Dicas de cultivo: macronutrientes e micronutrientes essenciais para as plantas de maconha

Dicas de cultivo: macronutrientes e micronutrientes essenciais para as plantas de maconha

Quando você cultiva, não consegue ver o mundo microscópico da zona radicular ou como suas plantas de maconha se alimentam. Felizmente, a ciência nos explica esse processo misterioso. No post de hoje, você aprenderá sobre os diferentes nutrientes necessários às plantas de maconha, por que precisam deles e como acessá-los.

As plantas de cannabis requerem uma dieta variada para sobreviver e produzir colheitas abundantes. Ao longo do ciclo de cultivo, a maconha depende de um delicado equilíbrio de minerais e elementos para cumprir as suas funções fisiológicas essenciais. Esses nutrientes se enquadram em duas categorias principais: macronutrientes e micronutrientes.

MACRONUTRIENTES VS. MICRONUTRIENTES

As plantas de maconha necessitam de macronutrientes em grandes quantidades, tal como as proteínas, gorduras e hidratos de carbono constituem a base da dieta humana.

As plantas requerem grandes quantidades de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). As necessidades desses nutrientes (ou proporção de NPK) pelas plantas mudam dependendo do estágio de crescimento. Na fase vegetativa, as plantas necessitam de mais N e menos P e K. Por outro lado, durante a floração necessitam de muito menos N e maior quantidade de P e K.

Esses três elementos são os macronutrientes essenciais contidos no solo. Mas as plantas também obtêm três macronutrientes adicionais do ar e da água: carbono, hidrogênio e oxigênio.

Por outro lado, as plantas também precisam de uma lista bastante longa de micronutrientes para se manterem saudáveis, produtivas e livres de doenças. Embora exijam essas moléculas apenas em pequenas quantidades, a falta de micronutrientes pode causar sérios problemas. Isto poderia ser comparado à necessidade humana de ingerir vitaminas; não necessitamos de grandes quantidades, mas a nossa saúde é afetada pela falta delas.

FASE VEGETATIVA: N = 10 / P = 5 / K = 7
FASE DE FLORAÇÃO: N = 5 / P = 18 / K = 5

NUTRIENTES MÓVEIS VS. IMÓVEIS

Os nutrientes necessários à cannabis são divididos em duas categorias, que definem a sua transportabilidade: móveis e imóveis. As plantas podem transportar nutrientes móveis para áreas da planta onde são mais necessários. Portanto, as deficiências de nutrientes móveis aparecem primeiro nas folhas mais velhas, à medida que as plantas priorizam a saúde dos brotos mais novos.

Por outro lado, os nutrientes imóveis permanecem fixos em um só lugar. Nesse caso, os sintomas de deficiência nutricional aparecerão nas folhas mais jovens, pois não têm acesso a esses nutrientes. A lista abaixo indica quais nutrientes possuem propriedades móveis e imóveis.

NUTRIENTES IÔNICOS

As plantas de maconha não são capazes de mastigar matéria orgânica e extrair os minerais de seu interior. Em vez disso, nos cultivos biológicos, os microrganismos fazem este trabalho árduo: decompõem o esterco e o composto, libertando os nutrientes contidos no seu interior.

Por outro lado, nos cultivos não orgânicos, os fertilizantes sintéticos embebem o solo com nutrientes que podem ser facilmente absorvidos pelas plantas. Mas em ambos os casos, as plantas só conseguem absorver nutrientes na forma de íons. Essas partículas eletricamente carregadas podem ter carga positiva (cátions) ou carga negativa (ânions). Por exemplo, as plantas absorvem nitrogênio na forma de cátion amônio ou ânion nitrato. Eles só podem acessar o fósforo na forma de dois ânions e o potássio na forma do cátion K+.

Simplificando, para serem absorvidos pelas raízes das plantas, os nutrientes devem ser decompostos ou fornecidos de forma refinada. Esses nutrientes não acessam as plantas por meio de um processo passivo, como a difusão, mas entram por meio de um transporte ativo usando ATP (trifosfato de adenosina, a principal fonte de energia na maioria dos processos celulares) e proteínas ligadas à membrana. Este processo permite que os íons se movam da zona radicular para os tecidos radiculares.

MACRONUTRIENTES DO AR E DA ÁGUA

As plantas de maconha obtêm três macronutrientes de forma bastante autossuficiente. Esses elementos são absorvidos do ar ou gerados como subproduto da fotossíntese.

CARBONO: as plantas “inalam” dióxido de carbono do ar através de minúsculos poros na superfície das folhas, chamados estômatos. Mas os estômatos nem sempre estão abertos para a entrada de dióxido de carbono. Um par de células-guarda é responsável por abrir e fechar cada poro dependendo da demanda desse recurso.

O dióxido de carbono desempenha um papel fundamental na saúde das plantas. As plantas convertem esse gás na energia necessária ao seu desenvolvimento e utilizam-no junto com a água para realizar a fotossíntese.

HIDROGÊNIO: as plantas obtêm hidrogênio da molécula de água durante o processo de fotossíntese. Esta reação é alcançada aproveitando o poder da energia luminosa.

O hidrogênio é outro elemento básico para o desenvolvimento das plantas. Durante a fotossíntese, as plantas usam íons de hidrogênio para conduzir a cadeia de transporte de elétrons.

OXIGÊNIO: as partes aéreas das plantas obtêm oxigênio pela divisão das moléculas de dióxido de carbono. Em vez disso, as raízes “respiram” oxigênio, pois não têm acesso à luz e não realizam a fotossíntese.

As plantas precisam de oxigênio durante o processo respiratório para ajudá-las a liberar energia da glicose armazenada, produzida durante a fotossíntese.

MACRONUTRIENTES DO SOLO

O resto dos macronutrientes de que as plantas de maconha necessitam vêm do solo, seja na forma de matéria orgânica em decomposição ou de fertilizantes sintéticos. A seguir explicamos as funções dessas importantes substâncias.

NITROGÊNIO: o nitrogênio se comporta como um nutriente móvel na planta da cannabis, na forma de nitrato. Ao longo do ciclo de crescimento, o nitrogênio é o nutriente mais necessário para as plantas, acima dos demais. Mas 98% do nitrogênio do solo existe na forma orgânica; portanto, microrganismos são necessários para ajudar a mineralizar essa preciosa substância, para que ela possa ser absorvida pelas plantas.

Quando finalmente está em seu interior, as plantas dependem do nitrogênio para seu crescimento e desenvolvimento geral. Esse nutriente também é parte essencial da molécula de clorofila, que permite às plantas realizar a fotossíntese. O nitrogênio também é um elemento importante dos aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas.

FÓSFORO: por ser um nutriente móvel, o fósforo é disponibilizado para brotos jovens e imaturos. As plantas o absorvem como um ânion e o utilizam em uma longa lista de processos fisiológicos. O fósforo é encontrado em cada uma das células de uma planta, o que mostra sua importância.

Participa da transferência de energia, da fotossíntese e da transformação de amidos e açúcares. Também ajuda a movimentar nutrientes pelas plantas e auxilia na transferência de características genéticas para a próxima geração.

Este elemento desempenha um papel fundamental na fase vegetativa, contribuindo para o desenvolvimento das raízes e para a resistência do caule. Mais tarde no ciclo de crescimento, o fósforo ajuda as plantas a resistir a doenças e também contribui para a formação de flores e a produtividade das plantas.

POTÁSSIO: as plantas de maconha absorvem esse nutriente móvel na forma de um cátion mineral. Se de repente eles não conseguissem acessar esse item essencial, isso causaria um grande problema. O potássio contribui para o desenvolvimento das plantas, funções metabólicas, tolerância ao estresse, crescimento radicular e estrutura do sistema radicular.

Este nutriente também desempenha um papel vital na conservação da água. Lembra daquelas células de guarda que mencionamos antes? Elas precisam de potássio para abrir e fechar os estômatos. As plantas perdem água sempre que absorvem dióxido de carbono através desses pequenos poros. Quando a água é escassa, as plantas precisam de potássio para fechar os estômatos e reter o máximo de água possível.

As plantas também dependem do potássio como ativador enzimático e é um elemento-chave na síntese de proteínas.

MACRONUTRIENTES SECUNDÁRIOS

No entanto, a maconha precisa de mais do que esses três nutrientes para crescer e prosperar. Depende também de macronutrientes secundários como cálcio, magnésio e enxofre, que desempenham um papel vital no desenvolvimento das plantas.

CÁLCIO: as plantas precisam de cálcio para sua resistência estrutural. O nutriente imóvel (na forma de pectato de cálcio) mantém unidas as paredes e membranas das células vegetais. Este elemento também serve como mensageiro intracelular, ajudando a regular a atividade hormonal e enzimática.

MAGNÉSIO: o magnésio é o motor da fotossíntese. Este nutriente móvel forma o núcleo da molécula de clorofila, onde permite que a estrutura capture a luz solar usada para criar açúcares. As plantas também precisam de magnésio para a divisão celular, síntese de proteínas, metabolismo do fosfato e ativação enzimática.

ENXOFRE: este nutriente semimóvel só é necessário em pequenas quantidades. Mas sem ele, as plantas teriam dificuldade em formar enzimas essenciais. Além disso, o enxofre ajuda a construir proteínas vegetais, vitaminas e aminoácidos.

MICRONUTRIENTES

Os micronutrientes são necessários em quantidades menores, mas ainda desempenham um papel crítico na fisiologia das plantas. As deficiências destes elementos são geralmente raras, mas a falta de micronutrientes pode afetar negativamente a saúde, o crescimento e a produtividade das plantas.

BORO: o boro ajuda a fortalecer as paredes celulares. Tem uma importante função estrutural; Cerca de 90% desse nutriente ajuda a reticular as grandes moléculas de carboidratos que constituem as paredes celulares. Se as suas plantas sofrem de deficiência de boro, a sua estrutura pode ser afetada.

COBRE: o cobre também contribui para o complexo processo de fotossíntese. Além disso, este nutriente móvel ajuda as plantas a metabolizar carboidratos e proteínas.

FERRO: o ferro é um nutriente semimóvel que ajuda as plantas a manter a estrutura e a função dos cloroplastos, organelas que convertem a energia luminosa em açúcares para serem utilizados pelas células vegetais. O ferro também é um componente importante em muitas enzimas e pigmentos.

MANGANÊS: o manganês contribui para alguns dos sistemas e funções mais importantes das plantas de cannabis, incluindo: assimilação de nitrogênio, respiração e fotossíntese. Este nutriente também desempenha um papel importante na reprodução, auxiliando no desenvolvimento dos tubos polínicos e na germinação do pólen.

MOLIBDÊNIO: o molibdênio desempenha um papel importante em duas enzimas que permitem a síntese de aminoácidos pelas plantas. Uma dessas enzimas ajuda a converter nitrato em nitrito, enquanto a outra converte nitrito em amônia. As plantas podem transportar facilmente este nutriente móvel para áreas onde é mais necessário.

ZINCO: o zinco influencia muitos processos vegetais importantes, embora apenas em pequenas doses. Este nutriente imóvel faz parte de diversas enzimas e proteínas e contribui para a produção de hormônios de crescimento e para o desenvolvimento de entrenós.

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: macronutrientes, nutrientes secundários e micronutrientes essenciais para a maconha

Dicas de cultivo: macronutrientes, nutrientes secundários e micronutrientes essenciais para a maconha

As plantas precisam de 16 nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento. Desses 16 nutrientes, três deles são absorvidos da atmosfera ou da água. Eles são oxigênio, hidrogênio e carbono. Os outros 13 nutrientes restantes são classificados não por sua importância, pois todos e cada um deles são igualmente importantes, mas por sua demanda. Assim encontramos os macronutrientes, que são necessários em quantidades relativamente grandes. Nutrientes secundários, que são necessários em quantidades menores. E, finalmente, os micronutrientes ou oligoelementos, que são necessários em quantidades muito pequenas.

Além disso, em uma segunda classificação, os nutrientes podem ser móveis ou imóveis. Os móveis são aqueles que a planta pode realocar ou deslocar de um local da planta para outro em caso de deficiência. Os imóveis, por outro lado, permanecem fixos em toda a planta e em caso de deficiência, a planta não consegue translocá-los. É por isso que as deficiências de nutrientes móveis geralmente se localizam nas folhas velhas, pois de lá são transportadas para as áreas de crescimento. E as deficiências de nutrientes imóveis estão localizadas nas zonas de crescimento.

Macronutrientes

Nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) são conhecidos como macronutrientes. Estes são os 3 elementos que as plantas mais exigem durante o seu cultivo. Alguns são mais procurados na fase de enraizamento. Outros em fase de crescimento. E outros em fase de floração.

Mas nenhum deles pode ser considerado mais importante do que os nutrientes secundários ou micronutrientes. Cada um deles cumpre uma função, e a escassez de um pode afetar a assimilação de outros.

No post de hoje vamos falar sobre macronutrientes e suas funções. Mas especialmente enfatizando o mais importante na fase de floração: fósforo e potássio. Sem eles, as produções seriam muito pobres e medíocres.

As funções do nitrogênio

O nitrogênio é essencial para o crescimento das plantas, pois regula a capacidade de produzir proteínas. Também é responsável pelo desenvolvimento das folhas e caules. Na fase de floração, a demanda por nitrogênio é muito menor, por isso as deficiências desse nutriente não são muito comuns nessa fase.

Se necessário em caso de deficiências, uma dose de fertilizante de crescimento pode ser adicionada a qualquer momento durante a fase de floração. Mas um excesso de nitrogênio, por outro lado, faz com que os buds tenham um sabor pior. Você terá o toque típico de clorofila que às vezes é tão desagradável e que deixa a maconha “coçando” a garganta quando fumada.

Fósforo e potássio na floração

Se observarmos a composição de qualquer fertilizante de floração, veremos que seu NPK contém mais fósforo e potássio do que nitrogênio. Além disso, qualquer fabricante geralmente inclui intensificadores de floração em suas linhas de fertilizantes. Estes geralmente contêm doses especialmente altas de fósforo e potássio.

A demanda desses dois nutrientes pelas plantas não é a mesma ao longo da fase de floração. Uma vez que os botões já estejam formados, os potenciadores à base de fósforo e potássio cuidarão de engordá-los. Portanto, eles não deixam de ser um reforço que acompanhará o fertilizante de floração no momento em que as plantas mais necessitam desses dois nutrientes.

As funções do fósforo

O fósforo, além de essencial para a floração, também é muito demandado em algumas fases de crescimento. É especialmente assim na germinação ou clone. O fósforo é vital para a planta realizar a fotossíntese. Também desempenha um papel fundamental nos processos de combustão das células e na transferência de energia solar para compostos químicos. É também um tijolo com o qual as plantas constroem as paredes celulares e está diretamente relacionado ao DNA e a todos os tipos de proteínas e enzimas.

A falta de fósforo durante a fase de floração causa um atraso na mesma. Os buds também tendem a ser menores e mais arejados. Além disso, plantas com deficiência desse nutriente são mais fracas e propensas a ataques de pragas e fungos. Diante da falta de fósforo, devemos logicamente usar um fertilizante rico em fósforo. Principalmente seria um fertilizante de floração, um intensificador de floração ou algum mononutriente de fósforo.

As funções do potássio

O potássio, por outro lado, é essencial para que a planta consiga extrair água e nutrientes do solo e depois assimilá-los por meio de um processo de osmose. Intervém diretamente na fotossíntese, favorecendo a síntese de carboidratos, proteínas e aminoácidos. Também promove a produção de açúcares e amidos e é essencial na divisão celular. Também aumenta a resistência das plantas contra a seca e os ataques externos, enquanto fortalece seus tecidos.

A falta de potássio na floração faz com que a temperatura interna das folhas suba. Por outro lado, as proteínas celulares são queimadas ou degradadas, tornando as plantas mais propensas ao ataque de doenças, pragas e fungos. É mais comum em plantas cultivadas em vasos, ou em solos e água de irrigação com alta salinidade. Em caso de falta de potássio, também deve ser usado um fertilizante de floração, um intensificador de floração ou um mononutriente de potássio.

Carências e excessos de fósforo e potássio

Qualquer carência de qualquer nutriente não significa necessariamente que o nutriente esteja em falta. Pode ser simplesmente devido a uma má assimilação dele. O principal motivo geralmente está relacionado a um pH inadequado. É possível que o substrato tenha nutrientes suficientes, mas a planta não consiga assimilá-los por estar fora da faixa de disponibilidade. Portanto, fertilizando mais, a única coisa que conseguiremos é saturar o substrato com nutrientes.

É por isso que regular o pH é tão importante. Desta forma garantiremos que todos os nutrientes disponíveis no substrato e todos aqueles que adicionaremos ao longo do cultivo, sejam assimilados pelas plantas.

Tanto o nitrogênio quanto o fósforo e o potássio são nutrientes móveis. Ou seja, em caso de deficiência, a planta é capaz de translocar ou enviar qualquer um deles de uma área para outra. É por isso que a falta deles se manifesta primeiro nas folhas maiores e mais velhas, pois é para onde a planta os enviará para as áreas mais jovens para que a planta possa continuar seu desenvolvimento.

Um excesso de fósforo e potássio é sempre pior do que uma deficiência. Isso nos obrigará a tomar uma série de medidas. Se for um leve excesso, pode ser suficiente para reduzir as doses de fertilizantes e potenciadores. Se for um excesso severo, não haverá outro remédio senão lavar as raízes. Certamente será um grande revés que afetará a produção.

Nutrientes secundários

Falaremos de nutrientes secundários ou macronutrientes secundários, tão importantes para o crescimento e frutificação das plantas quanto os primários, mas com uma demanda muito maior pela planta.

Cálcio (Ca)

Intervém no crescimento celular, na absorção de nutrientes, na atividade de enzimas e no transporte de carboidratos e proteínas para áreas da planta. É fundamental dar estabilidade às membranas celulares, o que confere maior consistência aos tecidos e provoca maior firmeza do caule. Atua também favorecendo a estabilidade estrutural do solo. Consegue melhorar a porosidade ou irrigação, entre outros.

A deficiência de cálcio interrompe o crescimento da planta e causa clorose. As folhas gradualmente perdem a cor verde e ficam amareladas. As deficiências de cálcio são muito comuns com o uso de água de irrigação mole ou desmineralizada. Por sua vez, o excesso de cálcio provoca a imobilização de alguns elementos do solo. Ferro, boro, zinco e manganês, uma vez que o cálcio é encontrado na forma de carbonato, produz um aumento do pH do solo que favorece sua precipitação. Também pode inibir a assimilação de potássio.

Magnésio (Mg)

É um nutriente que favorece a formação de proteínas e vitaminas. Também aumenta a resistência das plantas contra ataques externos como frio, seca ou doenças. Facilita a fixação do nitrogênio atmosférico e atua como complemento em todas as enzimas responsáveis ​​pela ativação do processo de fosforilação. É também um dos constituintes da clorofila, sendo seu átomo central e desempenhando papel prioritário na fotossíntese.

A falta de magnésio causa uma redução na fotossíntese. Isso se traduz em um desaparecimento de clorofila e, portanto, perda de verde e amarelecimento das folhas. O aparecimento de manchas marrons nas folhas mais velhas também é típico. Como o cálcio, é um nutriente que muitas vezes é deficiente quando se usa água de irrigação mole. Além disso, os solos arenosos costumam apresentar deficiências nesse elemento. Excessos são raros nos cultivos, embora com altas concentrações de Mg e Ca, pode competir com cálcio e potássio disponíveis, causando deficiências no tecido foliar.

Enxofre (S)

É um nutriente muito necessário para fabricar um grande número de hormônios e vitaminas, incluindo alguns do grupo B, como B1. Faz parte das proteínas como constituinte dos aminoácidos sulfurados e é um dos compostos enzimáticos. Atua como um catalisador nos processos de formação de clorofila. Também é essencial para a formação dos óleos essenciais e o sabor de cada variedade, bem como para a transpiração, a síntese de ácidos graxos e sua decomposição.

É um elemento imóvel, ou seja, não é capaz de se deslocar para novas áreas de crescimento em caso de escassez. As primeiras deficiências geralmente ocorrem primeiro nas folhas mais jovens e nas áreas superiores da planta. E como intervém na formação da clorofila, suas deficiências se manifestam em um rápido amarelecimento das folhas e na redução do desenvolvimento da planta. Por outro lado, o excesso de enxofre geralmente não causa problemas quando a concentração de sais é relativamente baixa. Em caso de toxicidade, as folhas ficam menores e mais uniformes, com coloração mais escura, e com as pontas e bordas perdendo a cor e até queimando.

Como podemos ver, tanto o Cálcio quanto o Magnésio tendem a ser deficientes quando cultivados com água de irrigação mole. Isso se deve principalmente à própria água e às grandes variações que ela pode sofrer de um lugar para outro. Em áreas de água mole, as quantidades de Ca e Mg são muito baixas, enquanto em áreas de água dura as quantidades são muito altas. É por isso que os fabricantes preferem usar baixas concentrações desses nutrientes, de modo que em caso de água dura é contraproducente adicionar mais Ca e Mg. E em casos de água mole, é sempre interessante usar um suplemento de Cálcio e Magnésio.

Micronutrientes

Os micronutrientes são conhecidos como os nutrientes necessários para os organismos, mas em pequenas doses. Anteriormente falamos sobre os macronutrientes, que por sua vez são divididos em primários que são nitrogênio, fósforo e potássio, e secundários que são magnésio, cálcio e enxofre. Cada um deles é importante, a diferença entre essa classificação é a demanda de cada um deles pelas plantas neste caso.

É muito raro que todos esses elementos apresentem complicações ao longo de um cultivo. E na maioria dos casos, é uma má assimilação causada por um desequilíbrio de pH. Um bom substrato e praticamente qualquer linha de fertilizantes incluem todos esses micronutrientes. Noutros casos existem produtos específicos para corrigir ou reforçar determinadas fases e em determinadas circunstâncias.

Zinco (Zn)

É um micronutriente que em climas secos e com pouca chuva costuma apresentar deficiências. Também o faz em solos alcalinos, com pH superior a 7,0. É um elemento que, cooperando com outros nutrientes, é essencial para a formação da clorofila. Também é importante para a criação de auxinas e hormônios, para a produção de açúcares e proteínas e para o crescimento dos caules.

Em caso de deficiências, as folhas mais jovens começam a apresentar sinais de clorose internerval. As folhas mais jovens começam a parecer menores, enrugadas e retorcidas, além de perder a cor. Na floração os buds tornam-se duros e quebradiços. Em casos de deficiências graves, o crescimento e a floração diminuem ou param.

Manganês (Mn)

É o principal responsável pelo transporte fotossintético de elétrons. Ajuda o nitrogênio, juntamente com o ferro, na produção de clorofila. Tem a capacidade de alterar seu estado de oxidação para participar de vários processos enzimáticos de oxidação-redução que facilitam a troca e o transporte de íons. É absorvido pela planta através das raízes e também através das folhas.

As deficiências de Mn são mais comuns em ambientes fechados do que ao ar livre. Os primeiros sintomas afetam as folhas jovens, que começam a ficar amareladas entre as nervuras enquanto o resto da folha permanece verde. Pouco a pouco, a deficiência passará para as folhas mais velhas. Em casos de deficiência severa, as folhas desenvolvem manchas de zonas necróticas. O desenvolvimento para e a floração pode ser prolongada no tempo.

Ferro (Fe)

Está envolvido no transporte de elétrons durante a fotossíntese, respiração e também a produção de clorofila. Está relacionado a sistemas enzimáticos que permitem que as plantas utilizem a energia fornecida pelos açúcares. Também regula a assimilação e reduz nitratos e sulfatos. As plantas de maconha em geral têm problemas para assimilar o ferro em amplas faixas de pH.

É uma deficiência mais comum em ambientes fechados do que ao ar livre. Geralmente está associado a níveis de pH superiores a 6,5. Com deficiências de Fe, as folhas começam a apresentar uma cor amarela característica nos nervos, enquanto o restante da folha permanece verde. Em casos graves, as folhas acabam caindo. As deficiências de ferro também estão relacionadas aos excessos de cobre.

Cobre (Cu)

Faz parte de um grande número de enzimas e proteínas. Em geral, as plantas precisam de doses muito baixas de cobre durante seu desenvolvimento. É um nutriente que intervém no metabolismo dos hidratos de carbono, na fixação do azoto e no processo de redução do oxigênio. Também está envolvido na fabricação de açúcares.

As deficiências deste nutriente tornam-se bastante comuns. Primeiro, as folhas mais jovens começam a murchar nas pontas e nas bordas. A cor muda dos tons típicos de verde para cinza escuro/cobre. Em casos mais graves, toda a planta pode murchar. O crescimento e a floração diminuem. Embora possa ser colhido sem problemas, os rendimentos serão menores.

Boro (B)

Normalmente não há problemas de falta de boro no cultivo. Pouco se sabe sobre esse nutriente, exceto que ele ajuda a absorver o cálcio e está envolvido na divisão celular, maturação e respiração. É também um elo de germinação e poderia colaborar na síntese da base para a formação do ácido nucléico.

As deficiências de boro afetam principalmente as raízes. Estes tenderão a inchar, perder a cor e parar de crescer. Também os novos rebentos das plantas podem apresentar queimaduras semelhantes às produzidas pelas lâmpadas: as folhas engrossam e tornam-se quebradiças, os rebentos torcem-se e criam zonas mortas, e a planta acaba por morrer nos casos mais graves.

Cloro (Cl)

É um dos micronutrientes fundamentais para a fotossíntese, na forma de cloreto. Também intervém na divisão celular e aumenta a pressão osmótica nas células que regulam o fluxo de umidade abrindo e fechando seus estômatos. Em raras ocasiões há deficiências de cloro, embora os excessos sim. Eles são produzidos principalmente por água da torneira, carregada com cloro e não permitida a degradação.

As deficiências ocorrem principalmente nas folhas mais jovens, que ficam amarelas e depois murcham. Em deficiências severas, as folhas assumem uma cor bronze característica. Quando há excessos de Cl, imediatamente as pontas das folhas e novos brotos começam a queimar. As folhas tendem a assumir uma cor amarelada/bronze e o crescimento é atrofiado.

Silício (Si)

Não há muitas evidências de que muito silício seja prejudicial. Nem é um nutriente que apresenta carências. É o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre. Substratos e águas o contêm. Faz parte das paredes celulares e mantém os níveis de ferro e magnésio elevados. Em altas doses, sabe-se que aumenta a tolerância da planta contra pragas, secas e calor.

Cobalto (Co)

Não é um nutriente muito necessário para o crescimento das plantas. Além disso, muitos fabricantes não costumam incluí-lo em suas fórmulas. É necessário para o desenvolvimento de bactérias benéficas, absorção de nitrogênio e pode influenciar na formação de terpenos. Embora deficiências e excessos sejam raros, eles afetam a disponibilidade e a mobilidade do nitrogênio.

Molibdênio (Mo)

Um cultivo raramente apresentará problemas por carências ou excessos desse nutriente, para não dizer que eles não existem. O Mo faz parte dos sistemas enzimáticos mais importantes que convertem nitratos em amônio. Embora infrequentes como dizemos, as deficiências de molibdênio também trazem deficiências de nitrogênio. As folhas velhas começam a ficar amarelas, primeiro entre as nervuras. Nos casos mais graves eles torcem.

Níquel (Ni)

É um micronutriente que as enzimas usam para quebrar e usar o nitrogênio da ureia. Também é vital para a absorção de ferro. Não é um elemento que geralmente apresenta problemas, embora suas deficiências também possam ser devido à falta de nitrogênio.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: guia de nutrientes – micronutrientes

Dicas de cultivo: guia de nutrientes – micronutrientes

Os micronutrientes são conhecidos como os nutrientes necessários para os organismos, mas em pequenas doses. Em publicações anteriores falamos sobre os macronutrientes, que por sua vez são divididos em primários que são nitrogênio, fósforo e potássio, e os secundários são magnésio, cálcio e enxofre. Todos e cada um deles são importantes, a diferença entre esta classificação é a demanda de cada um deles por parte das plantas.

Em todos estes elementos é muito estranho que apresentem complicações ao longo do cultivo. E na maioria das vezes, trata-se de uma má assimilação causada por um desajuste do pH. Um bom substrato e praticamente qualquer linha de fertilizantes incluem todos esses micronutrientes. Em outros casos, existem produtos específicos para corrigir ou reforçar certas fases e em determinadas circunstâncias.

Zinco (Zn): é um micronutriente que geralmente apresenta deficiências em climas secos e de baixa pluviosidade. Também o faz em solos alcalinos, com pH superior a 7,0. É um elemento que cooperando com outros nutrientes é essencial para a formação da clorofila. Também é importante para a criação de auxinas e hormônios, para a produção de açúcares e proteínas, e para o crescimento dos caules.

Em caso de deficiências, as folhas mais jovens começam a mostrar sinais de clorose entre os nervos. As folhas mais jovens começam a nascer mais pequenas, enrugadas e retorcidas, bem como a perda de cor. Na floração, os buds tornam-se duros e quebradiços. Em casos de deficiências graves, o crescimento e a floração atrasam ou diminuem.

Manganês (Mn): se encarrega principalmente pelo transporte de elétrons fotossintéticos. Ajuda o nitrogênio, junto com o ferro, na produção de clorofila. Tem a capacidade de alterar o estado de oxidação para participar em vários processos de oxirredução enzimática que facilitam a troca e o transporte de íons. É absorvido pela planta através das raízes e também através das folhas.

As deficiências de Mn são mais comuns no indoor do que outdoor. Os primeiros sintomas afetam as folhas jovens, que começam a amarelar entre os nervos, enquanto o resto da folha permanece verde. Pouco a pouco, a deficiência será transferida para folhas mais velhas. Nos casos de deficiência severa, as folhas desenvolvem pontos de áreas necróticas. O desenvolvimento para e o florescimento pode ser prolongado ao longo do tempo.

Ferro (Fe): intervém no transporte de elétrons durante a fotossíntese, a respiração e também na produção de clorofila. Está relacionado a sistemas enzimáticos e permite que as plantas usem a energia fornecida pelos açúcares. Também regula a assimilação e reduz os nitratos e sulfatos. Plantas de maconha em geral têm problemas de assimilação de ferro em grandes intervalos de pH.

É uma falta mais comum no interior do que no exterior. Geralmente está associado a níveis de pH superiores a 6,5. Com deficiências de Fe, as folhas começam a mostrar um característico amarelamento nos nervos, enquanto o resto da folha permanece verde. Em casos graves, as folhas acabam caindo. As deficiências de ferro também estão relacionadas ao excesso de cobre.

Cobre (Cu): forma parte de uma grande quantidade de enzimas e proteínas. Em geral, as plantas precisam de doses muito baixas de cobre durante o seu desenvolvimento. É um nutriente que intervém no metabolismo dos carboidratos, na fixação do nitrogênio e no processo de redução de oxigênio. Também intervém na produção de açúcares.

As deficiências desse nutriente são bastante comuns. Primeiro, as folhas mais jovens começam a murchar nas pontas e bordas. A cor muda de tons típicos de verde para cinza escuro/cobre. Em casos mais graves, a planta pode murchar toda. O crescimento e a floração diminuem. Embora possa ser colhida sem problemas, o rendimento será menor.

Boro (B): geralmente não há problemas de falta de boro no cultivo. Pouco se sabe sobre este nutriente, exceto que ele ajuda a absorver o cálcio e intervém na divisão, maturação e respiração celular. Também tem uma relação com a germinação e pode, eventualmente, colaborar na síntese de bases para a formação do ácido nucléico.

Deficiências de boro afetam principalmente as raízes. Estas tendem a inchar, perder a cor e parar o seu crescimento. Também os novos brotos das plantas podem apresentar queimaduras semelhantes aos produzidos por lâmpadas. As folhas engrossam e tornam-se frágeis, os brotos jovens retorcem e criam zonas mortas, e a planta eventualmente morre nos casos mais graves.

Cloro (Cl): é um dos micronutrientes fundamentais para a fotossíntese, na forma de cloreto. Também intervém na divisão celular e aumenta a pressão osmótica nas células que regulam o fluxo de umidade, abrindo e fechando seus estômatos. Em raras ocasiões existem deficiências de cloro, embora existam excessos. São produzidos principalmente pela água da torneira, carregada com cloro e que não foi descansada para que se degrade.

Deficiências ocorrem principalmente em folhas mais jovens que ficam amarelas e murcham. Em déficits severos, as folhas adquirem uma característica cor bronze. Quando há excessos de Cl, imediatamente as pontas das folhas e brotos começam a queimar. As folhas tendem a adquirir uma cor amarelada/bronze e o crescimento é retardado.

Silício (Si): não há muitas evidências de que um excesso de silício seja prejudicial. Tampouco é um nutriente que apresente deficiências. É o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre. Substratos e águas o contêm. Forma parte das paredes celulares e mantém altos níveis de ferro e magnésio. Em doses elevadas, sabe-se que aumenta a tolerância da planta contra pragas, secas e calor.

Cobalto (Co): não é um nutriente muito necessário para o crescimento das plantas. Além disso, muitos fabricantes não costumam incluí-lo em suas fórmulas. É necessário para o desenvolvimento de bactérias benéficas, a absorção de nitrogênio e pode influenciar a formação de terpenos. Embora as deficiências e os excessos sejam pouco frequentes, afetam a disponibilidade e a mobilidade do nitrogênio.

Molibdênio (Mo): um cultivo raramente irá apresentar problemas devido a deficiências ou excessos deste nutriente, para não dizer que eles não existem. O Mo faz parte dos sistemas enzimáticos mais importantes que convertem nitratos em amônio. Embora raro, como dissemos, a falta de molibdênio também traz consigo deficiências de nitrogênio. As folhas velhas começam a amarelar, primeiro entre os nervos. Nos casos mais graves se retorcem.

Níquel (Ni): é um micronutriente que as enzimas usam para decompor e usar o nitrogênio da ureia. Também é vital para a absorção de ferro. Não é um elemento que costuma apresentar problemas, embora suas deficiências também possam ser devidas à falta de nitrogênio.

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Dicas de cultivo: bactérias do ácido láctico, um probiótico para plantas de maconha

Dicas de cultivo: bactérias do ácido láctico, um probiótico para plantas de maconha

As bactérias do ácido lático (BAL ou LAB) são bactérias com capacidade de fermentar açúcares e convertê-los em ácido lático, o que pode proporcionar uma série de efeitos benéficos para as de maconha. Desde melhorar o bioma do solo até ajudar as plantas a se defenderem contra pragas, o uso de LAB pode levar o seu cultivo para o próximo nível.

Você é uma daquelas pessoas que está sempre procurando maneiras de melhorar seu cultivo de maconha? Ou você simplesmente adora saber como funcionam exatamente as plantas de cannabis? No artigo de hoje, nos concentramos nas bactérias do ácido láctico que podem melhorar vários aspectos do desempenho da planta, dando-lhe a oportunidade de levar a seu cultivo para o nível pro!

Explicaremos como funcionam as BAL em relação à cannabis e como utilizá-las para tirar o máximo proveito das suas plantas.

O que são bactérias do ácido láctico?

As bactérias do ácido láctico são um grupo diversificado de micróbios benéficos caracterizados pela sua capacidade de fermentar açúcares em ácido láctico. Essas bactérias estão naturalmente presentes em uma ampla variedade de ambientes, como solo, plantas e sistema digestivo de humanos e animais. As BAL desempenham um papel importante na regulação do equilíbrio do microbioma, tanto nas plantas como nos humanos, então porque não aproveitá-las para beneficiar o cultivo?

Essas bactérias podem parecer mais familiares para você do que você pensa. Por exemplo, na indústria alimentícia, as BAL são comumente utilizadas para a fermentação de produtos lácteos, como iogurte e queijo, bem como na produção de vegetais fermentados. Se você já tentou melhorar sua saúde intestinal com alimentos fermentados, provavelmente já encontrou produtos que usam LAB.

Mais recentemente, as bactérias do ácido láctico foram investigadas como uma nova alternativa promissora para a agricultura. A sua utilização na agricultura oferece uma estratégia sustentável para melhorar a saúde das plantas, aumentar a fertilidade do solo e aumentar os rendimentos.

Vantagens da LAB para o cultivo de maconha

A LAB atua como um potente probiótico para as plantas, incluindo a maconha, ajudando-as a melhorar a forma como processam os nutrientes, o que significa que podem fazer o uso ideal de tudo o que está disponível. Mas o que isso significa para o cultivo? Basicamente, significa maior produção de buds mais potentes e potencial para maior sabor. Agora, simplesmente usar LAB não vai mudar sua vida se você não levar em conta outros fatores; mas, se você está procurando uma forma de aumentar ainda mais sua colheita, esta pode ser a solução.

– LAB como bioestimulantes

As bactérias do ácido láctico atuam como bioestimulantes, melhorando os processos naturais das plantas, o que melhora o seu crescimento e desenvolvimento. Quando aplicado de forma eficaz às plantas de maconha, a LAB pode oferecer uma série de benefícios, tais como estimular atividades metabólicas, incentivar o desenvolvimento das raízes e aumentar a absorção de nutrientes. Alguns estudos mostraram até que as LAB podem melhorar a eficiência da fotossíntese, resultando em um crescimento mais robusto e vigoroso. Como resultado, obtém-se plantas mais saudáveis, com maiores rendimentos e buds de melhor qualidade, o que deverá deixar todos os cultivadores felizes!

– LAB como biofertilizante

Quando LAB são adicionados ao solo, melhoram a fertilidade do solo, pois promovem a decomposição da matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, portanto atuam como biofertilizantes. Quando utilizadas desta forma, estas bactérias decompõem compostos orgânicos complexos em formas mais simples que podem ser mais facilmente absorvidas pelas plantas, aumentando a absorção de macronutrientes e micronutrientes, e reforçando a eficácia dos métodos de fertilização orgânica.

Este processo enriquece o solo com nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio, além de outros nutrientes menos conhecidos que também contribuem para um crescimento saudável e vigoroso. Além disso, a LAB pode ajudar a manter a estrutura do solo e aumentar a sua capacidade de retenção de água, reduzindo a quantidade de rega necessária para dar às suas plantas e ajudando a estabilizar os níveis de pH.

– LAB combate pragas e doenças

Outra vantagem de usar LAB no cultivo de maconha é a sua capacidade de proteger as plantas contra pragas e doenças. A presença de patógenos pode não preocupá-lo muito até que um dia eles ataquem seu cultivo, e então você percebe o quão irritantes ou devastadores eles podem ser. Portanto, use bactérias do ácido láctico e talvez você nunca precise descobrir.

As LAB produzem diversas substâncias antimicrobianas, como bacteriocinas e ácidos orgânicos, que inibem o crescimento de bactérias e fungos nocivos, bem como de outros patógenos, nas plantas e no solo. Estes mecanismos de defesa naturais reduzem o risco de algumas doenças comuns da cannabis, como o oídio, a podridão das raízes e o Botrytis. Se combinar estes efeitos com o fato de a LAB ajudar as suas plantas a absorver mais nutrientes, terá a receita perfeita para fortalecer o sistema imunológico das suas plantas e conseguir um ambiente mais saudável.

– LAB ajuda a promover solo vivo

O conceito de “solo vivo” refere-se à importância de manter um ecossistema de solo saudável e dinâmico, onde diversos microrganismos, matéria orgânica e plantas interagem para criar um ambiente autossustentável, basicamente imitando um habitat natural saudável. O solo deve ser um ecossistema dinâmico e não um depósito de nutrientes inertes.

As bactérias lácticas desempenham um papel crucial na promoção da vida do solo, acelerando a decomposição da matéria orgânica e promovendo a ciclagem de nutrientes, o que favorece o desenvolvimento de uma série de microrganismos no solo. Além disso, as próprias bactérias servem de alimento para outros microrganismos benéficos, criando um microbioma de solo equilibrado e próspero. Esta diversidade microbiana aumenta a fertilidade do solo, melhora a saúde das plantas, reduz o desenvolvimento de agentes patogénicos no solo e resulta em plantas mais resilientes.

– LAB melhora a germinação de sementes de maconha

Acredita-se que o uso de bactérias lácticas pode melhorar significativamente a taxa de germinação das sementes de maconha. As sementes tratadas com LAB apresentam maiores taxas de germinação, bem como maior velocidade de germinação, garantindo um bom início para suas plantas. Embora os efeitos benéficos das LAB na germinação das sementes ainda não sejam totalmente compreendidos, são geralmente atribuídos à sua capacidade de aumentar a disponibilidade de nutrientes, estimular o desenvolvimento das raízes e proteger as sementes dos agentes patogénicos do solo.

No entanto, usar LAB não deve ser a única coisa a fazer para germinar sementes, pois há outros fatores muito mais importantes a serem levados em consideração. Porém, se você tem experiência e sabe o que está fazendo, eles são um complemento muito valioso.

– Como fazer LAB para plantas de maconha

Criar bactérias lácticas em casa é simples e econômico, e qualquer pessoa deveria ser capaz de fazer isso facilmente. Abaixo estão os materiais necessários, bem como os passos a seguir para adicionar LAB ao seu cultivo.

Material necessário:

– Arroz
– Água
– Leite (de preferência cru ou não pasteurizado)
– Frasco com tampa
– Gaze ou tecido respirável
– Elástico
– Pote/Jarra medidora e colheres
– Coador ou peneira de malha fina
– Pipeta

Instruções:

1 – Prepare a água de arroz: primeiro enxágue cerca de 200g de arroz com 250ml de água. Não jogue fora a água do enxágue; colete-a em uma jarra, pois contém amidos e micróbios benéficos que servirão como fonte de nutrientes para as LAB.

2 – Fermentação: cubra o frasco com gaze, prendendo com um elástico. Deixe descansar em temperatura ambiente por 3-7 dias enquanto fermenta. Durante este período, as bactérias do ácido láctico naturalmente presentes começarão a se multiplicar na água do arroz.

3 – Adicione o leite: em seguida, coe o líquido fermentado para remover quaisquer partículas sólidas e misture com 10 partes de leite. Este leite fornecerá nutrientes adicionais e um ambiente adequado para o desenvolvimento e proliferação das LAB (como acontece com o iogurte). Deixe essa mistura fermentar por mais 7 dias. Nesse período, você notará que a mistura se separa em camadas, com um líquido transparente (soro LAB) por cima.

4 – Coletar o LAB: terminada a fermentação, coletar cuidadosamente o líquido transparente (soro LAB) da camada superior com a pipeta e descartar o leite. Esse soro é rico em bactérias lácticas e pode ser armazenado em recipiente hermético na geladeira por vários meses, sem a necessidade de alimentar as bactérias, pois elas permanecerão dormentes. O soro LAB pode ser usado como spray foliar ou aplicado diretamente no solo das plantas de maconha.

Como usar BAL em plantas de maconha

Usar bactérias lácticas no cultivo de maconha é muito simples. Abaixo explicamos como fazer isso:

– Spray foliar: para usar como spray foliar, dilua o soro LAB com água na proporção de 1:20 (uma parte de soro para 20 partes de água) e borrife generosamente nas folhas de suas plantas. A pulverização foliar pode ajudar a aumentar a imunidade das plantas, proteger contra doenças foliares e melhorar a absorção de nutrientes. Para melhores resultados, pulverize as plantas de manhã cedo ou no final da tarde para evitar queimaduras solares nas folhas; se cultivar dentro de casa (indoor), pulverize depois de desligar as luzes.

– Aplique no solo: se quiser melhorar o bioma do solo, misture o soro LAB com água na proporção de 1:10 e aplique a mistura diretamente no solo ao redor da base das plantas. Para evitar regar em excesso, você pode fazer isso como parte de uma rotina regular de rega. Como já mencionamos, este método promove a saúde das raízes, melhora a absorção de nutrientes e favorece o microbioma do solo. Para melhores resultados, aplique esta mistura no solo uma vez por semana.

– Tratamento de sementes: para melhorar a taxa de germinação das sementes de maconha, mergulhe-as numa mistura de LAB e água (na proporção de 1:30) durante algumas horas antes de semear. Acredita-se que este tratamento melhora a taxa de germinação e protege as mudas de doenças transmitidas pelo solo.

Bactérias do ácido láctico e maconha: aproveite o poder dos micróbios

O uso de bactérias lácticas em seu cultivo de maconha pode ajudá-lo a obter plantas mais saudáveis, melhores rendimentos e um cultivo mais sustentável. Não só pode melhorar a qualidade do solo, mas também combater patógenos e até promover e acelerar a germinação das sementes.

Como já mencionamos, o simples uso da LAB não revolucionará o seu cultivo. Em vez disso, a ideia é que se você já cuida perfeitamente das suas plantas, o LAB será outro elemento para beneficiar suas plantas em geral e o ajudará a melhorar ainda mais o processo de cultivo e o produto final.

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: o que é e como resolver o bloqueio de nutrientes nas plantas de maconha

Dicas de cultivo: o que é e como resolver o bloqueio de nutrientes nas plantas de maconha

Descubra como identificar, tratar e prevenir o bloqueio de nutrientes nas plantas de maconha para um crescimento saudável e uma colheita abundante.

As plantas de cannabis são conhecidas pelo seu crescimento robusto. Porém, como qualquer outra planta, podem enfrentar problemas nutricionais que afetam sua saúde e desempenho. Identificar e resolver estes problemas em tempo útil é essencial para garantir um crescimento saudável e uma colheita abundante.

Um dos problemas mais comuns no cultivo de maconha é o bloqueio de nutrientes, uma condição que se não for tratada imediatamente pode arruinar completamente a sua colheita.

De quais nutrientes a maconha precisa?

Antes de abordar as questões nutricionais, é essencial compreender as necessidades nutricionais específicas das plantas de maconha em cada fase do seu ciclo de vida. As plantas de cannabis requerem uma combinação equilibrada de macronutrientes e micronutrientes para crescer e prosperar. Os macronutrientes primários incluem nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), enquanto os micronutrientes incluem ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), molibdênio (Mo) e cloro (Cl), entre outros.

Durante a fase vegetativa, as plantas de maconha necessitam de uma maior quantidade de nitrogênio para promover o crescimento de folhas verdes. Na fase de floração, a necessidade de fósforo e potássio aumenta para estimular o desenvolvimento de buds densos e resinosos. Um desequilíbrio na disponibilidade desses nutrientes pode causar uma série de problemas de saúde nas plantas.

O que é o bloqueio de nutrientes na maconha?

O bloqueio de nutrientes na maconha refere-se a uma situação em que as raízes da planta são incapazes de absorver certos nutrientes, mesmo que estejam presentes no meio de cultivo. Isso pode ocorrer devido a um desequilíbrio no pH do solo ou do meio de cultivo, o que afeta a disponibilidade de nutrientes para as raízes.

Quando o pH está fora da faixa ideal para absorção de nutrientes (geralmente entre 6,0 e 7,0 para a maioria das variedades de maconha), certos nutrientes podem tornar-se insolúveis ou disponíveis em formas que as raízes não conseguem absorver. Como resultado, a planta pode apresentar sintomas de deficiência de nutrientes, mesmo que os nutrientes estejam presentes no solo.

O bloqueio de nutrientes pode afetar a saúde e o desempenho das plantas, pois as raízes não conseguem acessar os nutrientes essenciais necessários para um crescimento saudável e uma produção ideal de flores.

Como tratar o bloqueio de nutrientes?

O tratamento do bloqueio de nutrientes na maconha envolve restaurar o equilíbrio do pH do solo ou do meio de cultivo para permitir que as raízes absorvam adequadamente os nutrientes. Aqui estão algumas estratégias para tratar o bloqueio de nutrientes:

Ajuste de pH: use um medidor de pH para determinar o nível atual de pH do solo ou meio de cultivo. Se o pH estiver fora da faixa ideal para absorção de nutrientes (geralmente entre 6,0 e 7,0), você deverá ajustá-lo usando corretores de pH naturais ou comerciais. É comum adicionar ácido (como ácido cítrico ou ácido ascórbico) para diminuir o pH, ou adicionar um agente alcalino (como carbonato de cálcio ou bicarbonato de sódio) para aumentar o pH, conforme necessário.

Enxaguar com água: enxaguar com água limpa pode ajudar a remover o excesso de sais e corrigir o desequilíbrio do pH do solo ou do meio de cultivo. O enxágue deve ser feito com cuidado para evitar lixiviação excessiva de nutrientes. A temperatura ambiente ou água ligeiramente morna pode ser usada para enxaguar o solo por vários ciclos até que o pH retorne à faixa desejada.

Uso de fertilizantes quelatados: estes fertilizantes contêm nutrientes em formas que são mais facilmente absorvidas pelas plantas, mesmo sob condições de desequilíbrio de pH que bloqueia os nutrientes. O uso de fertilizantes quelatados pode ajudar a melhorar a disponibilidade de nutrientes para as plantas e superar o bloqueio de nutrientes.

Aplicação de soluções tampão: podem ajudar a estabilizar o pH do solo ou do meio de cultivo, mantendo-o dentro da faixa ideal para absorção de nutrientes. Soluções tampão podem ser adicionadas à água de rega para corrigir o pH e evitar o bloqueio de nutrientes.

Monitoramento contínuo

Depois de tomar medidas para resolver o bloqueio de nutrientes, é importante continuar a monitorizar regularmente o pH do solo ou do meio de cultivo para garantir que se mantém dentro do intervalo desejado. Realize testes regulares de pH e ajuste o pH conforme necessário para evitar futuros problemas de bloqueio de nutrientes.

Como prevenir o bloqueio de nutrientes na maconha?

Prevenir o bloqueio de nutrientes nas plantas é essencial para manter um crescimento saudável e uma produção ideal de buds. Algumas medidas que recomendamos que você siga para evitar este problema são:

Monitoramento regular do pH: realize testes regulares de pH no solo ou meio de cultivo para garantir que esteja dentro da faixa ideal para absorção de nutrientes. Como já citado, para a maioria das variedades, a faixa ideal de pH geralmente está entre 6,0 e 7,0. Manter um pH equilibrado evita o bloqueio de nutrientes e garante que as raízes possam absorver os nutrientes de maneira adequada.

Utilização de substratos de qualidade: utilize substratos de qualidade que proporcionem boa estrutura do solo e drenagem adequada. Os substratos ricos em matéria orgânica muitas vezes melhoram a capacidade de retenção de nutrientes e podem ajudar a prevenir o bloqueio de nutrientes.

Fertilização equilibrada: use fertilizantes balanceados que forneçam uma combinação adequada de macronutrientes e micronutrientes para as necessidades das plantas. Evite superalimentação ou subalimentação, pois ambas podem contribuir para o desequilíbrio e bloqueio de nutrientes.

Alterações orgânicas: a incorporação de corretivos orgânicos no solo ou no meio de cultivo pode ajudar a melhorar a estrutura do solo, ao mesmo tempo que aumenta a capacidade de retenção de nutrientes e mantém um pH equilibrado. Alguns aditivos orgânicos, como composto e húmus de minhoca, também podem fornecer nutrientes adicionais à medida que se decompõem.

Irrigação adequada: manter um regime de rega adequado é crucial para evitar o bloqueio de nutrientes. Evite regar em excesso, o que pode causar lixiviação de nutrientes e lavagem de sais no solo. Certifique-se de que as plantas recebam a quantidade adequada de água com base em suas necessidades individuais.

Saber resolver problemas como o bloqueio de nutrientes nas plantas de maconha é essencial para garantir um crescimento saudável e uma colheita abundante. Se quiser saber mais sobre o cultivo da maconha, clique aqui e acesse mais dicas de cultivo.

Referências de texto: La Marihuana

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