacionadas com violência e miséria pela grande imprensa, mostrar que a maconha é tão natural quanto uma flor de margarida faz com que a percepção das pessoas a respeito do tema mude. Não há arma de fogo, nem gente sofrendo no videoclipe. Mas sim, a presença de Jah do início ao fim, se manifestando no céu, no rio, na música e no baseado.

Ficha Técnica do clipe “Flores e Ervas”:

  • Direção: Esquema Geral
  • Direção de Fotografia: Neon Maia
  • Drone: DgFilmes77
  • Câmera adicional: Cristiano Pena
  • Assistência de fotografia e still: Gustavo Benite
  • Edição e Cor: FreshMindCo
  • Produção: Muzamba
  • Produção: Roberta Mello

Participações:

  • Jeru Banto
  • MPC
  • Marcello Hadji
  • Diego Brandon

Ficha Técnica da faixa:

  • Faixa: Flores e Ervas
  • Letra e vozes: Jota 3, BNegão
  • Produção musical: Digitaldubs
  • Programação: Marcus MPC
  • Guitarra: Miguel Adwa Dubs
  • Percussão: Joás Santos
  • Trompete: Pedro Selector
  • Trombone: Marlon Sette
  • Mix: Marcus MPC
  • Master: Felipe Gama

Letra:

Jardineiros…

Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores

Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores

Enquanto a vizinhança fala mal
Eu planto várias flores e ervas no meu quintal
O alimento pra alma com poder medicinal
Perfuma o ambiente e tem o efeito natural

Agradeço pela vida que surge do nosso chão
A semente que germina traz a cura da nação
A ciência já provou, mas o sistema quer lucrar
Sintonizo a frequência do criador pra me elevar

Vários usam formas artificiais
Esquecem como viviam os nossos ancestrais
Abusam da terra, contaminam e concentram demais
Por isso plante com amor e colha a paz

Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores

Jardineiros…

Quem receitou as mentiras que trazem pro nosso povo o medo e desamor?
Quem aceitou as manobras que sustentam e viabilizam todo esse terror?
O poder da Terra sempre da Terra será, Gaia
O grave conduz a onda na hora de chacoalhar
Chacoalha treme terra
Traz a paz pra essa guerra, Gaia
Expande os horizontes das mentes pra nova era, Gaia
Gaia, Gaia
Princípio ativo original
Vida que poliniza polemiza poliniza polemiza
Etecetera e tal
Navegantes do universo na viagem sem final
Jardineiros libertários da cultura ancestral

Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores

Por Francisco Mateus

 

“Legalize Já! Amizade nunca morre” a origem do Planet Hemp em filme

“Legalize Já! Amizade nunca morre” a origem do Planet Hemp em filme

Estreia hoje o filme que conta a origem da banda Planet Hemp. O longa-metragem relata um pouco de como tudo começou desde o encontro entre Marcelo D2 e Skunk. A história se passa nos anos 90, quando a repressão e a violência policial eram marcas registradas.

O filme mostra os bastidores dos membros da banda e como o amor pela música abriu um novo caminho e criou uma união, além de também mostrar a realidade que vivenciavam. Skunk enfrentava a AIDS em um tempo onde os tratamentos eram limitados e vivia em um estúdio onde vendia fitas cassete para se sustentar. Enquanto D2, que era camelô nas ruas do Rio e produzia composições sobre a realidade, enfrenta junto com sua namorada uma gravidez inesperada. Com pouco dinheiro e sofrendo a pressão do pai para sair de casa, Marcelo se esbarra com Skunk e vê que no talento do amigo existe a fórmula para revolucionar o cenário musical nacional.

Tratos à Bola: jornalismo e maconha em livro

Tratos à Bola: jornalismo e maconha em livro

Dar tratos à bola e levantar fumaça. Estar no meio é jornalístico é ter que se contentar com duas realidades opostas convivendo em um status quo difícil de se quebrar. Pode ser que nas redações dos jornais o uso e a visão liberal da maconha sejam algo normal entre os jornalistas, mas a posição sobre a erva quando abordada em matérias nos jornais impressos e portais de notícias acabam pendendo para uma linha conservadora.

Existe a influência da linha editorial dos jornais em cima das matérias produzidas pelos jornalistas, mas há também aquela velha história de separar o “pessoal do profissional”. Na faculdade de jornalismo muito se fala sobre “imparcialidade”. Mas convenhamos, não há nada mais broxante do que a “imparcialidade”, essa posição passiva que, ao tentar dar espaço para duas realidades acerca de um tema, no fim apenas contribui para a estagnação de um assunto que precisa sim ser discutido com o público.

Durante meus anos na faculdade de jornalismo, foram poucas as matérias sobre maconha que li que pendiam para o lado dos usuários, de forma a explicar porque essas pessoas gostam de ficar chapadas e porque elas não podem ser colocadas na mesma caixa dos dependentes de álcool e drogas pesadas. A violência do tráfico, as mega apreensões, as operações policiais e o crescente problema de saúde pública são temas recorrentes nos noticiários, e que acabam por reforçar muitos estereótipos acerca dos usuários de drogas.

Certa noite, revoltado com toda essa passividade jornalística, fui fumar um baseado e ouvir um disco do Erasmo Carlos. Desde o meu primeiro ano de faculdade eu havia decidido que meu trabalho de conclusão de curso seria um livro, mas poucas semanas antes de iniciar o tcc eu ainda não tinha tema. E foi ao soltar fumaça para o ar que me veio a ideia do tema: a maconha pelos usuários.

Foi nessa época, no primeiro semestre de 2017, que comecei a colaborar com o DaBoa Brasil escrevendo ensaios e contos canábicos. Escrever para um blog especializado em maconha foi importante para o enriquecimento da minha bagagem sobre o assunto e também para conhecer pessoas que no fim viriam a colaborar com o livro, como a Margaret Britto e também o Francesco Ribeiro da Revista Maconha.

Decidi que iria escrever um livro que não só desconstruísse a cultura e a forma de pensar dos usuários, mas que também fizesse um recorte sobre a realidade atual dos maconheiros brasileiros. E para escrever essa reportagem, eu iria utilizar o jornalismo gonzo do Hunter Thompson (famoso pelo livro Medo e Delírio em Las Vegas, que foi adaptado para o cinema e teve Johnny Depp no papel principal), vertente do jornalismo em que o repórter assume uma posição parcial e mergulha de cabeça na pauta, a ponto de, por causa do uso de drogas, mesclar a realidade com delírios lisérgicos.

Foram seis longos meses de trabalho, várias madrugadas de pesquisa e muitas horas dedicadas à escrita. A trama do livro Tratos à Bola, escrito em primeira pessoa, se passa entre Curitiba e o Rio de Janeiro, para assim mostrar o contraste no uso da maconha que há entre as cidades. A obra é dividida em cinco capítulos: Aperta, Acende, Puxa, Prende e Passa. Por mais que o foco central seja o uso recreativo e o cultivo de maconha, a questão cultural, antropológica, medicinal, econômica e jurídica ganha um forte enfoque.

O livro Tratos à Bola foi finalizado em novembro de 2017, mas muitas questões foram deixadas de lado e alguns assuntos foram abordados sem muita profundidade por conta do tempo limitado de produção da obra, já que se tratava de um trabalho acadêmico. Mas o objetivo do livro, de assumir o papel de jornalista maconheiro para falar sobre maconha e seus usos na forma mais aberta possível foi atingido. Tanto é que em maio de 2018 a obra ganhou o segundo lugar no 22º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense na categoria livro-reportagem.

Mas pedra que não rola, cria limo. Por isso, a fim de divulgar o livro enquanto ele não é editado por uma editora, foram impressos 100 exemplares que já estão se esgotando, mas que ainda podem ser comprados por encomenda.

Texto: Francisco Mateus
Foto: Annelize Tozetto

Pot In Rio 6: Vem aí o maior evento da cultura canábica do país

Pot In Rio 6: Vem aí o maior evento da cultura canábica do país

Depois da espetacular edição em 2017 que contou com mais de 5 mil pessoas, a cidade maravilhosa vai abrir os braços novamente para receber a 6ª edição do Pot In Rio, o maior e mais tradicional evento da cultura canábica do Brasil.

Devido a grande demanda de público na quinta edição, esse ano serão dois dias de muita fumaça, feiras, palestras, música e tudo que envolve o extenso mundo da maconha. Se você já compareceu em alguma edição do evento, sabe que não pode sequelar e não vai perder essa por nada.

O Pot In Rio acontecerá nos dias 7 e 8 de julho, ao lado do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. A entrada é gratuita, mas é sujeita a lotação, então chegue cedo e aproveite o máximo dessa experiência que nos dá um gostinho de como é viver em um país legalizado e sem hipocrisia.

Para mais informações acesse a página e o evento no facebook ou no instagram.

 

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