Sempre mais utilizada entre os jovens, o consumo da maconha tem aumentado entre os mais velhos ou gerações pós-guerra graças à planta ser uma alternativa natural aos medicamentos convencionais.

Florence Siegel é um idoso de mais de oitenta anos que gosta de relaxar com um copo de vinho tinto, um exemplar do New York Times, a música clássica de Bach e todas as noites, um cachimbo com maconha.

Especialistas e analistas norte-americanos acreditam que mesmo o consumo vai para mais, já que cerca de 78 milhões de americanos nascidos entre 1945 e 1964, estão mais familiarizados com a planta que tinha o estigma para as gerações anteriores a suas e já provada há décadas.

Alguns deles nem sequer pararam de usar e outros retornam ao hábito em sua velhice, ou por razões do uso medicinal ou recreativo.

Pessoas mais velhas, como Florence Siegel, que usam o apoio de uma bengala e sofrem de artrite em várias partes do corpo e dizem que a maconha ajudou a dormir melhor do que as pílulas que antes consumiam. Siegel também afirma que não entende por que as pessoas mais velhas não consumem mais erva. “Eles estão perdendo muito alívio”, diz a outros idosos.

Ativistas norte-americanos dizem que o crescimento do consumo de maconha entre esses idosos pode ajudar a conseguir uma mudança duradoura na luta contra as leis existentes.

“Durante muito tempo, nossos adversários políticos eram americanos mais velhos que não estavam familiarizados com a maconha e a consideravam muito perigosa”, disse Keith Stroup, fundador e advogado da NORML, um grupo a favor da maconha.

Muitas pessoas argumentam que a maconha ajuda com os problemas físicos do envelhecimento, tais como a dor, o glaucoma ou a degeneração macular. Em metade dos estados norte-americanos existem leis aprovadas para o uso de maconha medicinal e o resto do país tem que acessá-la ou cultiva-la ilegalmente ou indo para o mercado negro e não ter acesso à devida qualidade.

Outro idoso como Perry Parks, que tem 67 anos e é um ex-piloto militar, sofre de artrite e uma doença degenerativa da coluna. Afirma que tentou todos os tipos de medicamentos sem quaisquer resultados positivos. Dois anos atrás, ele decidiu provar a maconha e diz que ficou surpreso com o alivio da dor que sente.

Fonte: La Sexta

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