Grupo apoiado por Elon Musk doa US$ 500.000 para esforço contra a legalização da maconha na Flórida (EUA)

Grupo apoiado por Elon Musk doa US$ 500.000 para esforço contra a legalização da maconha na Flórida (EUA)

Um comitê político que se opõe a uma iniciativa de votação para legalização da maconha na Flórida, nos EUA, recebeu uma contribuição de meio milhão de dólares de uma organização que Elon Musk usou para apoiar discretamente o governador Ron DeSantis antes de ele desistir da corrida presidencial de 2024 no país. Ao mesmo tempo – e frustrando os proibicionistas – a campanha pró-legalização ultrapassou oficialmente US$ 100 milhões em contribuições totais.

As notícias sobre financiamento de campanha surgem no momento em que uma nova pesquisa mostra o apoio majoritário à medida sobre a maconha no estado, mas não o suficiente para atender ao requisito de 60% para aprovar a emenda constitucional.

Faithful & Strong Policies, Inc., um grupo administrado pelo advogado Scott Wagner, da Flórida, fez a contribuição de US$ 500.000 para a Keep Florida Clean, Inc. no início deste mês, mostram os registros da campanha. A Keep Florida Clean, que é liderada pelo chefe de gabinete de DeSantis, James Uthmeier, está comprometida em derrotar a Emenda 3, a medida de legalização da maconha, na votação.

Embora a doação seja insignificante em comparação aos mais de US$ 100 milhões que a campanha pró-legalização da Safe & Smart Florida recebeu neste ciclo eleitoral — principalmente da empresa de maconha Trulieve —, ela ainda assim acrescenta combustível ao esforço da oposição em um momento crítico, especialmente porque a última pesquisa da NBC 6 Florida levanta questões sobre as perspectivas de aprovação da iniciativa.

A relação de Musk com essa mais nova contribuição do comitê Faithful & Strong Policies não está clara. Mas o The Wall Street Journal relatou recentemente que o biolionário, dono da Tesla e da Space X, deu anteriormente US$ 10 milhões à organização, cerca de metade dos quais foram para o apoio a candidatura de DeSantis para a nomeação presidencial republicana.

O portal Marijuana Moment entrou em contato com Wager, da Faithful & Strong Policies, e também com Musk, para esclarecimentos, mas os representantes não responderam até o momento da publicação.

Várias pesquisas recentes indicaram que a Emenda 3 tem apoio suficiente dos eleitores de ambos os lados para ser aprovada, mas a pesquisa da NBC 6, divulgada no domingo, descobriu que 58% dos eleitores registrados são a favor da reforma — dois pontos percentuais a menos do que é necessário para ser promulgada pela lei estadual.

A maioria dos democratas (72%) e independentes (54%) disseram que apoiam a mudança de política. Uma pluralidade de republicanos (49%) disse o mesmo. A pesquisa mostra ainda o apoio majoritário em todas as regiões do estado pesquisadas, bem como entre os eleitores com menos e mais de 50 anos.

A pesquisa envolveu entrevistas com 625 pessoas entre 1 e 4 de outubro, com uma margem de erro de +/- 4 pontos percentuais.

Referência de texto: Marijuana Moment

EUA: a maioria das pessoas não confia no governo ou em médicos para obter informações sobre a maconha, mostra estudo

EUA: a maioria das pessoas não confia no governo ou em médicos para obter informações sobre a maconha, mostra estudo

De acordo com um novo estudo que foi parcialmente financiado por uma agência do governo dos EUA, os adultos do país norte-americano geralmente não obtêm informações sobre a maconha de fontes governamentais ou médicas.

A pesquisa nacionalmente representativa de 1.161 adultos descobriu que as agências governamentais eram a fonte menos popular de informações relacionadas à cannabis (4,7% nos resultados ponderados por probabilidade). E embora os provedores de assistência médica e de saúde também estivessem entre as fontes menos comuns, com 9,3%, eles estavam mais altos na lista do que os budtenders – funcionários de dispensários (8,6%).

As fontes mais populares de informações sobre maconha, por sua vez, foram amigos e familiares (35,6%) e sites (33,7%).

O estudo, que recebeu apoio do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas e foi publicado este mês no Journal of Cannabis Research, conclui que a maioria das pessoas “obtém informações de saúde sobre maconha de amigos e familiares ou online, com muito poucas consultando seus provedores de saúde ou agências governamentais”.

Notavelmente, as pessoas que relataram usar cannabis por motivos médicos eram significativamente mais propensas do que outras a citar profissionais de saúde como fonte de informações relacionadas à maconha em comparação com outros entrevistados (16,4% versus 5,2%, respectivamente).

Dada a tendência de mudanças das políticas da maconha nos EUA — e o que o artigo descreve como potenciais “efeitos amplos nos resultados de saúde pública relacionados à cannabis” se a maconha for movida da Lista I para a Lista III da Lei de Substâncias Controladas — o artigo pede mais atenção para garantir que os profissionais de saúde sejam melhor educados sobre questões relacionadas à cannabis e que as mensagens do governo sejam tratadas com cuidado.

“À medida que a acessibilidade e a legalidade da maconha aumentam”, diz, “há uma forte necessidade de melhor educação clínica, estratégias de divulgação pública e melhor comunicação entre pacientes e clínicos sobre a cannabis”.

O vice-diretor da NORML, Paul Armentano, disse sobre as descobertas da nova pesquisa que o uso de maconha “não é um fenômeno novo e não vai desaparecer” e que fontes como provedores de saúde e agências governamentais têm a responsabilidade de buscar e fornecer informações precisas.

“Historicamente, fontes afiliadas ao governo têm embelezado ou mentido descaradamente sobre a maconha e seus efeitos”, ele disse. “Não é de se admirar que o público não as considere fontes confiáveis ​​de informações relacionadas à maconha”.

Os prestadores de serviços de saúde, acrescentou Armentano, “têm a responsabilidade de se manterem atualizados com as ciências e tendências relacionadas à cannabis para que possam se envolver com seus pacientes, assim como se manteriam informados e forneceriam conselhos sobre qualquer outro comportamento que potencialmente impacta a saúde e o bem-estar de seus pacientes”.

Na verdade, os autores do novo artigo escreveram que suas descobertas mostram que “educação médica insuficiente pode exacerbar a desinformação sobre a cannabis”.

“Pesquisas e estudos qualitativos demonstram que muitos médicos e estudantes de medicina desejam treinamento mais relevante (especialmente durante a faculdade de medicina)”, observa, citando relatórios anteriores, “mas apenas 9% das faculdades de medicina em 2016 ofereciam currículos específicos” para a maconha.

Das 1.161 pessoas entrevistadas pela equipe de pesquisa — composta por autores do Centro de Psicodélicos da Universidade de Michigan e suas escolas de medicina e saúde pública, bem como do Legacy Research Institute em Portland, Oregon — 27% no geral disseram que usaram maconha no ano passado.

Os resultados mostraram que as pessoas que relataram uso no ano anterior eram mais propensas a relatar a obtenção de informações de “todas as fontes de informação, exceto agências governamentais e artigos populares da mídia”.

Enquanto isso, um estudo separado sobre a comunidade do Reddit como fonte de informações sobre maconha descobriu que os jovens que buscam informações veem isso como uma “saída viável”, apesar de muitas vezes não ter fatos verificáveis.

A carência pode revelar uma oportunidade, disseram os autores do estudo, observando que intervenções — incluindo, potencialmente, no próprio Reddit — que “fornecem informações compreensíveis e precisas em formatos acessíveis podem aumentar a capacidade dos jovens de acessar e praticar a redução de danos”.

Enquanto isso, o Instituto Nacional do Câncer (NCI) publicou recentemente uma ampla série de relatórios científicos sobre maconha e câncer como parte de um esforço para entender melhor as “questões centrais” sobre o relacionamento dos pacientes com a maconha — incluindo origem, custo, padrões comportamentais, comunicações entre paciente e provedor e motivos para o uso.

Um estudo separado financiado pelo governo estadunidense publicado pela American Medical Association descobriu recentemente que a maioria dos pacientes com dor e dos médicos dizem que as companhias de seguro devem cobrir os custos do uso medicinal da maconha. Isso inclui quase dois terços (64%) dos pacientes com dor e pouco mais da metade (51%) dos médicos.

Outro estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association descobriu que a maioria dos consumidores de maconha usa a planta para tratar problemas de saúde, pelo menos algumas vezes, mas muito poucos se consideram usuários medicinais de maconha.

“Menos da metade dos pacientes que usaram cannabis relataram usá-la por razões médicas, embora a maioria dos pacientes tenha relatado o uso de maconha para controlar um sintoma relacionado à saúde”, escreveram os autores do estudo. “Dadas essas descobertas discrepantes, pode ser mais útil para os clínicos perguntar aos pacientes para quais sintomas eles estão usando maconha em vez de confiar na autoidentificação do paciente como um usuário adulto ou medicinal de cannabis”.

“Isso está alinhado com outro estudo que descobriu que esse tipo de uso de cannabis é clinicamente subreconhecido”, eles acrescentaram, “e sem uma triagem específica para o uso medicinal de cannabis, os médicos podem não perguntar e os pacientes muitas vezes não revelam seu uso”.

Referência de texto: Marijuana Moment

Instituto dos EUA está contratando uma empreiteira para enrolar centenas de milhares de baseados para pesquisa sobre maconha

Instituto dos EUA está contratando uma empreiteira para enrolar centenas de milhares de baseados para pesquisa sobre maconha

Uma nova solicitação de propostas do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA) dos EUA está procurando por funcionários capazes de produzir baseados — milhares de baseados — para fins de pesquisa aprovados pelo governo do país norte-americano.

O NIDA disponibiliza aos pesquisadores “cigarros de maconha” e outras substâncias controladas, diz a agência no novo documento, ressaltando que a demanda “cresceu significativamente” nos últimos anos, em grande parte devido aos “esforços de pesquisa em rápida expansão na área do abuso de drogas”.

Agora, estão procurando fornecedores que possam produzir baseados de maconha em grandes quantidades, bem como preparar, “de preferência enrolando à mão, um pequeno lote de cigarros de maconha dentro de uma quantidade de delta-9-THC especificado, ou canabidiol (CBD), ou ambos”, conforme exigido pelo NIDA.

Embora ainda não esteja claro quais produtos específicos a agência precisará adquirir, o documento de 141 páginas fornece “exemplos de ordens de serviço” que incluem a fabricação de dezenas de milhares de baseados padronizados e lotes menores de baseados enrolados à mão.

Os níveis de THC e CBD nos pedidos de amostra estão notavelmente abaixo do que estão na maioria dos produtos disponíveis comercialmente nos mercados legalizados pelo estado, com níveis de THC “baixos” variando de 1,0% a 2,5% e níveis “altos” variando de 3,5% a 5% de THC. Em comparação, muitos produtos para uso adulto têm níveis totais de THC de 20% ou mais.

Além da produção, o pedido também estabelece outras tarefas necessárias, como avaliar a potência dos baseados e realizar o controle de qualidade em cigarros novos e manufaturados “regularmente para manter sua integridade”.

Outra tarefa de exemplo explica que pode ser esperado que um empreiteiro monitore produtos armazenados em várias temperaturas ao longo do tempo, por exemplo, para monitorar a estabilidade e a integridade química.

O pedido do NIDA não é exclusivo para maconha e inclui uma gama de drogas que a agência está tentando estudar. Outras substâncias mencionadas no documento para pesquisa incluem cigarros de nicotina, morfina, metadona, naltrexona e “outros compostos de interesse para a comunidade de pesquisa de abuso de drogas.

Uma ordem de tarefa de amostra separada também se refere a empreiteiros que adquirem “drogas controladas e não controladas difíceis de encontrar/compostos químicos de pesquisa para o inventário de fornecimento de drogas do NIDA, incluindo importação de fontes internacionais, conforme exigido pelo NIDA”.

O NIDA, que no início deste ano citou seus vários esforços de pesquisa sobre maconha e psicodélicos em uma tentativa de justificar seu financiamento pelo Congresso do país, também tem trabalhado para estudar outras questões relacionadas à planta, como melhorar os rótulos de advertência dos produtos para informar melhor as pessoas sobre os riscos do uso.

Em 2022, o NIDA também criou seu chamado “registro da cannabis” com o objetivo de “capturar dados sobre o uso de produtos e resultados de saúde, e conduzir testes em produtos associados a resultados adversos”.

As agências do país também têm exigido o aumento da produção de substâncias controladas como maconha e psicodélicos em meio à demanda elevada de pesquisadores. No mês passado, a Drug Enforcement Administration (DEA) divulgou novas cotas para a produção de substâncias controladas de Tabela I e Tabela II para fins de pesquisa — exigindo um aumento na fabricação dos psicodélicos ibogaína, psilocibina e psilocina.

A DEA também propôs aumentos drásticos na produção de maconha e psicodélicos em 2022, citando demandas de pesquisa.

O NIDA, por sua vez, enviou uma solicitação separada de propostas em 2022 buscando um contratante para cultivar, colher e analisar milhões de gramas de maconha para fins de pesquisa. A agência disse que estava buscando fabricantes capazes de cultivar, testar e enrolar baseados de cerca de quatro milhões de gramas de cannabis em um período de cinco anos.

No mesmo ano, o NIDA abriu as portas para autorizar cultivadores de cannabis para fins de pesquisa. A agência trabalhou por décadas com a mesma fazenda de maconha na Universidade do Mississippi, e os cientistas há muito tempo criticavam a qualidade da planta e dos extratos produzidos no local.

Enquanto isso, em 2019, o NIDA enviou uma solicitação separada solicitando ajuda para “adquirir, desenvolver e produzir” baseados para fins de pesquisa.

Separadamente, a diretora do NIDA, Nora Volkow, argumentou em uma postagem de blog publicada recentemente que os interesses comerciais estão aumentando as taxas de uso de drogas e transtornos por uso indevido de substâncias.

Embora ela tenha expressado preocupações sobre a criminalização como uma política, Volkow levantou uma série de reclamações com o mercado comercial de maconha que se expandiu como resultado do movimento de legalização em nível estadual. E embora os legisladores e agências de saúde tenham visto progresso no combate ao uso de outras substâncias legais, como o tabaco, ela disse que a indústria da maconha “apresentou novas oportunidades para interesses comerciais impulsionarem o consumo de drogas em todas as idades e demografias”.

Volkow já havia reconhecido que os dados mostram que as taxas de uso de maconha entre jovens permaneceram estáveis, apesar de suas preocupações sobre o impacto potencial da legalização, evidenciado por diversas pesquisas financiadas pelo governo, por exemplo.

Volkow manteve sua posição de que a criminalização não é uma abordagem eficaz para o controle de drogas, no entanto. Ela disse anteriormente que a guerra às drogas “criou um sistema estruturalmente racista” no qual os negros são tratados “pior” do que os outros. E ela pediu ao governo que se afaste “da criminalização”, argumentando que o fracasso do país em oferecer tratamento medicamentoso a pessoas encarceradas apenas agrava a crise atual de overdose de opioides no país.

Fora dos canais governamentais, algumas outras pessoas também se ofereceram para pagar alguém para enrolar baseados — por exemplo, Snoop Dogg, que disse há alguns anos que paga para uma pessoa de US$ 40.000 a US$ 50.000 por ano para ter baseados prontamente disponíveis.

O ator Seth Rogen confirmou na época que tinha observado o funcionário em ação durante as sessões com Snoop. “Ele sabe como avaliar o olhar no rosto de alguém quando parece que eles querem um baseado, e se eles querem, ele te dá um”, disse Rogen. “Timing. O timing daquele filho da puta é impecável”, acrescentou Snoop.

Referência de texto: Marijuana Moment

Califórnia (EUA) revoga a licença de mais um laboratório por causa de escândalo de pesticidas em produtos de maconha

Califórnia (EUA) revoga a licença de mais um laboratório por causa de escândalo de pesticidas em produtos de maconha

Depois da crise desencadeada na indústria da maconha na Califórnia, nos Estados Unidos, devido à descoberta de cartuchos de vaporizadores que continham restos químicos nocivos à saúde, apesar de terem sido analisados, o órgão regulador estadual já revogou quatro licenças de laboratórios. A última delas aconteceu esta semana com a empresa Verity Analytics, com sede no condado de San Diego.

A crise laboratorial foi descoberta em julho passado, na sequência de uma investigação jornalística realizada em conjunto pelo Los Angeles Times e pela WeedWeek, na qual foi revelado que dezenas de produtos de maconha da Califórnia continham resíduos de pesticidas. Vários deles excederam os limites estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA para uma única exposição. Isto implica um sério risco para a saúde dos usuários. Mas isto também significou um escândalo na indústria, uma vez que os laboratórios encarregados de realizar a análise dos produtos antes de os colocar à venda deram a sua aprovação. Esta situação fez com que várias lojas de varejo se encarregassem de realizar por conta própria os testes de certificação e que o Departamento de Controle de Cannabis da Califórnia (DCC) reforçasse seus controles.

De acordo com o porta-voz do DCC, David Hafner, a Verity é o quarto laboratório de testes de qualidade de maconha da Califórnia a perder sua licença desde dezembro do ano passado, quando o regulador começou a notar irregularidades. Os outros laboratórios foram THC Analytical, ProForma Labs e California Cannabis Testing Labs.

“As ações de fiscalização do DCC, especialmente contra laboratórios de testes, ressaltam o foco do Departamento na proteção da segurança do consumidor e na integridade do mercado legal de cannabis”, disse Hafner ao portal MJBizDaily.

Referência de texto: MJBizDaily / Cáñamo

EUA: Nova York anuncia US$ 5 milhões em subsídios para reinvestimento comunitário financiados pela receita tributária da maconha

EUA: Nova York anuncia US$ 5 milhões em subsídios para reinvestimento comunitário financiados pela receita tributária da maconha

Autoridades do estado de Nova York (EUA) estão se preparando para implantar até US$ 5 milhões em subsídios financiados pela receita de impostos sobre a maconha como parte de um esforço para reinvestir em áreas desproporcionalmente impactadas pela guerra às drogas. O Escritório de Gestão da Cannabis (OCM, sigla em inglês) do estado diz que os prêmios visam “corrigir uma ampla gama de necessidades da comunidade — de moradia a creches, treinamento de habilidades profissionais e muitas áreas entre elas”.

De acordo com a lei estadual, 40% de toda a receita tributária da maconha é destinada ao reinvestimento comunitário, visando “áreas do estado que historicamente têm tido poucos recursos, são mal atendidas e são policiadas em excesso”, disse o OCM em seu site recentemente.

Os US$ 5 milhões em dinheiro doado — a serem divididos em prêmios individuais de US$ 100.000 — se concentrarão em sua rodada inicial em fornecer serviços a jovens, desde recém-nascidos até jovens de 24 anos, e se enquadrarão em pelo menos uma das três áreas: saúde mental, desenvolvimento da força de trabalho e moradia.

“As organizações NÃO precisam ser afiliadas a nenhuma empresa ou atividade relacionada à cannabis para se inscrever”, deixa claro um resumo do programa do OCM, que será supervisionado pelo Conselho Consultivo de Cannabis do estado.

“O Community Reinvestment Program emite subsídios para comunidades desproporcionalmente afetadas por políticas federais e estaduais anteriores sobre drogas, a fim de atender a uma ampla gama de necessidades da comunidade — desde moradia até assistência infantil, treinamento de habilidades profissionais e muitas áreas intermediárias”.

Os pedidos de subsídios estarão disponíveis no final deste ano, com uma solicitação de pedidos prevista para ser divulgada ainda este ano, disse o OCM. Enquanto isso, as organizações interessadas podem começar a trabalhar em pedidos de pré-qualificação disponíveis em um site estadual.

“Devido ao tempo que pode levar para concluir esse processo (normalmente de 5 a 10 dias úteis, mas às vezes mais), é aconselhável que as organizações sem fins lucrativos interessadas se pré-qualifiquem o mais rápido possível”, disse o escritório.

Os premiados receberão os fundos ao longo de um período de dois anos, com uma parcela sendo desembolsada em um pagamento antecipado único e os fundos restantes distribuídos por meio de “vouchers baseados em reembolso” trimestrais.

“Para garantir que recursos limitados estejam disponíveis para áreas do Estado onde o financiamento pode ter o maior impacto”, diz a página do programa, “o ciclo de subsídios de 2024 visa priorizar o financiamento para condados identificados como de alta necessidade de serviços voltados para jovens e como historicamente com poucos recursos e policiamento excessivo. Além disso, a OCM e o Cannabis Advisory Board pretendem fazer pelo menos um prêmio dentro de cada região da Empire State Development (ESD) para garantir a distribuição geográfica dos prêmios em todo o Estado”.

O anúncio dos próximos subsídios de reinvestimento ocorre poucas semanas após a governadora de Nova York, Kathy Hochul, elogiar os números de vendas de maconha “quentes” do estado, já que o mercado atingiu uma “máxima histórica” de mais de meio bilhão de dólares em compras legais de cannabis desde que os varejistas para uso adulto foram lançados no final de 2022.

Nova York viu cerca de US$ 370 milhões em compras este ano, segundo números divulgados no mês passado. Combinado com o total do ano passado de cerca de US$ 160 milhões, isso traz a soma líquida para aproximadamente US$ 530 milhões desde que o mercado do estado foi lançado em dezembro de 2022.

A governadora e os reguladores estão atribuindo o crescimento, pelo menos em parte, aos seus esforços para acabar com operadores ilícitos e expandir o mercado licenciado. Hochul disse em junho que as ações de fiscalização intensificadas do estado contra lojas ilícitas de maconha estão resultando em um aumento significativo nas vendas legais em varejistas licenciados.

A governadora fez os comentários em meio a críticas de ativistas focados em ações sobre o que eles veem como uma “aquisição corporativa” do mercado da maconha, citando reportagens sobre a administração rejeitando preocupações de autoridades estaduais sobre um acordo de empréstimo de capital privado “predatório” que o estado aprovou para fornecer financiamento para varejistas de cannabis iniciantes.

Certos defensores dizem que Hochul culpou “falsamente” a própria lei de legalização pelos problemas do estado com o mercado ilícito, sem assumir a responsabilidade pelo papel da administração. Para esse fim, houve críticas à demissão de Chris Alexander pela governadora como diretor executivo da OCM no início deste ano.

Em uma tentativa de controlar as vendas sem licença, a governadora pediu em fevereiro que grandes empresas de tecnologia, como Google e Meta, “fizessem a coisa certa” tomando medidas para parar de promover lojas ilícitas de maconha, que proliferaram por todo o estado.

Enquanto isso, autoridades de Nova York estão lançando um amplo plano para encorajar a sustentabilidade ambiental e definir padrões de uso de energia dentro da indústria legal de maconha do estado. É parte do objetivo mais amplo dos reguladores de promover a sustentabilidade econômica, ambiental e social no setor emergente.

Em junho, os reguladores estaduais também aprovaram formalmente regras para permitir que adultos com 21 anos ou mais cultivem suas próprias plantas de maconha para uso pessoal.

Um importante legislador de Nova York também apresentou um projeto de lei em junho para legalizar a psilocibina para adultos, desde que obtenham uma autorização após passar por uma triagem de saúde e um curso educacional.

Quanto a outros esforços de equidade social em torno do programa de maconha legal do estado, dois senadores estaduais pediram recentemente uma investigação do fundo de equidade social da maconha do estado, dizendo que empréstimos a proprietários de dispensários qualificados os deixaram “presos” em “negócios predatórios”. O programa foi anunciado em 2022 e criou um fundo público-privado de US$ 200 milhões para ajudar especificamente a promover a equidade social na indústria da maconha do estado.

Em todo os Estados Unidos, autoridades da Califórnia concederam em junho outra rodada de subsídios de reinvestimento comunitário para organizações sem fins lucrativos e departamentos de saúde locais, financiados pela receita de impostos sobre maconha. O Gabinete de Negócios e Desenvolvimento Econômico do Governador (GO-Biz) anunciou os destinatários de mais de US$ 41 milhões em prêmios, a sexta rodada de Subsídios de Reinvestimento Comunitário da Califórnia (CalCRG) financiados por cannabis sob o programa estadual. Em março, autoridades concederam US$ 12 milhões em subsídios financiados por impostos sobre maconha para cidades em todo o estado norte-americano para apoiar programas de equidade para pessoas desproporcionalmente impactadas pela guerra às drogas.

E em Illinois, no mês passado, autoridades anunciaram que estão concedendo US$ 35 milhões em subsídios a 88 organizações locais, usando fundos gerados por impostos sobre vendas de maconha para uso adulto para apoiar esforços de reinvestimento da comunidade.

O financiamento está sendo oferecido por meio do Programa Restaurar, Reinvestir, Renovar (R3) do estado, que foi estabelecido sob a lei de legalização de Illinois de 2019. Ele exige 25% da receita de impostos sobre a maconha para dar suporte às áreas mais prejudicadas pelos “danos desproporcionais causados ​​pela guerra às drogas”, disse a Autoridade de Informação de Justiça Criminal de Illinois (ICJIA).

Desde o lançamento do programa R3, Illinois concedeu mais de US$ 244 milhões em subsídios financiados pela receita da maconha para esse fim.

Referência de texto: Marijuana Moment

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