A legalização do uso adulto da maconha está associada a menos hospitalizações entre pessoas com esquizofrenia, mostra estudo

A legalização do uso adulto da maconha está associada a menos hospitalizações entre pessoas com esquizofrenia, mostra estudo

As visitas ao pronto-socorro (PS) relacionadas à maconha diminuíram entre pacientes com esquizofrenia após a adoção da legalização da maconha para uso adulto no Canadá, de acordo com dados recém-publicados no periódico Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology.

Uma equipe de pesquisadores filiados à Universidade York, em Toronto, avaliou tendências em visitas relacionadas ao pronto-socorro em uma coorte de 121.061 pacientes com esquizofrenia entre 2015 e 2021.

Os pesquisadores identificaram “diminuições em visitas ao PS relacionadas à cannabis (em homens e mulheres), visitas ao PS relacionadas à saúde mental (em homens e mulheres) e visitas ao PS relacionadas à maconha + psicose entre os pacientes com esquizofrenia (apenas em homens)” nos anos imediatamente após a legalização. Isso marcou uma reversão das tendências pré-legalização, que haviam mostrado um “pequeno aumento mês a mês” nas hospitalizações associadas à cannabis.

Os autores do estudo concluíram: “Apesar das maiores taxas de base de utilização de cuidados agudos entre pacientes com esquizofrenia, a legalização da cannabis foi associada a reduções significativas, particularmente durante a fase 1. (…) Nossas descobertas sugerem que medidas regulatórias que acompanham a legalização podem melhorar a qualidade e a segurança dos produtos de cannabis, potencialmente levando a menos resultados adversos à saúde em populações de pacientes vulneráveis. Além disso, nosso estudo indica que a legalização e a regulamentação da maconha, em certos contextos, podem ajudar a reduzir a utilização de cuidados agudos em grupos de pacientes vulneráveis”.

Comentando sobre o estudo, o vice-diretor da organização NORML, Paul Armentano, disse: “Esses resultados ilustram que a regulamentação da cannabis, juntamente com a educação do consumidor, pode fornecer salvaguardas suficientes para proteger — e potencialmente até melhorar — os resultados de saúde mental, particularmente entre populações mais vulneráveis”.

Embora o uso de cannabis, tabaco e outras substâncias seja relativamente comum entre pessoas com esquizofrenia e outras condições psiquiátricas, as incidências de psicose induzida por maconha são raras entre aqueles que não têm um transtorno psiquiátrico preexistente.

Nos Estados Unidos, as leis de legalização da maconha em nível estadual não foram associadas a um aumento estatisticamente significativo em resultados de saúde relacionados à psicose. Especificamente, um artigo de 2022 publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) Network Open não encontrou associação entre a adoção da legalização da maconha e as taxas gerais de diagnósticos relacionados à psicose ou antipsicóticos prescritos.

Mais recentemente, um estudo de consenso compilado pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA determinou que “não há evidências suficientes de uma associação entre a política de cannabis e mudanças na saúde mental e comportamental”.

Referência de texto: NORML

O uso de maconha não leva a déficits associados à esquizofrenia

O uso de maconha não leva a déficits associados à esquizofrenia

Ao contrário dos argumentos usados ​​pelos opositores da reforma da legislação sobre a maconha, “o uso de cannabis não aumenta significativamente os déficits de matéria cinzenta associados à esquizofrenia”.

De acordo com um estudo publicado pela revista Psychiatry Research: Neuroimaging, e conduzido por pesquisadores da Vanderbilt University Medical Center, no Tennessee.

O resumo do estudo começa dizendo que; “O uso de substâncias pode confundir o estudo da estrutura cerebral na esquizofrenia. Usamos a morfometria baseada em voxels (VBM) para examinar se existem diferenças de volumes regionais de matéria cinzenta entre os pacientes com esta doença com e sem antecedentes clinicamente significativos do consumo de cannabis e/ou álcool em comparação com 88 indivíduos de controle saudáveis”.

Em relação com os controles, “os pacientes com esquizofrenia tinham reduzido o volume de massa cinzenta na circunvolução do cérebro pré-central bilateral, o córtex frontal médio direito, o córtex visual direito, o pólo occipital direito, tálamo direito, a amígdala bilateral e cerebelo bilateral independentemente da história de uso de substâncias”. Dentro destas regiões, os pesquisadores “não encontraram nenhuma diferença de volume entre pacientes com esquizofrenia e um histórico de cannabis e/ou álcool em comparação com pacientes com esquizofrenia sem histórico clinicamente significativo do uso de substâncias”.

Os pesquisadores concluem; “Nossos dados apoiam a ideia de que uma história clinicamente significativa de consumo de álcool ou cannabis não aumenta significativamente os déficits de substância cinzenta associados à esquizofrenia”.

Fonte: The Joint Blog

A maconha pode ajudar no tratamento da esquizofrenia

A maconha pode ajudar no tratamento da esquizofrenia

De acordo com um novo estudo publicado na revista Medicines, e publicado online pelo Instituto Nacional de Saúde EUA, a maconha “pode ser usada como um tratamento para a esquizofrenia, oferecendo um novo começo e uma nova esperança”.

De acordo com o resumo estudo intitulado “O papel da cannabis em uma perspectiva emergente sobre a esquizofrenia” começa assim: “Aproximadamente 0,5% da população é diagnosticada com alguma forma de esquizofrenia, sob a visão predominante de que a doença é melhor tratada usando drogas farmacêuticas que atuam em receptores de monoamina”. Para o estudo, pesquisadores revisaram “evidências sobre o impacto das forças ambientais, em particular o efeito da atividade autoimune, na expressão de perfis esquizofrênicos e o papel da terapia com cannabis para regular o funcionamento imunológico”.

“Uma revisão da literatura mostra que o consumo de fitocanabinoides pode ser uma opção segura e eficaz para a esquizofrenia como terapia primária ou complementar”, afirma o estudo. “Pesquisas emergentes sugerem que a cannabis pode ser usada como um tratamento para a esquizofrenia de uma perspectiva etiológica mais ampla que se concentra nas causas ambiental, autoimunes e neuro inflamatórias do transtorno, oferecendo um novo começo e uma nova esperança para aqueles que sofrem desta doença debilitante e pouco conhecida”.

O estudo foi realizado na Universidade do Novo México, com pesquisadores do Departamento de Psicologia e do Departamento de Economia.

O estudo completo pode ser encontrado clicando aqui.

Fonte: The Joint Blog

Estudo descobre que o CBD tem efeitos benéficos em pacientes com esquizofrenia

Estudo descobre que o CBD tem efeitos benéficos em pacientes com esquizofrenia

O canabidiol (CBD) tem efeitos benéficos em pacientes com esquizofrenia, de acordo com um novo estudo publicado pela American Journal of Psychiatry.

“A nova pesquisa em animais e humanos indica que o canabidiol (CBD) possui propriedades antipsicóticas”, começa o resumo do estudo. “Os autores avaliaram a segurança e eficácia do CBD em pacientes com esquizofrenia”.

Em um estudo exploratório duplo cego, em grupos paralelos, os pacientes com esquizofrenia foram “aleatorizados, em uma proporção de 1: 1 para receber CBD (1000mg / dia; N = 43) ou placebo (N = 45) junto com a sua medicação antipsicótica existente”. Os participantes foram “avaliados antes e após o tratamento usando a Escala de Síndrome Positiva e Negativa (PANSS), a Avaliação Breve de Cognição em Esquizofrenia (BACS), a Escala de Avaliação Global do Funcionamento (GAF) e as escalas de melhora e gravidade da Escala de Impressão Global Clínica (CGI-I e CGI-S)”.

Após 6 semanas de tratamento, em comparação com o grupo placebo, “o grupo de CBD apresentou níveis mais baixos de sintomas psicóticos positivos (PANSS: diferença de tratamento = -1,4, IC de 95% = -2,5, -0,2) e foram mais propensos que tenham sido avaliados com melhora (CGI-I: diferença de tratamento = -0,5, IC 95% = -0,8, -0,1) e como não gravemente doentes (CGI-S: diferença de tratamento = -0,3, IC 95% = -0,5, 0,0) pelos “pacientes que receberam CBD” também apresentaram melhorias maiores que não atingiram significância estatística no desempenho cognitivo (BACS: diferença de tratamento = 1,31, IC 95% = 0,10 2,72) e em funcionamento geral (GAF: diferença de tratamento = 3,0 , IC 95% = -0,4, 6,4). A CBD foi bem tolerada e as taxas de eventos adversos foram semelhantes entre os grupos CBD e placebo”.

O estudo conclui afirmando que; “Esses achados sugerem que o CBD tem efeitos benéficos em pacientes com esquizofrenia. Como os efeitos do CBD não parecem depender do antagonismo do receptor da dopamina, este agente pode representar um novo tipo de tratamento para o transtorno”.

Os pesquisadores descobriram que aqueles que foram tratados com canabidiol apresentaram menos sintomas do que os pacientes que receberam apenas um placebo.

O estudo publicado no American Journal of Psychiatry encontrou, segundo os psiquiatras , que os pacientes tratados com CBD apresentaram indicações de melhor desempenho e funcionamento cognitivo.

O estudo completo, publicado pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, pode ser encontrado clicando aqui.

Fonte: The Joint Blog

Maconha mostra promessa no tratamento da esquizofrenia

Maconha mostra promessa no tratamento da esquizofrenia

A maconha nos últimos anos está mais amplamente aceita e isso se deve ao grande número de estudos que falam das propriedades benignas da planta e seus componentes.

Grande parte dessas boas propriedades é devido a um determinado composto, o canabidiol (CBD), que não é psicoativo, e que ajudaria a conter os efeitos cognitivos em pacientes esquizofrênicos.

A revisão do estudo sobre o composto teve lugar na australiana Universidade de Wollongong, e foi realizada pela Dra. Katrina Green, a Professora Nadia Solowij e a Doutorando de Wollongong Ashleigh Osborne.

De acordo com a Dra. Katrina Green:

“Nesta revisão, encontramos que o CBD não melhorará a aprendizagem e a memória em cérebros saudáveis, mas pode melhorar aspectos da aprendizagem e memória em doenças associadas com o comprometimento cognitivo, incluindo a doença de Alzheimer, assim como distúrbios neurológicos e neuroinflamatórios”.

“Descobrimos que o CBD foi capaz de restaurar o reconhecimento e a memória de trabalho, assim como o comportamento social em níveis normais”, disse Osborne em um comunicado. “Estes resultados são interessantes porque sugerem que o CBD pode ser capaz de tratar alguns dos sintomas da esquizofrenia que são aparentemente resistentes aos medicamentos existentes. Além disso, o tratamento com CBD não alterou o peso corporal nem a ingestão de alimentos, que são efeitos secundários comuns de tratamento com drogas antipsicóticas”.

Osborne explicou à ABC News Austrália: “Isto é muito importante porque os antipsicóticos atuais não abordam os déficits cognitivos, que aproximadamente 80% dos pacientes com esquizofrenia experimentam”.

“Este é o primeiro estudo a mostrar que o canabidiol pode ser usado para tratar os sintomas da esquizofrenia que não são abordados pelas drogas atuais”, disse Osborne à ABC News. “Estes resultados são muito promissores, mas é necessário mais investigações para ver se estes resultados se traduzem nas pessoas que sofrem de esquizofrenia”.

Ela acrescentou: “Em última análise, nós esperamos que estes resultados conduzam a novos medicamentos melhorados”.

Fonte: Naturally Healthy People

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