por DaBoa Brasil | nov 16, 2024 | Cultivo
O cultivo de maconha é um hobby comum tanto para consumidores experientes quanto para iniciantes. A possibilidade de poder ter a sua própria maconha, sem se preocupar com sua origem ou qualidade, oferece uma grande vantagem para o usuário.
Porém, cultivar esta planta requer certos conhecimentos e cuidados específicos. Muitos iniciantes cometem erros comuns que afetam a qualidade, a quantidade e até a viabilidade da planta. Hoje você vai conhecer os erros mais comuns no cultivo da maconha e como evitá-los para conseguir uma colheita saudável e bem-sucedida.
1 – Excesso ou falta de água
Um grande erro no cultivo da maconha que afeta consideravelmente o crescimento das plantas é a rega inadequada. Não compreender as necessidades de água pode fazer com que as raízes se afoguem ou a planta sofra uma desidratação, prejudicando o seu desenvolvimento.
Consequências: a rega excessiva pode causar raízes podres e doenças fúngicas, enquanto a rega excessiva pode causar folhas secas, crescimento lento e, em casos graves, morte da planta.
Solução
Técnica de rega adequada: é importante garantir que o solo esteja úmido, mas não encharcado. Colocar os dedos no solo pode ajudar a verificar a umidade.
Frequência e quantidade: as plantas indoor normalmente requerem menos água do que as cultivadas outdoor. Ajuste a frequência de acordo com as condições ambientais e o tamanho da planta.
Recomendações: utilize medidor de umidade ou verifique o substrato antes de regar para evitar excessos.
2 – Nutrição desequilibrada
O uso de fertilizantes e nutrientes incorretos ou em quantidades excessivas é outro erro no cultivo da maconha. A nutrição desequilibrada pode causar toxicidade ou deficiências nutricionais nas plantas.
Consequências: plantas com excesso de nutrientes podem desenvolver folhas queimadas, crescimento irregular e baixa produção de flores. Por outro lado, a falta de nutrientes pode levar ao amarelamento das folhas e ao fraco crescimento.
Solução
Aproveitamento adequado dos nutrientes: utilize fertilizantes balanceados e específicos para cada fase da planta, como nutrientes com alto teor de nitrogênio na fase vegetativa e maiores quantidades de fósforo e potássio na floração.
Identificação de carências ou excessos: observe as folhas e o caule para detectar problemas nutricionais. Folhas amareladas ou manchadas indicam carência, enquanto queimaduras podem ser sinal de excesso.
Plano de alimentação: crie um cronograma de fertilização de acordo com as etapas da planta e siga as instruções do fabricante para evitar overdoses.
Dica: é possível fazer um super solo contendo todos os nutrientes que sua planta irá demandar durante o ciclo de vida, reduzindo a necessidade de fertilizantes.
3 – Escolha errada de variedade
Um dos erros mais comuns no cultivo da maconha é selecionar uma variedade que não se adapta às condições de cultivo disponíveis. A escolha de uma variedade inadequada pode levar ao enfraquecimento das plantas, à falta de produção ou até à morte das plantas.
Consequências: cultivar uma variedade que não é adequada ao clima ou ao espaço pode resultar num crescimento lento, doenças frequentes e pouca ou nenhuma produção. As plantas de maconha são sensíveis às condições do ambiente e cada variedade possui requisitos específicos de luz, temperatura e umidade.
Solução
Avalie o espaço e o clima: antes de escolher a variedade, considere se o seu espaço de cultivo é interno ou externo e as condições climáticas do local.
Opte por variedades adequadas: as variedades indica tendem a ser mais compactas, ideais para cultivos internos, enquanto as sativas tendem a exigir mais espaço e luz solar.
Dicas: para climas frios, variedades como Northern Lights são recomendadas, enquanto em climas quentes, variedades Haze são escolhas populares.
4 – Exposição inadequada à luz
A falta ou excesso de luz é um erro crucial que pode afetar drasticamente o desenvolvimento das plantas. As plantas de maconha precisam de luz para fotossintetizar e se desenvolver adequadamente, e cada estágio requer níveis específicos de iluminação.
Consequências: a exposição insuficiente à luz produz plantas com caules longos e fracos, bem como crescimento lento e produção deficiente de flores. Por outro lado, a luz excessiva pode causar estresse, queimaduras nas folhas e desidratação.
Solução
Quantidades adequadas de luz: durante a fase vegetativa, as plantas necessitam de pelo menos 13 horas de luz por dia, enquanto na fase de floração são ideais 12 horas de luz e 12 horas de escuridão.
Tipo de luz: para cultivos internos são recomendadas lâmpadas LED ou de sódio, que oferecem alta eficiência e baixo consumo.
Ciclo de luz: ajuste o ciclo de luz e escuridão com base no estágio da planta para evitar estresse luminoso.
5 – Mau controle de temperatura e umidade
Manter a temperatura e a umidade adequadas é crucial para o cultivo da maconha. Este é outro erro no cultivo que muitas vezes é esquecido, especialmente em cultivos indoor.
Consequências: temperaturas e níveis de umidade inadequados podem facilitar o desenvolvimento de mofo, pragas e doenças, além de gerar estresse na planta.
Solução
Faixas ideais: durante o dia a temperatura ideal é de 20 – 28 °C, e à noite deve estar entre 18 – 24 °C. A umidade ideal na fase vegetativa é de 60 – 70%, enquanto na floração deve ser reduzida para 40 – 50%.
Ferramentas de controle: utilize umidificadores, desumidificadores e ventiladores para ajustar a temperatura e a umidade.
Dicas para climas extremos: em ambientes muito frios ou quentes, aquecedores ou ar condicionado podem ser usados para estabilizar o ambiente de cultivo.
6 – Falta de poda e controle de crescimento
Não podar e controlar o crescimento é outro erro comum que pode afetar a qualidade do cultivo. A poda permite que as plantas recebam mais luz e cresçam uniformemente.
Consequências: plantas não podadas tendem a crescer de forma desorganizada, o que reduz a exposição à luz em algumas partes, diminuindo assim a produção de flores.
Solução
Técnicas de poda: realizar podas leves na fase de vegetação ajuda a fortalecer os galhos e melhorar a circulação de ar entre eles.
Tipos de poda: poda de treinamento e remoção de folhas mortas são práticas recomendadas para melhorar a produtividade.
Vantagens: a poda permite obter plantas mais fortes, uniformes e com maior produção de flores.
7 – Falha na prevenção e combate a pragas e doenças
Por fim, um dos erros mais graves no cultivo da maconha é não prevenir ou combater pragas e doenças que podem atacar as plantas, causando graves danos ou até perda da colheita.
Consequências: pragas e doenças podem danificar gravemente folhas, caules e raízes, diminuindo a qualidade e a quantidade da produção. Mesmo nos casos mais graves, podem acabar completamente com a vida das suas plantas de maconha.
Solução
Identificando problemas: inspecione regularmente as plantas em busca de sinais de pragas, como manchas nas folhas, insetos visíveis ou teias de aranha.
Métodos preventivos: utilizar inseticidas orgânicos, armadilhas para insetos e plantas repelentes para prevenir o aparecimento de pragas.
Soluções naturais: se detectar pragas, use soluções como óleo de nim ou sabão de potássio para controlá-las sem danificar a planta.
Evitar erros no cultivo da maconha não só melhora a qualidade da colheita, mas também facilita o processo, tornando a experiência de cultivo mais gratificante e eficaz. Reservar um tempo para pesquisar e aprender as técnicas corretas é essencial para alcançar uma produção saudável e abundante.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | nov 9, 2024 | Cultivo
Se você está interessado em criar sua própria variedade de maconha, mas fica confuso com o jargão científico, o post de hoje é para você. Você vai aprender tudo o que você precisa saber sobre o autocultivo de maconha e como preservar aquela genética especial que você só pode reproduzir por meio de clones.
POR QUE ENTRAR NO MUNDO DA CRIAÇÃO E DA GENÉTICA DA MACONHA?
Criar uma variedade e preservar a linhagem através de sementes não é território exclusivo de especialistas. Os cultivadores domésticos que acumularam grande conhecimento e habilidades de cultivo, dominando técnicas essenciais, podem fazer facilmente a transição de cultivador para criador (breeder). A criação de novas variedades é totalmente viável. A maioria das variedades de cannabis que hoje consideramos clássicas foram criadas por cultivadores domésticos. Às vezes até por acidente.
Embora possa parecer impossível construir seu próprio banco de sementes no armário de cultivo do seu quarto, a criação em pequena escala é uma opção viável. Simplesmente uma boa experiência de cultivo será suficiente.
O tempo gasto em seu local de cultivo já lhe dará uma visão aguçada para detectar fenótipos interessantes.
COMO PRESERVAR UMA GENÉTICA PRECIOSA DA MACONHA
CLONES
Tirar clones de plantas de maconha é uma ótima maneira de preservar uma variedade. Por vezes, em lugares legalizados, as variedades mais valorizadas só estão disponíveis em formato de corte, e o cultivador não tem outra escolha senão continuar a plantar mudas para preservar os seus genes.
A clonagem é uma habilidade que você pode aprender facilmente e é fundamental para os criadores. Para iniciar a criação você deve ter obtido previamente resultados positivos em seus cultivos.
AUTOFECUNDAÇÃO
As sementes F1 só podem ser obtidas de uma planta feminina de maconha. Essas sementes contêm apenas a informação genética da mãe. Para conseguir isso, o cultivador deve inverter o sexo da planta feminina para produzir flores masculinas e induzir a autopolinização.
A maioria dos cultivadores domésticos terá que estressar propositalmente a planta para produzir flores masculinas e dar sementes. A autofecundação é geralmente aplicada a variedades de maconha obtidas exclusivamente a partir de estacas, para convertê-las em sementes F1. Além disso, todas as sementes resultantes serão feminizadas.
OPÇÕES DE CRIAÇÃO EM PEQUENA ESCALA
CRIAÇÃO NO MESMO CULTIVO
Bem, digamos que você esteja satisfeito com uma quantidade de sementes regulares de maconha. Você pode estar interessado em usar os machos, então considere cruzar plantas do mesmo cultivo. Contanto que você conheça bem a variedade e esteja cultivando a partir da mesma linhagem, você pode selecionar um macho e uma fêmea para reprodução.
Este é um método da velha escola aplicado principalmente no cultivo ao ar livre (outdoor). Porém, cruzamentos do mesmo cultivo também podem ser feitos em ambientes internos, o que permite maior controle sobre a polinização. Se tudo correr bem, a prole resultante será mais ou menos estável e você não precisará comprar sementes no próximo cultivo.
Antes de continuar com seus experimentos, seria interessante praticar primeiro a coleta de pólen e a obtenção de sementes. A reprodução a partir de um cultivo estável é uma boa introdução à criação de variedades.
CRUZAMENTOS POLI-HÍBRIDOS
Um poli-híbrido é simplesmente uma variedade resultante do cruzamento entre duas variedades diferentes. Quando diferentes genéticas de raças locais são cruzadas, um híbrido é obtido (que é um termo usado para se referir à prole derivada do cruzamento de duas fontes diferentes).
Porém, se um híbrido for cruzado com outra variedade de linha genética diferente, será produzido um poli-híbrido. Os híbridos já possuem características genéticas diferentes herdadas de ambas as variedades parentais, o que significa que os poli-híbridos possuem características ainda mais variadas e imprevisíveis. A criação de poli-híbridos é um excelente método de melhoramento porque permite combinar as características únicas de uma grande variedade de plantas. Embora, como você pode imaginar, essas variedades sejam bastante instáveis e heterozigotas. Estabilizar essas variedades e garantir que suas mudas fiquem mais uniformes é uma tarefa muito trabalhosa.
COMO CRIAR POLI-HÍBRIDOS EM CASA
Para isso é necessário muito espaço e um número considerável de plantas. São necessárias uma área de viveiro e uma área de propagação, além de áreas diferentes para espécimes masculinos e femininos, para evitar a ocorrência de polinização cruzada. Se você deseja criar poli-híbridos por várias gerações a partir de quatro variedades diferentes, precisará de ainda mais espaço. Se quiser realizar esse processo, você terá que aprender a polinizar suas flores corretamente.
Como você está pensando em criar, provavelmente já conhece a seguinte regra, mas é sempre bom lembrá-la: manter as plantas machos afastadas das fêmeas. Isto é especialmente importante quando se deseja criar um poli-híbrido, devido ao aumento da chance de cruzar as variedades erradas.
Em primeiro lugar, você deve coletar o pólen das plantas masculinas no momento certo. O pólen é o esperma das plantas e é necessário para fecundar as flores femininas e produzir sementes. Quando os sacos de pólen se abrirem, coloque um saco sobre a planta e sacuda-o.
As plantas femininas estão prontas para reprodução durante a fase inicial de floração, quando pequenos pistilos brancos começam a se formar. Essas estruturas “pré-flores” são basicamente pequenos fios de cabelo que se projetam do cálice para reter o pólen. A seguir, isole a planta fêmea escolhida para evitar polinização indesejada. Considere montar uma área de polinização para evitar contratempos.
Para polinizar as plantas femininas, coloque o saco de pólen nos galhos que estão formando buds. Feche o saco sobre cada galho e agite novamente. Deixe ali por 1 hora e repita o processo com todos os galhos que produzem buds. Ou simplesmente utilize um pincel, passe no pólen e consequentemente nos buds.
É muito importante registrar tudo o que você faz ao cultivar cannabis, especialmente durante o processo de criação de variedades poli-híbridas. É muito fácil misturar genes e perder a noção de qual macho cruzou com qual fêmea e qual é a variedade de cada uma delas. É melhor rotular cada planta individualmente, para que possam ser facilmente identificadas. Também é uma boa ideia criar uma planilha ou desenhar um fluxograma em um quadro branco para acompanhar todos os cruzamentos que você fez com cada planta individual. Escreva a data ao lado de cada tarefa para ajudá-lo a estimar os tempos de espera com mais precisão.
RETROCRUZAMENTO
Você já cultivou a mesma variedade de maconha várias vezes e percebeu que ela parece diferente cada vez que você a cultiva? Pode até ter um sabor um pouco mais doce ou mais amargo do que da última vez. Ou talvez você tenha cultivado a mesma variedade repetidamente e as plantas obtidas sejam diferentes? Essas diferenças dentro da mesma variedade são conhecidas como variabilidade genética. Embora as plantas venham da mesma linhagem, a sua expressão genética, ou fenótipo, é o resultado da forma como os seus genes respondem ao ambiente.
As diferenças de fenótipos se manifestam em diferentes tamanhos, produção de resina, cores, etc. As variedades de maconha também possuem quimiotipos diferentes, ou seja, os compostos químicos que produzem. Uma planta pode ter um nível mais elevado de certos terpenos, enquanto outra pode ter um teor de canabinoides ligeiramente mais elevado. Se você germinou um saco de sementes da mesma linhagem e notou uma grande diferença entre os fenótipos de cada planta, isso significa que a variedade é instável e as sementes são heterozigotas. Embora isto não seja necessariamente um problema para os amadores, pode ser problemático para os cultivadores avançados que procuram consistência nas suas colheitas.
Essa consistência pode ser alcançada estabilizando a genética de uma variedade, que produzirá sementes mais homozigotas, com muito menos variabilidade entre seus fenótipos. Mas como uma variedade é estabilizada?
A principal forma de conseguir isso é através da autofecundação ao longo de várias gerações. No entanto, outra forma comum de fazer isso é através do retrocruzamento, também conhecido como “BX” no léxico do cultivo da maconha. Quando os criadores desejam criar uma nova variedade, eles selecionam duas variedades parentais com características desejáveis. Ao cruzá-los, é produzida a primeira geração. O retrocruzamento envolve pegar um membro desta geração e cruzá-lo com uma de suas variedades parentais. Esta técnica de melhoramento ajuda a fixar a presença de um ou mais genes de uma das variedades parentais no background genético da outra, cruzando-os repetidamente entre si.
Por exemplo, se a variedade parental feminina for especialmente rica em THC ou CBD, ao cruzá-la com um dos seus descendentes masculinos que também partilha esta característica, as plantas da próxima geração terão esta característica reforçada. Isso ocorre porque eles conterão mais material genético da planta-mãe do que da planta-pai original.
Embora o retrocruzamento seja um método experimentado e testado para estabilizar a genética da maconha, o retrocruzamento excessivo pode causar problemas. Ao cruzar a genética tantas vezes, quaisquer genes recessivos que produzam características indesejadas também serão reforçados e transmitidos a todas as plantas nas gerações subsequentes.
Como você pode ver, existem algumas maneiras de preservar suas variedades favoritas e transformá-las em novas variedades por conta própria. Este guia tem como objetivo fornecer uma visão geral para começar, antes de mergulhar nos aspectos mais complicados do assunto. Bom cultivo!
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | nov 2, 2024 | Cultivo
O oídio é uma das doenças fúngicas mais comuns nos cultivos de maconha. Tende especialmente a ocorrer quando as temperaturas começam a cair, a umidade ambiente é alta e a ventilação é fraca. Quando a época da colheita se aproxima, tende a ser mais constante. Também é muito comum no cultivo indoor.
Trata-se de um fungo parasita da família das Erysifaceae. Ataca sempre as áreas aéreas das plantas, causando um pó branco-acinzentado principalmente nas folhas, embora também possa ser observado ocasionalmente nos caules. No início, seu formato costuma ser circular e é muito fácil de reconhecer. Se passar o dedo sobre ele, desaparecerá, mas em pouco tempo reaparecerá.
Muitas árvores, arbustos e plantas no ambiente estão infectados com oídio. Seus micélios são transportados e depositados em qualquer planta, aguardando o momento certo para se desenvolverem. Isto pode acontecer após vários meses, quando as temperaturas e a umidade são adequadas. As altas temperaturas impedem o seu desenvolvimento, por isso no verão é excepcional vê-lo nos cultivos ao ar livre.
Muitas vezes é confundido com o míldio, outro fungo que também aparece como manchas branco-acinzentadas. A diferença é que o oídio não penetra no tecido da planta, mas se desenvolve nele, enquanto o míldio penetra nos tecidos, causando maiores danos. Também é verdade que o míldio não é um fungo muito comum nas plantas de maconha.
DANOS, CONTROLE E TRATAMENTO
As áreas atacadas pelo oídio ficam amarelas e eventualmente secam. Isso se deve ao bloqueio que causam na fotossíntese. Quando atacam os buds, são capazes de destruir os tricomas. Além disso, há evidências de que o consumo de buds infectados pelo oídio é prejudicial à saúde.
Apesar de ser bastante agressivo, também é bastante fácil de tratar quando localizado a tempo. Ao não penetrar no tecido vegetal, com um preventivo garantirá que não sofrerá ataques, principalmente na fase de floração. Produtos como fungicidas Propolix ou Cavalinha funcionam muito bem quando usados regularmente em áreas propensas a esse fungo.
Uma solução de água oxigenada volume 30 diluída em água (1/10) pode ser borrifada na região afetada.
As áreas afetadas apresentarão uma cor amarelada depois de removidos. São apenas consequências do seu ataque e a perda de uma folha não é nada comparada com os danos causados por outros fungos como o fusarium ou botrytis.
por DaBoa Brasil | out 26, 2024 | Cultivo
O cultivo de maconha envolve pequenas tarefas, algumas diárias, como regar, outras ocasionais, como podas ou transplantes. No post de hoje vamos falar sobre este último, que embora seja uma tarefa muito simples, é sempre aconselhável levar em consideração alguns aspectos para evitar que a planta sofra danos.
Um transplante oferece à planta a oportunidade de expandir ainda mais as suas raízes e, portanto, aumentar o seu crescimento. Em grande medida, o tamanho final de uma planta dependerá do espaço disponível para ela; quanto maior for o vaso ou recipiente, maior será o tamanho da planta. E quanto menor o vaso, menores serão as plantas. Com isso também podemos “brincar” na hora de conseguir plantas de uma determinada altura, algo muito comum em cultivos indoor ou outdoor onde se buscam plantas discretas.
Os transplantes são feitos por vários motivos. O mais importante é o que já mencionamos. As demais são para oferecer uma grande fonte de nutrientes a um substrato já esgotado. Por conveniência, já que é mais fácil manejar uma planta pequena em um vaso pequeno do que em um vaso grande. E para corrigir o estiramento do caule, às vezes inevitável, pelo qual a cada transplante o caule deve ser cada vez mais enterrado.
Sobre quando realizar o transplante, não é algo especificado com exatidão. Pode ser que a própria planta mostre que precisa ser transplantada, seja porque as raízes colonizaram todo o substrato, ou porque os nutrientes se esgotaram. Também não há nada escrito sobre quais são os tamanhos ideais de vasos, então isso é algo que o próprio cultivador terá que decidir.
Depois que a semente germinou
Depois que a semente germinar, por exemplo, você pode optar por um vaso de 1 a 3 litros. Se for utilizado um bom substrato, o fornecimento de nutrientes será garantido por cerca de 2 a 4 semanas. Não será difícil movimentar os vasos nestes primeiros dias de cultivo, sem dúvida os mais delicados. Além disso, a rega será mais confortável e o substrato não ficará encharcado por tanto tempo como quando são utilizados vasos maiores.
Após as primeiras 2 a 4 semanas, dependendo do tamanho do vaso e do tamanho que a planta atingiu, será hora do primeiro transplante. Para isso opte, por exemplo, por um vaso de 5 a 9 litros, dependendo do tamanho do vaso anterior. Se for 1 litro use o de 5 litros, se for 3 litros use o de 9 litros. E assim por diante, para 2 a 3 transplantes no total, coloque a planta em seu vaso final, seja de 20, 50 litros ou mais. Isso cultivando ao ar livre, no cultivo indoor, 1-2 transplantes são mais que suficientes.
Use sempre um bom substrato
Na hora do transplante, deve-se sempre escolher um bom substrato. Sua principal característica deve ser a esponjosidade, que permite melhor drenagem, aeração e retenção de umidade. Se terá mais ou menos nutrientes dependerá do gosto do cultivador. Há quem prefira usar fertilizantes líquidos em substrato sem nutrientes, e há quem prefira um substrato muito enriquecido e esqueça de fertilizar em época boa.
A planta que vai transplantar não deve ter o substrato nem muito encharcado nem muito seco. Se ficar encharcado vai pesar muito e correrá o risco de se desfazer e danificar as raízes. E se estiver muito seco, tende a rachar. O ideal é um ponto médio. Horas de sol e calor intensos também devem ser evitados. A planta sofrerá menos e se recuperará mais rápido. Não esqueça que um transplante representa um estresse para a planta.
A importância de uma boa drenagem
Com tudo pronto, comece colocando uma camada de drenagem no fundo do vaso. Podem ser pedras ou argila. E em cima da drenagem coloque uma pequena camada de substrato. Existe um truque simples, que é introduzir um vaso do mesmo tamanho daquele que a planta está, para o qual irá transplantar. Assim você saberá em que altura deve deixar a camada inferior. E sem retirar o vaso, preencha o vaso maior com substrato, pressionando levemente as bordas. Ao retirar o vaso pequeno, haverá um molde perfeito onde caberá a raiz da planta.
Ao terminar, regue levemente para que o solo “afunda” e preencha possíveis lacunas que possam ter ficado. Normalmente, uma planta saudável não terá problemas de recuperação. Mas nem sempre isso acontece, e a planta que já teve problemas, ou que durante o transplante sofreu algum dano nas raízes, pode não reagir tão bem e em poucas horas apresentar folhas flácidas. Neste caso é interessante utilizar um estimulador de raízes e colocá-lo em um local onde não receba luz solar direta.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | out 19, 2024 | Cultivo
As sementes de maconha autoflorescentes (ou automáticas) diferem de qualquer outro tipo de variedade porque não dependem de fotoperíodos. A cannabis é uma planta fotodependente, o que significa que depende de fotoperíodos para completar seus ciclos. Ela cresce quando os dias ficam mais longos e as horas de luz do dia aumentam, e floresce quando os dias começam a diminuir e as horas de luz do dia ficam mais curtas. Assim, durante toda a primavera, as plantas de maconha passam pela fase de crescimento e, a partir do solstício de verão, recebem um sinal indicando que devem florescer antes da chegada do outono.
As plantas autoflorescentes, que não dependem dessa mudança de luz, crescem por aproximadamente um mês e iniciam a floração independente das horas de luz que recebem. Podem ser cultivadas em qualquer época do ano, desde que as condições meteorológicas o permitam (estamos nos referindo a temperaturas muito baixas e chuvas).
Também hoje são a única alternativa para muitos cultivadores. Em qualquer pequeno terraço, varanda ou jardim você pode ter várias plantas automáticas sem chamar muita atenção. Mas as primeiras variedades autoflorescentes que chegaram ao mercado há cerca de 15 anos estão muito atrás de nós, plantas que raramente ultrapassavam os 50 cm de altura. Hoje também podemos encontrar plantas baixas, mas também monstros que podem atingir mais de 3 metros. São também variedades mais poderosas que as primeiras autos e não deixam a desejar de forma alguma outras variedades fotoperiódicas.
Logicamente, como qualquer outra variedade, crescerá mais com dias longos e de muito sol. O que é interessante nas variedades autoflorescentes, que têm um período de crescimento limitado, é obter as plantas maiores antes do início da floração. É por isso que a melhor época para o seu cultivo começa agora e se estende até o último mês do verão. Com a chegada do outono as horas de luz já começam a diminuir e não vão crescer tanto quanto gostaria.
Ao obtermos as maiores plantas, obteremos também os melhores rendimentos. Algo que normalmente se faz com as variedades autoflorescentes é utilizar vasos ou recipientes grandes desde o primeiro momento, evitando transplantes. Isso porque o transplante representa estresse para a planta, que interrompe seu crescimento por alguns dias. Quando o período de crescimento é de apenas 4 semanas, perder 2 ou 3 dias acabará por afetar sua altura e também seu rendimento.
As plantas autoflorescentes têm um período total de cultivo, às vezes, de apenas 7 semanas a partir da germinação. Isto permite em espaços limitados como terraços ou varandas, o cultivo de até 3 ciclos durante os meses de primavera e verão, o que acabará por ser uma grande colheita para encher a despensa e desfrutar durante todo o ano.
Em termos de cuidado, não diferem muito das variedades fotoperiódicas. Ao utilizar um bom substrato enriquecido, garantirá durante a fase de crescimento que não necessitará utilizar nenhum outro tipo de fertilizante. Na fase de floração é aconselhável utilizar fertilizantes ricos em fósforo e potássio, os dois elementos mais utilizados para a formação e engorda dos buds. Porém, vale sempre lembrar, as plantas automáticas não têm muito tempo para se recuperar de certos tipos de estresse durante o ciclo. Se você for um cultivador iniciante, leve isso em consideração e tenha certeza que seu conhecimento é suficiente para conseguir suprir todas as necessidades da planta.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | out 12, 2024 | Cultivo
Uma planta-mãe, também chamada de madre, normalmente garantirá colheitas bem-sucedidas, desde que venha da sua própria seleção ou da seleção de outra pessoa. Em primeiro lugar, fornecerá um número significativo de mudas (clones) enquanto decidir mantê-la. Em segundo lugar, garante um comportamento idêntico das suas mudas, algo difícil de conseguir através das sementes, mesmo quando provenientes do mesmo lugar.
Qualquer planta de maconha pode ser uma planta-mãe. Embora sejam sempre selecionadas plantas com algumas características marcantes. Não adianta cultivar mudas de uma variedade que não te entusiasma ou que não é do seu agrado. Quando você tem acesso a um clone de elite, tudo fica muito mais simples, terá certeza desde o início que garantirá uma mãe excepcional. Na hora de fazer uma seleção, vale a pena levar em consideração alguns aspectos que falaremos adiante.
COMO SELECIONAR UMA PLANTA-MÃE?
Bom, estatisticamente, quando temos um grande número de sementes, as chances de encontrar uma planta ótima se multiplicam. Embora com apenas alguns também possamos encontrar o que procuramos. Então a primeira coisa é optar por alguma genética que já experimentamos e gostamos. Se, por exemplo, você não gosta do sabor típico de incenso dos híbridos Haze, por melhor que seja sua seleção, você ainda não vai gostar.
E colocando todas as sementes para germinar, desde o primeiro dia é aconselhável ter um caderno onde fará as suas anotações. A velocidade de germinação não é um fato que nos diga muito na hora de selecionar uma planta-mãe. Depois de transferirmos as sementes para o substrato, identificaremos cada semente com uma letra ou número. É importante na hora de fazer descartes futuros e não cometer erros.
Embora não possamos fazer um julgamento final antes de provarmos a colheita de cada planta, é possível observar e notar quais plantas apresentam mais vigor. Também qual ramifica mais e qual ramifica menos. Ou que apresentam um crescimento mais colunar, especialmente interessante quando planeja cultivos em SOG.
Retiraremos de cada planta pelo menos um clone e guarde-o, sempre perfeitamente identificado com a mesma letra ou número da planta a que corresponde. E devemos, logicamente, fazer isso antes de transferir as plantas para um fotoperíodo de floração. É nesta fase que deve ser dada mais atenção aos detalhes.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES AO SELECIONAR UMA PLANTA MÃE
De maior para menor importância, e dependendo em grande parte de algumas características do gosto pessoal de cada cultivador, devemos atentar para as seguintes características assim que começa a fase de floração.
– Resistência ao hermafroditismo
– Vigor/Desempenho
– Potência
– Sabor
– Velocidade de floração
– Produção de tricomas
– Estatura
– Cheiro
– Estrutura da flor
– Cor da flor
Podemos ter uma planta com lindos buds roxos, mas com baixo rendimento ou pouca potência. Ou uma planta muito produtiva, que não tem sabor muito bom ou tem baixa resistência ao hermafroditismo. Como falamos, até que um bud de cada planta seja testado e comparado, nada pode ser garantido. Podemos simplesmente ser guiados pela nossa própria intuição.
Em princípio, o que é interessante é um bom equilíbrio de todas as características. Que possui bom sabor e cheiro, boa potência, boa quantidade de tricomas, ótimo rendimento e grande resistência ao hermafroditismo. Outras características como velocidade de floração, cor da flor, altura ou estrutura dos buds também são importantes, embora não decisivas.
Referência de texto: La Marihuana
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