por DaBoa Brasil | ago 2, 2016 | Culinária, Economia
Aos 24 anos, Christopher Sayegh descobriu o ingrediente mágico para dar sabor às suas receitas. Há dois anos, este chef californiano serve menus elaborados com maconha.
À medida que mais estados americanos olham com bons olhos a legalização da erva para uso recreativo, este chef atípico, que passou por restaurantes com estrelas Michelin em Nova York e na Califórnia, propõe misturar haute cuisine e a erva.
“Tento oferecer às pessoas uma experiência intelectual”, explica Sayegh à AFP em sua empresa The Herbal Chef, com sede em Los Angeles. “Mas também sou muito cuidadoso como levá-los para este passeio”.
Sayegh entrou no mundo da cannabis comestível quando muitos empreendedores passaram a capitalizar a nova febre da maconha na Califórnia, que em novembro vai votar sobre a descriminalização do uso recreativo para maiores de 21 anos.
Cinco outros estados, incluindo o Alasca, Colorado e Washington, já aprovaram uma legislação semelhante, e espera-se que outros seguirão esta tendência, já que o movimento conta com um apoio crescente da opinião pública.
Nos Estados Unidos, a maconha medicinal é permitida em pelo menos 23 estados, incluindo a Califórnia. E esse número deve continuar a aumentar, embora a produção de cannabis continue a ser ilegal em nível federal.
De acordo com um relatório do ArcView Group, uma empresa de investimento e especializada em cannabis, a venda legal da maconha nos Estados Unidos gerou uma receita de 1,2 bilhão em 2015, um aumento de 232% em um ano.
Em 2020, as vendas devem exceder 22 bilhões de dólares, 6,4 bilhões dos quais apenas na Califórnia.
Como uma sinfonia
Estas projeções são o suficiente para darágua na boca nos empresários. Como Sayegh, muitos querem entrar neste negócio florescente.
Para o chef, este sonho culinário remonta à universidade. Lá, estudou inicialmente biologia molecular, carreira que abandonou para seguir o seu projeto real.
Sua perseverança valeu a pena. Em 2014 criou sua empresa de alta cozinha anábica em Los Angeles e, desde então, diz ele, a atividade da The Herbal Chef continua a crescer.
Por enquanto, Sayegh só pode servir seus pratos para aqueles que têm autorização para o uso da maconha medicinal. Mas espera superar este obstáculo em novembro, se a Califórnia votar a favor da maconha recreativa.
Enquanto isso, seus menus caros, variando entre 300 e 500 dólares por pessoa, são elaborados exclusivamente para fazer com que o cliente viva uma experiência 100% de “imersão”.
“Eu altero literalmente a química do cérebro a medida que as pessoas provam a minha comida”, se entusiasma ao manusear seringas contendo o ingrediente ativo da cannabis, que é depois incorporado em suas refeições.
“No final do terceiro prato sentem um pouco, no quarto um pouco mais e no final do quinto é o ponto culminante da viagem”, descreve.
“É como uma sinfonia”, resume. “Eu tenho que ter certeza que os pratos se encaixam nessa ascensão, e vice-versa para a descida.”
“Uma viagem”
Sayegh propõe uma cozinha sofisticada a base de carne de wagyu japonês, sorbet de toranja ou ostras “medicinais”.
Influenciado por suas origens jordanianas, Sayegh tentou incorporar cannabis em folhas de videira, em grão de bico (falafel) e outras versões de pratos do Oriente Médio.
Sua família, desanimado no início com o novo empreendimento, hoje aproveita para provar as suas últimas criações.
Mas, mesmo se a inclusão de maconha em alimentos está crescendo no país, Sayegh prefere ser cauteloso. Os consumidores deste novo tipo de alimento não devem fazer pouco caso da experiência.
“Não é uma ciência exata, em muitos aspectos, uma vez que muitos fatores entram em jogo quando se cozinha com a maconha”, analisa Robyn Griggs Lawrence, autor de “The Cannabis Kitchen Cookbook”.
“Não é como pedir um copo de uísque. Estamos apenas na fase da descoberta ainda”.
O chef sabe perfeitamente do impacto que pode ter os seus pratos e se esforça para preparar cuidadosamente cada um deles.
“A Maconha não é como os outros ingredientes”, diz ele. “Temos de ser extremamente cuidadosos, não só porque o calor desempenha um papel muito importante na culinária da maconha, mas também porque, literalmente, leva as pessoas a uma viagem e você tem a responsabilidade de que seja boa”.
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Fonte: Uai
por DaBoa Brasil | jul 24, 2016 | Culinária, Economia
Na maioria dos casos, é impossível definir a quantidade de maconha que tem em um brownie ou em um cookie especial, que variam de forma imprevisível e faz com que o efeito da planta sobre o consumidor seja um mistério. Isso está mudando, em parte graças ao trabalho de Eric Eslao, um ex-gerente de produção da Apple que fundou a Défoncé Chocolatier, uma marca de chocolates de luxo com maconha. Cada barra inclui exatamente 180 miligramas de THC, o principal ingrediente psicoativo da erva.
Se um consumidor decide comer o tablete inteiro ao estilo normal de se consumir chocolate é possível que o efeito dure horas e até mesmo pode ser desagradável em certos aspectos. Mas é possível “quantificar” o consumo, porque cada barra é composta de 18 tabletes em forma de pirâmide e cada um inclui uma dose de 10 miligramas de THC, que segundo Eslao disse a revista FastCo, é igual a duas “puxadas” em um baseado.
Para fabricar este chocolate usa-se extrato de maconha, chamado de óleo CO2, em vez da infusão de manteiga com maconha que é popularmente utilizado na fabricação de alimentos com esta substância. Isso permite uma melhor distribuída em toda a barra de chocolate.
Mas além da própria maconha, Defoncé usa produtos gourmet e ecológicos; Ele oferece sabores, como café, baunilha, amargo, menta e avelãs. Cada barra custa cerca de 20 dólares.
Défoncé significa “drogado” em francês (stoned em Inglês). A empresa está sediada em Oakland e seus produtos já podem ser encontrados em vários dispensários autorizados nos EUA.
por DaBoa Brasil | jul 22, 2016 | Culinária, Economia
A Destilaria Humboldt lançou uma infusão de vodka com maconha que usa a primeira colheita de cânhamo legal dos Estados Unidos.
O cânhamo foi fornecido pela Orhempco Inc, localizada no sul de Oregon, é a primeira colheita usada nos EUA, uma vez que esta cultura de restrições foram levantadas como parte da Lei Agrícola de 2014 dos Estados Unidos.
No entanto, por ela ser feita de cânhamo, ao beber os usuários não obtêm os efeitos psicoativos da planta, Humboldt diz que o cânhamo usado para fazer a vodka dá um “caráter botânico único” que pode ser usado para melhorar todos os tipos de coquetéis.
por DaBoa Brasil | jun 20, 2016 | Culinária, Cultura, Curiosidades, Redução de Danos, Saúde
Se antes a maconha era vista de forma preconceituosa, hoje este paradigma está mudando gradativamente. Uma das grandes lutas por parte dos consumidores da erva pelo mundo, é tentar mudar a cabeça das pessoas que cresceram acreditando que a maconha era uma das drogas mais perigosas da sociedade. Hoje sabemos que a planta pode ser usada de inúmeras maneiras, inclusive de forma medicinal.
A fumaça da maconha pode irritar os pulmões, mas nem só de baseados vive os maconheiros. Se você pensa que a erva só pode ser fumada, você tem muito o que aprender.
– Chá
Nada mais relaxante do que tomar um chá. Para se fazer um chá de maconha, é preciso usar a manteiga de maconha. Apesar de alguns métodos de extração do THC serem um pouco complicados, existem sites que ensinam um passo-a-passo, tão simples que qualquer um pode reproduzir em casa. É possível misturar outras ervas em seu chá para dar um sabor único.
Claro que se você busca apenas uma bebida para esquentar e não ficar muito chapado, você pode apenas esquentar sua erva em água quente, assim como faz com um chá normal.
– Comidas
Está cada vez mais comum entre os entusiastas da maconha, consumir comidas com maconha. Além de ser uma alternativa eficiente para ficar chapado, os comestíveis de maconha ajudam pacientes que sofrem de dores crônica, fornecendo um alívio mais duradouro.
Através da manteiga de cannabis é possível fazer praticamente qualquer comida com maconha. Isto porque a manteiga é um ingrediente que vai em várias receitas, e basta você adicioná-la para dar um toque psicoativo no seu alimento. Além disso, o ingrediente vai deixar sua receita muito mais saborosa.
Mas cuidado, ao ingerir alimentos à base de maconha, o estômago fica responsável pela absorção do THC, e o processo é muito mais lento do que pelos pulmões, mas os efeitos são muito mais fortes. Então, cuidado para não exagerar na quantidade de cookies e comer demais.
– Extrato
Um dos métodos de se usar a maconha é através de extratos, que consiste em retirar as substâncias boas da cannabis usando álcool e a planta inteira (geralmente as flores e folhas). O líquido extraído é ingerido oralmente, geralmente com um conta-gotas, coloca-se uma quantidade em baixo da língua. Os extratos também podem ser misturados com chás ou outras bebidas, mas a absorção se dá de forma mais lenta. Por conter as substâncias concentradas também é muito utilizado como medicamento.
– Creme
Algumas pessoas preferem cuidar da pele ou fazer tratamentos de dores localizadas através de pomadas e cremes infundidos com maconha. Diferente de outros métodos, as pomadas não possuem efeitos psicoativos e não dão barato. Ao invés de precisar fumar um baseado para aliviar alguma dor, é possível usar cremes e deixar que a pele absorva as propriedades da erva.
Alguns tratamentos atuais com pomadas incluem queimaduras, a elasticidade da pele e até câncer. Estes remédios ricos em THC estão sendo usados no tratamento de dores musculares e inflamações em atletas.
– Sumo
Algumas pessoas adoram o cheiro da maconha, mas não curtem fumar ou não querem saber de ficar chapadas. Uma das formas de se consumir canábis que vem ganhando força entre os entusiastas de maconha, é misturar as folhas da planta com vegetais ou sucos de fruta. Assim, as comidas adquirem um gostinho da planta e deixam a comida mais saborosa. Deste jeito, as pessoas não precisam se preocupar com o THC que só é liberado quando a maconha é aquecida, e podem aproveitar o sabor da erva sem ficar viajando.
– Vaporizador
Se mesmo com todos esses item, você prefere a fumar, saiba que ainda assim é possível diminuir os danos causados pela fumaça. Os vaporizadores chegaram para quem busca uma forma mais saudável de se fumar maconha. Com eles, a erva não entra em combustão, ao invés disto, ela é “cozida” e libera um vapor que é muito melhor para seus pulmões. Os vaporizadores funcionam tanto com erva seca, quanto com óleos e ceras.
Este método é ótimo não apenas porque não produz fumaça, mas também é eficaz em te deixar viajando nas nuvens, pois o THC é liberado e o vapor não tem cheiro.
por DaBoa Brasil | jun 20, 2016 | Culinária, Cultivo, Curiosidades, Entretenimento
Se você não atinge a mesma onda de antes, essas dicas podem te ajudar.
Pessoas estão sempre em busca de novidades ou um modo novo de intensificar as coisas boas da vida. Se você é usuário de maconha, provavelmente já pensou em como ficar cada vez mais chapado. Vamos para algumas dicas que podem melhorar sua relação com a erva:
– Consuma maconha de qualidade
Utilize a maconha em natura, ou seja, em forma de flor, de preferência uma que você conheça a procedência. A maconha prensada consumida em boa parte do território brasileiro, em 80% dos casos é proveniente do Paraguai, e muitas vezes, enquanto passa pelo processo de prensa, é misturada com amônia e outros conservantes que tiram a qualidade da flor. Além disso, a erva fica com uma coloração escura e pode arder a garganta quando fumada. Uma erva de qualidade também pode possuir maior teor de THC.
– Experimente óleos concentrados
Óleos concentrados de maconha possuem uma quantidade incrível de THC, provavelmente será a fumaça mais chapante de sua vida. Estes óleos são produzidos com solventes e isolam o THC e o canabidiol. Durante o Cannabis Cup de Denver, já houve um concentrado vencedor que possuía 82.22% de THC.
– Coma alimentos feitos com maconha
Quando ingerida, a maconha é absorvida pelo estômago e demora cerca de 40 minutos para surtir efeito, muito mais tempo do que quando fumada. A espera, entretanto, vale a pena. Quando se come algum alimento feito com cannabis, o THC permanece mais tempo no sangue e consequentemente, a onda demora mais para ir embora.
– Coma mangas
Mangas possuem uma substância chamada Mirceno, que ajuda o THC a chegar mais rápido ao cérebro. Se ingeridas até 90 minutos antes de fumar um baseado, a fruta pode intensificar o efeito da erva. Alguns usuários que comeram manga antes de fumar maconha relataram uma euforia muito maior que o normal.
– Se exercite após fumar
Quando você se exercita, seu corpo libera uma substância chamada endocanabinóide, que possui características semelhantes com os princípios ativos da cannabis. Fumar um baseado antes de fazer alguma atividade física, duplica a liberação da substância e sua onda será muito maior.
– Se você é um usuário frequente, tente dar uma pausa
Se você fuma diariamente, pode ser difícil ficar longe da erva. Este é certamente o método mais efetivo de aumentar sua onda. Tente ficar sem fumar dia sim, dia não, e depois vá aumentando o período. Se você conseguir ficar uma semana sem fumar, já é um bom tempo para o corpo começar a se livrar do THC que sobrou. Quando você voltar a fumar, sua onda será parecida com as primeiras experiências que teve com a erva.
por DaBoa Brasil | jun 14, 2016 | Ciências e tecnologia, Culinária
Um estudo revela que o THC pode deixar qualquer comida deliciosa.
Nem é preciso dizer que quem fuma maconha sente uma vontade incontrolável de comer o que estiver em sua frente. Todo maconheiro sabe que qualquer comida fica muito mais saborosa após fumar um belo baseado. E não é por acaso.
O que para muitos era só uma ilusão da mente, foi comprovado por cientistas num estudo publicado pela revista Nature Neuroscience. De acordo com o estudo, não é apenas uma coincidência que as laricas sejam irresistíveis. Um grupo de neurocientistas da Universidade de Bordeaux provou que o THC é absorvido pelos bulbos olfatórios, o que faz com que os usuários sintam e saboreiem a comida muito mais intensamente enquanto estão chapados.
Isso explica aquele prato gigantesco de feijoada que seu amigo bateu às 2h da manhã depois de dar aquela bola.
Para comprovar isto, a equipe de cientistas utilizou óleos de banana e amêndoa e testou a sensibilidade de ratos aos aromas. Os ratos cheiraram intensivamente os óleos em um primeiro momento e depois pararam de mostrar interesse no odor. Os ratos que tiveram doses de THC no corpo, entretanto, demonstraram um aumento significativo na sensibilidade a odores e comeram muito mais quando tiveram oportunidade, mostrando também um aumento de apetite.
Os pesquisadores também modificaram geneticamente alguns ratos para que eles não tivessem receptores de canabinóides em seus bulbos olfatórios e os submeteram ao mesmo experimento. Os ratos reagiram normalmente e mesmo os que receberam doses de THC, não tiveram um aumento de apetite. Isto demonstra que o efeito da larica, depende também dos bulbos olfatórios. Os cientistas perceberam que o THC causa um aumento de apetite, pois um de seus efeitos é deixar o usuário mais sensível aos cheiros da comida. Aroma e sabor são intimamente relacionados, o que faz com que os maconheiros apreciem muito mais as refeições.
Para provar ainda mais esta teoria, eles deixaram alguns ratos em jejum por 24h. Neste período de tempo, seus bulbos olfatórios produziram naturalmente uma grande quantidade de canabinóides. Como resultado, os animais famintos mostraram uma grande sensibilidade a aromas e também comeram muito mais.
Em outras palavras, o THC convence nosso cérebro de que estamos famintos e consequentemente apreciamos intensamente cada larica. Não é à toa que dizem que o melhor tempero é a fome.
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