Common Side Effects (Efeitos Colaterais): trazendo cogumelos mágicos como tema principal, série de animação enfrenta a Big Pharma

Common Side Effects (Efeitos Colaterais): trazendo cogumelos mágicos como tema principal, série de animação enfrenta a Big Pharma

“E se existisse um remédio que pode curar praticamente qualquer coisa? E se eles não quisessem que você soubesse disso?”.

“Gastamos mais dinheiro do que nunca em assistência médica e as pessoas ainda estão doentes. Pense em todas as pessoas que ganham toneladas de dinheiro apenas nos mantendo doentes”, observa o personagem principal, Marshall Cuso. A nova série do Adult Swim que estreou no mês passado, Common Side Effects (Efeitos Colaterais em português), aborda o tópico atual das grandes empresas farmacêuticas e o uso terapêutico dos cogumelos.

O projeto é dos cocriadores Joe Bennett (Scavengers Reign) e Steve Hely (Veep), juntamente com os produtores Mike Judge (Office Space) e Greg Daniels (King of the Hill).

A série apresenta um thriller cômico que acompanha Marshall e Frances, “dois ex-parceiros de laboratório do ensino médio que compartilham um segredo: Marshall descobriu o melhor remédio do mundo, um cogumelo azul que pode curar quase tudo. Mas divulgá-lo ao mundo não será fácil — a DEA, as grandes farmacêuticas e os empresários internacionais estão todos na perseguição para detê-los”.

“Joe e Steve criaram algo incrivelmente original com uma série que é emocionante, linda e profundamente engraçada”, disse o presidente do Adult Swim, Michael Ouweleen ao portal The Hollywood Reporter. “É uma série de alto nível que desafia as expectativas e levanta questões profundas. É uma série realmente especial e diferente de tudo que você já viu. Estou tentando não ser hiperbólico, mas é verdade”.

Bennett e Hely acrescentaram: “Esperamos que o Common Side Effects seja apreciado por qualquer pessoa que já tenha tomado uma pílula”.

A participação de Judge em um projeto que critica a indústria farmacêutica certamente acrescenta alguma influência à série, já que ele é o visionário que tão hilariamente abordou a cultura do local de trabalho com Office Space, de 1999, abordou o declínio dos Estados Unidos com seu filme de ficção científica Idiocracy, de 2006, sem dúvida profético, e tão habilmente criticou o Vale do Silício na comédia Silicon Valley, da HBO, de 2014.

A indústria farmacêutica e a ganância de seguradoras de saúde se tornou um assunto em alta. A indústria tem sido cada vez mais criticada nos últimos anos por especialistas populistas. Enquanto nas telas, sucessos de TV roteirizados como Dopesick e Painkiller, assim como o documentário de Alex Gibney, The Crime of the Century, abordaram a crise dos opioides nos EUA.

Common Side Effects teve sua estreia mundial no Annecy International Animation Film Festival no ano passado. A primeira temporada da série, que estreou em 2 de fevereiro, conta com um novo episódio todo domingo, já tendo saído 7 episódios (de 10) até o fechamento desta matéria. Os episódios também são transmitidos às segundas-feiras no Max. A animação é produzida para o Adult Swim pela Bandera e Green Street Pictures.

Referência de texto: The Hollywood Reporter

“O Último Filme de Cheech e Chong”: documentário sobre a lendária dupla da comédia canábica chega aos cinemas em abril

“O Último Filme de Cheech e Chong”: documentário sobre a lendária dupla da comédia canábica chega aos cinemas em abril

Cheech And Chong’s Last Movie (O Último Filme de Cheech e Chong), um documentário sobre a dupla mais icônica da comédia canábica, estreará nos cinemas dos EUA este ano.

A distribuidora Keep Smokin’ lançará o filme dirigido por David Bushell em todo o país norte-americano em 25 de abril, com pré-estreia em 20 de abril – Dia Internacional da Maconha. O filme apresenta a dupla titular, Cheech Marin e Tommy Chong, que se tornaram uma sensação da comédia a partir dos anos 1970. Lou Adler também aparece no filme, o produtor do primeiro filme de Cheech e Chong – o sucesso inesperado de 1978, Up in Smoke (no Brasil, Queimando Tudo). Adler também produziu o filme de comédia muito mais recente Cheech & Chong’s Animated Movie, lançado em 2013.

“O Último Filme de Cheech & Chong desafia as expectativas do documentário”, observa uma sinopse, “oferecendo uma visão extremamente imaginativa da convenção do gênero; um conto da vida real contado por meio de uma mistura de animação e loucura de arquivos, tudo ressaltado por uma comédia clássica de viagem cinematográfica. Traçando o legado duradouro dos comediantes pioneiros Cheech Marin e Tommy Chong, o filme apresenta entrevistas, esquetes e filmagens nunca antes vistas abrangendo a carreira de cinco décadas da dupla. O resultado é uma história improvável de amizade e fama, turbulência e desafio, rebelião e, finalmente, redenção”.

Os créditos de produção de Bushell incluem Sling Blade (1996), Drop Dead Rock (1995), Deception (2008) e Get Him to the Greek (2010). Ele foi o produtor executivo de Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004), Dallas Buyers Club (2013) e The Banger Sisters (2002), entre outros filmes. Em 2017, ele dirigiu o curta de não ficção Jim Carrey: I Needed Color.

“Last Movie nasceu do fracasso em fazer uma comédia roteirizada de Cheech & Chong que eu estava pronto para produzir há quase 20 anos”, Bushell explicou em uma declaração. “Cosmicamente, isso não era para ser, então eu peguei minha paixão e ambição de dirigir, juntei isso ao meu amor por documentários e convenci esses dois cães de estrada a me deixarem contar sua história épica. Estamos animados para trazer essa viagem de uma vida para o público em todo o país para a retrospectiva definitiva das vidas e carreiras dessa dupla icônica”.

O Último Filme de Cheech e Chong teve sua estreia mundial no SXSW ano passado e foi exibido no Mill Valley Film Festival e no AFI Fest.

O filme é dirigido por David Bushell e produzido por Bushe e Robbi Chong. Os produtores executivos incluem John Paul DeJoria, Gary Haseley, Cleo Segura Sherrel e Christian Selleron.

Referência de texto: Deadline

“Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça”, Planet Hemp fará show especial com gravação de DVD

“Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça”, Planet Hemp fará show especial com gravação de DVD

Em 1994, surgia a banda Planet Hemp e, de lá para cá – após palcos, prisões e muita fumaça – se passaram 3 décadas, os cães continuam ladrando, mas a caravana não parou!

Para comemorar 30 anos de estrada, os maconheiros mais famosos do Brasil farão um show especial no dia 11 de julho, no Espaço Unimed, em São Paulo, onde também será gravado o DVD da banda.

“Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça” promete ser histórico, além da atual formação da banda com BNegão e Marcelo D2 (vocal), Formigão (baixo), Pedro Garcia (bateria), Nobru (guitarra), Renato Venom (DJ) e Daniel Ganjaman (teclado/guitarra), o show contará com participações especiais de Black Alien, Pitty, BaianaSystem, Zegon (Tropkillaz), Seu Jorge, Mike Muir (Suicidal Tendencies), Emicida, Rodrigo Lima (Dead Fish), Major RD, As Mercenárias e outros parceiros da banda que ainda serão divulgados.

Sobre o que o público pode esperar do espetáculo, BNegão disse ao DaBoa Brasil:

“Esse show de 30 anos tá uma viagem, literalmente, em todos os sentidos. A gente, a princípio, pensou de fazer um disco ao vivo pra registrar as músicas do Jardineiros e fazer alguma coisa diferente, algumas antigas, e depois veio essa ideia de trazer um pessoal pra participar.

E aí, isso virou outro esquema, virou outro mundo, o show. Então, pensar, conectar, trazer as pessoas que fazem parte da nossa caminhada, ou como influências, no caso, As Mercenárias, como Mike Muir, do Suicidal Tendencies, ou como gente contemporânea, ou como, tipo, Gustavo (Black Alien), Seu Jorge, Zegon, que fazem parte da nossa história, a galera que veio depois, que tem influência do Planet, como o Emicida, o Baiana System, a Pitty, nossa irmã das antigas, da época do Inkoma, que o Planet era do começo dos anos 90, ela era do final dos 90. O Rodrigo (Deadfish) também, que é um irmão, também da mesma geração da Pitty, né, que é uma galera mais nova, mas logo depois do Planet também, que a gente trombou na estrada esse tempo todo, enfim, e por aí vai, e vai ser uma onda foda mesmo. Vai ser demais!

A gente conseguiu, as primeiras mil entradas, colocar num valor legal, pra galera colar, valor mais popular, e já tá quase esgotando os ingressos. Faltavam 50 ingressos hoje cedo pra esgotar, acho que vai rolar, e a gente tá na maior missão aqui, ensaiando pra caralho, trabalhando como nunca pra poder ficar tudo do melhor jeito possível”, finalizou BNegão.

Em comunicado compartilhado pela revista Rolling Stones, no espetáculo, produzido por Daniel Ganjaman, veremos “a essência de três décadas de uma jornada que não apenas influenciou o cenário musical e político do país, mas, sobretudo, surgiu como uma voz audaciosa na defesa da legalização da maconha, confrontando as estruturas conservadoras da sociedade brasileira”.

O Planet Hemp ganhou recentemente dois Grammys Latinos pelo disco Jardineiros. A banda promete um show inédito, com cenário inspirado nos jardins suspensos da Babilônia. Será uma experiência imersiva e contará com a exibição de registros históricos em áudio e vídeo, proporcionando ao público uma experiência marcante.

Mais informações:

Baseado em Fatos Reais: Planet Hemp 30 Anos de Fumaça

Dia 11 de julho
Abertura: 19:30
Início: 21:30
Local: Espaço Unimed (R. Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo)
Ingressos a partir de R$ 60 (meia-entrada) + taxa do Ticket 360. (clique aqui)
Evento para maiores de 18 anos.

Inspirado pelo Planet Hemp, Guinu lança o single “Fayah EVB” sobre o uso da maconha

Inspirado pelo Planet Hemp, Guinu lança o single “Fayah EVB” sobre o uso da maconha

Músico, compositor e produtor musical, Pedro Guinu assumiu os teclados do Planet Hemp no retorno da banda aos palcos em 2021 e seguiu na turnê “Jardineiros”, que carrega o nome do mais recente álbum da banda.

“As vivências na estrada, os hotéis, o busão e, principalmente, os shows que fiz com o Planet marcaram uma fase da minha vida e me deixaram uma lição. O usuário de cannabis no Brasil deveria ser respeitado como cidadão e não como um marginal”, diz Guinu, enfatizando como o convívio com a banda foi fundamental para compor o seu novo single “Fayah Evb”, lançado na última sexta-feira (27).

Fayah EVB fala com naturalidade sobre o consumo da maconha no cotidiano das pessoas. Nas suas relações pessoais, familiares e amorosas onde, por muitas vezes, a planta é compartilhada.

A faixa, que, como cita Guinu, “tem uma sonoridade atual, mas ao mesmo tempo antiga”, foi gravada ao vivo no estúdio Marini, no Rio de Janeiro, com João Moreira (baixo), Estevan Cipri (bateria), Gustavo Pereira (guitarra), Mauro Araújo (engenheiro de som) e Guinu (voz e rhodes). Mais tarde foram incluídos os backvocals de Nay Duarte e Luiza Sales, além da percussão de Leo Mucuri. A mixagem e masterização ficou com Pedro Garcia, engenheiro de som e baterista do Planet Hemp.

A capa do single, feita pelo desenhista e designer Igor Tadeu, usou como referência o surrealismo abstrato e remete a um rótulo de maconha. Igor vem trabalhando com Guinu o visual do seu próximo álbum, intitulado “Oxalatrix”. Guinu define Oxalatrix como uma rede infinita de memórias e afetos interligados em um corpo físico de uma cidade grande. Fayah Evb é um spoiler da sonoridade de Oxalatrix, que têm previsão de lançamento para o início de 2024.

Guinu conversou com o DaBoa Brasil:

A música é um dos maiores instrumentos de comunicação. Qual a importância de trazer o tema da maconha para sua obra?

Eu acredito muito na função do compositor de registrar o tempo que vive. Atualmente vejo alguns avanços nas leis sobre a legalização no Brasil, mas tudo bem devagar. Acho que estamos no momento certo para pressionar os governos e a opinião pública. Usuário merece respeito!

A ligação da planta com a música é antiga. Grandes mestres, como Louis Armstrong, Bob Marley, Willie Nelson, entre tantos outros, utilizaram e utilizam maconha como uma ferramenta criativa. A maconha te auxilia nos seus processos criativos?

Muito! Parece que rola uma expansão da mente. Penso que não só na música, mas em toda atividade criativa, a cannabis pode ser uma ótima ferramenta.

Você mencionou que o convívio com o Planet Hemp foi fundamental para compor Fayah Evb. Conta um pouco mais sobre as vivências com a banda e quando (e como) partiu a ideia de escrever Fayah Evb?

Fundamental! Eu voltei a fumar quando entrei no Planet depois de uma longa pausa. Muita onda você voltar a fumar na companhia do D2. Fiz muitos amigos no Planet que sigo em contato, principalmente o Pedrinho, que acabou fazendo Coprodução, Mix e Master de Fayah e do Oxalatrix também. Acho que a letra de Fayah já estava fervendo na mente. Foi só F1 que explodiu!

A planta é livre em Oxalatrix?

Legalize!

Clique aqui e ouça “Fayah Evb” em sua plataforma de áudio preferida!

LETRA: Fayah EVB
Composição: Guinu

Café colômbia de manhã
Um cheiro de Amsterdä
Se dessa flor brotar amor
Quebro no meu dixavador

Você falou pra caminhar
Jogar a fumaça no ar
Só que é difícil esquecer
Então segura que essa vai bater

Fayah (Essa Vai Bater)

Um apertado na janela
Só acendi passei pra ela
Falou pra mim que não bateu
O coração que era meu

Passou pra mim só a metade
Preço da minha liberdade
Se um beck bom faz a cabeça
O samba leva a tristeza

Deixa levar…

Só deixa essa brisa te levar
Aquele um pra me salvar

A influência da maconha na literatura

A influência da maconha na literatura

A influência da cannabis na literatura, seja nos escritores ou nos leitores, sempre esteve presente ao longo da história.

Nos últimos anos, o tema maconha tem gerado um intenso debate em diferentes áreas da sociedade. À medida que os seus potenciais benefícios e riscos são explorados, surge também a questão de como o consumo da planta afeta as atividades intelectuais e criativas, como a leitura e a escrita.

No post de hoje examinaremos a influência da maconha em leitores e escritores, explorando os efeitos da cannabis na percepção, criatividade, concentração e foco. Além disso, será analisado o uso da planta como fonte de inspiração literária e serão apresentados depoimentos e experiências.

Além disso, será abordado o debate entre os seus benefícios e riscos, e serão fornecidas recomendações e cuidados para quem utiliza a planta no contexto da atividade literária. Em resumo, este texto procura lançar luz sobre um tema polêmico e estimular a reflexão sobre a relação entre o consumo de maconha e o mundo da literatura.

A maconha e sua relação com a leitura e a escrita: introdução ao tema

A cannabis, também conhecida popularmente como maconha, tem sido objeto de polêmica e debate ao longo da história. Embora a sua utilização remonte a milhares de anos para fins medicinais e sociais, a sua relação com a leitura e a escrita é um tema que tem despertado o interesse de muitas pessoas. Exploramos como a planta influenciou a percepção, a criatividade, a inspiração e a concentração de leitores e escritores.

O uso de cannabis remonta a civilizações antigas como a Índia, a China e o antigo Egito. Ao longo dos séculos, esta planta tem sido utilizada para fins medicinais, rituais e lúdicos. No entanto, à medida que a sociedade evoluiu, a maconha enfrentou proibições e estigmatização em muitas partes do mundo.

Ao longo da história, muitos escritores ficaram conhecidos pela sua relação com a cannabis. Dos poetas e filósofos do Romantismo aos ícones da geração Beat, a maconha tem sido uma companheira criativa para alguns escritores. Esta relação influenciou a cultura literária e gerou debates sobre como o consumo da planta pode afetar a escrita e a percepção da leitura.

Os efeitos da maconha na percepção e na criatividade

O consumo de maconha pode ter impactos na percepção sensorial e na criatividade literária.

A cannabis pode alterar a percepção sensorial de quem a consome. Alguns usuários relatam sentidos aguçados, como uma maior apreciação de cores, sons e sabores. Essas experiências podem influenciar a forma como os leitores interpretam e vivenciam uma obra literária.

A criatividade literária é um processo complexo que envolve a geração de ideias e a capacidade de expressá-las de forma original. Alguns escritores afirmam que o consumo de maconha pode estimular a criatividade e desencadear ideias inovadoras.

No entanto, a relação precisa entre a planta e a criatividade continua a ser objeto de debate e não se pode afirmar com certeza ou inequívoco que a maconha melhora a criatividade literária.

O uso da maconha como fonte de inspiração literária

Para alguns escritores, a maconha tem sido uma fonte de inspiração. Vejamos algumas histórias e perspectivas sobre este tema.

Muitos escritores afirmaram que a cannabis lhes deu um impulso criativo. Desde grandes figuras literárias como William Shakespeare e Charles Baudelaire até escritores contemporâneos como Jack Kerouac e Hunter S. Thompson, muitas vozes na literatura mencionaram a maconha como fonte de ideias e motivação.

Embora alguns escritores encontrem inspiração sob a influência da maconha, outros argumentam que ela pode ser contraproducente ou limitante. O uso de cannabis pode afetar a clareza mental e a capacidade de concentração, o que pode dificultar o processo de escrita. Além disso, a dependência ou abuso pode ter efeitos adversos na saúde física e mental.

A maconha e seu impacto na concentração e foco de leitores e escritores

Alguns estudos sugerem que a cannabis pode dificultar a concentração e a atenção, o que pode levar a uma leitura superficial ou a uma escrita desorganizada. No entanto, cada indivíduo pode experimentar efeitos diferentes, e alguns podem descobrir que a maconha os ajuda a concentrar-se e a focar no seu trabalho literário.

As experiências com maconha e o seu impacto na concentração variam muito. Algumas pessoas relatam que a planta melhora o seu foco e as ajuda a mergulhar na escrita, enquanto outras relatam dificuldade em manter o foco.

Os estudos científicos sobre este tema ainda são limitados e necessitam de mais pesquisas para compreender melhor os efeitos da erva na concentração e foco de leitores e escritores.

O debate sobre os benefícios e riscos do consumo de maconha para a atividade literária

O uso da cannabis como ferramenta criativa tem sido objeto de acalorado debate entre escritores e leitores. Enquanto alguns argumentam que o consumo de cannabis pode melhorar a atividade literária, outros são céticos quanto à sua influência na qualidade da escrita.

Argumentos a favor do uso de maconha para aumentar a atividade literária

Argumenta-se que a maconha pode ajudar a desinibir o escritor, libertando a sua criatividade e permitindo-lhe explorar ideias com mais liberdade.

Além disso, afirma-se que a planta pode melhorar a concentração e a capacidade de se concentrar na escrita, permitindo aos escritores aprofundarem-se nos seus projetos.

Argumentos contra o consumo de maconha e sua influência na literatura

Argumenta-se que a cannabis pode afetar a clareza mental e a capacidade de tomar decisões informadas, o que pode levar a uma escrita de menor qualidade.

Além disso, argumenta-se que o uso da planta pode dificultar a revisão e edição de textos, o que pode resultar em erros e falta de coerência.

Experiências e testemunhos de escritores e leitores sobre o uso de maconha

Para compreender melhor a influência da maconha na literatura, recolhemos experiências e testemunhos de escritores e leitores.

Alguns escritores relataram que a planta os ajudou a relaxar e a encontrar um estado de espírito propício à escrita criativa. Outros mencionaram que a cannabis lhes permitiu conectar-se com as suas emoções mais profundas e explorar temas mais ousados ​​nos seus trabalhos. No entanto, alguns escritores também expressaram preocupação com a influência da erva no seu foco e produtividade.

Por outro lado, alguns leitores relataram que a maconha os ajudou a ficar ainda mais imersos nas histórias e personagens dos livros. Mencionaram que a planta lhes permitiu ter uma experiência de leitura mais intensa e emocional. No entanto, outros leitores notaram que o consumo poderia prejudicar a sua capacidade de acompanhar o enredo e compreender o conteúdo do livro.

Recomendações e precauções para leitores e escritores que usam maconha

Se você decidir consumir maconha fazer ler ou escrever, é importante levar em consideração algumas recomendações e cuidados.

Recomendações para escritores que usam maconha

– Experimente maconha em um ambiente seguro e controlado para saber como isso afeta você pessoalmente.
– Estabeleça limites e evite o consumo excessivo, pois pode prejudicar a sua capacidade de escrita.
– Certifique-se de equilibrar o uso de maconha com hábitos saudáveis, como dormir o suficiente e manter uma dieta equilibrada.

Precauções para leitores que usam maconha durante a leitura

– Escolha livros apropriados para ler sob o efeito da maconha, evitando temas complexos ou densos.
– Mantenha um ritmo de leitura lento e aproveite a experiência sem pressa.
– Esteja ciente dos possíveis efeitos da planta na sua capacidade de concentração e compreensão da leitura.

Conclusão

Em última análise, a influência da maconha nos leitores e escritores é um tema controverso e pessoal. Enquanto alguns encontram benefícios em seu uso, outros preferem evitá-lo devido a possíveis efeitos negativos na qualidade da escrita ou na compreensão da leitura. Em última análise, cada indivíduo deve tomar uma decisão informada e responsável sobre o seu consumo, tendo em conta as suas próprias necessidades e objetivos literários.

Concluindo, a influência da maconha nos leitores e escritores é um tema complexo e debatido. Embora tenham sido relatados casos em que a cannabis foi considerada uma fonte de inspiração e de estímulo à criatividade, também existem preocupações legítimas sobre o seu impacto na concentração e no foco.

É importante que os leitores e escritores que consomem maconha tenham em conta as recomendações e precauções acima mencionadas. No final das contas, cada indivíduo tem a sua experiência e deve tomar decisões informadas sobre o seu consumo. Manter um equilíbrio entre a exploração criativa e os cuidados de saúde é essencial.

Em última análise, a maconha pode ter um lugar na atividade literária, mas é crucial abordá-la de forma responsável e considerar os efeitos potenciais que pode ter no processo criativo.

Perguntas frequentes

O uso de maconha melhora a criatividade literária?

O uso de maconha pode ter efeitos diferentes em cada pessoa. Alguns escritores e artistas relataram que isso os ajuda a encontrar inspiração e estimula a criatividade. No entanto, nem todos experimentam este efeito da mesma forma. Algumas pessoas podem sentir que a sua concentração e clareza mental são afetadas, prejudicando a sua capacidade de escrever de forma produtiva. É importante lembrar que a criatividade é um processo individual e que cada pessoa pode ter uma reação única à cannabis.

É seguro usar maconha enquanto lê ou escreve?

O consumo de maconha acarreta certos riscos e efeitos colaterais que devem ser considerados. O uso prolongado ou excessivo pode afetar a memória, a concentração e o desempenho cognitivo. É importante levar em consideração as recomendações e cuidados como estabelecer limites na quantidade consumida, conhecer a qualidade e origem da planta e estar atento à legalidade e regulamentação de cada jurisdição.

Além disso, é essencial ouvir e cuidar de si mesmo e, caso sinta efeitos adversos ou se sinta desconfortável, considere interromper ou reduzir o consumo.

Que alternativas existem para melhorar a criatividade literária sem o uso de maconha?

Existem muitas maneiras de estimular a criatividade literária sem recorrer ao uso de maconha. Algumas estratégias incluem a prática regular da escrita, a leitura de diferentes gêneros literários, a exploração de novas experiências e perspectivas e a conexão com a natureza ou a arte.

Além disso, manter um estilo de vida saudável que inclua boa nutrição, descanso adequado, exercícios físicos e controle do estresse pode contribuir para uma mente clara e criativa. Cada pessoa pode encontrar a sua fonte de inspiração e criatividade, e é importante experimentar e descobrir quais métodos funcionam melhor para você pessoalmente.

Referência de texto: La Marihuana

Estudo explora a influência do LSD nos filmes de Fellini

Estudo explora a influência do LSD nos filmes de Fellini

Uma análise publicada recentemente traça um caminho entre os filmes de Federico Fellini e sua bem documentada experimentação com psicodélicos.

A análise, publicada em julho na revista Drug, Science, Policy and Law, observa no resumo que “o LSD tem sido usado por artistas, cientistas e intelectuais, entre outros, para estimular os seus insights criativos”, e que Fellini, o autor de filmes aclamados como 8 ½ e A Doce Vida, “usou LSD quando ainda era legal sob a orientação de seu psicanalista durante uma fase de crise pessoal e criativa”.

“Este artigo propõe uma análise fenomenológica de como sua produção cinematográfica e sua criatividade foram aprimoradas após o uso do LSD em ambientes terapêuticos tão controlados, de acordo com quatro domínios principais: (a) tempo, (b) espaço, (c) corpo e outros e (d) percepção de si mesmo. Em particular, o tempo flui irregularmente e é pontuado por flashbacks desorientadores, as cores tornam-se sobrenaturalmente brilhantes e desligadas dos objetos, os sons surgem independentemente de qualquer fonte visível e os corpos humanos tornam-se frequentemente deformados, grotescos e caricaturais. As fronteiras entre os mundos dos sonhos e da realidade também entram em colapso”, escreveram os autores da análise.

O uso de LSD por Fellini não era incomum, com os autores observando que um “grupo significativo de artistas e intelectuais, muitos deles pertencentes ao grupo ‘via Margutta’ em Roma, usavam psicodélicos”.

Eles receberam tratamento com LSD sob a supervisão de Emilio Servadio, descrito como “um dos pais da psicanálise italiana”.

“No verão de 1964, Federico Fellini foi tratado com uma única dose de LSD pelo Dr. Servadio, um dos mais proeminentes psicanalistas italianos. Juntamente com Fellini, o Dr. Servadio e uma enfermeira participaram da sessão. As palavras de Fellini também foram gravadas com um magnetofone. Numa entrevista posterior, ele explicou que esta única experiência de LSD teve um efeito significativo na sua percepção das cores”, explicaram os autores.

Os pesquisadores aplicaram uma análise qualitativa sobre “o impacto que o LSD teve no trabalho de Fellini é baseado no método fenomenológico” e “compararam os filmes de Fellini concluídos antes e depois de sua experiência com LSD no verão de 1964”.

“Após o uso do LSD, fica claro pela nossa análise que os filmes de Fellini mudaram drasticamente e se tornaram mais distintos – tão distintos e originais que um adjetivo foi cunhado para descrevê-los como felinos”, concluíram os autores. “O mundo retratado em seus filmes pós-LSD inclui grandes mudanças na percepção de espaço, tempo e outros. Estas mudanças tornam-se evidentes principalmente através do uso de cores e sons, que se tornaram epifanias perceptivas independentes dos objetos “reais” do mundo… Através de uma avaliação detalhada das mudanças experienciais que ocorrem nos filmes pré e pós-LSD de Fellini, a nossa análise pode lançar luz às propriedades psicotrópicas deste composto, incluindo suas propriedades psicotomiméticas, psicodélicas e psicolíticas, e contribuir com uma abordagem metodológica sólida para o progresso do debate sobre o ‘renascimento psicodélico’ que estamos testemunhando na atualidade”.

Trinta anos após a sua morte, o trabalho de Fellini continua a convidar à análise acadêmica, ao mesmo tempo que continua a inspirar outros cineastas.

Em um ensaio para a revista Harper’s em 2021, Martin Scorcese relatou a influência e a amizade de Fellini.

“Eu conhecia Federico o suficiente para chamá-lo de amigo. Conhecemo-nos pela primeira vez em 1970, quando fui à Itália com um grupo de curtas-metragens que havia selecionado para apresentação num festival de cinema. Entrei em contato com o escritório de Fellini e recebi cerca de meia hora de seu tempo. Ele era tão caloroso, tão cordial. Eu disse a ele que na minha primeira viagem a Roma eu havia guardado ele e a Capela Sistina para o último dia. Ele riu. ‘Veja, Federico’, disse seu assistente, ‘você se tornou um monumento chato!’ Eu lhe assegurei que chato era a única coisa que ele nunca seria. Lembro-me de que também lhe perguntei onde poderia encontrar uma boa lasanha e ele me recomendou um restaurante maravilhoso – Fellini conhecia todos os melhores restaurantes de todos os lugares”, escreveu Scorcese.

E acrescentou: “Aqueles de nós que conhecemos o cinema e a sua história temos que partilhar o nosso amor e o nosso conhecimento com o maior número de pessoas possível. E temos de deixar bem claro aos atuais proprietários legais destes filmes que eles representam muito, muito mais do que mera propriedade a ser explorada e depois trancada. Estão entre os maiores tesouros da nossa cultura e devem ser tratados em conformidade. Suponho que também temos de refinar as nossas noções sobre o que é e o que não é cinema. Federico Fellini é um bom lugar para começar. Pode-se dizer muitas coisas sobre os filmes de Fellini, mas uma coisa é incontestável: eles são cinema. O trabalho de Fellini percorre um longo caminho na definição da forma de arte”.

Referência de texto: High Times

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