Quem acompanha diariamente nosso ativismo sabe que, desde 2015, o DaBoa Brasil vem legalizando a informação e plantando a consciência de forma totalmente independente. Prezando sempre por informações que acrescentem o conhecimento e fortaleçam o debate de legalização com a devida seriedade que o tema merece.
Depois desses 4 anos, decidimos reunir toda nossa luta e propósito em forma de evento, para, além de comemorar nosso aniversário, termos mais conexão e união com aqueles que desejam fazer a diferença nesse cenário de proibição. Tendo isso em mente, escolhemos a maior metrópole da América do Sul para ser palco da primeira edição do Encontro DaBoa.
Em conexão com o Encontro DaBoa acontecerá o festival Jahmaica Luv, que tem como objetivo potencializar a cultura da música reggae e viajar entre suas vertentes, sendo amplificado pelos mais de 10.000w de potência das 10 caixas e 5 vias do sistema de som do residente Muc Sound. Além disso, ocorrerão apresentações de Dancehall, toque Nyabinghi e ainda mais atrações de peso, como David Hubbard & QG Imperial, entre outros.
Sabemos que os tempos estão difíceis! Várias irmãs e irmãos, inclusive os de quatro patas, precisam de toda ajuda possível. Por isso, faremos um evento totalmente beneficente. A entrada será um sorriso sincero e 1Kg de alimento, ou 1 agasalho, ou 1kg de ração para cães ou gatos. Assim que chegar e fizer a sua contribuição, ganhará uma senha para concorrer aos sorteios que ocorrerão no final do encontro.
Então salve a data e venha comemorar com a gente! A família DaBoa te espera no domingo, dia 24/11, a partir das 11 horas, na Casa de Cultura Vila Guilherme, Praça Oscar da Silva – 110, Zona Norte de São Paulo. Para confirmar sua presença e ter mais informações sobre o Encontro DaBoa, clique aqui. Para confirmar sua presença e ter mais informações sobre o festival Jahmaica Luv, clique aqui.
Damos graças a todos que nos apoiam e nos ajudam a manter o foco na luta. Que venham muitos outros ciclos!
Embora a maconha ainda seja ilegal na maioria dos países do mundo, a tendência está mudando gradualmente. E mesmo sendo uma substância ilegal, é e tem sido a substância mais consumida no mundo desde praticamente o início da civilização. Tem sido usada desde a medicina tradicional, como em rituais religiosos. E também como fonte de inspiração. Ao longo da história, podemos encontrar escritores, pintores, compositores, músicos ou atores que a consumiram. E talvez suas obras e influência não fossem as mesmas se não fosse à cannabis.
A maconha e a música, por exemplo, se uniram praticamente no século XX. Com o boom do jazz, sua paixão e gritos pela liberdade, nos levam para Nova York ou Chicago, onde milhares de afro-americanos chegam das regiões do sul, que também popularizariam a maconha. Eles já tinham o hábito de fumar, introduzido em 1910 por mexicanos que fugiam da revolução.
Grandes músicos como Louis Armstrong, Hoagy Carmichael ou Milton Mezzrow (mais famoso por passar a melhor maconha em Chicago do que por suas virtudes musicais) confessavam que a maconha os ajudava com que inspiração fluísse e, com ela, o jazz. Alguns deles tinham problemas com a justiça como o próprio Armstrong, uma das figuras mais carismáticas e inovadoras da história do jazz e condenado a cinco anos por consumo. Felizmente, ele não cumpriu sua sentença.
A maconha finalmente acabaria ligada à música para sempre. Centenas de músicas falaram sobre ela. Nos anos 60, alcançou fama mundial, principalmente devido ao movimento hippie e, em menor grau, a músicos como Willie Nelson e outros gêneros musicais. O famoso jornalista de rock, o norte-americano Al Aronowitz, também se tornaria famoso por iniciar Bob Dylan e o cantor francês Serge Gainsbourg na maconha. Na música de Dylan “Rainy Day Women # 12 & 35“, você pode ouvir o coro gritado por Dylan “todo mundo deve ficar chapado!”.
Foi precisamente Al Aronowitz quem apresentaria os Beatles a Dylan. E foi precisamente Dylan quem apresentou o primeiro baseado ao quarteto de Liverpool, especificamente em 28 de agosto de 1964, em Nova York. Segundo a história, John Lennon recebeu um baseado de Dylan. Mas preferiu não provar porque não conhecia seus efeitos. Foi Ringo Starr quem se animou e, finalmente todos, uma vez convencidos de que não era tão ruim, acabaram fumando. E desde então palavras como high, grass ou smoke eram ouvidas com frequência em suas músicas, como a famosa Get Back (Jo Jo deixou sua casa em Tucson, Arizona, por um pouco de maconha da Califórnia).
John e Paul McCartney tiveram sérios problemas com a justiça por causa da erva. John foi negado por anos nos Estados Unidos por porte de haxixe, e Paul teve um momento particularmente ruim em 1980, quando no aeroporto de Tóquio foi preso com 219 gramas de maconha na mala. Ele foi imediatamente detido e preso. Depois de passar 9 dias em uma cela de 2x2m, seus advogados finalmente conseguiram que o deportassem, em vez de cumprir 8 anos.
Mas, sem dúvida, a maior influência da maconha na música é encontrada na caribenha Jamaica e no reggae. A cannabis chegou a este país em meados do século XIX proveniente da Índia. Foram os catadores de açúcar que a introduziram. Soul, blues e rhythm&blues de origem para o ska, que seriam as raízes do reggae, uma maneira de musicalizar as mensagens dos rastafaris e exigir a união de todos os africanos e seu poder. Bob Marley foi seu maior expoente com canções como “African herbsman” ou “Redder than red“, o que o tornou em um embaixador desse gênero e da maconha mundial.
O cantor de 86 anos Willie Nelson, um dos maiores ícones da maconha, disse durante o Tonight Show de Jimmy Fallon que ele desempenha um papel vital na empresa: é o chefe dos provadores.
Como disse a Jimmy Fallon durante a entrevista: “Sou o chefe dos degustadores… Nunca deixei passar uma que me desagradou”.
Nelson tem sua própria empresa canábica conhecida como Willie’s Reserve, que produz cannabis, é claro, mas também produtos derivados da planta, como café.
O cantor falou com Fallon sobre muitos assuntos.
“Eu costumava fumar dois ou três maços de tabaco por dia e bebia tudo o que se podia beber. Tive pneumonia quatro ou cinco vezes, meus pulmões entraram em colapso, quase morri”, disse na entrevista. “Eu disse a mim mesmo: um momento. Não estou chapando com esses Chesterfields. Então joguei fora os cigarros, juntei 20 baseados e lá fiquei. Desde então, não provei um cigarro”.
Nelson promoveu seu último álbum e cantou uma música dele. Esta é uma versão de “My Favorite Picture of You”, de Guy Clark.
Será inaugurado em Hollywood o primeiro Museu da Maconha dos EUA. Será um espaço com 2.700 metros quadrados e busca acabar com o estigma da planta.
A partir do mês de agosto, Hollywood terá um novo museu que não focará na sétima arte ou nas estrelas de cinema. Será um espaço dedicado à maconha. O projeto é patrocinado pela empresa Weedmaps, sediada na Califórnia e especializada em tecnologia com cannabis e na promoção da planta.
De acordo com os planos, o Museu da Maconha terá um espaço de quase 2.800 metros quadrados. A intenção é oferecer a seus visitantes uma jornada cronológica através da história da cannabis desde seus primeiros usos até os dias atuais e mostrando os esforços por sua legalização. E também poderá se aventurar em aspectos da falida guerra às drogas que nos acompanha por décadas.
“Os visitantes do Weedmaps Museum of Weed vão experimentar uma exploração precisa e sem filtros do mundo canábico ao longo da história”. “O museu combinará todos os elementos de imersão que espera encontrar nos melhores museus do mundo em várias categorias, incluindo cultura, artes plásticas e história natural. Haverá também muitas instalações artísticas para aqueles que querem compartilhar momentos socialmente significativos”, disse Chris Beals, CEO da Weedmaps.
Como citou a empresa Weedmaps, a iniciativa busca minar o estigma de maconha entre os cidadãos. O museu abrirá a partir do mês de agosto e o acesso será para pessoas com mais de dezoito anos ao custo de trinta e cinco dólares.
Esse não é o primeiro museu da maconha no mundo, mas é o primeiro com essas características que será inaugurado na Califórnia. Neste estado, a cannabis para uso recreativo foi legalizada em 2017.
O Weedmaps Museum of Weed abrirá oficialmente com uma recepção exclusiva no dia 1 de agosto, seguida de uma grande inauguração no dia 3 de agosto. Estará aberto por tempo limitado, o Weedmaps Museum of Weed fechará em 29 de setembro de 2019.
Há alguns anos começamos a ouvir sobre Rosin, e cada vez mais essa técnica de extração têm mais seguidores. Mesmo parecendo óbvio, que os tricomas de um bud quando são aquecidos amolecem e “derretem”, demorou a pensar em fazer o que temos hoje, que pode ser a extração mais simples, rápida e pura, como citamos, relativamente recentemente.
O Rosin deve o seu nome à “colofônia”, uma resina natural que é obtida a partir de certas coníferas por exsudação. É amplamente utilizada na produção de tintas, corantes, colas, vernizes, até gomas de mascar e bebidas. É feito aquecendo a resina líquida e fresca, para que os terpenos mais voláteis evaporem através do processo de exsudação.
Tudo isso traduz e simplifica, em que se nós pressionamos um bud e aplicamos uma alta temperatura, os tricomas separarão da matéria vegetal. Durante o processo, os terpenos mais voláteis também evaporam, mas os menos voláteis permanecem, além dos canabinoides. O resultado é uma resina âmbar muito semelhante ao BHO.
Ao contrário do BHO, é muito mais rápido, pois em questão de segundos obteremos uma extração pronta para consumo. O BHO é primeiro aquecido em um banho-maria e depois purgado para remover qualquer gás restante necessário para sua extração. E, além disso, o Rosin é muito mais seguro, pois não trabalha com qualquer material inflamável, apenas com calor. E se compararmos com outras extrações, como haxixe seco ou Ice-o-Lator, também é muito mais rápido.
Em pequena escala, qualquer pessoa sua casa pode tentar fazer rosin e ficará impressionada com a facilidade. Só precisamos de três coisas que normalmente temos em casa, ou que são muito fáceis de obter. Obviamente, a cannabis é a coisa mais importante, prancha de cabelo (chapinha), e papel de forno antiaderente.
Primeiro devemos fazer pequenas porções de buds de aproximadamente 1 cm. Depois cortamos o papel do forno em pequenos pedaços de cerca de 8x16cm, que então temos que dobrar no meio. Em um pedaço de papel, inserimos um bud, e com a chapa quente, pressionamos por aproximadamente cinco segundos.
Pequenas gotas de resina
Quando abrir o papel, verá pequenas gotas douradas de resina ao redor do bud esmagado pela pressão. Esta resina é fácil de pegar com uma pinça para armazená-la em um recipiente de silicone. Com cada botão podemos repetir a mesma operação várias vezes, logicamente cada vez a quantidade de resina que obtermos será menor.
Se a prancha tiver controle de temperatura, o adequado para essa técnica é entre 130 e 200º C. Temperaturas mais baixas produzem uma resina mais saborosa, pois menos terpenos evaporam. Embora mais passes sejam necessários para extrair toda a resina. Altas temperaturas são mais rápidas ao custo de perder parte do sabor.
Todos esses brotos que já utilizamos, ainda conservarão alguns tricomas internos. Podem ser aproveitados para fumar, embora os efeitos sejam muito suaves. Também para fazer leite canábico, manteiga, óleo e, em geral, qualquer receita em que restos de maconha possam ser utilizados.
Em um momento onde os debates são evitados no Brasil, Jota 3 e BNegão usam a internet como palanque e a música como microfone para discutir a legalização da maconha. Com muito verde e muitas flores, o clipe de “Flores e Ervas” vem em um momento importante, onde a conscientização sobre as qualidades da cannabis precisa chegar até as pessoas, e não existe melhor jeito de fazê-la se não pela música. “Enquanto a vizinhança fala mal/ Eu planto várias flores e ervas no meu quintal/ O alimento pra alma com poder medicinal/ Perfuma o ambiente e tem o efeito natural”.
“Flores e Ervas” está presente no quarto disco de Jota 3 intitulado “Amplificado por Digitaldubs“, que fora lançado em 2016. A ideia para o videoclipe veio em 2017, em um encontro entre Jota e BNegão. E um encontro como este, tal como seda e erva, só poderia resultar em um videoclipe esteticamente bonito, por causa das locações utilizadas para a filmagem, e altamente chapante, cheio de fumaça e flores de cannabis.
Um videoclipe como este só tem a acrescentar na questão da legalização da maconha. No Brasil, onde as drogas são sempre relacionadas com violência e miséria pela grande imprensa, mostrar que a maconha é tão natural quanto uma flor de margarida faz com que a percepção das pessoas a respeito do tema mude. Não há arma de fogo, nem gente sofrendo no videoclipe. Mas sim, a presença de Jah do início ao fim, se manifestando no céu, no rio, na música e no baseado.
Ficha Técnica do clipe “Flores e Ervas”:
Direção: Esquema Geral
Direção de Fotografia: Neon Maia
Drone: DgFilmes77
Câmera adicional: Cristiano Pena
Assistência de fotografia e still: Gustavo Benite
Edição e Cor: FreshMindCo
Produção: Muzamba
Produção: Roberta Mello
Participações:
Jeru Banto
MPC
Marcello Hadji
Diego Brandon
Ficha Técnica da faixa:
Faixa: Flores e Ervas
Letra e vozes: Jota 3, BNegão
Produção musical: Digitaldubs
Programação: Marcus MPC
Guitarra: Miguel Adwa Dubs
Percussão: Joás Santos
Trompete: Pedro Selector
Trombone: Marlon Sette
Mix: Marcus MPC
Master: Felipe Gama
Letra:
Jardineiros…
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Enquanto a vizinhança fala mal
Eu planto várias flores e ervas no meu quintal
O alimento pra alma com poder medicinal
Perfuma o ambiente e tem o efeito natural
Agradeço pela vida que surge do nosso chão
A semente que germina traz a cura da nação
A ciência já provou, mas o sistema quer lucrar
Sintonizo a frequência do criador pra me elevar
Vários usam formas artificiais
Esquecem como viviam os nossos ancestrais
Abusam da terra, contaminam e concentram demais
Por isso plante com amor e colha a paz
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Jardineiros…
Quem receitou as mentiras que trazem pro nosso povo o medo e desamor?
Quem aceitou as manobras que sustentam e viabilizam todo esse terror?
O poder da Terra sempre da Terra será, Gaia
O grave conduz a onda na hora de chacoalhar
Chacoalha treme terra
Traz a paz pra essa guerra, Gaia
Expande os horizontes das mentes pra nova era, Gaia
Gaia, Gaia
Princípio ativo original
Vida que poliniza polemiza poliniza polemiza
Etecetera e tal
Navegantes do universo na viagem sem final
Jardineiros libertários da cultura ancestral
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
Eu quero flores de todas as cores no meu jardim
Eu quero flores
Eu quero ervas de todos os tipos no meu quintal
Todos sabores
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