Pacientes com ataque cardíaco com histórico de uso de maconha apresentam maiores taxas de sobrevida hospitalar, de acordo com dados publicados na revista PLOS One.
Pesquisadores da Divisão de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, compararam os registros hospitalares de mais de 3.800 pacientes de ataque cardíaco que informaram ter usado maconha ou que haviam testado positivo em testes com mais de 1,2 milhões de controles semelhantes.
Consistente com os dados anteriores, “O uso de maconha antes de IAM (infarto agudo do miocárdio) foi associada com uma diminuição da mortalidade hospitalar após IAM”. Em adição, “a duração média de estadia dos consumidores de maconha foi menor do que os não usuários (4,51 dias vs. 6,25 dias, respectivamente)”.
Os pacientes que usaram cannabis eram, em média, 10 anos mais jovens do que aqueles que não consumiam. No entanto, os autores relataram que “a análise específica da idade e o controle de outros possíveis fatores de confusão não explicaram esses achados”. Pacientes com exposição à cannabis no passado também eram menos propensos a sofrer de hipertensão, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, diabetes e fibrilação atrial.
Os pesquisadores concluíram que: “Nesta grande análise multirregional, o uso de maconha relatado durante a hospitalização por IAM foi associado a um risco significativamente menor de mortalidade intra-hospitalar. Dada a crescente prevalência e aceitação do uso de maconha, estes resultados sugerem que seja feito um estudo adicional para investigar mais profundamente estes resultados e identificar os mecanismos potenciais pelos quais a maconha está associada com melhores resultados em curto prazo após o IAM e para mitigar os possíveis efeitos negativos do uso concomitante de substâncias”.
Os resultados são consistentes com estudos anteriores que relataram que um histórico de uso de cannabis estão associados a redução da mortalidade intra-hospitalar entre os pacientes internados por lesões cerebrais traumáticas, vítimas de queimaduras, aqueles que passam por certas cirurgias ortopédicas e aqueles hospitalizados com outras formas de traumatismo grave.
Fonte: Norml
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