A administração diária prolongada de canabinóides está associada com uma redução na frequência da enxaqueca, de acordo com dados de ensaios clínicos apresentados no 3rd Congress of the European Academy of Neurology.

Os investigadores italianos compararam a eficácia dos tratamentos com canabinóides orais contra amitriptilina, um antidepressivo comumente prescrito para as enxaquecas utilizado em 79 pacientes com enxaqueca crônica durante um período de três meses. Os indivíduos tratados diariamente com 200mg de uma combinação de THC e CBD alcançaram uma redução de 40% na frequência da enxaqueca, resultado semelhante ao da terapia com amitriptilina.

Os indivíduos também informaram que o tratamento com canabinóides reduziu significativamente a dor aguda da enxaqueca, mas apenas quando se toma uma dose superior a 100mg. O tratamento oral com os canabinóides foi menos eficaz em pacientes que sofrem de cefaleia em salvas.

“Temos demonstrado que os canabinóides são uma alternativa aos tratamentos estabelecidos na prevenção da enxaqueca”, concluíram os pesquisadores.

Estima-se que cinco milhões de norte-americanos experimentam, pelo menos, um ataque de enxaqueca por mês, e a condição é a 19ª principal causa de incapacidade em todo o mundo.

De acordo com dados retrospectivos publicados no ano passado na revista Pharmacotherapy, o consumo de maconha medicinal é frequentemente associado a uma diminuição significativa na frequência de enxaqueca, e pode até mesmo abortar o aparecimento da enxaqueca em alguns pacientes.

Uma revisão publicada recentemente de diversos estudos e casos específicos sobre o uso da maconha e canabinóides na revista Cannabis and Cannabinoid Research conclui: “É provável que a cannabis apareça como um potencial tratamento para alguns pacientes com cefaleia”.

Um resumo do estudo “canabinóides adequados para a prevenção da enxaqueca” pode ser encontrado clicando aqui.

Fonte: Norml

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