Uruguai: farmácias começam a vender maconha com 20% de THC

Uruguai: farmácias começam a vender maconha com 20% de THC

Nas farmácias do Uruguai agora é possível comprar quatro variedades de maconha, três das quais (Alpha, Beta e Gamma) têm um teor mais baixo de THC (até 9% e 12%, respectivamente). Mas agora estará disponível uma nova genética e será a mais potente entres elas. Trata-se da Epsilon, um híbrido com predominância sativa que tem até 20% de THC.

“Após vários anos de análise e trabalho, no dia 15 de outubro estará disponível nas farmácias participantes da rede de distribuição de cannabis uma nova variedade, que se soma às três variedades já comercializadas”, informou esta semana o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis por meio de um comunicado em que anunciou o início das vendas do Epsilon. Cinco gramas custarão 570 pesos uruguaios (R$ 77). Entre outros detalhes do novo produto, as flores são analisadas em laboratórios para atestar a ausência de organismos microbiológicos e patogênicos, além de metais pesados ​​e vestígios de agrotóxicos.

Embora o IRCCA espere um grande apelo para a compra da nova variedade nas farmácias, a organização anunciou que estes primeiros lotes de flores com maior teor de THC serão limitados durante as primeiras semanas. “Será totalmente incorporado ao mercado gradualmente”, disse o órgão regulador uruguaio.

Além de comprar maconha em farmácias, no Uruguai você pode acessar derivados de plantas por meio de clubes ou pelo autocultivo, onde não há limite para a porcentagem de THC na maconha. O objetivo desta política nascida há mais de uma década é afastar o mercado da maconha do crime organizado, oferecendo diferentes vias de acesso regulamentadas. O IRCCA estima que, desde a implementação da legalização abrangente, até o momento mais de 51% dos usuários do país consomem maconha regulamentada pelo Estado.

Referência de texto: Inforbae / Cáñamo

Uruguai lançará uma nova variedade de maconha nas farmácias com maior teor de THC

Uruguai lançará uma nova variedade de maconha nas farmácias com maior teor de THC

Atualmente, três variedades diferentes de maconha podem ser compradas nas farmácias uruguaias: Alfa, Beta e Gamma. Enquanto as duas primeiras apresentam baixo teor de THC, que não ultrapassa 4%, a última apresenta nível próximo a 12%. Mas no final do ano estará à venda a Epsilon, uma nova opção de flor que chegará a 15% de THC. A informação foi confirmada esta semana pelo National Drug Board.

“A ideia é que haja um amplo espectro para que os usuários possam escolher”, disse Daniel Radío, secretário do Conselho Nacional de Drogas, em diálogo com a mídia local Telemundo, sobre a variedade que terá o maior nível de THC entre as que podem ser adquiridas em farmácias. De qualquer forma, vale ressaltar que nos clubes sociais (outra via de acesso legal) são encontradas genéticas com maior concentração.

Atualmente, no Uruguai existem quase 70.000 pessoas cadastradas para comprar flores de maconha em farmácias; cerca de 13.000 usuários estão associados a clubes de cultivo; e há quase 12.000 cultivadores para uso próprio. Embora se estime que o mercado consumidor total atinja 250.000 pessoas, o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA) estima que cerca de 51% dos usuários acessam derivados de plantas através de canais legais porque os compradores em farmácias muitas vezes compartilham suas flores com outra pessoa, em média. Enquanto os membros dos clubes o fazem com 1 a 3 pessoas.

“Desde que introduzimos a nova variedade, as pessoas voltaram a comprar e mais pessoas registaram-se: isso é bom, porque significa que continuamos avançando no sentido de que as pessoas compram mais no mercado regulado e menos no tráfico de droga”, afirmou a Rádio.

Referência de texto: Cáñamo

Uruguai apresenta plano de intervenção para pessoas com dependência química que estão presas

Uruguai apresenta plano de intervenção para pessoas com dependência química que estão presas

O guia elaborado pelo Conselho Nacional de Drogas também pretende ser uma ferramenta para os próprios reclusos.

Há mais de dez anos, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a permitir todos os usos da maconha. No entanto, até hoje, nem todos acessam legalmente os derivados vegetais. Uma população excluída são aqueles que cumprem pena na prisão. Embora o senador Sebastián Sabini tenha apresentado um projeto para que os presos possam comprar flores vendidas em farmácias, a medida ainda não foi aprovada e os presos obtêm maconha ou outras drogas clandestinamente. O método mais utilizado é a transferência de substâncias durante as visitas, mas isso também tem gerado um grande número de prisões por tráfico de drogas, o que foi criticado por Sabini meses atrás. Dada esta situação, o Conselho Nacional de Drogas lançou um “guia para abordar o uso problemático de drogas em pessoas privadas de liberdade”.

De acordo com o Conselho, esta iniciativa pretende ser uma contribuição para abordar de forma abrangente a saúde dos reclusos que sofrem de um transtorno de dependência de substâncias, para melhorar a sua qualidade de vida enquanto cumprem a pena. Na elaboração deste guia participaram diversas entidades, como a Administração Estatal de Serviços de Saúde através do Serviço de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SAI-PPL), o Instituto Nacional de Reabilitação (INR) e o Ministério do Desenvolvimento Social (MIDES), através da Direção Nacional de Apoio às Pessoas Libertadas (DINALI). Além disso, o guia está alinhado com a Estratégia Nacional sobre Drogas 2021-2025 e oferece um quadro claro para a intervenção no consumo problemático de drogas no sistema prisional uruguaio.

Um dos objetivos do guia é sistematizar e organizar o tratamento de pessoas que sofrem de transtornos de dependência por uso de substâncias nas prisões uruguaias e estabelecer protocolos de intervenção. Não é apenas um recurso para os profissionais de saúde e para o sistema prisional, mas também uma ferramenta para os próprios reclusos, que serão parte ativa no seu processo de recuperação.

Referência de texto: Cáñamo

Uruguai busca eliminar o registro de compradores de maconha em farmácias para que estrangeiros tenham acesso legal

Uruguai busca eliminar o registro de compradores de maconha em farmácias para que estrangeiros tenham acesso legal

A medida permitiria que estrangeiros que moram no Uruguai tivessem acesso legal à maconha nesses estabelecimentos.

No Uruguai, primeiro país do mundo a promulgar uma lei sobre a maconha que permite todos os usos, existem três formas de acesso aos derivados da planta: compra em farmácias, rede de clubes e autocultivo. Até agora, todos devem partilhar os seus dados com o Estado e fazer um cadastro no Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA). No entanto, isso pode mudar no futuro. O presidente da entidade, Daniel Radío, garantiu que o cadastro de compradores deveria ser eliminado.

Embora Radío tinha feito o projeto há meses, ainda não se concretizou em uma alteração do regulamento. O também secretário do Conselho Nacional de Drogas do Uruguai anunciou recentemente ao meio de comunicação local, Subrayado, que “está sendo considerada uma proposta nesse sentido”. No entanto, a medida atingiria apenas as pessoas que comprassem a sua maconha nas mais de 40 farmácias autorizadas. Tanto os produtores nacionais como os membros de associações sem fins lucrativos permaneceriam sob registro estatal. “E se alguém não quer mais ser um autocultivador, tem que ir e apagar (o registro)”, acrescentou Radío.

Radío explicou que algo importante da medida é que desta forma seria possibilitada a venda de maconha a residentes não uruguaios. “A vantagem é evitar que comprem no mercado ilegal”, disse ele.

“Só nas farmácias, em 2022 foram movimentadas duas toneladas de cannabis e em 2023 foram três toneladas, no valor de quatro milhões de dólares. É um dinheiro que não vai para os traficantes de droga”, diz Radío sobre um número que inclui as 63 mil pessoas registadas nas farmácias. Além disso, são mais de 14 mil autocultivadores e 11.300 associados em clubes sociais. Desta forma e segundo cálculos do IRCCA, mais da metade dos uruguaios que utilizam a planta acessam-na através do mercado regulamentado.

Referência de texto: Cáñamo

Uruguai: mais da metade dos usuários estão comprando maconha do mercado legal

Uruguai: mais da metade dos usuários estão comprando maconha do mercado legal

Pela primeira vez desde o início da regulamentação, mais da metade dos uruguaios que usam maconha compram do mercado legal. Isto foi confirmado pelo Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA) em um de seus últimos relatórios. Lá é detalhado que 51% dos usuários se abastecem em uma das três formas legais: autocultivo, clubes sociais e compra em farmácias.

O fato de a maior parte do mercado da maconha ser encontrado em canais regulamentados é um desafio que o Uruguai tem buscado desde a legalização, que celebrou recentemente seu décimo aniversário. Segundo o IRCCA, o objetivo foi alcançado porque foi registrado um crescimento de 15% no consumo durante os primeiros seis meses do ano. Explicam que o motivo se deveu à incorporação da variedade de maconha “Gamma” nas farmácias. É uma genética que possui 15% de THC, quase o triplo do que a “Alpha” e “Beta”, que são as outras opções disponíveis em farmácias.

O IRCCA estima que cerca de 11.300 pessoas que obtiveram a sua cannabis no mercado ilegal aderiram ao sistema de acesso legal de compra em farmácias. Além disso, isso significou um aumento de 19% no número de usuários que decidem comprar flores nesses estabelecimentos.

“Pode-se argumentar que no último ano o mercado real atingiu 51%. Portanto, este número de usuários de cannabis não está mais vinculado ao mercado ilegal para obter a maconha que consome, ou pelo menos reduziu a frequência desses vínculos”, afirma o órgão regulador da maconha no Uruguai.

Referência de texto: Cáñamo

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