Pessoas que usaram maconha há mais de um ano agora podem se candidatar a um emprego no FBI, mas a maioria das agências federais ainda se recusa a contratar qualquer pessoa que já tenha utilizado a erva.

O Federal Bureau of Investigation (FBI) atualizou discretamente suas políticas de emprego anti-cannabis, tornando-se uma das primeiras agências federais a aceitar o fato de que a maioria dos americanos agora vive em um estado onde a maconha é legal de alguma forma.

Em um tweet recente, o escritório do FBI em Chicago notificou os candidatos a emprego em potencial que a agência havia acabado de atualizar sua política sobre a maconha para “continuar a atrair os candidatos mais qualificados”. Sob esta nova política, os candidatos estão proibidos de ter usado “cannabis em qualquer forma (natural ou sintética) e em qualquer local (nacional ou estrangeiro) no período de um ano anterior à data de sua solicitação de emprego”.

Ainda no mês passado, a política de emprego da agência excluía candidatos que haviam usado cannabis em qualquer momento nos 3 anos anteriores à data de inscrição. A política atualizada também inclui uma concessão para indiscrições juvenis, declarando que “o uso de maconha ou cannabis antes do aniversário de 18 anos do candidato não é um desqualificador para o emprego no FBI”.

No geral, as políticas de cannabis da agência são muito menos restritivas do que seus regulamentos para outras drogas ilegais. A política de contratação estabelece que “os candidatos não podem ter usado nenhuma droga ilegal, exceto maconha, nos dez (10) anos anteriores à data do pedido de emprego”. Os candidatos que já venderam, fabricaram ou transportaram drogas ilegais também são automaticamente desqualificados.

Mas, apesar dessas políticas atualizadas sobre a maconha, o FBI adverte que está “firmemente comprometido com uma sociedade e um local de trabalho sem drogas”. A agência ainda exige que seus funcionários se submetam a testes de drogas aleatórios, e qualquer pessoa com teste positivo para THC perderá o emprego. A única exceção a esta regra é para funcionários que têm uma prescrição válida para dronabinol, uma forma sintética de THC que foi autorizada pelo FDA.

Mesmo com a atualização, as políticas de emprego anti-cannabis do FBI ainda são bastante rígidas, mas empalidecem em comparação com as políticas de outras agências federais. A NASA e todos os ramos das forças armadas dos EUA proíbem seus funcionários e membros do serviço inclusive de usar produtos de CBD (incluindo xampus de cânhamo ou protetores labiais). Os federais também proíbem os pilotos de companhias aéreas comerciais de usarem CBD e irão demitir qualquer funcionário que usar maconha dentro ou fora do horário, mesmo que seja legal em seu estado de origem.

Em março deste ano, o escritório federal de gestão pessoal divulgou um memorando encorajando as agências federais a terem a mente mais aberta sobre a contratação de pessoas que usaram maconha no passado. Mas três semanas depois, a Casa Branca demitiu e suspendeu vários funcionários que admitiram já ter usado a planta.

Como um todo, os federais parecem empenhados em manter políticas rígidas de contratação contra a maconha, mas o setor privado já está se movendo para acabar com essas regras antiquadas. A Amazon anunciou recentemente que interromperia os testes de maconha em seus funcionários, e um número crescente de estados e cidades está começando a proibir a maioria dos empregadores de realizar testes para uso de cannabis.

Referência de texto: Merry Jane

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