Os adultos com histórico de uso de maconha são menos propensos a sofrer de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) do que aqueles que não usaram a substância, de acordo com dados publicados on-line na revista PLoS One. A doença hepática gordurosa não alcoólica é a forma mais comum de doença hepática, que afeta mais de 2 milhões de pessoas por ano no Brasil.

Uma equipe internacional de pesquisadores da Universidade de Stanford na Califórnia e da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul na Coréia do Sul avaliou a associação entre maconha e DHGNA em uma amostra nacional representativa de mais de 22 mil adultos. Os pesquisadores relataram que o uso de maconha previu de forma independente um menor risco de suspeita do DHGNA de uma maneira dependente das doses.

“O uso ativo de maconha proporcionou um efeito protetor contra a DHGNA independentemente dos fatores de risco metabólicos conhecidos”, disseram os autores. “Concluímos que o uso atual de maconha pode ter um impacto favorável na patogênese da DHGNA em adultos”.

Os achados são semelhantes aos de um estudo anterior publicado na mesma revista em maio. Nesse estudo, os autores relataram que usuários frequentes de maconha eram 52% menos propensos a serem diagnosticados com DHGNA em comparação com não usuários, enquanto os consumidores casuais eram 15% menos propensos a ter a doença.

Os dados separados e publicados online no início deste mês na revista Journal of Viral Hepatitis também concluíram que o consumo diário de maconha é independentemente associado com uma prevalência mais baixa de esteatose hepática em pacientes co-infectados com HIV e hepatite C.

O texto completo do estudo “Associação reversa do consumo de maconha com fígado gordo não alcoólico entre adultos nos Estados Unidos” pode ser encontrado aqui.

Fonte: Norml

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