Um homem decidiu injetar chá de cogumelo diretamente nas veias, iniciando uma infecção fúngica e bacteriana que quase o matou. Por mais louco que isso possa parecer, a lição aprendida aqui é: não injetar cogumelos!

A tentativa de um homem de tratar seus problemas de saúde mental com psilocibina deu terrivelmente errado, de acordo com um novo estudo de caso que ressalta os perigos de reter informações importantes sobre medicamentos naturais.

O estudo de caso, publicado no Journal of the Academy of Consultation-Liaison Psychiatry, conta a história de um homem que quase morreu de uma infecção fúngica após injetar chá de cogumelos. O homem de 30 anos, que tinha uma longa história de transtorno bipolar e abuso de opioides, teria começado a pesquisar o potencial terapêutico dos cogumelos psilocibinos e decidiu experimentá-lo sozinho.

O homem, que não teve sua identidade revelada, começou sua experiência de uma maneira relativamente comum, adquirindo alguns cogumelos mágicos e fazendo um chá com eles. Mas em vez de simplesmente beber o chá, como é o certo, ele decidiu injetá-lo diretamente nas veias. Pouco depois, o homem começou a sofrer de letargia, náusea, diarreia e icterícia. Dias depois, depois de começar a vomitar sangue e mostrar sinais de extrema confusão, sua família o levou ao pronto-socorro.

Quando ele conseguiu chegar ao hospital, os pulmões, rins e outros órgãos estavam começando a falhar. Outros testes revelaram que havia desenvolvido uma infecção fúngica e bacteriana em seu sangue. Em outras palavras, os próprios cogumelos que ele injetou estavam começando a crescer dentro dele. Felizmente, depois de quase um mês no hospital, o homem já se recuperou quase totalmente.

Acredite ou não, esta não é nem a primeira vez que alguém foi hospitalizado após injetar cogumelos. De acordo com Curtis McKnight, psiquiatra do Hospital e Centro Médico St. Joseph’s no Arizona e coautor do presente estudo, outro estudo de caso de 1985 relatou dois outros casos em que as pessoas adoeceram após injetar psilocibina.

McKnight e seus colegas deixam claro que apoiam as pesquisas recentes que mostram que a psilocibina e outros psicodélicos naturais têm potencial para tratar depressão, ansiedade, vício e outros problemas. Mas os autores também observam que a falta de conhecimento público sobre essas drogas e seus riscos pode levar a situações infelizes como a detalhada no relatório.

“O caso relatado acima ressalta a necessidade de educação pública contínua sobre os perigos decorrentes do uso desta e de outras drogas, de outras formas que não são prescritas”, concluem os autores do relatório.

Referência de texto: Merry Jane

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