A pandemia de coronavírus fez com que muitos experimentassem coisas novas e a maconha não fica de fora. Segundo o jornal The New York Times os comestíveis de cannabis são a nova tendência durante a quarentena.
A ansiedade por causa da pandemia e outros fatores causados pelo isolamento fizeram com que a indústria canábica aumentasse as vendas.
Os comestíveis de maconha tornaram-se uma tendência na quarentena porque muitas pessoas ficaram ansiosas e decidiram explorar novos horizontes, fumar nem sempre é uma opção, mas comer pode ser uma boa.
É o caso de Ben Emerson, que, de acordo com o NYT, cresceu na Igreja Evangélica Presbiteriana (que deixou há cinco anos), e a maconha era “algo que nunca pensou que eles permitiriam fazer”, no entanto, a quarentena fez Ben explorar outros caminhos.
Com 38 anos, decidiu que não pode morrer sem tentar o que queria e nunca permitiram. Então resolveu procurar na internet e viu os comestíveis de maconha. Algo até então impensável.
“Não estou muito interessado em fumar, (…) mas assim que decidi que queria experimentar maconha, queria experimentar algo comestível”.
Ansiedade
Os tempos de ansiedade, como em uma pandemia, exigem músicas para relaxar, tomar um ar fresco, conversar com alguém (à distância) para tentar sentir-se livre, e em alguns casos existe a erva como uma opção.
Hoje, os Estados Unidos têm mais de uma dezena de estados que declararam que as lojas de maconha e dispensários eram negócios essenciais, juntamente com farmácias e supermercados, uma vez que o coronavírus levou muitas pessoas a perder o emprego e isso pode ajudar sua economia e a do país.
Desde março, a indústria da maconha tem recebido muitos novos clientes e várias microempresas foram beneficiadas.
Eaze, um varejista online de uma linha canábica, disse à Associated Press que as vendas de maconha subiram muito, afirmando que as compras aumentaram 50% no início de março.
Parece que nessa pandemia o Willy Wonka da maconha surgiu, e isso está se tornando popular em todo o mundo, a cultura canábica evoluiu bastante, ao ponto que as pessoas que não querem fumar, podem, por exemplo, mascar um chiclete e fazer um bom uso da planta.
Uma empresa, que está localizada na área de Edmonton, no Canadá, de produtores de doces (gomas em particular), tem também uma grande vantagem que atraiu a atenção: a maconha!
Os Wonka’s da maconha têm sido salvadores para muitas pessoas, e nessa pandemia atingiram todo o seu potencial e esperam continuar crescendo.
Outras empresas também disseram estar felizes com o aumento das vendas e que “os comestíveis têm consumido uma fatia maior da torta a cada ano”, disse Alex Levine, proprietário e CEO da Green Dragon. “Antes do êxito que tivemos devido o coronavírus, as compras representavam basicamente 20% de nossas vendas. Esse foi um grande aumento nos últimos anos”, concluiu.
E já que estamos falando de guloseimas canábicas, não poderíamos deixar de citar. No Brasil também temos quem nos represente (e muito bem) na cozinha canábica. A chef brasileira erradicada no Colorado, Olivia Risso, é CEO da Kuara Infusions, empresa de eventos canábicos e infusões, e é também uma grande referência no meio, contando com uma vasta experiência no mercado internacional. Como cita em seu site, ela adora criar versões elevadas de pratos que a lembram de experiências de infância e sabores locais. Depois de quase uma década pesquisando sobre os usos e benefícios da maconha, ela decidiu compartilhar sua experiência organizando eventos canábicos, onde as pessoas podem se reunir para saborear deliciosas refeições caseiras com infusão e, ao mesmo tempo, aprender mais sobre essa planta versátil e maravilhosa.
Referência de texto: La Marihuana
Adaptação: DaBoa Brasil
Foto: Chef Canábica Olivia / Kuara Infusions
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