Para aqueles que se informam e prezam por uma maconha de qualidade, é incontestável o fato de o prensado brasileiro não chegar nem perto de uma erva de verdade. Muitas vezes com mofo, gosto de amônia e até mesmo insetos, o prensado ilustra bem o resultado destes longos anos de proibição: degradação e podridão.

Pior do que a sensação de consumir o prensado, só a de ser obrigado a ir até a biqueira para ter acesso à maconha. Pois ao voltar para casa com um tijolo verde em um ziplock, a tristeza bate antes dos efeitos da erva.

Acontece que a proibição acaba acarretando em algo pouco falado: a pornografia canábica. O sujeito que só tem acesso ao prensado, na tentativa de suprir a vontade por uma maconha de qualidade, recorre ao Youtube e aos grupos de cultivo para se deliciar mentalmente com as belas flores da canábis e com as bonitas plantas dos cultivadores que podem plantar sua própria erva.

Com os mais variados tipos de seeds, a “água na boca aumenta”. O sujeito consegue se imaginar fumando uma maconha Indica e conseguindo dormir maravilhosamente bem, enquanto que com uma boa Sativa, correr no parque seria muito mais prazeroso.

É difícil saber que tipo de maconha é o prensado. Porém, com tanta maconha boa e bonita na internet, a vontade de ficar chapado é iminente. Assim, a masturbação canábica, que é o ato de se fumar um baseado com maconha prensada, entra em cena para conseguir conter o desejo do usuário. Mesmo não tendo o mesmo gosto e nem os mesmos efeitos de uma maconha de verdade, é o suficiente para dar o mínimo de brisa.

Para quem está cansado de masturbação e pornografia canábica, fazer barulho é importante para pressionar o governo para que ocorra uma mudança na legislação de drogas. Quem não chora dali, não mama daqui, diz o ditado. Gozar de prazer com a flor da canábis precisa ser um direito de todos.

Por Francisco Mateus

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