“Legalize Já! Amizade nunca morre” a origem do Planet Hemp em filme

“Legalize Já! Amizade nunca morre” a origem do Planet Hemp em filme

Estreia hoje o filme que conta a origem da banda Planet Hemp. O longa-metragem relata um pouco de como tudo começou desde o encontro entre Marcelo D2 e Skunk. A história se passa nos anos 90, quando a repressão e a violência policial eram marcas registradas.

O filme mostra os bastidores dos membros da banda e como o amor pela música abriu um novo caminho e criou uma união, além de também mostrar a realidade que vivenciavam. Skunk enfrentava a AIDS em um tempo onde os tratamentos eram limitados e vivia em um estúdio onde vendia fitas cassete para se sustentar. Enquanto D2, que era camelô nas ruas do Rio e produzia composições sobre a realidade, enfrenta junto com sua namorada uma gravidez inesperada. Com pouco dinheiro e sofrendo a pressão do pai para sair de casa, Marcelo se esbarra com Skunk e vê que no talento do amigo existe a fórmula para revolucionar o cenário musical nacional.

Tratos à Bola: jornalismo e maconha em livro

Tratos à Bola: jornalismo e maconha em livro

Dar tratos à bola e levantar fumaça. Estar no meio é jornalístico é ter que se contentar com duas realidades opostas convivendo em um status quo difícil de se quebrar. Pode ser que nas redações dos jornais o uso e a visão liberal da maconha sejam algo normal entre os jornalistas, mas a posição sobre a erva quando abordada em matérias nos jornais impressos e portais de notícias acabam pendendo para uma linha conservadora.

Existe a influência da linha editorial dos jornais em cima das matérias produzidas pelos jornalistas, mas há também aquela velha história de separar o “pessoal do profissional”. Na faculdade de jornalismo muito se fala sobre “imparcialidade”. Mas convenhamos, não há nada mais broxante do que a “imparcialidade”, essa posição passiva que, ao tentar dar espaço para duas realidades acerca de um tema, no fim apenas contribui para a estagnação de um assunto que precisa sim ser discutido com o público.

Durante meus anos na faculdade de jornalismo, foram poucas as matérias sobre maconha que li que pendiam para o lado dos usuários, de forma a explicar porque essas pessoas gostam de ficar chapadas e porque elas não podem ser colocadas na mesma caixa dos dependentes de álcool e drogas pesadas. A violência do tráfico, as mega apreensões, as operações policiais e o crescente problema de saúde pública são temas recorrentes nos noticiários, e que acabam por reforçar muitos estereótipos acerca dos usuários de drogas.

Certa noite, revoltado com toda essa passividade jornalística, fui fumar um baseado e ouvir um disco do Erasmo Carlos. Desde o meu primeiro ano de faculdade eu havia decidido que meu trabalho de conclusão de curso seria um livro, mas poucas semanas antes de iniciar o tcc eu ainda não tinha tema. E foi ao soltar fumaça para o ar que me veio a ideia do tema: a maconha pelos usuários.

Foi nessa época, no primeiro semestre de 2017, que comecei a colaborar com o DaBoa Brasil escrevendo ensaios e contos canábicos. Escrever para um blog especializado em maconha foi importante para o enriquecimento da minha bagagem sobre o assunto e também para conhecer pessoas que no fim viriam a colaborar com o livro, como a Margaret Britto e também o Francesco Ribeiro da Revista Maconha.

Decidi que iria escrever um livro que não só desconstruísse a cultura e a forma de pensar dos usuários, mas que também fizesse um recorte sobre a realidade atual dos maconheiros brasileiros. E para escrever essa reportagem, eu iria utilizar o jornalismo gonzo do Hunter Thompson (famoso pelo livro Medo e Delírio em Las Vegas, que foi adaptado para o cinema e teve Johnny Depp no papel principal), vertente do jornalismo em que o repórter assume uma posição parcial e mergulha de cabeça na pauta, a ponto de, por causa do uso de drogas, mesclar a realidade com delírios lisérgicos.

Foram seis longos meses de trabalho, várias madrugadas de pesquisa e muitas horas dedicadas à escrita. A trama do livro Tratos à Bola, escrito em primeira pessoa, se passa entre Curitiba e o Rio de Janeiro, para assim mostrar o contraste no uso da maconha que há entre as cidades. A obra é dividida em cinco capítulos: Aperta, Acende, Puxa, Prende e Passa. Por mais que o foco central seja o uso recreativo e o cultivo de maconha, a questão cultural, antropológica, medicinal, econômica e jurídica ganha um forte enfoque.

O livro Tratos à Bola foi finalizado em novembro de 2017, mas muitas questões foram deixadas de lado e alguns assuntos foram abordados sem muita profundidade por conta do tempo limitado de produção da obra, já que se tratava de um trabalho acadêmico. Mas o objetivo do livro, de assumir o papel de jornalista maconheiro para falar sobre maconha e seus usos na forma mais aberta possível foi atingido. Tanto é que em maio de 2018 a obra ganhou o segundo lugar no 22º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense na categoria livro-reportagem.

Mas pedra que não rola, cria limo. Por isso, a fim de divulgar o livro enquanto ele não é editado por uma editora, foram impressos 100 exemplares que já estão se esgotando, mas que ainda podem ser comprados por encomenda.

Texto: Francisco Mateus
Foto: Annelize Tozetto

Pot In Rio 6: Vem aí o maior evento da cultura canábica do país

Pot In Rio 6: Vem aí o maior evento da cultura canábica do país

Depois da espetacular edição em 2017 que contou com mais de 5 mil pessoas, a cidade maravilhosa vai abrir os braços novamente para receber a 6ª edição do Pot In Rio, o maior e mais tradicional evento da cultura canábica do Brasil.

Devido a grande demanda de público na quinta edição, esse ano serão dois dias de muita fumaça, feiras, palestras, música e tudo que envolve o extenso mundo da maconha. Se você já compareceu em alguma edição do evento, sabe que não pode sequelar e não vai perder essa por nada.

O Pot In Rio acontecerá nos dias 7 e 8 de julho, ao lado do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. A entrada é gratuita, mas é sujeita a lotação, então chegue cedo e aproveite o máximo dessa experiência que nos dá um gostinho de como é viver em um país legalizado e sem hipocrisia.

Para mais informações acesse a página e o evento no facebook ou no instagram.

 

As 7 variedades de maconha mais influentes da história

As 7 variedades de maconha mais influentes da história

Existem variedades que passaram para a história moderna da maconha, deixamos aqui sete delas que todos já ouviram falar.

Skunk: esta é a variedade mais influente e que mudou a história da maconha. Desde sua aparição nos anos 70, a Skunk sempre foi um exemplo de variedade fácil de cultivar e resistente em qualquer ambiente. Desenvolvido nos EUA por Sam “the Skunkman” a partir de duas sativas do México e da Colômbia e uma indica afegã, foi na Holanda, onde ele alcançou seus maiores sucessos. Quase todos os bancos de sementes da década de 1980 a usaram para melhorar sua própria genética. Sem a Skunk, não haveria grandes lendas como Jack Herer, Big Bud, Chesse, Critical Mass, Orange Bud, Amnesia, Somango… Sua marca registrada é o seu forte aroma, o nome não é em vão já que skunk é gambá em inglês. É também uma variedade de grande potência, muito produtiva e ótimo sabor.

Haze: a sativa por excelência seguiu um caminho paralelo a Skunk. Inicialmente desenvolvida pela Haze Brithers nos anos 60 na Califórnia, foi Sam Skunkman nos anos 70 que finalmente a estabilizou e a tornou famosa. Mais tarde, foi na Holanda, onde se tornou um mito. Trata-se de um híbrido de algumas das melhores sativas do mundo originárias do México, Colômbia, Sul da Índia e Tailândia. Após a Skunk, é a outra variedade mais influente, usada para a criação de híbridos deslumbrantes como Silver Haze, Jack Herer, Super Silver Haze, NL#5xHaze, Brainstorm, Neville Haze, Cannalope Haze… A Haze e híbridos Haze compartilham um sabor e aroma de incenso, além de poderosos efeitos psicoativos. Leva mais de 3 meses de floração e tem um crescimento enorme.

Northern Lights: esta indica afegã é possivelmente a variedade indica mais influente. Resinosa, fácil de cultivar, resistente a baixas temperaturas, de tamanho compacto, ótimo sabor, muito potente, excelente rendimento, odores discretos… Simplesmente uma joia. Desenvolvida em algum lugar na costa oeste dos Estados Unidos, foi o breeder Nevil Schoemakers que a levou para a Holanda e começou trabalhar no seu banco de sementes The Seed Bank, até que ela mais tarde foi para a coleção de genética Sensi Seeds quando ela comprou tanto o banco de sementes como todas as suas genéticas. Sem a NL, não haveria variedades como Jack Herer, Big Bud, Black Domina, Shiva Skunk, Silver Haze ou NYC Diesel. Os amantes das extrações de resina, sempre a tiveram como uma ótima referência.

Blueberry: tem um sabor distinto com aroma de amoras e mirtilo é um híbrido indica/sativa desenvolvido por DJ Short no final dos anos 70 e início dos anos 80. Por um lado uma poderosa Purple Thai sativa. E por outro, uma super resinosa indica afegã. É uma variedade espetacular, uma das mais saborosas já criadas. Além de seu sabor que em maior parte herdaram todos os novos híbridos criados a partir dela, também destaca a cor azulada/roxa de seus buds. É também a peça fundamental da “família blue” uma série de híbridos desenvolvidos pela Dutch Passion como Flo, Bluemoonshine ou Blue Velvet. Outras grandes variedades que não seriam concebidas sem a Blueberry são centenas. Para destacar algumas, temos Vanilluna, Strawberry Ice, Spacetooth, Skywalker, Kushberry ou Fruit Juice.

OG Kush: é a variedade mais influente nos Estados Unidos, além da mais exigida nos dispensários de maconha medicinal. É uma variedade que combina uma madre Chemdawg e um híbrido Lemon Thai x Hindu Kush paquistanês. É uma planta super resinosa, com efeitos relaxantes, mas também com uma clara influência sativa. Tem um sabor cítrico com toques de combustível herdados da mãe Chemdawg. A OG Kush levou a grandes híbridos, como Lemon OG Kush, Cookies Girl Scout, Banana Fat, Devil Kush, Critical Kush, Bruce Banner ou SFV OG Kush, entre muitos outros.

AK47: é uma das variedades holandesas mais famosas e uma das naus da Serious Seeds. Embora não tenha sido desenvolvida neste banco, mas em um anterior chamado Cerebral Seeds, um banco fundado por Simon, Tony e Adam. No curto período que permaneceu aberto, a AK47 obteve em 1994 um primeiro prêmio no High Times. Após o fechamento, Simon fundou a Serious Seeds, Tony fundou a Sagarmatha Seeds e Tony fundou a T.H.Seeds. Já na Serious, ganharia mais prêmios nos High Times de 1996, 1999, 2003 e 2011. AK47 é um polihíbrido de sativas da Colômbia, México e Tailândia, e uma indica do Afeganistão. Tem uma clara dominância sativa, ótimo sabor e enorme potência. Existem muitas variedades desenvolvidas a partir desta grande genética.

White Widow: o clássico holandês por excelência, com o passar dos anos cresceu o mistério em torno da sua criação. Foi o banco Greenhouse Seeds quem a revelou em meados dos anos 90. Sua autoria é disputada por Shantibaba, agora breeder principal da Mr Nice Seedsbank, e Ingemar, fundador da De Sjaaman depois de passar pela Greenhouse. O que se sabe é que é um híbrido de uma sativa brasileira e uma indica do norte da Índia. Destaca a grande produção de buds, completamente brancos pela quantidade de resina que eles acumulam. Ela é a mãe da família White, uma série de híbridos desenvolvidos na Greenhouse como El Niño, Grear White Shark e White Rhino. Existem centenas de cruzamentos que hoje oferecem muitos bancos com genética White Widow.

Fonte: La Marihuana

Dab, o que é e como é usado?

Dab, o que é e como é usado?

Dabbing pode ser definido como a arte de fumar dab. Dab, como é traduzido do inglês, significa “um pouquinho” ou “pitada”. E é precisamente uma quantidade que é necessária para alcançar os efeitos mais poderosos. Para entender melhor o que é dab, vamos analisar os diferentes tipos de concentrados de maconha:

Shatter: é um concentrado que geralmente possui uma porcentagem elevada de THC. Trata-se de uma substância dura como o vidro, semelhante ao âmbar. No conteúdo de THC varia geralmente entre 70% e 90%.

Wax: ou cera, tem uma textura muito mais suave do que o shatter, como uma plastilina. Em média, a quantidade de THC varia entre 50% e 80%.

Sugar Wax: tem uma consistência mais sólida do que o wax ou cera. Quando é manuseado desmorona e tende a permanecer com uma textura semelhante ao açúcar. Tem um sabor e perfil de terpenos melhores, enquanto a sua quantidade média de THC varia de 60% a 90%.

Crumble: traduzido do inglês como “desmoronar”. Quando manipulado facilmente se desmorona em pequenos pedaços e até mesmo pó em alguns casos. É produzido adicionando diferentes quantidades de vácuo e temperatura durante o processo de extração. A quantidade de THC varia entre 60% e 80%.

Budder: sua consistência é pegajosa, semelhante à manteiga. Tem um sabor e perfil de terpeno elevado. A quantidade de THC varia de 50 a 70%.

Live Resin: ou resina viva, é feita extraindo buds frescos de maconha, sem processo de cura. Tem uma quantidade muito elevada de terpenos. A concentração de THC varia entre 80 a 90%, podendo ainda ser maior em alguns casos.

CO2 Sap: é produzido como a Live Resin. Em média, tem um conteúdo de THC entre 50% e 60%.

The Pure: é uma das extrações com maior concentração de THC, normalmente superior a 95%. É um líquido claro que geralmente é infundido com frutas como maçãs ou uvas, ou adiciona terpenos de limão para dar melhor sabor.

Rosin: é um tipo de extração que é feita aplicando calor aos buds. Estes são pressionados com placas quentes, o que produz a secreção da resina. Tem uma quantidade de THC de aproximadamente 60%.

SISTEMAS PARA EXTRAIR CONCENTRADOS

PHO: é uma extração em que o gás propano é usado.

BHO: é uma extração em que o gás butano é usado. É um dos métodos mais comuns.

CO2: é uma extração isenta de solventes. Eles são possivelmente os concentrados mais saudáveis, embora muitos consumidores afirmem que prejudica o sabor.

HEAT: é a técnica utilizada para o Rosin.

A HORA DO DAB

Chegada hora do dab, lembre-se que você só precisa de uma pitada. Dos diferentes dispositivos para consumir dab, podemos destacar alguns vaporizadores, rigs (semelhante ao bong) ou pipes para dab.

Vaporizadores são os mais simples, pois é só apertar um botão. Sem dúvida, eles são o equipamento mais fácil e rápido, eles podem ser carregados confortavelmente em qualquer bolso e usados ​​em qualquer lugar.

Os pipes e rigs, por outro lado, exigem um maçarico para aquecer onde a extração será posteriormente depositada. Para isso, é necessário levar esses materiais e produz um vapor espesso e de grande sabor.

Fonte: La Marihuana

Ayurveda e a planta de maconha: Milhares de anos juntos

Ayurveda e a planta de maconha: Milhares de anos juntos

Ayurveda é um antigo sistema medicinal originário da Índia. A maconha tem sido utilizada há milhares de anos e tem seu lugar na medicina ayurvédica que se baseia na conexão entre corpo e mente. A cura depende do equilíbrio dentro do corpo.

O sistema ayurvédico classifica o corpo de cada pessoa em três doshas (constituições) e fornece informações sobre o tipo de estilo de vida e dieta que corresponde ao seu tipo de corpo. Portanto, a relação da pessoa com alimentos e medicinas vegetais é muito importante e, claro, a maconha está incluída neste sistema medicinal. No ayurveda tudo tem um potencial de cura, incluindo a maconha, mas não o seu excesso.

Na Índia antiga, a maconha foi usada especialmente por seus benefícios para combater a dor e é uma das cinco plantas que combate a ansiedade, também ajuda a interagir com outras pessoas, além de combater a depressão.

O Ayurveda centra sua atenção nos vários elementos que causam desequilíbrios no corpo como água e o calor. De acordo com o Ayurveda, o aquecimento (ushna), a secagem (ruksha) e o adstringente (kshaya) são qualidades inerentes da planta de cannabis, que também é definida pela sua capacidade de penetrar no tecido corporal. Portanto, o sistema endocanabinoide faz sentido com as antigas definições do ayurveda.

O calor da maconha pode ajudar com a digestão, a ansiedade e o relaxamento muscular, enquanto suas qualidades secas e adstringentes podem beneficiar diabetes, glaucoma ou inchaço. Também descreve a maconha por ter outras qualidades não tão ideais como a embriaguez ou a percepção distorcida (moham).

A quantidade das doses de consumo de maconha é a diferença entre medicina e veneno, o uso incorreto causaria alucinações, letargia, rajas, hiperatividade ou consciência elevada.

O ayurveda sugere combinar a maconha com outras plantas contrabalançando e, assim, equilibrando seus efeitos, a cannabis fornece calor e uma planta com características de refrigeração, como cominho, rosas, erva-doce ou coentro. Também no ayurveda se pensa que os lácteos equilibram os efeitos negativos da planta, como efeitos mentais agressivos ou muita paranoia. É por isso, e essencialmente, a ideia por trás do ayurveda é alcançar o equilíbrio.

Cada alimento, planta e pessoa têm suas próprias propriedades e é necessário manter o equilíbrio. Ajudar a estimular e alimentar o sistema endocanabinoide tem de ser feito de forma adequada e cuidadosa para manter o corpo estável.

Fonte: Jane Street

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