Vários jogadores de basquete da NBA, aposentados e em atividade, se manifestaram a favor do uso da maconha. Tanto é que em algumas ocasiões expressaram seu apoio nas redes sociais e na mídia. Isso colocou pressão sobre o Comissário Adam Silver e parece ter surtido efeito. Segundo informou a Revista Gente, a NBA vai permitir o consumo da maconha a partir da próxima temporada.

A liga americana de basquete é a única liga profissional importante que ainda pune o uso recreativo de maconha naquele país. O primeiro passo foi dado, já que a maconha não está entre as substâncias controladas nos testes antidoping. Pelo menos foi assim durante a “bolha” de Orlando, onde foi disputada a última temporada vencida pelo Los Angeles Lakers, com Lebron James no comando.

A bolha foi montada para evitar contágio por coronavírus e para que a temporada possa se desenvolver. A nova temporada que começa em dezembro pode trazer boas notícias.

Na propriedade da Disney onde os jogadores estão hospedados, a Liga fez alterações nos exames médicos obrigatórios. O mais importante deles é que as drogas recreativas, que não afetam o desempenho atlético, não estão incluídas entre as proibições.

Segundo o site especializado RealGM, essa medida poderia ser prorrogada e a Liga eliminaria a maconha da lista de drogas proibidas. A NBA ainda é a única liga principal do país que ainda pune o uso adulto de cannabis.

“Acho que será legal depois do próximo negócio. Não testar a maconha foi uma concessão feita aos jogadores por tê-los presos na bolha”, descreveu Bill Simmons, jornalista do The Ringer, em um podcast.

Várias ligas esportivas já adaptaram seus regulamentos à nova situação, o que parece ser um prelúdio para a legalização federal da maconha. Principalmente considerando que o uso recreativo de cannabis não gera vantagens esportivas.

Foi o que a Major League Baseball e a NFL fizeram este ano. As duas retiraram a maconha da lista de substâncias proibidas. Agora, tratam qualquer problema relacionado ao uso de cannabis da mesma forma que os distúrbios do álcool são tratados. Também tratam muitas dores com CBD, a pedido dos próprios jogadores.

Até agora, a NBA punia o doping por maconha com multas financeiras. E só depois do terceiro teste positivo o jogador tinha a plausibilidade de uma suspensão por cinco jogos. A medida foi suspensa na bolha por um acordo entre a própria NBA e a Associação de Jogadores. A decisão foi tomada devido à possibilidade de alguns atletas terem relaxado no uso da maconha durante o período sem competição. Esse foi um pedido de mais de 40 jogadores que estavam preocupados com isso.

“Se você pretende que os jogadores vivam na bolha da Disneyworld por três meses e por metade do dinheiro, você precisa fazer algumas concessões”, admitiu Lowe. No final de fevereiro, Kevin Durant, duas vezes campeão e uma vez MVP das finais, falou a favor da aceitação da cannabis.

“Todos na minha equipe bebem café regularmente ou saem para tomar vinho depois dos jogos. Para mim, a maconha deve estar nesse nível”, disse o atacante do Nets.

Em 2018, o ex-jogador Kenyon Martin, escolhido na primeira posição do draft de 2000, falou na mesma direção.

Martin disse estar convencido de que pelo menos “85% dos jogadores” fumaram maconha durante o tempo em que jogou na NBA.

2021

Resta saber se na próxima temporada a bolha terá de se repetir ou não. A favor do fechamento, muitos destacam o nível das equipes na temporada passada. Mesmo apesar da longa paralisação imposta pela pandemia do coronavírus. Também entendendo que os jogadores tiveram que mudar seus hábitos (e distrações). Muitos dizem que fumar maconha foi benéfico para melhorar sua recuperação e bem-estar mental.

Vários estudos indicam que o uso de cannabis entre jogadores da NBA está entre 50 e 85%. Em outras palavras, mais da metade dos jogadores fuma maconha.

Referência de texto: La Marihuana

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