Mesmo com ameaças do prefeito da cidade de cortar a luz, no último sábado (23), Criciúma recebeu – e “fez apologia” com – o Planet Hemp

Mesmo com ameaças do prefeito da cidade de cortar a luz, no último sábado (23), Criciúma recebeu – e “fez apologia” com – o Planet Hemp

Se o intuito de Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, era intimidar os maconheiros mais famosos do Brasil, o tiro saiu pela culatra. A banda Planet Hemp fez uma apresentação memorável durante o STU (Skate Total Urbe) National e ainda lançou críticas com humor ao episódio tragicômico feito pelo prefeito na última quarta-feira (20), quando Clésio divulgou um vídeo em suas redes sociais, ao lado de Gilberto, um funcionário da Celescc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), onde disse que a energia seria cortada caso ocorresse algum episódio de “apologia às drogas” ou qualquer coisa que mexesse “com conteúdo sexual”.

Durante a apresentação, quem esteve presente no evento pode ver imagens de Gilberto no telão “cortando um cabo de energia” e após um “apagão” no palco a banda começou a tocar a música Distopia – que inicia com os versos: “Tá tudo muito louco ou eu é que tô muito louco? Os que detém o poder precisam ter medo, medo do povo”.

Com toda a repercussão do vídeo divulgado pelo prefeito, Gilberto ainda se tornou uma personalidade durante o evento, onde apareceu em várias fotos e vídeos com o público e, também, ao lado de BNegão.

O rapper Criolo também se apresentou com críticas ao caso ocorrido. O artista usou um figurino semelhante ao uniforme da Celescc, vestindo macacão e capacete de eletricista.

Depois de tudo isso, mais uma vez, ficamos com a certeza que os cães ladram, mas a caravana não para!

CENSURA: Prefeito de Criciúma (SC) ameaça cortar luz se houver “apologia às drogas” em evento que conta com show do Planet Hemp

CENSURA: Prefeito de Criciúma (SC) ameaça cortar luz se houver “apologia às drogas” em evento que conta com show do Planet Hemp

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, ameaçou cortar a luz de parte da cidade catarinense caso haja discurso de “apologia às drogas” no STU (Skate Total Urbe) National, que conta com show da banda Planet Hemp e acontece neste sábado (23).

Além do Planet Hemp, durante o evento, serão realizados shows dos artistas Criolo, Dandara Manoela, Beto Cardoso e DJ Tamenpi.

No vídeo divulgado na manhã da quarta-feira (20), o prefeito da cidade, ao lado de um funcionário da Celescc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), disse que o evento acontecerá no Skate Park da cidade, um local “para família” e que, caso algum episódio de “apologia às drogas” ou qualquer coisa que “mexa com conteúdo sexual”, a energia será cortada.

“O Gilberto [funcionário da Celesc] está aqui, com o alicate na mão, para cortar a energia. Pode faltar energia para TV, rádio, internet, pros bares, não importa. Esse local construímos para receber famílias de bem”, disse Clésio.

Com tudo, o prefeito da cidade obviamente se esqueceu de quem está falando. Não é de hoje que tentam intimidar o Planet Hemp. Em 1997, em Brasília, o grupo foi preso por seu posicionamento a favor da maconha. Em 1998, no estado do Paraná, foram impedidos de tocar em Curitiba e tiveram um show cancelado em Maringá.

Daniel Ganjaman, produtor e integrante da banda, escreveu em sua conta no X: “Se você mora em Santa Catarina e curte Planet Hemp nosso show no STU sábado promete ser animado. Se fosse você, não perderia por nada!”

Em 2021, devido a um clipe do artista Criolo apresentado em sala de aula, Salvaro determinou a demissão de um professor. O clipe em questão é da música “Etérea”, que tem temática LGBTQIA+. Na época, o político publicou um vídeo em suas redes sociais onde disse que a administração não concordava com o conteúdo “erotizado” e a “viadagem na sala de aula”.

Não é de hoje que políticos falsos moralistas tentam censurar artistas e suas mensagens. Porém sabemos que os cães ladram, mas a caravana não para!

EUA: Grupo em Delaware oferece baseados por coleta de lixo

EUA: Grupo em Delaware oferece baseados por coleta de lixo

Um grupo em Delaware está recrutando voluntários para limpar sua comunidade pela recompensa de um baseado.

Chamado de “Joints for Junk”, o programa funciona exatamente como parece: em troca de uma rodada de limpeza de lixo, a Delaware Cannabis Advocacy Network premia os voluntários com um baseado de macoha legal.

“As pessoas se pré-registraram, compareceram, assinaram um termo de responsabilidade e nós lhes damos um baseado”, disse Zoë Patchell, presidente da Delaware Cannabis Advocacy Network, ao Delaware News Journal. “E, realmente, ninguém pegou o baseado e foi embora. Foi um dia muito positivo e inspirador”.

O grupo realizou o primeiro evento “Joints for Junk” em novembrro, meses depois de Delaware legalizar a maconha para uso adulto.

De acordo com o Delaware News Journal, o evento, que foi realizado em Millsboro, “atraiu mais de 50 voluntários com mais de 21 anos, cada um recebendo um baseado pré-enrolado, que foi doado por membros do grupo sem fins lucrativos”. E que, de acordo com a nova lei estadual, “qualquer pessoa pode presentear um adulto com até 30 gramas de maconha”.

“Foi provavelmente um dos nossos melhores resultados para um projeto de serviço comunitário”, disse Patchell, conforme citado pelo Delaware News Journal. “Havia uma série de pessoas novas que nunca tínhamos conhecido antes, e algumas delas até se tornaram membros”.

“Foi uma recepção muito positiva”, acrescentou Patchell. “Acabamos de dizer a eles que estávamos aqui para tornar Millsboro mais verde”.

Delaware legalizou a maconha para uso adulto em abril, quando o governador democrata John Carney permitiu que dois projetos de lei se tornassem lei. Carney já havia vetado propostas legislativas para legalizar a maconha, mas renunciou este ano quando os legisladores de Delaware aprovaram as medidas com maiorias à prova de veto.

Carney enfatizou que continuava se opondo à legalização.

“Quero deixar claro que minhas opiniões sobre esse assunto não mudaram. E entendo que há aqueles que partilham dos meus pontos de vista e que ficarão desapontados com a minha decisão de não vetar esta legislação”, disse Carney. “Tomei esta decisão porque acredito que passamos muito tempo focados nesta questão, quando os delawareanos enfrentam preocupações mais sérias e urgentes a cada dia. É hora de seguir em frente”.

O deputado estadual Ed Osienski, patrocinador dos dois projetos de lei, comemorou o avanço, que fez de Delaware o 22º estado dos EUA a legalizar a maconha para adultos.

“Depois de cinco anos de inúmeras reuniões, debates, negociações e conversas, estou grato por termos chegado ao ponto em que Delaware se juntou a um número crescente de estados que legalizaram e regulamentaram a maconha para uso pessoal”, disse Osienski em comunicado. “Sabemos que mais de 60% dos Delawareanos apoiam a legalização da maconha para uso adulto, e mais de dois terços da Assembleia Geral concordaram”.

Osienski também saudou Carney por permitir que os projetos se tornassem lei.

“Compreendo a oposição pessoal do governador à legalização, por isso agradeço especialmente por ele ter ouvido os milhares de residentes que apoiam este esforço e permitir que se torne lei”, acrescentou Osienski. “Estou empenhado em trabalhar com a administração para garantir que o esforço para estabelecer o processo regulatório corra da maneira mais tranquila possível”.

A lei permite que comunidades individuais em Delaware optem por não participar e proíbam a erva dentro de suas jurisdições.

Os membros do conselho municipal de Millsboro fizeram exatamente isso em setembro, quando aprovaram por unanimidade uma lei que proíbe o cultivo e a venda de maconha dentro dos limites da sua cidade.

No primeiro evento “Joints for Junk”, realizado em novembro, os voluntários “coletaram [lixo] na área ao redor do Millsboro Town Center – o mesmo lugar onde a Câmara Municipal votou contra a maconha apenas seis dias antes, em uma audiência pública em 6 de novembro”, de acordo com o Delaware News Journal.

Patchell disse que o grupo queria “mostrar a todos que os consumidores de cannabis se preocupam com a comunidade e que muitos dos estereótipos negativos simplesmente não são verdadeiros”.

“Nós nos importamos como todo mundo”, disse Patchell.

De acordo com o Delaware News Journal, seis equipes foram colocadas “com coletes amarelos fluorescentes para coletar qualquer lixo que encontrassem usando grandes sacos de lixo da mesma cor” das 10h ao meio-dia.

“Embora não tenha havido problemas relatados com seu primeiro projeto ‘Joints for Junk’, alguns moradores saíram de suas casas para perguntar o que estava acontecendo ao verem os voluntários vestidos com cores vivas perambulando pela vizinhança”, relata o jornal.

Referência de texto: High Times

Polícia prende médico, advogado e biólogo em operação contra falsos laudos para uso e cultivo de maconha

Polícia prende médico, advogado e biólogo em operação contra falsos laudos para uso e cultivo de maconha

De acordo com informações publicadas pelo portal G1, a Polícia Civil (RJ) prendeu na última terça-feira (11) quatro pessoas na chamada “Operação Seeds”, contra um esquema de emissão de falsos laudos médicos para o cultivo de maconha.

No Brasil ainda é proibido plantar maconha para uso pessoal, mas é possível obter na Justiça uma autorização (HC) para o plantio e consumo da planta para fins terapêuticos.

O grupo produzia laudos indicando que pacientes precisariam utilizar a planta para fins medicinais, mas o objetivo, na verdade, era promover a venda para obter lucro, e, de acordo com as investigações da 14ª DP, não havia qualquer enfermidade comprovada nos “clientes”.

Foram presos: o médico Adolfo Antônio Pires (Dr. Adolfo Almeida nas redes sociais), apontado como o autor das receitas falsas. O biólogo André Vicente Souza de Freitas, que mantinha a página “Pink e Cérebro Growers”, o advogado Patrick da Rosa Barreto, responsável pelos pedidos de HC na Justiça, e, Pérola Katarine de Castro, esposa de Adolfo, que cuidava da parte financeira do esquema.

O grupo oferecia um “pacotão” para conseguir o habeas corpus de cultivo. Entre os serviços, estavam a emissão do parecer, a entrada com o HC no Judiciário e, inclusive, os equipamentos necessários para o cultivo. A quadrilha cobrava até R$ 50 mil pelo esquema.

“Recebemos denúncias de pessoas que foram presas por tráfico de drogas e que procuraram os serviços do médico Adolfo para contratar a confecção de laudos médicos ideologicamente falsos”, disse a delegada Camila Lourenço.

Um levantamento na Justiça Federal no RJ encontrou 13 petições assinadas pelo advogado Patrick para o cultivo.

“Para a confecção do laudo, segundo o depoimento das testemunhas, cobraram R$ 5 mil, mais R$ 15 mil para impetração do habeas corpus. Além disso, o médico também dava os insumos necessários ao início do cultivo — sementes, fertilizantes, lâmpadas de LED”, descreveu Camila.

Todos vão responder por extorsão, associação ao tráfico de drogas e falsidade ideológica.

A Operação Seeds é um desdobramento da Operação Poseidon, em abril deste ano, contra um esquema que desviava precatórios judiciais com documentos falsos. Quatro pessoas foram presas na ocasião — uma delas era o advogado Patrick da Rosa Barreto.

“Naquela ocasião, ele foi autuado pela prática de tráfico de drogas, mas no processo criminal ele apresentou como defesa um laudo médico subscrito pelo Adolfo, alegando usar maconha para fins terapêuticos”, emendou a delegada. “Mas não havia nenhum maquinário empregado para a extração de óleo. Encontramos saquinhos para enrolação e uma balança de precisão”, detalhou.

“A partir daí, iniciamos a investigação. Recebemos denúncias de pessoas que foram presas por tráfico de drogas e que procuraram os serviços do Adolfo”, disse Camila.

Referência de texto: G1

Descriminaliza STF: alunos de Direito da USP fazem protesto em aula de ministro Alexandre de Moraes

Descriminaliza STF: alunos de Direito da USP fazem protesto em aula de ministro Alexandre de Moraes

Ao chegar na Faculdade de Direito da USP na última segunda-feira (22/5) para ministrar uma de suas disciplinas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi surpreendido com um protesto pela descriminalização das drogas.

Uma faixa verde com quatro metros de extensão que trazia a palavra “descriminaliza, STF” foi fixada à lousa da sala de aula, em referência ao julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635.659 que discutirá se o porte individual de drogas deve ou não ser considerado crime e está pautado para hoje (24/5). Na pauta do STF, o item está na 4ª posição na ordem de julgamentos do dia. A sessão ordinária está marcada para começar às 14h.

O caso está parado desde 2015, e Moraes é um dos magistrados que ainda têm que dar o seu voto.

Um estudante da Faculdade de Direito disse à Folha de S.Paulo que a retirada da faixa chegou a ser solicitada pelos seguranças do ministro. Afirmando que Moraes não entraria na sala de aula caso fosse mantido o protesto. Apesar disso, o cartaz seguiu fixado, e o ministro conduziu normalmente a aula de Controle de Constitucionalidade para os alunos.

Mesmo com o protesto, o ministro fez anotações no quadro. Moraes ainda afirmou que não retiraria a faixa para não ser taxado como antidemocrático e já estava “acostumado” com isso.

O protesto pacífico foi organizado pelo Observatório Antiproibicionista, entidade ligada ao Centro Acadêmico XI de Agosto,  composta por alunos que defendem o fim da guerra às drogas.

Em um post feito nas redes sociais, o Observatório Antiproibicionista comentou a ação: “O STF tem em suas mãos a oportunidade de mudar a vida de milhões de pessoas. Por conta disso, nada melhor do que pautar na aula da disciplina de Controle de Constitucionalidade uma questão urgente para o país: a declaração, por parte do Supremo, da inconstitucionalidade do art. 28 da Lei de Drogas”.

Referência de texto: Estado de Minas

Marcha da Maconha 2023 – Calendário Completo

Marcha da Maconha 2023 – Calendário Completo

Segue a lista de datas das marchas pelo Brasil que já foram confirmadas. Assim como fizemos em anos anteriores, esse é um calendário colaborativo, ou seja, precisamos da sua ajuda para divulgar mais cidades que vão realizar o ato neste ano. Para saber mais informações de cada ato, como hora e local, acesse os perfis dos coletivos organizadores da Marcha da Maconha na sua cidade. A sua cidade também terá marcha e não está na lista? Manda os detalhes pra nós e vamos juntos legalizar a informação!

Lembre ao coletivo organizador da Marcha da sua cidade de (além da RE 635.659, que visa a descriminalização) levantar a bandeira da SUG 25/2020 pela Regulamentação do Uso Adulto e do Autocultivo da Maconha no Brasil que está em tramitação no Senado Federal atualmente.

CALENDÁRIO COLABORATIVO MARCHA DA MACONHA 2023:

ABRIL

22/04 – Volta Redonda (RJ)

MAIO

06/05 – Rio de Janeiro (RJ)
13/05 – Porto Alegre (RS)
13/05 – Teresina (PI)
20/05 – Ribeirão Preto (SP)
21/05 – Brasília (DF)
21/05 – Joinville (SC)
21/05 – Caucaia (CE)
27/05 – Campinas (SP)
27/05 – Niterói (RJ)
28/05 – Ubatuba (SP)
28/05 – Fortaleza (CE)
28/05 – Aracaju (SE)

JUNHO

03/06 – Bauru (SP)
04/06 – Santo André (SP)
10/06 – João Pessoa (PB)
17/06 – São Paulo (SP)
24/06 – Guarulhos (SP)
25/06 – Zona Norte (SP)

JULHO

01/07 – Zona Sul (SP)
08/07 – São Bernardo (SP)
12/07 – Chapada dos Veadeiros (GO)
16/07 – Rio Preto (SP)

AGOSTO

19/08 – Belo Horizonte (MG)

SETEMBRO

03/09 – Natal (RN)
23/09 – Florianópolis (SC)
24/09 – Curitiba (PR)

*POST SUJEITO A ALTERAÇÃO

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