A polícia de Cork, na Irlanda, removeu seis plantas de cannabis que foram colocadas do lado de fora da prefeitura da cidade por um ativista que pede a legalização, como relata o portal Irish Examiner. Martin Condon plantou os espécimes em frente à prefeitura com pequenas placas dizendo “#BringAliciaHome” – uma referência a Alicia Maher, uma paciente que se mudou para a Espanha depois que não conseguiu obter maconha na Irlanda para tratar sua dor crônica.
“É importante que estejamos aqui fazendo isso, destacando o sofrimento causado pela proibição da maconha. Alicia Maher é uma garota de Cork que teve que sair de casa por causa da falta de acesso à maconha aqui. Ela está vivendo em Alicante no exílio, uma refugiada da maconha… Por que a Irlanda, um país europeu, não pode fornecer aos nossos cidadãos o mesmo que é fornecido aos cidadãos da Espanha?”, disse Condon em um vídeo postado em sua página do Facebook, Martin’s World.
No início deste mês, Condon plantou a erva duas vezes na ponte Shandon na cidade, com placas dizendo “#TalkToVera” para destacar o caso de Vera Twomey e sua filha Ava. Ava tem uma licença para receber um produto de cannabis chamado Bedrocan, da Holanda, mas custam à família quase € 10.000 (cerca de R$ 61.200 atualmente) a cada três meses – que não foi reembolsado pelo programa nacional de saúde da Irlanda até esta semana, quando o Ministro da Saúde Stephen Donnelly anunciou que o estado cobriria os custos para Twomey e 16 outras famílias no país.
No entanto, Condon disse que apesar da mudança, muito poucos pacientes têm permissão para acessar o programa da Irlanda.
“Vou continuar a me engajar nessa campanha de desobediência civil até que os pacientes tenham acesso efetivo à cannabis e essa proibição acabe”, disse o ativista.
A polícia disse que está analisando as plantas e que uma investigação está em andamento.
Parece até piada ler – e ter que explicar – isso, mas não é. Infelizmente tem quem exalte esse discurso de segregação e, inclusive, veículos dedicados ao “ativismo canábico” que disseminam essa desinformação. Cada dia que passa está ficando mais evidente os interesses que cercam o meio canábico nacional. E um grande exemplo disso são as formas de distorções das palavras, um antigo modo de manipulação e uma poderosa ferramenta que tem sido utilizada por vários daqueles que se dizem “ativistas/especialistas da cannabis (mas não da maconha)” aqui no Brasil.
Assim como “Cucumis sativus” é pepino, “Solanum lycospersicum” é tomate, “Capsicum annuum” é pimentão, “Cannabis sativa L” é maconha.
A classificação oficial com o termo “cannabis” ocorreu em 1753 pelo botânico e zoólogo sueco Carl Linnaeus, que classificou a erva como “Cannabis sativa L” (L de Linnaeus). A escolha desse nome é devido às características físicas da planta. A palavra “cannabis” significa “semelhante à cana”, por sua vez, “sativa” significa “plantada ou semeada”.
Maconha vem da palavra “ma’kaña” e é original do idioma quimbundo, uma das línguas bantas mais faladas em Angola (onde também é uma das línguas nacionais). Inclusive o português que falamos tem muita influência desta língua, que foram obtidas durante a colonização portuguesa no território angolano e através dos escravizados de Angola trazidos ao Brasil. Podemos observar a forte influência linguística em palavras usadas habitualmente como; “moleque (mu’leke)”, “cafuné (kifunate)”, “quilombo (kilombo)”, “cochilar (kukoxila)”, “camundongo (kamundong)”, “cachimbo (kixima)”, fubá (fu’ba), “caçula (kusula)”, “samba (semba)”, “jiló (njilu)” e “xingar (kuxinga)” (essa última deveríamos utilizar bastante quando formos nos referir aos que estão tentando manipular nossa planta).
Sabemos que, além da forte influência cultural, os escravizados também trouxeram consigo escondidas nos porões dos navios as sementes da erva santa, e com isso, a garantia da sobrevivência da planta milenar que era ampla e culturalmente consumida como fumo em sua terra de origem (daí vem o termo “fumo de Angola”) e que, durante os muitos anos seguintes de exploração e barbárie, foi uma das poucas pontes que os ligavam, ainda que mentalmente, à mãe África, terra dos ancestrais.
Hoje temos a certeza que é, graças à resistência natural da planta, e, principalmente, daqueles que foram escravizados, que mesmo enfrentando preconceitos e proibições, conhecemos a maconha como ela é atualmente.
Insistir em marginalizar o termo “maconha” é o mesmo que marginalizar seu significado, sua história, sua cultura e suas origens. Resumindo pra quem ainda não entendeu: Cannabis, nome científico da Maconha. Maconha, nome popular da Cannabis.
Texto por: Diego Brandon
Ativista, CEO do DaBoa Brasil, compositor e representante do coletivo Ganja Fighters
O Washington Liquor and Cannabis Board (LCB) aprovou na segunda-feira o programa “Joints for Jabs” que permitirá que os varejistas de maconha para adultos deem um único baseado para qualquer pessoa com 21 anos ou mais que receba uma vacina contra o coronavírus esta semana em pontos de vacinação disponibilizados em lojas varejistas de maconha.
A agência indicou que “nenhum outro produto pode ser fornecido como parte” do programa, que se aplica a indivíduos que estão recebendo sua primeira ou segunda dose da vacina.
Em um comunicado à imprensa anunciando a aprovação, o LCB disse que permitiria aos varejistas anunciar o programa “Joints for Jabs”, desde que os licenciados mantenham a conformidade com todas as outras regulamentações de publicidade. Observando que os reguladores já “forneceram dezenas de licenças de álcool e maconha durante a pandemia em um esforço para apoiar as empresas durante o período de restrição e apoiar o esforço de vacinação”.
Mais recentemente, disse o Washington LCB, concedeu uma permissão para uma cerveja, vinho ou coquetel grátis a ser dado aos que forem vacinados até 30 de junho.
Embora os produtos gratuitos não estejam sujeitos a impostos estaduais e locais, os varejistas são obrigados a manter todos os registros associados à oferta, incluindo os requisitos de rastreamento da semente à venda.
Em todos os Estados Unidos, ativistas e varejistas da cannabis têm oferecido promoções para pessoas que recebem a vacina contra o coronavírus. Em janeiro, o dispensário Greenhouse of Walled Lake de Michigan anunciou uma campanha “Pot for Shots”, que oferecia uma baseado gratuito até fevereiro para qualquer pessoa que fornecesse prova de ter recebido uma vacina.
Os ativistas D.C. Marijuana Justice (DCMJ) anunciaram em janeiro seu próprio plano de distribuir maconha e sementes em centros de vacinação em Washington, D.C.
Uma agência de publicidade britânica criou uma campanha educacional sobre o sistema endocanabinoide.
Uma agência de publicidade britânica aproveitou o interesse crescente pela cannabis e seus muitos usos terapêuticos para lançar a primeira campanha publicitária no Reino Unido focada na cannabis. A agência montou uma campanha muito discreta, que indiretamente aborda a importância da maconha na saúde humana através da menção explícita do sistema endocanabinoide.
Os cartazes da campanha são desenhados em cinza com fragmentos da fotografia de uma boneca humana com alguns arranhões e separados por membros. Mas a parte importante, na qual a campanha tem foco, é a legenda: “Se você está lendo isso, você tem um sistema endocanabinoide”. Em um texto menor, o pôster convida o leitor a conhecer mais detalhes sobre o sistema endocanabinoide visitando um site informativo, que possui o mesmo pôster e um pequeno texto sobre a importância do sistema endocanabinoide para a regulação de diversas funções do organismo humano.
De acordo com o comunicado de imprensa da agência, esta é a primeira campanha educativa sobre a maconha aprovada pela Advertising Standards Authority e pelo Advertising Practice Committee para anunciar em espaço público. A agência Endo desenhou a campanha para quebrar esse limite invisível, para divulgar o sistema endocanabinoide e se anunciar a fim de ganhar visibilidade e ganhar clientes potenciais na indústria britânica da cannabis.
Hoje a música reggae mundial recebeu um grande presente vindo diretamente da zona norte de São Paulo, mais especificamente da Vila Guilherme, onde reside o coletivo MUC SOUND.
O álbum SAVANA DUB conta com um time de mais de 20 artistas nacionais e internacionais abordando diversos temas da nossa sociedade que demandam muita atenção, incluindo a legalização da maconha, como podemos ouvir nas faixas “Ganjah É Planta” e “Eu Legalizei”.
Em tempos em que formas de expressão com mensagens conscientes se fazem mais que necessárias, MUC SOUND amplifica SAVANA DUB vem para salvar e animar a sua sessão.
Não perde tempo, aperta aquele, aumenta o som e dá o play no SAVANA DUB!
Disponível em todas as plataformas digitais.
OBS: um abração especial para os amigos responsáveis pelo coletivo MUC SOUND, em especial para os irmãos Gabriel G Fya, Anderson Mr Deeh e Eduardo Tortuga. Máximo respeito, família!
Ficha técnica:
MUC SOUND amplifica SAVANA DUB
Produção musical: Wagner Bagão (Dubalizer) / Mr Ites / Pangea Tunes
Gravações: Pangea Tunes
Diretor de fotografia: Eduardo Apparecido
Produção artística: Gabriel Augusto “G Fya”
Ilustração: Brisola Moutinho Junior e Rafael Lacerda “Ilustrasom”
Na voz: Laylah Arruda / Mis Ivy / Dawtas of Aya / Marietta / Bells / Nina Girassóis / I-Saranã / Denise D’Paula / Yabba Tutti / Monkey Jhayam / Junior Dread / Guux / Xandão Cruz / Dada Yute / Ualê Figura / David Hubbard / Jr. Toaster / Arcanjo Ras / Muta³Man / Michael Irie / Chaka MC
Acompanhe MUC SOUND e SAVANA DUB nas redes sociais:
Hoje é o Dia Internacional da Maconha e, para celebrar esse dia tão especial da melhor forma, estaremos recebendo um time de peso para legalizar a informação na segunda edição do Encontro DaBoa Live 420!
A partir das 4:20 da tarde, o ativista Diego Brandon, também idealizador do portal informativo DaBoa Brasil, estará apresentando o projeto Ganja Fighters que une duas de suas maiores paixões: a ganja e a música. Além disso, nessa primeira parte, receberá o fundador da Libertad Tabacaria, Adriano Santos, para uma conversa legalizada e para realizar o Sorteio 420 ao vivo. Mais tarde, Brandon também receberá o policial civil aposentado, ativista de longa data e grande referência entres os cultivadores da velha escola brasileira, Kiutiano, para trocar informações e dicas sobre cultivo.
Entre as duas lives, com uma década de experiência no Colorado (EUA), a Chef Canábica e ativista, Olivia Risso, traz um pouco de seu conhecimento e sua vivência em um estado legalizado para uma conversa sobre tudo o que envolve a planta com a mãe, ativista e conselheira do direito da pessoa com deficiência e CAPSi, Angela Aboin, que, depois de muitos anos de luta, conseguiu o direito de cultivar maconha legalmente para o tratamento de sua filha.
Após as dicas de cultivo, o cantor e compositor Jota 3 também marca presença na segunda edição Encontro DaBoa Live 420 para conversar com a Chef Canábica Olivia Risso e com o ativista Diego Brandon sobre as atualidades e avanços no universo da maconha. E para completar o time e fechar a roda de conversa, teremos a presença de Bernardo Santos, mais conhecido como BNegão, que é cantor, compositor, e uma das cabeças pensantes da respeitada banda Planet Hemp, abordando vários temas que envolvem o mundo da maconha, desde a política até a música, com destaque especial para a Sugestão nº 25 de 2020 (SUG 25/2020) que tramita no Senado Federal e visa a Regulamentação do Uso Adulto e do Autocultivo da Maconha.
O Encontro DaBoa Live 420 II Edição será transmitido através do nosso perfil no Instagram (@daboabrasil).
Siga o cronograma completo e vamos juntos legalizar a informação!
4:20pm – Ganja Fighters + Sorteio420 com Adriano Santos (Libertad Tabacaria)
5:20pm – Chef Canábica Olivia Risso e Angela Aboin
6:20pm – Dicas de Cultivo com Kiutiano e Diego Brandon
7:20pm – Conversa com Jota 3
8:20pm – Conversa com BNegão
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